Baseado na obra Dolores Claibourne, Eclipse Total, é numa contagem, uma das melhores adaptações de Stephen King. E o triste é que pouca gente sabe disso, ou poucos viram o filme. Nada de paranormalidade, assombrações ou demônios que infestam as histórias/adaptações do mestre. Que livro! Que filme! QUE HISTÓRIA! Amei a adaptação, Kathy Bates emociona, ficou incrível no papel de Dolores, não poderia ser outra pessoa e não poderia ser melhor, perfeita escolha. Aliás, todas as atrizes estão perfeitas em seus papéis, admiráveis. Gostei dos mecanismos dos flashbacks e da forma como as cenas são desconstruidas por eles, essa desconstrução na verdade construiu um dinamismo bem interessante para a narrativa do filme. A edição é primorosa! Ótimo roteiro e ótimas reviravoltas. Esse é pra quem acha que Stephen King é só monstros sobrenaturais e fantasias. Todo o terror da vida real, da violência contra mulher, do abuso, da violência doméstica e do machismo de forma geral, são muito bem retratados nesse filme. Daqueles filmes socos no estômago, história densa e pesada, em todos os aspectos, nas atuações, no roteiro, nas cores, na fotografia. Personagens femininas fortíssimas e memoráveis. Achei muito significativa a metáfora do Eclipse Solar para essa história, onde a mulher mostra que não é nem de longe um "sexo frágil". DOLORES EMPODERADORA!
"É deprimente o mundo masculino em que vivemos." — Dolores Claiborne
"As vezes, Dolores, as vezes você tem que ser uma cadela bem arrogante para sobreviver. As vezes, ser canalha é tudo que resta para uma mulher." — Vera Donovan
O que é a fotografia desse filme? Vítrea, vagamente reflexiva, permeada de transitoriedade; os restaurantes de luxo, apartamentos empresariais, bares requintados: há um toque de beleza artificial mesmo nos cenários mais naturais, um paralelo com a inacessibilidade da própria "Girlfriend Experience" do título: no fim, não sobra nenhuma experiência real de relacionamento, mas só caros momentos fugazes de solidões compartilhadas. Estava louca atrás desse filme para assistir, pelos riscos que o filme assume, a linguagem experimental e por Sasha Grey. Sasha Grey é uma mulher interessantíssima, sempre achei, a considero uma das pessoas mais interessantes e lindas do mundo. E o talento dela é inegável (pornô ou não, é sempre bom), se propôs a uma coisa totalmente experimental e deu conta do recado, não é o tipo de filme que dê para "disfarçar talento" porque não tem onde se apoiar, é o que é. Me impressionou muito sua desenvoltura, dominando com enorme categoria todas as cenas! E também sou fã do Soderbergh, então gostei bastante do filme. Cinema experimental de alto nível.
Coloquei para assistir esse filme sem pretensão alguma, apenas para treinar o meu italiano e tive uma surpresa mais do que agradável, uma intensa surpresa. O roteiro é intenso e envolvente, amo dramas familiares e esse é um clássico "Dramalhão Italiano" no mais alto nível onde equilibram os diferentes elementos que compõe uma tradicional família italiana. Os momentos poéticos tem muita força e muito simbolismo, são a sensibilidade e a delicadeza típicas do cinema italiano. Mas quero ressaltar a parte técnica do filme que criou um dinamismo e um ritmo excelente para as cenas. Os movimentos de câmera são muito bem explorados, desde movimentos incomuns, ângulos diferenciados e até o uso de câmera fluído / sequência (como quando ela percorre um corredor e a câmera desliza, sem cortes, para focar a escada e acompanhá-la em uma descida quase geométrica) e acho interessante quando utilizam da repetição das ações de um personagem em um ângulo diferente na mesma sequência de cena, completa nossa visão do que está acontecendo e melhora os pontos de vista da situação e até mesmo do ambiente onde estão os personagens. Muitas vezes essas repetições eram criadas nos momentos de tensão, com a trilha sonora acompanhando e te deixando aflita da forma que a situação pedia, completamente dentro da história e dentro do momento. Esse uso de alguns ângulos menos óbvios para as câmeras, no ritmo cadenciado e fluente da narrativa e das filmagens foi o que mais me chamou a atenção e talvez, é o elemento principal para tornar esse filme tão fascinante. As cenas sem diálogos eram tão profundas, quantos sentimentos passados pelos personagens, olhares, gestos, expressão facial, tudo perfeito. Os closes eram maravilhosos tornando as cenas bem intimistas e tão lindas! A fotografia é de fato um prato cheio aos olhos, é bonito de assistir, é agradável. A simetria, as cores, esmero artístico, o figurino deslumbrante e uma culinária requintada: o filme é de uma riqueza de detalhes impressionante.
E a Tilda Swinton que falou italiano fluentemente? Ela parece uma boneca de louça, britânica num perfeito italiano. Fantástica, intensa, frenética. Tilda Swinton é uma atriz excelente atriz que pode fazer praticamente todo o tipo de papel.
