Já fazia muito tempo que não sentia tudo o que senti ao assistir esse filme: de frio á lagrimas, de gosto de sangue na boca à contemplação. Talvez essa seja essa a expressão que resuma o que eu trouxe de ontem à noite: a contemplação do belo.
Um filme irretocável, que te trás a força para um caixão branco de neve, que te enterra vivo, que te faz sentir o frio do metal enferrujado de uma lamina no peito. Te trás para a cabeça de um diretor que quer que você conheça uma historia da forma mais carnal possível, te trás pra mente de vilão tão complexo quanto à própria natureza que o cerca... Pra mente de um homem com um código de conduta inviolável, com um único sentimento no coração capaz de mover todo um corpo apodrecido.
Longo mas sem enfadar. Com sequencias angustiantes, quase que intermináveis, que nos mantém com as pontas dos dedos formigando na poltrona, seguidas de paradas abruptas para respirar e recuperar o fôlego. Fôlego... Essa é a palavra chave do filme que nos estrangula com neve ate os olhos, sangue na garganta e com um urso de meia tonelada sobre nós. Alejandro González coloca a câmera em nossas mãos e nos permite olharmos para onde quisermos. Nos deixa sentir o hálito gelado de seus personagens, nos força a sentir o desespero e ódio só olhando aos seus olhos iluminados pela fogueira.
Uma direção de arte que merece todos os elogios possíveis, aliada a uma fotografia que nos engole a cada panorama e nos cega, deixando cada espectador minúsculo. A trilha sonora acompanha as batidas do coração do filme, cadencia as ondulações do ritmo e quase que dita as transições. Como capítulos de um livro, a montagem de Mirrione faz essas transições de cenas serem perfeitas, nos dando tempo para respirar e tomar uma água (mas rápido).
Meus mais sinceros elogios a toda a equipe. Um trabalho duro, difícil, quase que por todo ao limite físico e psicológico do frio e cansaço. Câmeras colocadas em alturas absurdas e outras dentro dos olhos dos personagens. Ao elenco, simplesmente sublime, todos os merecidos prêmios até aqui (e todos que ainda virão em breve, com certeza!). Tom Hardy se desfigurou no papel de um vilão extremamente complexo, dotado de uma lógica muitas vezes irrefutável, uma razão quase que afetuosa, consumido por um instinto de sobrevivência sem limites de um parasita e movido por uma ambição visceral. De longe, mais muito de longe, o melhor trabalho dele ate aqui. Todos os elogios ao jovem William Jack Poulter serão poucos a esse trabalho. A Neve trouxe alma e vida aquela cara de delinquente juvenil.
(e um parágrafo só pra ele...)
Não há como resumir o que DiCaprio fez nesse filme. Seguindo a minha teoria, que a ele faltava uma obra grandiosa, O Regresso faz de Leonardo DiCaprio não só o centro das atenções de um filme perfeito, mas o rastilho de pólvora, a artéria central de uma historia fantástica. Em todo o filme, não consegui sentir uma unica gota de esperança em Glass, apenas o instinto de se levantar e seguir, sangue na garanta e no olhar. DiCaprio me arrepiou a trazer um homem que não tinha nenhuma vontade de sobreviver, apenas viver o bastante pra se vingar. E (o que achei mais perfeito em tudo) mostrar que esta acima dessa própria vingança. Os dois se completam quase que ao mesmo peso (o Leonardo e o filme), é como se um não existisse com mesmo brilho e intensidade sem o outro. DiCaprio é o coração e sangue quente do imenso corpo gelado que é O Regresso. De um lado a natureza “Deus” (punitiva e redentora) e do outro o homem “Deus” (amoroso e vingativo). Uma atuação onde todos os sentidos de Leonardo DiCaprio estavam irreconhecíveis: perfeitos, simplesmente perfeitos. Como as feridas do personagem, todos os sentimentos dele estavam amostra, em carne viva. Um Olhar que não me sai da mente...
Mas que um filme feito com um amor e dedicação maternal, uma historia a ser contada pelo que esses atores e Diretor fizeram dela: uma obra belíssima. Não é um filme de um homem contra a natureza, ela só esta no caminho dele. Nem de um homem querendo justiça, homens morrem. É de um espírito querendo vingança, devolver a ordem natural das coisas, se ver livre de si mesmo.
Um diretor mais que sensível, um elenco incrivelmente profissional, um ator gigantesco, uma historia fantástica... Um filme inesquecível.
Com uma linguagem simples, mas incrivelmente poética, quase como a de um conto, o filme é delicado e profundo em todas as suas sequências. De uma narrativa quase que de um livro, conta a historia de um casal diante de uma crise conjugal, desencadeada por uma tragédia recente. Um casal que encontra uma nova forma de ver as coisas a partir da ajuda de um jovem visitante, o pequeno Eli.
Com uma atuação maravilhosa do talentosíssimo e promissor Maurice Cole, Eli, o filme encanta com todas as qualidades dos melhores contos de fadas. Levando-nos a reflexões sobre nossos valores familiares, nossas motivações e principalmente sobre amor que existe entre pais e filhos de uma forma mais que emocionante, mas inspiradora.
Também numa boa atuação, Toni Collette nos envolve no papel de uma frágil mãe que se martiriza em seu drama pessoal mas que busca uma saída para salvar seu casamento. Também gostei do Ioan Gruffudd, num papel um pouco além do ele esta acostuma a fazer, o de intelectual bem humorado, como o pai relativamente relaxado que também com problemas pessoas que interferem em seu relacionamento com a esposa.
