Filmão! Suspense de primeira categoria. E essa edição de som, hein? Espetacular. O Homem nas Trevas só peca pelo excesso: seria ainda melhor sem aqueles cinco minutos finais. Vale muito à pena assistir no cinema. Recomendo muito.
O filme possui boas críticas sociais contemporâneas e extremamente pontuais - principalmente em relação às novas tecnologias e redes sociais. Com uma montagem acelerada, uma trilha "atual" e um elenco jovem e carismático, prende a atenção do início ao fim, com cenas de tensão bastante competentes. Nerve peca um pouco em seu desfecho, com pequenas conveniências de roteiro, mas nada que comprometa o conjunto da obra. Para quem curtiu o estilo do plot, recomendo o filme Vidas em Jogo (David Fincher) e a série Black Mirror.
Esperava bem mais do filme. A premissa é excelente, mas peca muito na execução - principalmente nas atuações amadoras. O filme traz várias críticas sociais e raciais bem interessantes, e faz uso de um recurso excelente ao mostrar situações da época escravocrata e em seguida situações análogas na contemporaneidade. Nisso o filme é bem competente. E por isso o filme possui vários seguimentos. Quando há uma narrativa linear, com o maior seguimento do filme, a história não é tão boa. Além disso, o filme faz uso de documentos históricos para expor situações da escravidão, o que faz do filme, pra mim, um falso documentário, mas com uma estética "indecisa", por assim dizer. O filme denuncia também o "falso altruísmo", mostrando uma indústria da caridade ao expor uma filantropia com fins capitalistas, o que é contraditório por definição. Sei que o filme teve baixo orçamento, mas isso não justifica as falhas de direção e as fracas atuações. Apesar disso, dou nota "generosa" por explorar críticas tão pertinentes. E recomendo.
O filme tem vários pontos positivos e faz uso de metáforas geniais que tratam não só de relacionamentos, mas como a estrutura desses funciona no plano social. São várias as imposições não só da sociedade comum, dos casais, como também dos rebeldes solitários. Mas em relação aos casais, vemos que todos apresentados estão juntos por conveniência e que todas as relações são saturadas. As individualidades praticamente não existem nessa distopia. E além da história envolver, apesar do ritmo um pouco lento, o filme é bastante competente tecnicamente também. O uso da câmera é muito bom. De pontos negativos, diria que a atuação do Colin Farrel poderia ser melhor e a trilha exclusiva com violinos fica cansativa do meio pra frente. A comparação constante com Her, filme que adoro, talvez tenha prejudicado um pouco a experiência. Vê-se muitas analogias semelhantes - inclusive o perfil dos protagonistas é bem parecido. A narração em off é bastante charmosa, como tinha citado antes, e a atuação dessa atriz é melhor enquanto narradora do que quando presente em tela.
O final é fantástico! Como o filme mostra a superficialidade daquele casal donos do hotel, e o egoísmo da escolha do homem ao optar pela sobrevivência, vê-se posteriormente um contraponto com nosso casal de protagonistas, ao apresentar o homem como altruísta, permanecendo com a mulher, mesmo com a cegueira. Como na distopia temos a necessidade boba dos casais serem semelhantes, chega a hora da escolha do homem: furar ou não seus olhos. E o filme acaba sem mostrar essa decisão em tela, deixando o final "aberto". Mas pra mim não há dúvidas: a demora dele ao decidir, mostrada no filme, deixa claro que ele não furou os olhos e a abandonou. Mesmo o altruísmo tem limites, e no final todos somos egoístas. Genial!
O mais fraco da franquia, de longe. O filme demora muito a ter alguma ação - algo em torno de 90 minutos, com aquela cena do esgoto -, e depois engrena, diverte um pouco, mas acaba se perdendo. A cena das bombas poderia ser mais melancólica, e depois dela o filme dá um salto temporal absurdo, não mostrando a invasão, de fato, dos rebeldes à capital, e seu sucesso. E daí pra frente só piora. O filme simplesmente passa a ideia de NÃO QUERER acabar, com uma meia hora final totalmente dispensável. O desfecho parece um final de novela da Globo.
Avaliando a franquia, comparando os filmes entre si: 2>1>3>>>4
Uma obra-prima anti guerra. O filme mostra, de forma agoniante, o que a guerra pode causar ao ser humano, não só física, como emocionalmente. São vários trechos que questionam todo o sistema, sendo um mais genial que o outro, e envoltos em metáforas e simbolismos. Além disso, o filme possui um primor técnico invejável. É usual que se tenha o p&b em flashbacks e o presente em cores, mas em Johnny Got His Gun temos o inverso, sendo esta a forma do filme "falar" com a fotografia - tendo esta uma iluminação diferenciada nos flashbacks e sonhos. Cirúrgico. É genial expor uma realidade tão dura por meio de delírios. Chega a ser paradoxal, mas funciona de forma única. Além disso, pode-se ter facilmente mais de uma interpretação do filme. É eficaz ao expor as condições do personagem Joe daquela forma - mutilado, carente de sentidos -, com seu subconsciente dialogando conosco o tempo inteiro, mas ainda nos leva a pensar na simbologia daquele confinamento, daquela incapacidade física do soldado. Um simbolismo forte, já que todos os "médicos" que aparecem no quarto, tomando decisões sobre a vida do Joe, eram oficiais de alta patente. E é assim também na guerra: soldados não tem vez e voz, não tem escolhas, apenas são jogados de um lado pro outro e cumprindo ordens.