Por fim, como uma legítima história italiana – porque os italianos sabem viver a vida –, Io Sono l'amore fala de amor e de tragédia. Porque a vida é feita destes elementos. De amor, de felicidade, de morte, de sofrimento e de drama. Tudo está ali, em um pacote bem feito. Esse drama italiano arma um mosaico de tramas para desenrolar apenas uma. E eu ainda estou desconcertada com o final, daquelas situações que te fazem ficar encarando a parede um pouco depois do filme terminar.
Há filmes que inovam na história, com roteiros originais, criativos, diálogos interessantes ou que apenas conseguem romper com as expectativas do espectador. Inovam no conteúdo. E esse é um deles.
Mal saídos da adolescência, eles eram tratados como imperadores romanos aonde quer que fossem. Tinham a qualidade extraordinária, apesar da popularidade histérica da banda, fazer você se sentir como se fosse o único a compreender como eles eram bons, como se, de algum modo, eles fossem sua descoberta particular. Filmar "A Hard Day's Night" foi um acerto para a época desde a opção do preto e branco até a escolha do figurino dos rapazes, com estilosos ternos pretos e camisas brancas, sem falar no uso de câmeras portáteis, que dão ao filme um tom de documentário, de vida real. Aquele estilo de noticiário televisivo das seis influenciou toda uma geração de cineastas. Além de tudo, existe alguns detalhes saborosos nesse filme: George Harrison (o melhor ator da banda, segundo o diretor Richard Lester) naquela cena com as camisas bizarras; John Lennon inalando o gargalo de uma garrafa de Coca-Cola no trem (poucas pessoas à época entenderam a piada). Mas minha cena favorita, com certeza, é aquela cena em que os Beatles descem correndo uma escadaria e a irrompem num campo aberto com "Can't Buy Me Love" ao fundo, é um momento tão irresistível, de tamanho que até hoje me enche de alegria, de um sentimento de estar perto de algo profundamente importante, mas inalcançável. Depois de todos esses anos, eu ainda não sei exatamente o que é esse "algo", mas sinto sua presença quando assisto ao filme. E já assisti algumas vezes. É incrível e contagiante (e acho que sempre será).
Machete Kills não é tão bom quanto o primeiro, mas um filme divertido pra caralho e visualmente interessante. Porém, Machete também sempre será bom por questões de peitos, sangue, pancadaria e cenas de ações improváveis. Danny Trejo e Robert Rodriguez continuam a maior dupla de cabróns! E fazem uma verdadeira homenagem, traçam uma relação nostálgica ao cinema exploitation dos anos 70.
Um dos meus filmes favoritos: "Drive". Soberbo, irretocável. Show de interpretação do ótimo Ryan Gosling. Excelente! Drive é tipo um filme do GTA/DRIVE ou todos esses jogos de videogame que são de carro em terceira pessoa. Todas as cenas dele andando parecem de direção automobilística o que torna muito emocionante a cada passo, quadro e movimento. É um romance violento em forma de poesia audiovisual. O protagonista me conquistou, um cara pacato e tímido que
se transforma num assassino violento e inescrupuloso quando mexem com as pessoas que ele ama.
É uma homenagem aos filmes de herói presentes principalmente nos anos 80 e 90 e engloba diversas características presentes nesse estilo, mas dando um toque irônico em cada uma delas. O diálogo é raro, e podemos dizer também que não é necessário, pois apenas nos olhares dos personagens é possível notar seu pensamento. E fora vários outros simbolismos presentes nas cenas e até mesmo no figurino de cada um dos personagens. A trilha sonora, ajuda pra caralho e é incrivelmente boa, encaixa direitinho com o clima do filme, só faz melhorar. Os enquadramentos, as luzes, o cenário e as cores: tudo parece conversar durante as cenas. É milimetricamente pensado e impecável.
Destaque para todas as cenas em câmeras lentas que me tiraram o fôlego e roubaram meu coração,
Acabei de assistir Frozen e estou apaixonada pelas duas princesas. É um filme da Disney bem fora dos "padrões" de princesas, príncipes e castelos que estamos acostumados a ver. É difícil explicitar ainda mais as poderosas mensagens e metáforas de Frozen sem destruir seu belíssimo e inovador final. Divertidíssimo, emocionante, lindas canções, personagens relevantes e cativantes. Frozen é abertamente feminista, extremamente progressivo e iconoclasta. As garotas que com ele crescerem já não sonharão com uma vida de frágil princesa ou com um príncipe encantado. Frozen é um conto de fadas de um mundo real, em que os vilões são materializações da intolerância, da solidão e do patriarcalismo. A liberdade do que se isola não é liberdade, aprendi com Frozen. O visual é um capítulo à parte, com os animadores explorando todas as possibilidades que a palidez da neve e o brilho do cristal proporcionam momentos sublimes (auxiliados ainda por um belo acerto na tecnologia 3D). A cena contendo a canção "Livre Estou", ou "Let it Go" em sua versão original, é magia fílmica pura. Aquela cena é tão poderosa. Com essa animação, a Disney transforma alguns de seus velhos vícios em piadas (como os casamentos relâmpago entre príncipes e princesas) e subvertante a estrutura dos contos de fada. É uma inovação e tanto no gênero e algo extremamente empolgante de ver e acompanhar em sua forma de evolução. Testemunhar um pedaço da história da arte, uma novidade (e como elas são raras em qualquer arte ou ofício com anos de existência), uma obra que muda as regras do jogo, que floresce no extracampo e vai além de artifícios tecnológicos ou histórias endurecidas. Muito se diz hoje sobre a banalização de elogios hiperbólicos, uma era em que tudo pode ser genial, brilhante, primoroso. Querem que devolvamos os adjetivos para aqueles que realmente merecem? Então, encerremos essa conversa assim: Frozen é uma obra-prima.