Com um enredo simples, mas com uma boa dose de humor e até mistério, o filme não é só para pais e mães, mas para a família inteira. Para todos que precisam de inspiração na vida, um motivação para enxergamos o além do óbvio em nosso trabalho, em nossos relacionamentos, em nos mesmos.
Apenas morde-assopra (Morde devagar, e assopra com força!)
Nada mais clichê do que duas pessoas de histórias, formações, criações e ambições totalmente diferentes que se conhecem ao acaso, se apaixonam e tentam lidar com o tórrido conflito amoroso entre eles, tendo como pano de fundo o sexo. Mas introduzir o sadomasoquismo na historia, pareceu ser uma boa sacada para se criar um novo conceito...só que não!
Trama fraca (que por duas horas corra atrás do próprio rabo, sem evoluir), diálogos pobres, narrativa confusa e contraditória. Numa tentativa de ampliar o público, e agradar gregos e troianos, conseguiu ser pior que o livro. Uma adaptação limitada na tentativa de ampliar a mídia da trilogia original. Que a meu ver, só conseguiu agradar as Anastasias da vida, e olhe la!
Christian Gray, uma estranha mistura de Tony Stark, 007 e Rei do Camarote, se mostra um personagem contraditório (diferente de misterioso, como seria talvez a intenção) e contido ( em vez de discreto). Onde seus sérios problemas psicológicos não o tornam aquele charmoso e intimidador maníaco compulsivo (como acontece com os bons personagens do gênero em bons filmes), e sim uma figura digna de antipatia. Como se Gray fizesse uma interpretação ruim, de um personagem de si mesmo. Com uma atuação robótica, beirando um ator de novelas de Record, Jamie Dornan se mostra tudo, menos envolvente em sua atuação tensionada. Com falas que abusam das frases de efeito, o personagem nos cansa com seu explicito comportamento confuso. Dakota Johnson, Anastasia, em uma atuação um pouco menos ruim. Interpreta uma mistura enjoada e sussurrante de ninfeta indefesa hentai com a Baby de Dirty Dancing. Mas conseguiu ser mais convincente.
Nudez explicita? A intenção foi boa. Não houve uma considerável evolução das cenas de sexo, descritas de maneira, ate certo ponto, risível, no livro. Chega a ser constrangedor, ver o cuidado puritano e “agressividade” contida de alguém que se autopromove, ao dizer que “fode com força”.
Na verdade, o filme não trouxe nada de novo, nenhuma tendência, nenhuma nova forma de contar histórias de romances eróticos. Nada.
Na minha sincera opinião: um filme conservador e medíocre. Previsível e enfadonho, diálogos rasos, sexo cuidadosamente calculado (câmera lenta pra diminuir o choque das açoitadas, que não deixam marcas) e limpo (ninguém soa?). Ambientes excessivamente detalhados, quem em cenas fracas, nos convida a contempla-los e deixar de lado os dois personagens em uma dança do acasalamento verbal.
Como a temática BDSM beirando a ingenuidade, não ouve nenhuma quebra de tabu. Na verdade, houve um retrocesso para o gênero, uma vez que o filme, de forma bem antiquada e estereotipada, tenta justificar o fetiche de Gray com uma patologia sociopata.
Com todas as ferramentas para ser instigante, o filme é previsível ao ponto de ser desinteressante...
Muito bom filme! Não é fácil retratar uma das mais épicas historias da humanidade, com tantos fenômenos extraordinários, de forma tão realista, e além do mais...mantendo o máximo de repeito possível por essa história toda!
Um trabalho ousado. Faz uma mistura bem romântica e charmosa das versões Bíblica e Apócrifa. Adianto que, quem está acostumado com leitura tradicional cristã, ou até mesmo a judaica, pode ficar deslocado na maneira como Scott aborda as sequencias mais apoteóticas da história original. Aos que são bastante apegados ao tradicionalismo religioso, e que desconhece ou negligenciam informações sobre estudos históricos da época, deverão ficar bem incomodados com as colocações, e ao pouco “protagonismo de Deus” em algumas sequências...mas calma gente, entendam a mensagem!
Achei encantador os diálogos entre Moisés e Deus. A maneira como transparece a conversa entre dois amigos, que apesar de tantas diferenças, se respeitam e confiam um no outro. Inovador para o contexto Deus-e-homem.
Como já era de se esperar: excelentes efeitos visuais, e fotografia também, direção de arte impecável e trilha sonora marcante. Lamentavelmente, não foram reconhecidos pela Academia. Ainda não consigo deixar de enxergar o Batman no Bale, mas achei simpática a sua versão de Moises. Até porque, a proposta era revelar um novo perfil do protagonista: o guerreiro, o pai de família, o homem que tem duvida sobre o que se deve ou não fazer, diante de uma grande missão. E a referencia mais marcante da atualidade, no gênero, é ele. Então acabou sendo uma boa escolha. Não sou muito fã do Joel Adgerton, mas gostei da soberba dele como Ramses. Teve Sigourney Weaver, num papel tão mais ou menos, que ela não precisa ter feito. E esperava mais do papel do Ben Kingsley.