E segue vivo o menino Joe! Como tantos outros. Ainda no escuro.
Não é apenas um filme de assalto. O filme aborda várias questões raciais nos EUA no período da guerra do Vietnã, trazendo em seu texto várias vezes a fala, dita por negros: "Não vou lutar essa guerra dos brancos.". Pra quem viu Selma, Ali, ou tem uma boa noção histórica do período, deve saber como os negros se sentiam em relação a tudo isso, já que possuíam poucos direitos sociais e políticos, mas mesmo assim eram explorados pelo Tio Sam. As cenas na guerra são bem interessantes, ainda que com pouca ambientação, e conseguem mostrar bem a barbárie a qual eram submetidos os envolvidos. E nisso temos um protagonista traumatizado com delírios, pesadelos e afins, o personagem do Chris Tucker viciado em drogas e um jovem religioso que, durante a guerra, não passa de um sádico - destaque para esse e sua dualidade. No pós-guerra o filme aborda muito bem o trauma dos personagens, sendo eles deslocados sociais em busca de sucesso através de um assalto a um carro forte. A sequência do assalto é excepcional. Com todas as questões raciais, achei simbólico o fato de alguns se maquiarem de branco para o ato.
Durante a cena de assalto fica claro como o desequilíbrio emocional dos envolvidos prejudica tudo ali. Mesmo a garota que não esteve na guerra, mas perde o controle por estar embebida por uma ideia de revolução.
História envolvente com drama e superação na medida certa. O pugilismo chega a ser pano de fundo para os dramas familiares. A união dos irmãos, mesmo tão diferentes, é algo marcante. A trilha sonora foi escolhida a dedo de forma muito competente, se encaixando perfeitamente em cada cena do filme - com destaque para o personagem cantando "I started a joke", ponto alto do filme. As atuações são competentes, mas a do Bale é excepcional - pra mim tão boa ou melhor quanto em O Operário. Filme emocionante. Recomendo!
O filme nos mostra um policial atípico, mas no bom sentido. Além de ser íntegro e incorruptível, Serpico tinha uma vida social nada usual para um policial, o que fortalece o lado humano do personagem. As transferências de distritos do Serpico poderiam prejudicar a continuidade do filme, mas na verdade serviram para mostrar que aonde ele fosse haveria corrupção a ser combatida, visto que, não só um distrito ou outro, mas o sistema como um todo era corrupto - e o filme é extremamente competente em demonstrar isso. No mais, Serpico é um personagem extremamente carismático e não há como não torcer por ele.
O final teve certa melancolia, com o Serpico se dando mal, mas para mim isso deixou a obra ainda melhor e mais realista - até porque é baseada em fatos reais
A direção do Lumet é competente e o Al Pacino dispensa comentários em mais uma atuação fenomenal. Recomendo demais essa obra!
Incrível! O filme traz um personagem obsessivo e ao mesmo tempo carismático, com seus delírios de grandeza beirando a loucura, mas com um tom cômico único. Alguns momentos, pelo personagem não parecer ter certa empatia e por lhe faltar certa noção de realidade, o filme chega a ser triste, e me deu certa agonia, causando pena do personagem. São várias as sensações passadas, e bem diferentes. É um filme genial de uma das parcerias mais brilhantes da história do cinema - Scorsese e DeNiro. Temos uma atuação impecável do DeNiro, em que ele mostra possuir um repertório pra lá de amplo. O final foi um pouco forçado, mas não desmerece em nada a obra. Muito bom mesmo!
O filme funciona como filme de máfia, policial, e muitas vezes enquanto suspense. Os movimentos de câmera, combinada com uma trilha certas vezes pontual - outras nem tanto -, fortalecem várias cenas que precedem alguma ação, fortalecendo o suspense na trama. As atuações de Sean Connery e Kevin Costner são marcantes, e o DeNiro também funciona muito bem como coadjuvante. Como a trilha divide opiniões, deixo a minha: nas cenas de perseguição ela é mal utilizada, mas em outros é fundamental, lembrando a tensão que há nos westerns antes de algo acontecer realmente.
No mais, diria que a cena da estação foi uma das melhores que já vi. Tecnicamente perfeita. De Palma acertou em quase tudo neste filme e se mostrou um grande esteta do cinema mundial.
Um filme, antes de tudo, sobre culpa. É emocionante. Alguns podem achar as atitudes do Ben altruístas, e talvez até sejam, mas cada ação dele foi calculada para ele sanar a "dívida" que adquirira. O título original, com "pounds", serve pra ilustrar isso quantitativamente. Ele não poderia viver com esse peso, essa culpa.