Assisti "The Bling Ring" e penso que a história é isso, é baseada em fatos reais e não tinha muito o que a Sofia Coppola fazer, incrementar ou adaptar um roteiro super elaborado. Talvez fosse mesmo a intenção dela deixar ele assim, cru e sem grandes conflitos ou reviravoltas. O filme mostra o lifestyle dessa gangue de adolescentes que almejavam as figuras públicas de Hollywood e se transportam para o "mundo dos ricos e famosos" invadindo suas casas e roubando seus pertences. Sofia Coppola, sempre atenta a temas sobre juventude e alienação, viu na história real a possibilidade de examinar a cultura da celebridade e seu efeito no psicológico dos jovens, bem como seu impacto sobre a sociedade. Ela vem se consolidando como a cineasta do vazio existencial, já que praticamente todos os seus filmes abordam o tema de uma forma ou de outra. A diretora não explica por que os jovens se envolveram nessa atividade, deixando essa dedução para o espectador. Porém, ela fornece algumas dicas. Sofia faz de "The Bling Ring" o raro filme de roubo no qual o ato de roubar não emociona, nem empolga ninguém. O que é proposital, seu estilo distanciado serve perfeitamente para mostrar o vazio daquelas vidas. O filme é repetitivo porque a história (real) é "só" isso. E nos faz refletir sobre as crianças da nossa sociedade contemporânea, mas no fim das contas é uma grande parte desta mesma sociedade que parece estar infantilizada. É o filme mais fraco da Sofia Coppola, sem dúvidas. Mas... Só porque "The Bling Ring" não foi como a maioria queria que fosse não quer dizer que a Sofia é ruim, pelo contrário é interessante ver o modo como ela sempre explora temas sobre a sociedade contemporânea e comportamentos da juventude.
Mais um filme da série "calando minha boca". Fui assistir Captain Phillips achando que ia ser mais um daqueles filmes em que os americanos saem de heróis no fim. Fui surpreendida. Acusações de manipulação da história à parte, Captain Phillips é um baita dum filme bacana. Achei realmente bom, mas não que mereça ganhar o Oscar de melhor filme. Tem coisa melhor. E que atuação gloriosa de Barkhad Abdi em Captain Phillips. Roubou a cena total!
La Grande Bellezza é tudo o que se tem dito sobre ele: lindo e grandioso. É um filme de, como o próprio nome já diz, grande beleza. (risos) Há tempos não via um filme com diálogos tão bem construídos. Os italianos surpreenderam. Toni Servillo está impecável. Cultura, futilidade, charme, decadência, extravagância, crise, Roma... O filme estrangeiro mais elogiado desta safra. E com razão, é fantástico.
Confissões de Adolescente me surpreendeu. Amei o roteiro e a forma como eles trouxeram a história para os dias de hoje. Essa fase já passou, e é bem verdade que não me encaixo na maioria dos estereótipos explorados no filme mas eles existem, já convivi e sei como são. Aliás, como a adolescência é. Os problemas existem, as dúvidas também e foram tratadas de forma dinâmica e divertida por personagens adolescentes de diferentes fases, momentos e faixa etária. Não é tratada de forma aprofundada, mas também não é superficial. E quem conhece a série da TV Cultura, assistia e acompanhava, entende quais são os temas que o filme vai abordar e dar continuidade. Com isso, achei que cumpriu mais do que com mérito seu papel. Foi uma verdadeira homenagem a incrível série da TV Cultura. Sensação de nostalgia pela série e pela adolescência.
Quem gosta de documentário e acha interessante a música brega, não pode deixar de assistir "Vou Rifar Meu Coração" com direção de Ana Rieper, é muito humano e sincero! Trata do amor e a paixão sob o olhar do imaginário popular brega, como que a música "brega" norteia e conduz a vida amorosa das pessoas, seus principais interpretes e depoimentos viscerais de pessoas comuns. Uma aula de cinema documental. Sério.
"Minha filha, eu li num livro que a paixão é a coisa mais brega do mundo. Consome o ser humano."