Com um bom arremate, romântico, como sempre tem os filmes épicos do Ridley Scott, nos tira aquele sorrisinho no final. Um filme que, na minha opinião, aproximam mais ainda os homens de sua religiosidade, por tornar Moises um homem possível, mesmo sendo único. Tornando a história do Êxodo, não só uma historia simplesmente extraordinária, mas também algo que pode acontecer em nossas vidas.
Não posso deixar de encerrar minha crítica, sem falar da abertura do Mar Vermelho: simplesmente espetacular! É de arrepiar, e encantar os olhos. Ele tira o “impossível”, para colocar o “provável”, sem deixar de ser incrível, de ser divino. E é ai que esta, pra mim, a beleza do filme!
Quanto Christopher Nolan aceitou o desafio de recriar o conceito de Batman, após sucessivas sequências fracassadas do personagem, por mais que se confiasse na já conhecida pegada épica do diretor, não se imaginaria que ele não só, criaria um novo conceito para o homem-morcego, mas que mudaria a maneira de se fazer filmes de super-herói dos anos seguintes.
O Batman de Nolan trouxe um ambiente mais frio e realista para os filmes do gênero, ao apresentar em Begins, personagens densos, como sentimentos obscuros, rancorosos e vingativos. Muito mais que ação, ele pôs a mesa confrontos ideológicos e crenças fundamentadas em coisas muito mais palpáveis e identificáveis para nós, do que uma simples luta entre o bem e o mal.
O Cavaleiro das Trevas mais que deu continuidade a isso, superou de uma forma brilhante toda a guinada do seu antecessor. O filme vai muito mais além do que apenas a épica luta de um justiceiro solitário (no universo de Nolan, nem tão solitário assim), ele trás todo um complexo confronto ideológico e filosófico sobre tudo o que cerca o ser humano, em relação aos seus medos e virtudes, sociais e individuais. Tudo orquestrado por seus dois mais iconoclasticos personagens, Batman e Coringa.
O filme nos deixa sem fôlego, do primeiro ao ultimo minuto. Com sequências eletrizantes e sufocantes, o filme se enquadra na categoria das melhores obras policias, de aventura e ação já criadas. Com diálogos pesadíssimos, quem vão de Nietzsche à teoria do Caos, o filme brinca e confunde conceitos, que ate então nos filmes convencionais de super-heróis eram intocáveis, como a moral e o senso de justiça por exemplo.
A irretocável e inquestionável atuação de Heath Legder nos coloca numa posição desconfortável, que é de torcer pelo vilão. Ele elevou, em minha opinião, seu personagem ao nível mais alto dos vilões psicopatas interpretados até hoje (uma prateleira abaixo da que se encontra Hannibal Lacter, por exemplo rs). Prendendo-nos a cada uma de suas falas, nos mantendo vidrados em cada um de seus raciocínios sobre a natureza humana, nos divertindo. Uma das mais extraordinárias recriações do cinema, até hoje. Deixando uma difícil missão, para futuros interpredes do maníaco em próximas exibições.
Uma direção de arte fantástica, excelentes efeitos e trilha sonora literalmente épica. Um filme muito bem finalizado. Como uma charmosa penumbra em sua ótica fotográfica, deixando o filme mais sombrio e mais pesado nas cenas de diálogos fortes. Uma das coisas mais marcantes para mim no filme é a identificação do verdadeiro protagonista da trama, a cidade de Gotan. Tudo converge (não só neste, mas em todos os filmes da trilogia) para a alma de Gotan. Onde o maior vilão é a máfia e a corrupção que assola a cidade e seu povo como o herói definitivo. Essa ótica deixam todos os outros personagens numa charmosa posição de coadjuvantes.
Um filme excelente, que esbalda aqueles que vão só à procura de entretenimento. Em minha opinião, um dos melhores da década.
Bom filme. O filme tem uma boa história, como não se vê ha muito tempo em filmes do gênero, mas a sensação que fica, é que poderia ter sido mais bem contada. Desloca o foco da trama, não para o julgamento, mas para um denso relacionamento familiar e sua influencia no decorrer dos episódios do tribunal.
A trama é boa, mas com tudo bem calculado, consequentemente previsível, o que não surpreende no final. Não tem um arremate revelador, ou que cause algum impacto mais forte. Robert Downey Jr parece estar indo para o mesmo caminho que tantos outros grandes atores parecem estar caminhando, do de fazer o mesmo personagem em todos os filmes (com exceção de De Niro, que sempre faz o mediterrâneo rabugento, mas com muita classe), ao interpretar mais uma vez um cara rico, inteligente, bem sucedido e arrogante como seu eterno Tony Stark. Ou seja, nada de novo em sua atuação.
Para Robert Duvall, meus mais sinceros elogios. As cenas mais dramáticas do filme são protagonizadas por ele, algumas muito fortes, as quais ele realmente deixa o personagem o consumir por completo. Uma excelente atuação, que na verdade, é o que eleva o nível do filme.