A diferença é que, ao invés de simplesmente entrar em depressão e cometer suicídio, ele resolveu fazer algo pelas pessoas. Altruísmo. Embora a dívida traga consigo um pouco de egoísmo, afinal, não existe ação totalmente altruísta. Para perceber isso melhor, o Ben não queria nenhum envolvimento duradouro com as pessoas que estava ajudando, mas a situação foge ao controle e, momentos antes do suicídio, ele procura a médica pra saber a situação da Emily. Fica implícito que, se houvesse escapatória pra ela, ele teria desistido do suicídio, já que estava amando - nessa parte fica clara que, antes de tudo, ele estava fazendo aquilo pensando nele também. Então, o filme transita entre momentos de altruísmo e egoísmo, regados pela culpa e um turbilhão de emoções, mas antes de tudo por um personagem humano - no melhor sentido da palavra -, com medos, dúvidas, e uma enorme empatia.
A atuação de Smith é muito boa. O filme possui um roteiro excelente e uma direção competente. Recomendo.
Jovem íntegro se levanta contra o Senado americano, que logo trama uma manobra para derrubá-lo. O filme mostra que, quando o poder não corrompe e o sujeito segue íntegro, logo o sistema tenta sufocar sua voz - e isso torna a trama atemporal, infelizmente. As semelhanças mesmo nos dias de hoje com a política brasileira e dos próprios EUA - assisto House of Cards, hehe - é enorme, mostrando a influência dos empresários sob os governantes e também como a impressa pode ser manipuladora. Como refutação, diria que peca apenas com seu final otimista, mas afinal o filme é do Capra e não poderia ser diferente. Possui um ritmo muito bom, um roteiro genial - mesmo com o patriotismo em excesso, diga-se -, atuações excelentes, principalmente do senhor James Stweart, e direção sempre competente do Capra. Emocionante. Recomendo. Clássico absoluto.
O filme transita entre drama e suspense - até com certa mística infantil em torno do personagem Boo, talvez - algumas vezes prejudicando seu ritmo, mas em seu ponto alto, nos momentos que antecedem o julgamento e durante este, prende o telespectador fortemente. Os diálogos são muito bons, levantando vários questionamentos. É interessante observar que os preconceitos e injustiças sociais presentes no filme, infelizmente, transcendem o tempo, o que faz dessa obra atemporal e um excelente filme jurídico. Após o julgamento, vê-se na obra uma "tentativa de justiça" para alguns, com a morte de determinado personagem, mas para o protagonista - personagem mais "justo" do filme, diga-se -, não houve justiça em momento algum, afinal um homem inocente foi condenado e posteriormente o responsável por isso morrera, mas não houve ética ao acobertarem o que realmente aconteceu. É um excelente filme sobre preconceito, racismo e (in)justiça, e vale muito à pena conferir. Como refutação diria que, mesmo não tendo lido o livro, me pareceu que houve uma tentativa de ser fiel demais à obra, prejudicando seu ritmo em uma mídia diferente. Para quem gosta deste tipo de filme, recomendo também "O Vento Será Sua Herança" e "12 Homens e Uma Sentença".
A forma irônica - e muitas vezes realista, diga-se - como a política militar é retratada nesse filme é genial. O filme aborda bem demais a paranoia dos militares com o comunismo, trazendo um personagem completamente insano para ressaltar isso - que é o general que dá a ordem de ataque, que, por sua vez, aponta como o sistema que podia causar um genocídio estava sujeito a uma falha humana. Chama muita atenção também o comportamento dos generais da sala de guerra, que agiam com extrema infantilidade. O presidente dos EUA, por sua vez, era o mais são da cúpula, e agiu de forma mais humana que os demais. E Kubrick sempre demonstrou essa perda da humanidade com o militarismo. Em relação ao personagem do Dr. Fantástico, cientista deficiente que buscou abrigo nos EUA, vemos que é bastante complexo. Ele, como cientista deficiente (inferior, segundo a filosofia nazi), mesmo sendo deixado de lado pela antiga pátria (isso ficou implícito no filme, a meu ver), ainda assim possui grande devoção ao regime fascista do qual fizera parte, e isso é demonstrado nos momentos em que ele chama o presidente de "Fuher" e também ao não conseguir controlar seu braço direito, usado outrora para a saudação Heil. Ao fim, a cena em que ele se levanta com o maior dos esforços de sua cadeira de rodas e diz "Eu posso andar, meu Fuher.", deixa o simbolismo ainda mais forte. No mais, a obra foi feita depois da Segunda Guerra, e traz duras críticas a esta, e também ao início da rivalidade EUA x Rússia, que só aumentou com o passar dos anos. E Kubrick conseguiu, com esta obra, criticar duas guerras de uma só vez, sem que o filme perdesse o equilíbrio. Se tivesse que fazer uma refutação, diria que alguns alívios cômicos são exagerados, pois pra mim o filme possui uma seriedade enquanto sátira - contraditório, eu sei. É uma obra de arte do maior diretor anti-guerra que esse mundo já viu. Perfeito!
Quem avaliar bem esse filme é só porque é do Kubrick, porque a trama é muito fraca, o roteiro arrastado e com furos e mesmo a trilha é repetitiva e cansativa. Acho que só se salvaram tecnicamente alguns enquadramentos e a fotografia, mas não é grande coisa.