"Gravidade" é um espetáculo visual, porém o drama pessoal não conseguiu me convencer, prejudicando bastante meu envolvimento com o filme. A unidimensionalidade do Matt somada ao background extremamente conveniente para arrancar lágrimas da Ryan me removeram da narrativa. Mas a unidimensional do Clooney é até tranquilo, porque o personagem dele não passa daquilo e por ser mais natural, eu simpatizei com ele. É uma experiência cinematográfica única, repleta de takes lindíssimos. Teria me envolvido sem a tentativa de conferir profundidade à Ryan. Eu acho que nem era o objetivo do filme querer dar profundidade para os personagens mas foi algo que me incomodou. E se não era o objetivo, eu poderia ter vivido sem aquela história
. Os roteiristas devem pensado "ok, como a gente força uma empatia?" e pegaram o primeiro clichê possível. Esse é exatamente o meu ponto: tentaram conferir profundidade quando não era necessário e falharam. Foi a minha impressão em questão da construção de personagens, o filme "Gravidade" é visualmente incrível mas a Ryan é muito mal trabalhada. De qualquer forma, foi uma experiência diferente no cinema. E eu quase levantei da poltrona e bati palmas naquele take em que
O que seria de um faroeste sem tiros? Simplificando, a melhor resposta sempre está em Matar ou Morrer, clássico do western norte-americano "culpado" pela completa revolução do gênero, marcando um ponto de transição entre antes e depois de seu lançamento no ano de 1952. Matar ou Morrer foi feito na época dos primeiros faroestes em cores, a maioria dos westerns trazia um herói durão e inteligente, mais próximo de um personagem de histórias em quadrinhos que de um ser humano real. E então, de repente, apareceu esse filme, filmado em preto e branco sombrio, sem crepúsculos bonitos, nem paisagens montanhosas verdejantes. Em vez disso, um vilarejo pequeno e feio serve como cenário. No centro da história tem outra coisa incomum: um homem que estava com medo de se machucar, e que mostrava isso. Hoje é difícil de acreditar mas quando Matar ou Morrer foi lançado acusaram o filme de ser antiamericano. Reclamavam do fato de que, naquela história, o suposto herói
Existe coisas maravilhosas e artisticamente refinadas no filme: a maneira como mostra os trilhos de trem vazios, de tempos em tempos. É como uma forma silenciosa e criativa de produzir uma sensação de perigo. Cada vez que vemos os trilhos somos lembrados de que é daquela direção que o mal virá. O mesmo acontece com os relógios. Parecem andar mais devagar, à medida que anoitece. Tudo isso acentuados mais ainda de acordo com a melancólica trilha sonora de Dimitri Tiomkin, os tons de drama e suspense às vezes se revelam como verdadeiros momentos de romance, principalmente pela canção vencedora do Oscar: Do Not Forsake Me, Oh My Darlin'. Além desta constante mudança da sonoridade, a trilha ainda passar a ser irresistível e nos envolver a todo o momento, sobre tudo no final, onde roemos as unhas e nos prendemos na cadeira de tanta tensão. Mais superior do que a sinuosa trilha sonora e as atuações (Gary Cooper dava a impressão de que nem sequer estava interpretando, ou fazendo qualquer coisa. Mas, quando ele aparece na tela, transforma todos os outros em coadjuvantes que simplesmente desaparecem do seu lado), há um dos elementos mais imperceptíveis dentro da sétima-arte: a montagem, ainda mais em um projeto onde um dos fundamentos principais é o tempo, interpretado por um relógio. Concluindo, além de ser uma enorme compilação de cenas épicas, Matar ou Morrer ainda teve esse prazer de ser o responsável por marcar uma nova faixa de transição entre os diferentes períodos do western, até incluindo o seu nome como um dos maiores da história por ultrapassar até alguns suspenses que não causam tanta tensão como este causou, sendo que
Um filme que começa com "Be My Baby" das The Ronettes tocando não pode ser ruim. "Caminhos Perigosos" é um filme que tem muito de ousado, está mais preocupado em mostrar seus personagens do que contar uma trama comum. É um longa de pouca história, mas com muita coisa para contar. Além de marcar a primeira parceria entre Scorsese e Robert De Niro, tem uma trilha sonora incrível que se encaixa perfeitamente no contexto de cada cena, te embala e te prende mais ainda na vida e rotina desses personagens.
Eclipse Total
4.0 183 Assista AgoraBaseado na obra Dolores Claibourne, Eclipse Total, é numa contagem, uma das melhores adaptações de Stephen King. E o triste é que pouca gente sabe disso, ou poucos viram o filme. Nada de paranormalidade, assombrações ou demônios que infestam as histórias/adaptações do mestre. Que livro! Que filme! QUE HISTÓRIA! Amei a adaptação, Kathy Bates emociona, ficou incrível no papel de Dolores, não poderia ser outra pessoa e não poderia ser melhor, perfeita escolha. Aliás, todas as atrizes estão perfeitas em seus papéis, admiráveis. Gostei dos mecanismos dos flashbacks e da forma como as cenas são desconstruidas por eles, essa desconstrução na verdade construiu um dinamismo bem interessante para a narrativa do filme. A edição é primorosa! Ótimo roteiro e ótimas reviravoltas.