Um filme muito especial. Outro, que toda pessoa precisa assistir uma vez na vida. O filme não é só uma obra cinematográfica perfeita (segundo seu próprio diretor, Spielberg, como a obra que ele gostaria de ser lembrado), mas um dos documentos mais importantes da história sobre a guerra e o holocausto. O filme é forte, onde esta entre os poucos que conheço, que não existe uma cena marcante, que sirva de referência para a obra. O filme todo é o simbolo. Os vários núcleos da história convergem para a mesma linha, a sobrevivência. Mérito de seu roteirista e de seu diretor. Cada personagem tem sua história charmosamente explorada no filme. Cada um, com a mesma capacidade de nos envolver e emocionar. Steven Spielberg consegue trazer doçura num filme todo ambientado em massacre e destruição, com uma trilha sonora comovente. As cenas em Preto-e-branco, torna a obra mais pesada, arremetendo cada cena à lembranças, como passado revivido na memoria de quem esteve lá. Tudo isso consegue atenuar o choque que causaria, tantos corpos e tanto sangue, na maioria das cenas. Para mim, uma das manobras mais perfeitas do cinema. Eu resumo o elenco à atuações sem retoques. Pra falar de Neeson, sou suspeito, adoro tudo o que ele faz. Incorpora o protagonista com maestria. Quebra o charme e a imponência de Schindler nos momentos mais emocionantes, sem perder a superioridade do personagem. Ralph Fiennes, que na minha opinião, encarnou um dos mais assustadores vilões da história do cinema, e Ben Kingsley, como o leal Stam, no seu mais comovente papel. Para quem é judeu, praticante ou não (como eu), o filme é mais que uma homenagem, é um registro do poder da fé judaica. Para mim, em especial, é uma convocação para o retorno a tudo de forte e infinito que nós temos, que é a nossa fé (Teshuvá). Me enche de orgulho, e motivação. Cada cena, onde em meio a repressão e assassinatos, os personagens conseguem preservar costumes e tradições. mostrando o respeito, e acima de tudo, o compromisso que cada judeu tem com a sua sua própria história. Uma História marcante, contada de uma forma belíssima, e com um final apoteótico. Recomendo demais mesmo!
Que o ditador Norte-coreano tem crises inflacionarias de ego, todo mundo ja sabe kkkk Mas essa foi a oportunidade perfeita para a promoção de um filme com uma expectativa não muito boa, onde o elenco é, até simpático, mas com um roteiro parece ser mediano. O risco maior, é que essa polêmica toda, ofusque o que o filme tiver de bom. Eu, pelo menos, estou curioso. É aguardar
Perfeito! O meu numero 0 da lista. O filme que mais influencia a minha vida, ate hoje. Para mim, a obra mais romântica que já vi. Um verdadeiro tutorial sobre família, amizade, honra, gratidão, respeito, lealdade, vingança, sacrifício...amor. A descrição crua, apaixonada e cruel do sonho americano de uma família. Um dossiê detalhado de como lidar com seus sentimentos mais íntimos, os pensamentos mais profundos, os desejos mais fortes e nossas fraquezas mais devastadoras que assolam o íntimo dos homens. Uma obra perfeita, de atuações irretocáveis. Um filme que todas as pessoas, precisam assistir uma vez na vida. Uma obra que criou referências para filmes de todos os gêneros possíveis. Que criou um outro gênero, polido, de suspense e violência, onde pouquíssimos outros filmes conseguiram atingir, mas nunca com a mesma beleza e impacto. O melhor.
Mediano! Solomon, um mero espectador da própria história, sem nenhuma atuação relevante sobre algum personagem, ou andamento da trama. Cronologia de 12 anos, sabida somente no título. Achei previsível, e senti falta de arremate no final. Um lado positivo do filme, é que despertar outros sentimentos além de tristeza e dó, como desprezo, repúdio e até vergonha alheia. Me lembrou muito O Pianista! De menos, para um Oscar!
Assisti esse filme, uns sete anos atrás. Ele é daqueles que você pega nos catálogos rsrs Uma excelente surpresa! O Filme é esplendido, que te laça de uma forma, que demora quase uma hora pra você se dar conta, que todos ainda estão no mesmo ambiente. Com confrontos diretos e sem filtro de argumentos, regidos de todos os tipos de influências (desde culturais à preconceitos explícitos), os personagens discutem sobre o destino do réu, como se dissecassem suas próprias vidas. Com um desenrolar surpreendente, o filme tem um arremate, digno de Oscar! rsrs Recomendo demais é um filme pra se assistir em grupo, e discutir muito depois rsrs
Um dos melhores filmes que já assisti! Adoro os trabalhos de Aronofsky, com essa ótica esquizofrênica das cenas, que ele tem. Ele te coloca contra a parede, quando te força a entrar no conflito interno da protagonista, o que o leva a sentir vários sentimentos diferentes sobre ela, deixando seu posicionamento bem confuso. Para quem é perfeccionista, o filmes acaba sendo bem familiar. O filme é muito forte, que induz você a formular suas teorias ( e duvidar delas depois rs), além de lhe por em xeque nos conceitos de beleza e perfeição, bem platônico! O filme é denso e pesado de uma forma tão charmosa, que até o ambiente infantilizado do quarto de Nina, fica desconfortável, sem que você perceba o incomodo! Realmente lhe prende a atenção, com um roteiro de poucos diálogos diretos. Com um final surpreende, que lhe convoca a assistir o filme novamente, para você tentar concebe-lo! Gosto muito da atuação da Natalie Portman, é impossível não flertar com a personagem de Nina. Confesso que até duvidei do Oscar, ate assistir o filme rs. Depois de V de Vingança, na minha opinião, esse é o melhor trabalho dela! Recomento "Pi", do Darren Aronofsky também! Mesma pegada!
Uma poesia muito bonita sobre amizade. Um roteiro romântico e divertido. E ainda Una Matinna como tema, deixa o filme mais leve ainda. Nem parece que é francês rsrs Um dos meus preferidos.