Filmaço! Funciona tanto como drama, como quanto romance. Uma história linda. As explicações de como ele adquiriu conhecimento para as perguntas também é interessante, mostrando como o conhecimento empírico, com experiências de vida, muitas vezes é mais importante que o formal. Além de um roteiro excelente, o filme é tecnicamente muito competente, com uma trilha sonora linda e uma fotografia marcante - a forma como o suor nos rostos dos atores é mostrada, com aquele tom claro, me lembrou muito Cidade de Deus -, e também possui uma montagem interessante, com flashbacks bem pontuais - com atuações marcantes das crianças. Ah, também traz um retrato social da Índia, com suas desigualdades sociais e intolerâncias religiosas. Esse filme é demais e recomendo!
Pura filosofia. Um excelente filme one set que mostra como o cinema independente pode produzir coisas ótimas. A forma como a história se desenvolve é bem cuidadosa, e mesmo o que seriam "furos" são justificáveis pela memória seletiva - chega a ser redundante, na ótica do filme - do personagem. É interessante também que quanto mais a história se desenvolve, mais os ouvintes acreditam nela, e o filme deixa isso perceptível com a negação deles tanto à "crença", quanto aos que passam a questionar de forma simples. Não é muito diferente do que acontece com qualquer religião. No mais, vale muito a experiência para quem gosta desses questionamentos e aprecia um bom roteiro.
"Declaração de princípios..." O filme nos mostra como o poder corrompe. O protagonista inicia cheio de valores morais, mas com o passar do tempo se torna um fetichista obsessivo - seja sua obsessão a coleção de estátuas, a voz da segunda esposa, ou mesmo o jornal. Apesar de demonstrar uma ética jornalística louvável no início, com notícias que prejudicariam até mesmo suas empresas, com o crescimento do jornal e de sua influência esses valores se perdem, mostrando como o poder corrompe - e qual poder é maior que o da influência, certo? O bom moço Kane se torna autoritário, e isso é mostrado em algumas frases do filme como "Deixe que eu me preocupo com o que as pessoas pensam.", como se o que ele divulgasse fosse tomado por verdade absoluta - e isso, infelizmente, acaba sendo real em se tratando de imprensa. Mas mesmo com esse poder todo, o personagem ainda é um sentimental, ainda que não tenha encontrado um amor real como o de sua infância, já que um dos maiores questionamentos do filme é esse - se o amavam por quem ele era ou pelo que ele tinha. De forma geral, o filme é atemporal e nos traz reflexões sobre o papel social da imprensa e também sobre o poder - tanto material, quanto de influências. Além de todas as reflexões e questionamentos, o filme é tecnicamente impecável pra época, com linda fotografia, iluminação, figurino e maquiagem (destaque para esta, muito competente ao retratar o envelhecimento dos personagens). Me chamou atenção também a não-linearidade da trama, já que se passa com várias histórias fragmentadas de outros personagens com o protagonista, todas centradas nele, todavia, e mesmo assim o filme possui um ritmo muito bom.
Um filme que mostra um lado interessante do nazismo e como os judeus com especialidades recebiam tratamento "diferenciado" nos campos de concentração. A forma como o trabalho semita foi explorado em atividades ilegais e o orgulho de alguns é muito interessante. Recomendo não só como filme histórico, mas também por ser excelente enquanto película, com atuações muito boas, montagem e trilha sonora marcantes. Fiquei surpreso.
Fantástico. Um filme de ação em que temos um assassino infantilizado e uma criança madura. Essa inversão de papeis e a relação entre os dois é muito interessante e uma das coisas mais marcantes do filme. Ah, as atuações são excelentes. Gary Oldman está possuído neste filme!
Um filme bem ao estilo Cameron Crowe. O diretor consegue retratar qualquer cotidiano com maestria. Faz da simplicidade sua maior arma. A trilha sonora sempre impecável e a mensagem que passa sobre cotidiano, família e micro sociedade é genial. É um romance muito belo, mas acima de tudo um filme com várias camadas e que nos dá vontade de viver e aproveitar a vida da melhor forma. Incrível, me surpreendeu.
Que filme belo! A fotografia, trilha e afins são perfeitas. Visualmente impecável. Além disso o roteiro é interessantíssimo e nos conta a gênese do cinema de forma fantasiosa e muito bonita. Uma belíssima homenagem do grande Martin Scorsese ao pioneiro do cinema mundial Georges Méliès.
Um filme bem divertido. Fui assistir esperando um dramalhão e acabei me deparando com uma comédia foda. É antes de tudo um filme sobre uma relação de amizade pura. E mostra também a forma como devemos tratar pessoas com necessidades especiais. Interessantíssimo.
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraFilmão! Suspense de primeira categoria. E essa edição de som, hein? Espetacular. O Homem nas Trevas só peca pelo excesso: seria ainda melhor sem aqueles cinco minutos finais. Vale muito à pena assistir no cinema. Recomendo muito.
Nerve: Um Jogo Sem Regras
3.3 1,2K Assista AgoraO filme possui boas críticas sociais contemporâneas e extremamente pontuais - principalmente em relação às novas tecnologias e redes sociais. Com uma montagem acelerada, uma trilha "atual" e um elenco jovem e carismático, prende a atenção do início ao fim, com cenas de tensão bastante competentes. Nerve peca um pouco em seu desfecho, com pequenas conveniências de roteiro, mas nada que comprometa o conjunto da obra. Para quem curtiu o estilo do plot, recomendo o filme Vidas em Jogo (David Fincher) e a série Black Mirror.