Esse é pra quem acha que Stephen King é só monstros sobrenaturais e fantasias. Todo o terror da vida real, da violência contra mulher, do abuso, da violência doméstica e do machismo de forma geral, são muito bem retratados nesse filme. Daqueles filmes socos no estômago, história densa e pesada, em todos os aspectos, nas atuações, no roteiro, nas cores, na fotografia. Personagens femininas fortíssimas e memoráveis. Achei muito significativa a metáfora do Eclipse Solar para essa história, onde a mulher mostra que não é nem de longe um "sexo frágil". DOLORES EMPODERADORA!
"É deprimente o mundo masculino em que vivemos." — Dolores Claiborne
"As vezes, Dolores, as vezes você tem que ser uma cadela bem arrogante para sobreviver. As vezes, ser canalha é tudo que resta para uma mulher." — Vera Donovan
Confissões de Uma Garota de Programa
2.3 154O que é a fotografia desse filme? Vítrea, vagamente reflexiva, permeada de transitoriedade; os restaurantes de luxo, apartamentos empresariais, bares requintados: há um toque de beleza artificial mesmo nos cenários mais naturais, um paralelo com a inacessibilidade da própria "Girlfriend Experience" do título: no fim, não sobra nenhuma experiência real de relacionamento, mas só caros momentos fugazes de solidões compartilhadas. Estava louca atrás desse filme para assistir, pelos riscos que o filme assume, a linguagem experimental e por Sasha Grey. Sasha Grey é uma mulher interessantíssima, sempre achei, a considero uma das pessoas mais interessantes e lindas do mundo. E o talento dela é inegável (pornô ou não, é sempre bom), se propôs a uma coisa totalmente experimental e deu conta do recado, não é o tipo de filme que dê para "disfarçar talento" porque não tem onde se apoiar, é o que é. Me impressionou muito sua desenvoltura, dominando com enorme categoria todas as cenas! E também sou fã do Soderbergh, então gostei bastante do filme. Cinema experimental de alto nível.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraA cena do discurso: ♥
Malena
3.9 406 Assista AgoraOs filmes italianos com protagonistas crianças são ótimos. A beleza da Mônica Bellucci é uma afronta, é um desrespeito de mulher de tão Deusa!
Tem um simbolismo forte com a história de Maria Madalena. Sim, a da Bíblia.
Boas analogias e reflexões. Se passa na era facista de Mussolini, roteiro contextual e envolvente.
Um Sonho de Amor
3.5 180Coloquei para assistir esse filme sem pretensão alguma, apenas para treinar o meu italiano e tive uma surpresa mais do que agradável, uma intensa surpresa. O roteiro é intenso e envolvente, amo dramas familiares e esse é um clássico "Dramalhão Italiano" no mais alto nível onde equilibram os diferentes elementos que compõe uma tradicional família italiana. Os momentos poéticos tem muita força e muito simbolismo, são a sensibilidade e a delicadeza típicas do cinema italiano. Mas quero ressaltar a parte técnica do filme que criou um dinamismo e um ritmo excelente para as cenas. Os movimentos de câmera são muito bem explorados, desde movimentos incomuns, ângulos diferenciados e até o uso de câmera fluído / sequência (como quando ela percorre um corredor e a câmera desliza, sem cortes, para focar a escada e acompanhá-la em uma descida quase geométrica) e acho interessante quando utilizam da repetição das ações de um personagem em um ângulo diferente na mesma sequência de cena, completa nossa visão do que está acontecendo e melhora os pontos de vista da situação e até mesmo do ambiente onde estão os personagens. Muitas vezes essas repetições eram criadas nos momentos de tensão, com a trilha sonora acompanhando e te deixando aflita da forma que a situação pedia, completamente dentro da história e dentro do momento. Esse uso de alguns ângulos menos óbvios para as câmeras, no ritmo cadenciado e fluente da narrativa e das filmagens foi o que mais me chamou a atenção e talvez, é o elemento principal para tornar esse filme tão fascinante. As cenas sem diálogos eram tão profundas, quantos sentimentos passados pelos personagens, olhares, gestos, expressão facial, tudo perfeito. Os closes eram maravilhosos tornando as cenas bem intimistas e tão lindas! A fotografia é de fato um prato cheio aos olhos, é bonito de assistir, é agradável. A simetria, as cores, esmero artístico, o figurino deslumbrante e uma culinária requintada: o filme é de uma riqueza de detalhes impressionante.
E a Tilda Swinton que falou italiano fluentemente? Ela parece uma boneca de louça, britânica num perfeito italiano. Fantástica, intensa, frenética. Tilda Swinton é uma atriz excelente atriz que pode fazer praticamente todo o tipo de papel.
Por fim, como uma legítima história italiana – porque os italianos sabem viver a vida –, Io Sono l'amore fala de amor e de tragédia. Porque a vida é feita destes elementos. De amor, de felicidade, de morte, de sofrimento e de drama. Tudo está ali, em um pacote bem feito. Esse drama italiano arma um mosaico de tramas para desenrolar apenas uma. E eu ainda estou desconcertada com o final, daquelas situações que te fazem ficar encarando a parede um pouco depois do filme terminar.