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O Regresso
4.0 3,5K Assista Agora“Enquanto houver fôlego, você luta...”
Já fazia muito tempo que não sentia tudo o que senti ao assistir esse filme: de frio á lagrimas, de gosto de sangue na boca à contemplação. Talvez essa seja essa a expressão que resuma o que eu trouxe de ontem à noite: a contemplação do belo.
Um filme irretocável, que te trás a força para um caixão branco de neve, que te enterra vivo, que te faz sentir o frio do metal enferrujado de uma lamina no peito. Te trás para a cabeça de um diretor que quer que você conheça uma historia da forma mais carnal possível, te trás pra mente de vilão tão complexo quanto à própria natureza que o cerca... Pra mente de um homem com um código de conduta inviolável, com um único sentimento no coração capaz de mover todo um corpo apodrecido.
Longo mas sem enfadar. Com sequencias angustiantes, quase que intermináveis, que nos mantém com as pontas dos dedos formigando na poltrona, seguidas de paradas abruptas para respirar e recuperar o fôlego. Fôlego... Essa é a palavra chave do filme que nos estrangula com neve ate os olhos, sangue na garganta e com um urso de meia tonelada sobre nós. Alejandro González coloca a câmera em nossas mãos e nos permite olharmos para onde quisermos. Nos deixa sentir o hálito gelado de seus personagens, nos força a sentir o desespero e ódio só olhando aos seus olhos iluminados pela fogueira.
Uma direção de arte que merece todos os elogios possíveis, aliada a uma fotografia que nos engole a cada panorama e nos cega, deixando cada espectador minúsculo. A trilha sonora acompanha as batidas do coração do filme, cadencia as ondulações do ritmo e quase que dita as transições. Como capítulos de um livro, a montagem de Mirrione faz essas transições de cenas serem perfeitas, nos dando tempo para respirar e tomar uma água (mas rápido).
Meus mais sinceros elogios a toda a equipe. Um trabalho duro, difícil, quase que por todo ao limite físico e psicológico do frio e cansaço. Câmeras colocadas em alturas absurdas e outras dentro dos olhos dos personagens. Ao elenco, simplesmente sublime, todos os merecidos prêmios até aqui (e todos que ainda virão em breve, com certeza!). Tom Hardy se desfigurou no papel de um vilão extremamente complexo, dotado de uma lógica muitas vezes irrefutável, uma razão quase que afetuosa, consumido por um instinto de sobrevivência sem limites de um parasita e movido por uma ambição visceral. De longe, mais muito de longe, o melhor trabalho dele ate aqui. Todos os elogios ao jovem William Jack Poulter serão poucos a esse trabalho. A Neve trouxe alma e vida aquela cara de delinquente juvenil.
(e um parágrafo só pra ele...)
Não há como resumir o que DiCaprio fez nesse filme. Seguindo a minha teoria, que a ele faltava uma obra grandiosa, O Regresso faz de Leonardo DiCaprio não só o centro das atenções de um filme perfeito, mas o rastilho de pólvora, a artéria central de uma historia fantástica. Em todo o filme, não consegui sentir uma unica gota de esperança em Glass, apenas o instinto de se levantar e seguir, sangue na garanta e no olhar. DiCaprio me arrepiou a trazer um homem que não tinha nenhuma vontade de sobreviver, apenas viver o bastante pra se vingar. E (o que achei mais perfeito em tudo) mostrar que esta acima dessa própria vingança. Os dois se completam quase que ao mesmo peso (o Leonardo e o filme), é como se um não existisse com mesmo brilho e intensidade sem o outro. DiCaprio é o coração e sangue quente do imenso corpo gelado que é O Regresso. De um lado a natureza “Deus” (punitiva e redentora) e do outro o homem “Deus” (amoroso e vingativo). Uma atuação onde todos os sentidos de Leonardo DiCaprio estavam irreconhecíveis: perfeitos, simplesmente perfeitos. Como as feridas do personagem, todos os sentimentos dele estavam amostra, em carne viva. Um Olhar que não me sai da mente...
Mas que um filme feito com um amor e dedicação maternal, uma historia a ser contada pelo que esses atores e Diretor fizeram dela: uma obra belíssima. Não é um filme de um homem contra a natureza, ela só esta no caminho dele. Nem de um homem querendo justiça, homens morrem. É de um espírito querendo vingança, devolver a ordem natural das coisas, se ver livre de si mesmo.
Um diretor mais que sensível, um elenco incrivelmente profissional, um ator gigantesco, uma historia fantástica... Um filme inesquecível.
O Menino de Ouro
4.0 368Um filme adorável
Com uma linguagem simples, mas incrivelmente poética, quase como a de um conto, o filme é delicado e profundo em todas as suas sequências. De uma narrativa quase que de um livro, conta a historia de um casal diante de uma crise conjugal,
desencadeada por uma tragédia recente. Um casal que encontra uma nova forma de ver as coisas a partir da ajuda de um jovem visitante, o pequeno Eli.
Com uma atuação maravilhosa do talentosíssimo e promissor Maurice Cole, Eli, o filme encanta com todas as qualidades dos melhores contos de fadas. Levando-nos a reflexões sobre nossos valores familiares, nossas motivações e principalmente sobre amor que existe entre pais e filhos de uma forma mais que emocionante, mas inspiradora.