Quanto Vale ou É por Quilo?
4.0 253Esperava bem mais do filme. A premissa é excelente, mas peca muito na execução - principalmente nas atuações amadoras. O filme traz várias críticas sociais e raciais bem interessantes, e faz uso de um recurso excelente ao mostrar situações da época escravocrata e em seguida situações análogas na contemporaneidade. Nisso o filme é bem competente. E por isso o filme possui vários seguimentos. Quando há uma narrativa linear, com o maior seguimento do filme, a história não é tão boa. Além disso, o filme faz uso de documentos históricos para expor situações da escravidão, o que faz do filme, pra mim, um falso documentário, mas com uma estética "indecisa", por assim dizer. O filme denuncia também o "falso altruísmo", mostrando uma indústria da caridade ao expor uma filantropia com fins capitalistas, o que é contraditório por definição. Sei que o filme teve baixo orçamento, mas isso não justifica as falhas de direção e as fracas atuações. Apesar disso, dou nota "generosa" por explorar críticas tão pertinentes. E recomendo.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraO filme tem vários pontos positivos e faz uso de metáforas geniais que tratam não só de relacionamentos, mas como a estrutura desses funciona no plano social. São várias as imposições não só da sociedade comum, dos casais, como também dos rebeldes solitários. Mas em relação aos casais, vemos que todos apresentados estão juntos por conveniência e que todas as relações são saturadas. As individualidades praticamente não existem nessa distopia. E além da história envolver, apesar do ritmo um pouco lento, o filme é bastante competente tecnicamente também. O uso da câmera é muito bom. De pontos negativos, diria que a atuação do Colin Farrel poderia ser melhor e a trilha exclusiva com violinos fica cansativa do meio pra frente. A comparação constante com Her, filme que adoro, talvez tenha prejudicado um pouco a experiência. Vê-se muitas analogias semelhantes - inclusive o perfil dos protagonistas é bem parecido. A narração em off é bastante charmosa, como tinha citado antes, e a atuação dessa atriz é melhor enquanto narradora do que quando presente em tela.
O final é fantástico! Como o filme mostra a superficialidade daquele casal donos do hotel, e o egoísmo da escolha do homem ao optar pela sobrevivência, vê-se posteriormente um contraponto com nosso casal de protagonistas, ao apresentar o homem como altruísta, permanecendo com a mulher, mesmo com a cegueira. Como na distopia temos a necessidade boba dos casais serem semelhantes, chega a hora da escolha do homem: furar ou não seus olhos. E o filme acaba sem mostrar essa decisão em tela, deixando o final "aberto". Mas pra mim não há dúvidas: a demora dele ao decidir, mostrada no filme, deixa claro que ele não furou os olhos e a abandonou. Mesmo o altruísmo tem limites, e no final todos somos egoístas. Genial!
Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
3.6 1,9K Assista AgoraO mais fraco da franquia, de longe. O filme demora muito a ter alguma ação - algo em torno de 90 minutos, com aquela cena do esgoto -, e depois engrena, diverte um pouco, mas acaba se perdendo. A cena das bombas poderia ser mais melancólica, e depois dela o filme dá um salto temporal absurdo, não mostrando a invasão, de fato, dos rebeldes à capital, e seu sucesso. E daí pra frente só piora. O filme simplesmente passa a ideia de NÃO QUERER acabar, com uma meia hora final totalmente dispensável. O desfecho parece um final de novela da Globo.
Avaliando a franquia, comparando os filmes entre si: 2>1>3>>>4
Johnny Vai à Guerra
4.3 189Uma obra-prima anti guerra. O filme mostra, de forma agoniante, o que a guerra pode causar ao ser humano, não só física, como emocionalmente. São vários trechos que questionam todo o sistema, sendo um mais genial que o outro, e envoltos em metáforas e simbolismos. Além disso, o filme possui um primor técnico invejável. É usual que se tenha o p&b em flashbacks e o presente em cores, mas em Johnny Got His Gun temos o inverso, sendo esta a forma do filme "falar" com a fotografia - tendo esta uma iluminação diferenciada nos flashbacks e sonhos. Cirúrgico. É genial expor uma realidade tão dura por meio de delírios. Chega a ser paradoxal, mas funciona de forma única.
Além disso, pode-se ter facilmente mais de uma interpretação do filme. É eficaz ao expor as condições do personagem Joe daquela forma - mutilado, carente de sentidos -, com seu subconsciente dialogando conosco o tempo inteiro, mas ainda nos leva a pensar na simbologia daquele confinamento, daquela incapacidade física do soldado. Um simbolismo forte, já que todos os "médicos" que aparecem no quarto, tomando decisões sobre a vida do Joe, eram oficiais de alta patente. E é assim também na guerra: soldados não tem vez e voz, não tem escolhas, apenas são jogados de um lado pro outro e cumprindo ordens.
E segue vivo o menino Joe! Como tantos outros. Ainda no escuro.