Há filmes que inovam na história, com roteiros originais, criativos, diálogos interessantes ou que apenas conseguem romper com as expectativas do espectador. Inovam no conteúdo. E esse é um deles.
"Felice? "Felice" non si dice perché è una parola che immalinconisce... tu perché non sei felice?"
Os Reis do Iê Iê Iê
4.1 270Mal saídos da adolescência, eles eram tratados como imperadores romanos aonde quer que fossem. Tinham a qualidade extraordinária, apesar da popularidade histérica da banda, fazer você se sentir como se fosse o único a compreender como eles eram bons, como se, de algum modo, eles fossem sua descoberta particular.
Filmar "A Hard Day's Night" foi um acerto para a época desde a opção do preto e branco até a escolha do figurino dos rapazes, com estilosos ternos pretos e camisas brancas, sem falar no uso de câmeras portáteis, que dão ao filme um tom de documentário, de vida real. Aquele estilo de noticiário televisivo das seis influenciou toda uma geração de cineastas.
Além de tudo, existe alguns detalhes saborosos nesse filme: George Harrison (o melhor ator da banda, segundo o diretor Richard Lester) naquela cena com as camisas bizarras; John Lennon inalando o gargalo de uma garrafa de Coca-Cola no trem (poucas pessoas à época entenderam a piada). Mas minha cena favorita, com certeza, é aquela cena em que os Beatles descem correndo uma escadaria e a irrompem num campo aberto com "Can't Buy Me Love" ao fundo, é um momento tão irresistível, de tamanho que até hoje me enche de alegria, de um sentimento de estar perto de algo profundamente importante, mas inalcançável. Depois de todos esses anos, eu ainda não sei exatamente o que é esse "algo", mas sinto sua presença quando assisto ao filme. E já assisti algumas vezes. É incrível e contagiante (e acho que sempre será).
Machete Mata
3.1 749Machete Kills não é tão bom quanto o primeiro, mas um filme divertido pra caralho e visualmente interessante. Porém, Machete também sempre será bom por questões de peitos, sangue, pancadaria e cenas de ações improváveis.
Danny Trejo e Robert Rodriguez continuam a maior dupla de cabróns! E fazem uma verdadeira homenagem, traçam uma relação nostálgica ao cinema exploitation dos anos 70.
Machete don't tweet.
Tattoo - Salve Sua Pele
2.7 7Fiquei com medo de ter tatuagens.
Drive
3.9 3,5K Assista AgoraUm dos meus filmes favoritos: "Drive". Soberbo, irretocável. Show de interpretação do ótimo Ryan Gosling. Excelente!
Drive é tipo um filme do GTA/DRIVE ou todos esses jogos de videogame que são de carro em terceira pessoa. Todas as cenas dele andando parecem de direção automobilística o que torna muito emocionante a cada passo, quadro e movimento. É um romance violento em forma de poesia audiovisual.
O protagonista me conquistou, um cara pacato e tímido que
se transforma num assassino violento e inescrupuloso quando mexem com as pessoas que ele ama.
Destaque para todas as cenas em câmeras lentas que me tiraram o fôlego e roubaram meu coração,
especialmente a do beijo no elevador seguido de um assassinato morte épica.
Frozen: Uma Aventura Congelante
3.9 3,0K Assista AgoraAcabei de assistir Frozen e estou apaixonada pelas duas princesas. É um filme da Disney bem fora dos "padrões" de princesas, príncipes e castelos que estamos acostumados a ver. É difícil explicitar ainda mais as poderosas mensagens e metáforas de Frozen sem destruir seu belíssimo e inovador final. Divertidíssimo, emocionante, lindas canções, personagens relevantes e cativantes.
Frozen é abertamente feminista, extremamente progressivo e iconoclasta. As garotas que com ele crescerem já não sonharão com uma vida de frágil princesa ou com um príncipe encantado. Frozen é um conto de fadas de um mundo real, em que os vilões são materializações da intolerância, da solidão e do patriarcalismo. A liberdade do que se isola não é liberdade, aprendi com Frozen.
O visual é um capítulo à parte, com os animadores explorando todas as possibilidades que a palidez da neve e o brilho do cristal proporcionam momentos sublimes (auxiliados ainda por um belo acerto na tecnologia 3D). A cena contendo a canção "Livre Estou", ou "Let it Go" em sua versão original, é magia fílmica pura. Aquela cena é tão poderosa.
Com essa animação, a Disney transforma alguns de seus velhos vícios em piadas (como os casamentos relâmpago entre príncipes e princesas) e subvertante a estrutura dos contos de fada. É uma inovação e tanto no gênero e algo extremamente empolgante de ver e acompanhar em sua forma de evolução. Testemunhar um pedaço da história da arte, uma novidade (e como elas são raras em qualquer arte ou ofício com anos de existência), uma obra que muda as regras do jogo, que floresce no extracampo e vai além de artifícios tecnológicos ou histórias endurecidas. Muito se diz hoje sobre a banalização de elogios hiperbólicos, uma era em que tudo pode ser genial, brilhante, primoroso. Querem que devolvamos os adjetivos para aqueles que realmente merecem? Então, encerremos essa conversa assim:
Frozen é uma obra-prima.