Também numa boa atuação, Toni Collette nos envolve no papel de uma frágil mãe que se martiriza em seu drama pessoal mas que busca uma saída para salvar seu casamento. Também gostei do Ioan Gruffudd, num papel um pouco além do ele esta acostuma a fazer, o de intelectual bem humorado, como o pai relativamente relaxado que também com problemas pessoas que interferem em seu relacionamento com a esposa.
Com um enredo simples, mas com uma boa dose de humor e até mistério, o filme não é só para pais e mães, mas para a família inteira. Para todos que precisam de inspiração na vida, um motivação para enxergamos o além do óbvio em nosso trabalho, em nossos relacionamentos, em nos mesmos.
Um filme maravilhoso para se assistir sempre!
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraApenas morde-assopra (Morde devagar, e assopra com força!)
Nada mais clichê do que duas pessoas de histórias, formações, criações e ambições totalmente diferentes que se conhecem ao acaso, se apaixonam e tentam lidar com o tórrido conflito amoroso entre eles, tendo como pano de fundo o sexo. Mas introduzir o sadomasoquismo na historia, pareceu ser uma boa sacada para se criar um novo conceito...só que não!
Trama fraca (que por duas horas corra atrás do próprio rabo, sem evoluir), diálogos pobres, narrativa confusa e contraditória. Numa tentativa de ampliar o público, e agradar gregos e troianos, conseguiu ser pior que o livro. Uma adaptação limitada na tentativa de ampliar a mídia da trilogia original. Que a meu ver, só conseguiu agradar as Anastasias da vida, e olhe la!
Christian Gray, uma estranha mistura de Tony Stark, 007 e Rei do Camarote, se mostra um personagem contraditório (diferente de misterioso, como seria talvez a intenção) e contido ( em vez de discreto). Onde seus sérios problemas psicológicos não o tornam aquele charmoso e intimidador maníaco compulsivo (como acontece com os bons personagens do gênero em bons filmes), e sim uma figura digna de antipatia. Como se Gray fizesse uma interpretação ruim, de um personagem de si mesmo. Com uma atuação robótica, beirando um ator de novelas de Record, Jamie Dornan se mostra tudo, menos envolvente em sua atuação tensionada. Com falas que abusam das frases de efeito, o personagem nos cansa com seu explicito comportamento confuso. Dakota Johnson, Anastasia, em uma atuação um pouco menos ruim. Interpreta uma mistura enjoada e sussurrante de ninfeta indefesa hentai com a Baby de Dirty Dancing. Mas conseguiu ser mais convincente.
Nudez explicita? A intenção foi boa. Não houve uma considerável evolução das cenas de sexo, descritas de maneira, ate certo ponto, risível, no livro. Chega a ser constrangedor, ver o cuidado puritano e “agressividade” contida de alguém que se autopromove, ao dizer que “fode com força”.
Na verdade, o filme não trouxe nada de novo, nenhuma tendência, nenhuma nova forma de contar histórias de romances eróticos. Nada.
Na minha sincera opinião: um filme conservador e medíocre. Previsível e enfadonho, diálogos rasos, sexo cuidadosamente calculado (câmera lenta pra diminuir o choque das açoitadas, que não deixam marcas) e limpo (ninguém soa?). Ambientes excessivamente detalhados, quem em cenas fracas, nos convida a contempla-los e deixar de lado os dois personagens em uma dança do acasalamento verbal.
Como a temática BDSM beirando a ingenuidade, não ouve nenhuma quebra de tabu. Na verdade, houve um retrocesso para o gênero, uma vez que o filme, de forma bem antiquada e estereotipada, tenta justificar o fetiche de Gray com uma patologia sociopata.
Com todas as ferramentas para ser instigante, o filme é previsível ao ponto de ser desinteressante...
Mas é engraçado!
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraMuito bom filme!
Não é fácil retratar uma das mais épicas historias da humanidade, com tantos fenômenos extraordinários, de forma tão realista, e além do mais...mantendo o máximo de repeito possível por essa história toda!
Um trabalho ousado. Faz uma mistura bem romântica e charmosa das versões Bíblica e Apócrifa. Adianto que, quem está acostumado com leitura tradicional cristã, ou até mesmo a judaica, pode ficar deslocado na maneira como Scott aborda as sequencias mais apoteóticas da história original. Aos que são bastante apegados ao tradicionalismo religioso, e que desconhece ou negligenciam informações sobre estudos históricos da época, deverão ficar bem incomodados com as colocações, e ao pouco “protagonismo de Deus” em algumas sequências...mas calma gente, entendam a mensagem!
Achei encantador os diálogos entre Moisés e Deus. A maneira como transparece a conversa entre dois amigos, que apesar de tantas diferenças, se respeitam e confiam um no outro. Inovador para o contexto Deus-e-homem.
Como já era de se esperar: excelentes efeitos visuais, e fotografia também, direção de arte impecável e trilha sonora marcante. Lamentavelmente, não foram reconhecidos pela Academia. Ainda não consigo deixar de enxergar o Batman no Bale, mas achei simpática a sua versão de Moises. Até porque, a proposta era revelar um novo perfil do protagonista: o guerreiro, o pai de família, o homem que tem duvida sobre o que se deve ou não fazer, diante de uma grande missão. E a referencia mais marcante da atualidade, no gênero, é ele. Então acabou sendo uma boa escolha. Não sou muito fã do Joel Adgerton, mas gostei da soberba dele como Ramses. Teve Sigourney Weaver, num papel tão mais ou menos, que ela não precisa ter feito. E esperava mais do papel do Ben Kingsley.