Ambição em Alta Voltagem
3.5 24Não é apenas um filme de assalto. O filme aborda várias questões raciais nos EUA no período da guerra do Vietnã, trazendo em seu texto várias vezes a fala, dita por negros: "Não vou lutar essa guerra dos brancos.". Pra quem viu Selma, Ali, ou tem uma boa noção histórica do período, deve saber como os negros se sentiam em relação a tudo isso, já que possuíam poucos direitos sociais e políticos, mas mesmo assim eram explorados pelo Tio Sam. As cenas na guerra são bem interessantes, ainda que com pouca ambientação, e conseguem mostrar bem a barbárie a qual eram submetidos os envolvidos. E nisso temos um protagonista traumatizado com delírios, pesadelos e afins, o personagem do Chris Tucker viciado em drogas e um jovem religioso que, durante a guerra, não passa de um sádico - destaque para esse e sua dualidade. No pós-guerra o filme aborda muito bem o trauma dos personagens, sendo eles deslocados sociais em busca de sucesso através de um assalto a um carro forte. A sequência do assalto é excepcional. Com todas as questões raciais, achei simbólico o fato de alguns se maquiarem de branco para o ato.
Durante a cena de assalto fica claro como o desequilíbrio emocional dos envolvidos prejudica tudo ali. Mesmo a garota que não esteve na guerra, mas perde o controle por estar embebida por uma ideia de revolução.
"Este é o Tio Sam. Dinheiro pra queimar."
O Vencedor
4.0 1,3K Assista AgoraHistória envolvente com drama e superação na medida certa. O pugilismo chega a ser pano de fundo para os dramas familiares. A união dos irmãos, mesmo tão diferentes, é algo marcante. A trilha sonora foi escolhida a dedo de forma muito competente, se encaixando perfeitamente em cada cena do filme - com destaque para o personagem cantando "I started a joke", ponto alto do filme. As atuações são competentes, mas a do Bale é excepcional - pra mim tão boa ou melhor quanto em O Operário. Filme emocionante. Recomendo!
Serpico
4.1 276 Assista AgoraO filme nos mostra um policial atípico, mas no bom sentido. Além de ser íntegro e incorruptível, Serpico tinha uma vida social nada usual para um policial, o que fortalece o lado humano do personagem. As transferências de distritos do Serpico poderiam prejudicar a continuidade do filme, mas na verdade serviram para mostrar que aonde ele fosse haveria corrupção a ser combatida, visto que, não só um distrito ou outro, mas o sistema como um todo era corrupto - e o filme é extremamente competente em demonstrar isso. No mais, Serpico é um personagem extremamente carismático e não há como não torcer por ele.
O final teve certa melancolia, com o Serpico se dando mal, mas para mim isso deixou a obra ainda melhor e mais realista - até porque é baseada em fatos reais
A direção do Lumet é competente e o Al Pacino dispensa comentários em mais uma atuação fenomenal. Recomendo demais essa obra!
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraIncrível! O filme traz um personagem obsessivo e ao mesmo tempo carismático, com seus delírios de grandeza beirando a loucura, mas com um tom cômico único. Alguns momentos, pelo personagem não parecer ter certa empatia e por lhe faltar certa noção de realidade, o filme chega a ser triste, e me deu certa agonia, causando pena do personagem. São várias as sensações passadas, e bem diferentes. É um filme genial de uma das parcerias mais brilhantes da história do cinema - Scorsese e DeNiro. Temos uma atuação impecável do DeNiro, em que ele mostra possuir um repertório pra lá de amplo. O final foi um pouco forçado, mas não desmerece em nada a obra. Muito bom mesmo!
Os Intocáveis
4.2 841 Assista AgoraO filme funciona como filme de máfia, policial, e muitas vezes enquanto suspense. Os movimentos de câmera, combinada com uma trilha certas vezes pontual - outras nem tanto -, fortalecem várias cenas que precedem alguma ação, fortalecendo o suspense na trama. As atuações de Sean Connery e Kevin Costner são marcantes, e o DeNiro também funciona muito bem como coadjuvante. Como a trilha divide opiniões, deixo a minha: nas cenas de perseguição ela é mal utilizada, mas em outros é fundamental, lembrando a tensão que há nos westerns antes de algo acontecer realmente.
No mais, diria que a cena da estação foi uma das melhores que já vi. Tecnicamente perfeita. De Palma acertou em quase tudo neste filme e se mostrou um grande esteta do cinema mundial.
Sete Vidas
4.0 1,8K Assista AgoraUm filme, antes de tudo, sobre culpa. É emocionante. Alguns podem achar as atitudes do Ben altruístas, e talvez até sejam, mas cada ação dele foi calculada para ele sanar a "dívida" que adquirira. O título original, com "pounds", serve pra ilustrar isso quantitativamente. Ele não poderia viver com esse peso, essa culpa.