Veronica Mars: O Filme
3.9 353 Assista AgoraO filme de Veronica Mars é como um episódio muito bom da série. Pessoas não familiarizadas vão boiar. E o final
não é feliz, o que é bom.
Bling Ring - A Gangue de Hollywood
3.0 1,7K Assista AgoraAssisti "The Bling Ring" e penso que a história é isso, é baseada em fatos reais e não tinha muito o que a Sofia Coppola fazer, incrementar ou adaptar um roteiro super elaborado. Talvez fosse mesmo a intenção dela deixar ele assim, cru e sem grandes conflitos ou reviravoltas. O filme mostra o lifestyle dessa gangue de adolescentes que almejavam as figuras públicas de Hollywood e se transportam para o "mundo dos ricos e famosos" invadindo suas casas e roubando seus pertences. Sofia Coppola, sempre atenta a temas sobre juventude e alienação, viu na história real a possibilidade de examinar a cultura da celebridade e seu efeito no psicológico dos jovens, bem como seu impacto sobre a sociedade. Ela vem se consolidando como a cineasta do vazio existencial, já que praticamente todos os seus filmes abordam o tema de uma forma ou de outra. A diretora não explica por que os jovens se envolveram nessa atividade, deixando essa dedução para o espectador. Porém, ela fornece algumas dicas. Sofia faz de "The Bling Ring" o raro filme de roubo no qual o ato de roubar não emociona, nem empolga ninguém. O que é proposital, seu estilo distanciado serve perfeitamente para mostrar o vazio daquelas vidas. O filme é repetitivo porque a história (real) é "só" isso. E nos faz refletir sobre as crianças da nossa sociedade contemporânea, mas no fim das contas é uma grande parte desta mesma sociedade que parece estar infantilizada. É o filme mais fraco da Sofia Coppola, sem dúvidas. Mas... Só porque "The Bling Ring" não foi como a maioria queria que fosse não quer dizer que a Sofia é ruim, pelo contrário é interessante ver o modo como ela sempre explora temas sobre a sociedade contemporânea e comportamentos da juventude.
Trapaça
3.4 2,2K Assista AgoraFilme onde as atuações - ótimas - superam o roteiro previsível.
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraMais um filme da série "calando minha boca". Fui assistir Captain Phillips achando que ia ser mais um daqueles filmes em que os americanos saem de heróis no fim. Fui surpreendida.
Acusações de manipulação da história à parte, Captain Phillips é um baita dum filme bacana. Achei realmente bom, mas não que mereça ganhar o Oscar de melhor filme. Tem coisa melhor.
E que atuação gloriosa de Barkhad Abdi em Captain Phillips. Roubou a cena total!
A Grande Beleza
3.9 463 Assista AgoraLa Grande Bellezza é tudo o que se tem dito sobre ele: lindo e grandioso. É um filme de, como o próprio nome já diz, grande beleza. (risos)
Há tempos não via um filme com diálogos tão bem construídos. Os italianos surpreenderam. Toni Servillo está impecável. Cultura, futilidade, charme, decadência, extravagância, crise, Roma... O filme estrangeiro mais elogiado desta safra. E com razão, é fantástico.
Confissões de Adolescente
3.3 652Confissões de Adolescente me surpreendeu. Amei o roteiro e a forma como eles trouxeram a história para os dias de hoje. Essa fase já passou, e é bem verdade que não me encaixo na maioria dos estereótipos explorados no filme mas eles existem, já convivi e sei como são. Aliás, como a adolescência é. Os problemas existem, as dúvidas também e foram tratadas de forma dinâmica e divertida por personagens adolescentes de diferentes fases, momentos e faixa etária. Não é tratada de forma aprofundada, mas também não é superficial. E quem conhece a série da TV Cultura, assistia e acompanhava, entende quais são os temas que o filme vai abordar e dar continuidade. Com isso, achei que cumpriu mais do que com mérito seu papel. Foi uma verdadeira homenagem a incrível série da TV Cultura. Sensação de nostalgia pela série e pela adolescência.
Vou Rifar Meu Coração
4.1 214Quem gosta de documentário e acha interessante a música brega, não pode deixar de assistir "Vou Rifar Meu Coração" com direção de Ana Rieper, é muito humano e sincero! Trata do amor e a paixão sob o olhar do imaginário popular brega, como que a música "brega" norteia e conduz a vida amorosa das pessoas, seus principais interpretes e depoimentos viscerais de pessoas comuns. Uma aula de cinema documental. Sério.
"Minha filha, eu li num livro que a paixão é a coisa mais brega do mundo. Consome o ser humano."
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraQue filme lindo e inspirador.