Com um bom arremate, romântico, como sempre tem os filmes épicos do Ridley Scott, nos tira aquele sorrisinho no final. Um filme que, na minha opinião, aproximam mais ainda os homens de sua religiosidade, por tornar Moises um homem possível, mesmo sendo único. Tornando a história do Êxodo, não só uma historia simplesmente extraordinária, mas também algo que pode acontecer em nossas vidas.
Não posso deixar de encerrar minha crítica, sem falar da abertura do Mar Vermelho: simplesmente espetacular! É de arrepiar, e encantar os olhos. Ele tira o “impossível”, para colocar o “provável”, sem deixar de ser incrível, de ser divino. E é ai que esta, pra mim, a beleza do filme!
Assistam, mas sem filtros!
P.S.: e olha que eu sou judeu!
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista AgoraQuanto Christopher Nolan aceitou o desafio de recriar o conceito de Batman, após sucessivas sequências fracassadas do personagem, por mais que se confiasse na já conhecida pegada épica do diretor, não se imaginaria que ele não só, criaria um novo conceito para o homem-morcego, mas que mudaria a maneira de se fazer filmes de super-herói dos anos seguintes.
O Batman de Nolan trouxe um ambiente mais frio e realista para os filmes do gênero, ao apresentar em Begins, personagens densos, como sentimentos obscuros, rancorosos e vingativos. Muito mais que ação, ele pôs a mesa confrontos ideológicos e crenças fundamentadas em coisas muito mais palpáveis e identificáveis para nós, do que uma simples luta entre o bem e o mal.
O Cavaleiro das Trevas mais que deu continuidade a isso, superou de uma forma brilhante toda a guinada do seu antecessor. O filme vai muito mais além do que apenas a épica luta de um justiceiro solitário (no universo de Nolan, nem tão solitário assim), ele trás todo um complexo confronto ideológico e filosófico sobre tudo o que cerca o ser humano, em relação aos seus medos e virtudes, sociais e individuais. Tudo orquestrado por seus dois mais iconoclasticos personagens, Batman e Coringa.
O filme nos deixa sem fôlego, do primeiro ao ultimo minuto. Com sequências eletrizantes e sufocantes, o filme se enquadra na categoria das melhores obras policias, de aventura e ação já criadas. Com diálogos pesadíssimos, quem vão de Nietzsche à teoria do Caos, o filme brinca e confunde conceitos, que ate então nos filmes convencionais de super-heróis eram intocáveis, como a moral e o senso de justiça por exemplo.
A irretocável e inquestionável atuação de Heath Legder nos coloca numa posição desconfortável, que é de torcer pelo vilão. Ele elevou, em minha opinião, seu personagem ao nível mais alto dos vilões psicopatas interpretados até hoje (uma prateleira abaixo da que se encontra Hannibal Lacter, por exemplo rs). Prendendo-nos a cada uma de suas falas, nos mantendo vidrados em cada um de seus raciocínios sobre a natureza humana, nos divertindo. Uma das mais extraordinárias recriações do cinema, até hoje. Deixando uma difícil missão, para futuros interpredes do maníaco em próximas exibições.
Uma direção de arte fantástica, excelentes efeitos e trilha sonora literalmente épica. Um filme muito bem finalizado. Como uma charmosa penumbra em sua ótica fotográfica, deixando o filme mais sombrio e mais pesado nas cenas de diálogos fortes. Uma das coisas mais marcantes para mim no filme é a identificação do verdadeiro protagonista da trama, a cidade de Gotan. Tudo converge (não só neste, mas em todos os filmes da trilogia) para a alma de Gotan. Onde o maior vilão é a máfia e a corrupção que assola a cidade e seu povo como o herói definitivo. Essa ótica deixam todos os outros personagens numa charmosa posição de coadjuvantes.
Um filme excelente, que esbalda aqueles que vão só à procura de entretenimento. Em minha opinião, um dos melhores da década.
O Juiz
3.8 783 Assista AgoraBom filme.
O filme tem uma boa história, como não se vê ha muito tempo em filmes do gênero, mas a sensação que fica, é que poderia ter sido mais bem contada. Desloca o foco da trama, não para o julgamento, mas para um denso relacionamento familiar e sua influencia no decorrer dos episódios do tribunal.
A trama é boa, mas com tudo bem calculado, consequentemente previsível, o que não surpreende no final. Não tem um arremate revelador, ou que cause algum impacto mais forte.
Robert Downey Jr parece estar indo para o mesmo caminho que tantos outros grandes atores parecem estar caminhando, do de fazer o mesmo personagem em todos os filmes (com exceção de De Niro, que sempre faz o mediterrâneo rabugento, mas com muita classe), ao interpretar mais uma vez um cara rico, inteligente, bem sucedido e arrogante como seu eterno Tony Stark. Ou seja, nada de novo em sua atuação.
Para Robert Duvall, meus mais sinceros elogios. As cenas mais dramáticas do filme são protagonizadas por ele, algumas muito fortes, as quais ele realmente deixa o personagem o consumir por completo. Uma excelente atuação, que na verdade, é o que eleva o nível do filme.
A Lista de Schindler
4.6 2,3K Assista AgoraUm filme muito especial.
Outro, que toda pessoa precisa assistir uma vez na vida.
O filme não é só uma obra cinematográfica perfeita (segundo seu próprio diretor, Spielberg, como a obra que ele gostaria de ser lembrado), mas um dos documentos mais importantes da história sobre a guerra e o holocausto.