A diferença é que, ao invés de simplesmente entrar em depressão e cometer suicídio, ele resolveu fazer algo pelas pessoas. Altruísmo. Embora a dívida traga consigo um pouco de egoísmo, afinal, não existe ação totalmente altruísta. Para perceber isso melhor, o Ben não queria nenhum envolvimento duradouro com as pessoas que estava ajudando, mas a situação foge ao controle e, momentos antes do suicídio, ele procura a médica pra saber a situação da Emily. Fica implícito que, se houvesse escapatória pra ela, ele teria desistido do suicídio, já que estava amando - nessa parte fica clara que, antes de tudo, ele estava fazendo aquilo pensando nele também. Então, o filme transita entre momentos de altruísmo e egoísmo, regados pela culpa e um turbilhão de emoções, mas antes de tudo por um personagem humano - no melhor sentido da palavra -, com medos, dúvidas, e uma enorme empatia.
A atuação de Smith é muito boa. O filme possui um roteiro excelente e uma direção competente. Recomendo.
A Mulher Faz o Homem
4.3 172 Assista AgoraJovem íntegro se levanta contra o Senado americano, que logo trama uma manobra para derrubá-lo. O filme mostra que, quando o poder não corrompe e o sujeito segue íntegro, logo o sistema tenta sufocar sua voz - e isso torna a trama atemporal, infelizmente. As semelhanças mesmo nos dias de hoje com a política brasileira e dos próprios EUA - assisto House of Cards, hehe - é enorme, mostrando a influência dos empresários sob os governantes e também como a impressa pode ser manipuladora. Como refutação, diria que peca apenas com seu final otimista, mas afinal o filme é do Capra e não poderia ser diferente. Possui um ritmo muito bom, um roteiro genial - mesmo com o patriotismo em excesso, diga-se -, atuações excelentes, principalmente do senhor James Stweart, e direção sempre competente do Capra. Emocionante. Recomendo. Clássico absoluto.
"Parece que essa é outra causa perdida, Mr. Paine."
O Sol É Para Todos
4.3 414 Assista AgoraPode conter spoilers.
O filme transita entre drama e suspense - até com certa mística infantil em torno do personagem Boo, talvez - algumas vezes prejudicando seu ritmo, mas em seu ponto alto, nos momentos que antecedem o julgamento e durante este, prende o telespectador fortemente. Os diálogos são muito bons, levantando vários questionamentos. É interessante observar que os preconceitos e injustiças sociais presentes no filme, infelizmente, transcendem o tempo, o que faz dessa obra atemporal e um excelente filme jurídico. Após o julgamento, vê-se na obra uma "tentativa de justiça" para alguns, com a morte de determinado personagem, mas para o protagonista - personagem mais "justo" do filme, diga-se -, não houve justiça em momento algum, afinal um homem inocente foi condenado e posteriormente o responsável por isso morrera, mas não houve ética ao acobertarem o que realmente aconteceu. É um excelente filme sobre preconceito, racismo e (in)justiça, e vale muito à pena conferir. Como refutação diria que, mesmo não tendo lido o livro, me pareceu que houve uma tentativa de ser fiel demais à obra, prejudicando seu ritmo em uma mídia diferente. Para quem gosta deste tipo de filme, recomendo também "O Vento Será Sua Herança" e "12 Homens e Uma Sentença".
Dr. Fantástico
4.2 665 Assista AgoraA forma irônica - e muitas vezes realista, diga-se - como a política militar é retratada nesse filme é genial. O filme aborda bem demais a paranoia dos militares com o comunismo, trazendo um personagem completamente insano para ressaltar isso - que é o general que dá a ordem de ataque, que, por sua vez, aponta como o sistema que podia causar um genocídio estava sujeito a uma falha humana. Chama muita atenção também o comportamento dos generais da sala de guerra, que agiam com extrema infantilidade. O presidente dos EUA, por sua vez, era o mais são da cúpula, e agiu de forma mais humana que os demais. E Kubrick sempre demonstrou essa perda da humanidade com o militarismo. Em relação ao personagem do Dr. Fantástico, cientista deficiente que buscou abrigo nos EUA, vemos que é bastante complexo. Ele, como cientista deficiente (inferior, segundo a filosofia nazi), mesmo sendo deixado de lado pela antiga pátria (isso ficou implícito no filme, a meu ver), ainda assim possui grande devoção ao regime fascista do qual fizera parte, e isso é demonstrado nos momentos em que ele chama o presidente de "Fuher" e também ao não conseguir controlar seu braço direito, usado outrora para a saudação Heil. Ao fim, a cena em que ele se levanta com o maior dos esforços de sua cadeira de rodas e diz "Eu posso andar, meu Fuher.", deixa o simbolismo ainda mais forte. No mais, a obra foi feita depois da Segunda Guerra, e traz duras críticas a esta, e também ao início da rivalidade EUA x Rússia, que só aumentou com o passar dos anos. E Kubrick conseguiu, com esta obra, criticar duas guerras de uma só vez, sem que o filme perdesse o equilíbrio. Se tivesse que fazer uma refutação, diria que alguns alívios cômicos são exagerados, pois pra mim o filme possui uma seriedade enquanto sátira - contraditório, eu sei. É uma obra de arte do maior diretor anti-guerra que esse mundo já viu. Perfeito!
A Morte Passou por Perto
3.3 142Quem avaliar bem esse filme é só porque é do Kubrick, porque a trama é muito fraca, o roteiro arrastado e com furos e mesmo a trilha é repetitiva e cansativa. Acho que só se salvaram tecnicamente alguns enquadramentos e a fotografia, mas não é grande coisa.