Gravidade
3.9 5,1K Assista Agora"Gravidade" é um espetáculo visual, porém o drama pessoal não conseguiu me convencer, prejudicando bastante meu envolvimento com o filme. A unidimensionalidade do Matt somada ao background extremamente conveniente para arrancar lágrimas da Ryan me removeram da narrativa. Mas a unidimensional do Clooney é até tranquilo, porque o personagem dele não passa daquilo e por ser mais natural, eu simpatizei com ele. É uma experiência cinematográfica única, repleta de takes lindíssimos. Teria me envolvido sem a tentativa de conferir profundidade à Ryan. Eu acho que nem era o objetivo do filme querer dar profundidade para os personagens mas foi algo que me incomodou. E se não era o objetivo, eu poderia ter vivido sem aquela história
forçada da filha da Ryan
De qualquer forma, foi uma experiência diferente no cinema. E eu quase levantei da poltrona e bati palmas naquele take em que
ela parece um feto na câmara de ar
E sem dúvidas, "Gravidade" foi a maior experiência sensorial que eu já tive numa sala de cinema. Saí da sessão com as pernas bambas.
Matar ou Morrer
4.1 205 Assista AgoraO que seria de um faroeste sem tiros?
Simplificando, a melhor resposta sempre está em Matar ou Morrer, clássico do western norte-americano "culpado" pela completa revolução do gênero, marcando um ponto de transição entre antes e depois de seu lançamento no ano de 1952.
Matar ou Morrer foi feito na época dos primeiros faroestes em cores, a maioria dos westerns trazia um herói durão e inteligente, mais próximo de um personagem de histórias em quadrinhos que de um ser humano real. E então, de repente, apareceu esse filme, filmado em preto e branco sombrio, sem crepúsculos bonitos, nem paisagens montanhosas verdejantes. Em vez disso, um vilarejo pequeno e feio serve como cenário. No centro da história tem outra coisa incomum: um homem que estava com medo de se machucar, e que mostrava isso.
Hoje é difícil de acreditar mas quando Matar ou Morrer foi lançado acusaram o filme de ser antiamericano. Reclamavam do fato de que, naquela história, o suposto herói
abandonava a cidade no final.
Existe coisas maravilhosas e artisticamente refinadas no filme: a maneira como mostra os trilhos de trem vazios, de tempos em tempos. É como uma forma silenciosa e criativa de produzir uma sensação de perigo. Cada vez que vemos os trilhos somos lembrados de que é daquela direção que o mal virá. O mesmo acontece com os relógios. Parecem andar mais devagar, à medida que anoitece. Tudo isso acentuados mais ainda de acordo com a melancólica trilha sonora de Dimitri Tiomkin, os tons de drama e suspense às vezes se revelam como verdadeiros momentos de romance, principalmente pela canção vencedora do Oscar: Do Not Forsake Me, Oh My Darlin'. Além desta constante mudança da sonoridade, a trilha ainda passar a ser irresistível e nos envolver a todo o momento, sobre tudo no final, onde roemos as unhas e nos prendemos na cadeira de tanta tensão. Mais superior do que a sinuosa trilha sonora e as atuações (Gary Cooper dava a impressão de que nem sequer estava interpretando, ou fazendo qualquer coisa. Mas, quando ele aparece na tela, transforma todos os outros em coadjuvantes que simplesmente desaparecem do seu lado), há um dos elementos mais imperceptíveis dentro da sétima-arte: a montagem, ainda mais em um projeto onde um dos fundamentos principais é o tempo, interpretado por um relógio.
Concluindo, além de ser uma enorme compilação de cenas épicas, Matar ou Morrer ainda teve esse prazer de ser o responsável por marcar uma nova faixa de transição entre os diferentes períodos do western, até incluindo o seu nome como um dos maiores da história por ultrapassar até alguns suspenses que não causam tanta tensão como este causou, sendo que
só foram utilizados tiros no frisante e rigoroso duelo final entre o xerife Kane e a gangue de Miller.
Bom, as qualidades técnicas de Matar ou Morrer provaram: filme de faroeste bom não precisa se esbaldar de tiros do início ao fim!
Sabrina
4.1 332 Assista AgoraÉ impressionante como eu fico depois de qualquer filme da Audrey, todas as vezes a mesma sensação de apaixonada.
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraFazia tempo que eu não via um filme de terror tão bom. Não tem nada de clichê ou efeitos exagerados, é apenas atuação e uma sonoplastia
foda para simular as vibrações da casa
A Princesa e o Plebeu
4.3 417 Assista AgoraFilme bom não envelhece nunca, quanto mais os extraordinários como este. Audrey Hepburn maravilhosa como sempre e o filme é encantador.
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista AgoraUm filme que começa com "Be My Baby" das The Ronettes tocando não pode ser ruim.
"Caminhos Perigosos" é um filme que tem muito de ousado, está mais preocupado em mostrar seus personagens do que contar uma trama comum. É um longa de pouca história, mas com muita coisa para contar. Além de marcar a primeira parceria entre Scorsese e Robert De Niro, tem uma trilha sonora incrível que se encaixa perfeitamente no contexto de cada cena, te embala e te prende mais ainda na vida e rotina desses personagens.