Quem Quer Ser um Milionário?
4.0 2,4K Assista AgoraFilmaço! Funciona tanto como drama, como quanto romance. Uma história linda. As explicações de como ele adquiriu conhecimento para as perguntas também é interessante, mostrando como o conhecimento empírico, com experiências de vida, muitas vezes é mais importante que o formal. Além de um roteiro excelente, o filme é tecnicamente muito competente, com uma trilha sonora linda e uma fotografia marcante - a forma como o suor nos rostos dos atores é mostrada, com aquele tom claro, me lembrou muito Cidade de Deus -, e também possui uma montagem interessante, com flashbacks bem pontuais - com atuações marcantes das crianças. Ah, também traz um retrato social da Índia, com suas desigualdades sociais e intolerâncias religiosas. Esse filme é demais e recomendo!
D: Estava Escrito!
O Homem da Terra
4.0 454 Assista AgoraPura filosofia. Um excelente filme one set que mostra como o cinema independente pode produzir coisas ótimas. A forma como a história se desenvolve é bem cuidadosa, e mesmo o que seriam "furos" são justificáveis pela memória seletiva - chega a ser redundante, na ótica do filme - do personagem. É interessante também que quanto mais a história se desenvolve, mais os ouvintes acreditam nela, e o filme deixa isso perceptível com a negação deles tanto à "crença", quanto aos que passam a questionar de forma simples. Não é muito diferente do que acontece com qualquer religião. No mais, vale muito a experiência para quem gosta desses questionamentos e aprecia um bom roteiro.
Cidadão Kane
4.3 990 Assista Agora"Declaração de princípios..."
O filme nos mostra como o poder corrompe. O protagonista inicia cheio de valores morais, mas com o passar do tempo se torna um fetichista obsessivo - seja sua obsessão a coleção de estátuas, a voz da segunda esposa, ou mesmo o jornal. Apesar de demonstrar uma ética jornalística louvável no início, com notícias que prejudicariam até mesmo suas empresas, com o crescimento do jornal e de sua influência esses valores se perdem, mostrando como o poder corrompe - e qual poder é maior que o da influência, certo? O bom moço Kane se torna autoritário, e isso é mostrado em algumas frases do filme como "Deixe que eu me preocupo com o que as pessoas pensam.", como se o que ele divulgasse fosse tomado por verdade absoluta - e isso, infelizmente, acaba sendo real em se tratando de imprensa. Mas mesmo com esse poder todo, o personagem ainda é um sentimental, ainda que não tenha encontrado um amor real como o de sua infância, já que um dos maiores questionamentos do filme é esse - se o amavam por quem ele era ou pelo que ele tinha. De forma geral, o filme é atemporal e nos traz reflexões sobre o papel social da imprensa e também sobre o poder - tanto material, quanto de influências. Além de todas as reflexões e questionamentos, o filme é tecnicamente impecável pra época, com linda fotografia, iluminação, figurino e maquiagem (destaque para esta, muito competente ao retratar o envelhecimento dos personagens). Me chamou atenção também a não-linearidade da trama, já que se passa com várias histórias fragmentadas de outros personagens com o protagonista, todas centradas nele, todavia, e mesmo assim o filme possui um ritmo muito bom.
Os Falsários
4.0 190 Assista AgoraUm filme que mostra um lado interessante do nazismo e como os judeus com especialidades recebiam tratamento "diferenciado" nos campos de concentração. A forma como o trabalho semita foi explorado em atividades ilegais e o orgulho de alguns é muito interessante. Recomendo não só como filme histórico, mas também por ser excelente enquanto película, com atuações muito boas, montagem e trilha sonora marcantes. Fiquei surpreso.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraFantástico. Um filme de ação em que temos um assassino infantilizado e uma criança madura. Essa inversão de papeis e a relação entre os dois é muito interessante e uma das coisas mais marcantes do filme. Ah, as atuações são excelentes. Gary Oldman está possuído neste filme!
Tudo Acontece em Elizabethtown
3.6 1,0K Assista AgoraUm filme bem ao estilo Cameron Crowe. O diretor consegue retratar qualquer cotidiano com maestria. Faz da simplicidade sua maior arma. A trilha sonora sempre impecável e a mensagem que passa sobre cotidiano, família e micro sociedade é genial. É um romance muito belo, mas acima de tudo um filme com várias camadas e que nos dá vontade de viver e aproveitar a vida da melhor forma. Incrível, me surpreendeu.
A Invenção de Hugo Cabret
4.0 3,6K Assista AgoraQue filme belo! A fotografia, trilha e afins são perfeitas. Visualmente impecável. Além disso o roteiro é interessantíssimo e nos conta a gênese do cinema de forma fantasiosa e muito bonita. Uma belíssima homenagem do grande Martin Scorsese ao pioneiro do cinema mundial Georges Méliès.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraUm filme bem divertido. Fui assistir esperando um dramalhão e acabei me deparando com uma comédia foda. É antes de tudo um filme sobre uma relação de amizade pura. E mostra também a forma como devemos tratar pessoas com necessidades especiais. Interessantíssimo.