O filme é forte, onde esta entre os poucos que conheço, que não existe uma cena marcante, que sirva de referência para a obra. O filme todo é o simbolo. Os vários núcleos da história convergem para a mesma linha, a sobrevivência. Mérito de seu roteirista e de seu diretor. Cada personagem tem sua história charmosamente explorada no filme. Cada um, com a mesma capacidade de nos envolver e emocionar. Steven Spielberg consegue trazer doçura num filme todo ambientado em massacre e destruição, com uma trilha sonora comovente.
As cenas em Preto-e-branco, torna a obra mais pesada, arremetendo cada cena à lembranças, como passado revivido na memoria de quem esteve lá. Tudo isso consegue atenuar o choque que causaria, tantos corpos e tanto sangue, na maioria das cenas. Para mim, uma das manobras mais perfeitas do cinema.
Eu resumo o elenco à atuações sem retoques. Pra falar de Neeson, sou suspeito, adoro tudo o que ele faz. Incorpora o protagonista com maestria. Quebra o charme e a imponência de Schindler nos momentos mais emocionantes, sem perder a superioridade do personagem. Ralph Fiennes, que na minha opinião, encarnou um dos mais assustadores vilões da história do cinema, e Ben Kingsley, como o leal Stam, no seu mais comovente papel.
Para quem é judeu, praticante ou não (como eu), o filme é mais que uma homenagem, é um registro do poder da fé judaica. Para mim, em especial, é uma convocação para o retorno a tudo de forte e infinito que nós temos, que é a nossa fé (Teshuvá). Me enche de orgulho, e motivação. Cada cena, onde em meio a repressão e assassinatos, os personagens conseguem preservar costumes e tradições. mostrando o respeito, e acima de tudo, o compromisso que cada judeu tem com a sua sua própria história.
Uma História marcante, contada de uma forma belíssima, e com um final apoteótico.
Recomendo demais mesmo!
A Entrevista
3.1 1,0K Assista AgoraQue o ditador Norte-coreano tem crises inflacionarias de ego, todo mundo ja sabe kkkk
Mas essa foi a oportunidade perfeita para a promoção de um filme com uma expectativa não muito boa, onde o elenco é, até simpático, mas com um roteiro parece ser mediano.
O risco maior, é que essa polêmica toda, ofusque o que o filme tiver de bom. Eu, pelo menos, estou curioso. É aguardar
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraPerfeito! O meu numero 0 da lista.
O filme que mais influencia a minha vida, ate hoje.
Para mim, a obra mais romântica que já vi. Um verdadeiro tutorial sobre família, amizade, honra, gratidão, respeito, lealdade, vingança, sacrifício...amor.
A descrição crua, apaixonada e cruel do sonho americano de uma família. Um dossiê detalhado de como lidar com seus sentimentos mais íntimos, os pensamentos mais profundos, os desejos mais fortes e nossas fraquezas mais devastadoras que assolam o íntimo dos homens.
Uma obra perfeita, de atuações irretocáveis.
Um filme que todas as pessoas, precisam assistir uma vez na vida.
Uma obra que criou referências para filmes de todos os gêneros possíveis. Que criou um outro gênero, polido, de suspense e violência, onde pouquíssimos outros filmes conseguiram atingir, mas nunca com a mesma beleza e impacto.
O melhor.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KMediano!
Solomon, um mero espectador da própria história, sem nenhuma atuação relevante sobre algum personagem, ou andamento da trama. Cronologia de 12 anos, sabida somente no título. Achei previsível, e senti falta de arremate no final.
Um lado positivo do filme, é que despertar outros sentimentos além de tristeza e dó, como desprezo, repúdio e até vergonha alheia. Me lembrou muito O Pianista!
De menos, para um Oscar!
12 Homens e Uma Sentença
4.1 148 Assista AgoraAssisti esse filme, uns sete anos atrás. Ele é daqueles que você pega nos catálogos rsrs
Uma excelente surpresa! O Filme é esplendido, que te laça de uma forma, que demora quase uma hora pra você se dar conta, que todos ainda estão no mesmo ambiente. Com confrontos diretos e sem filtro de argumentos, regidos de todos os tipos de influências (desde culturais à preconceitos explícitos), os personagens discutem sobre o destino do réu, como se dissecassem suas próprias vidas. Com um desenrolar surpreendente, o filme tem um arremate, digno de Oscar! rsrs
Recomendo demais
é um filme pra se assistir em grupo, e discutir muito depois rsrs
Cisne Negro
4.2 7,9K Assista AgoraUm dos melhores filmes que já assisti!
Adoro os trabalhos de Aronofsky, com essa ótica esquizofrênica das cenas, que ele tem. Ele te coloca contra a parede, quando te força a entrar no conflito interno da protagonista, o que o leva a sentir vários sentimentos diferentes sobre ela, deixando seu posicionamento bem confuso. Para quem é perfeccionista, o filmes acaba sendo bem familiar. O filme é muito forte, que induz você a formular suas teorias ( e duvidar delas depois rs), além de lhe por em xeque nos conceitos de beleza e perfeição, bem platônico!
O filme é denso e pesado de uma forma tão charmosa, que até o ambiente infantilizado do quarto de Nina, fica desconfortável, sem que você perceba o incomodo! Realmente lhe prende a atenção, com um roteiro de poucos diálogos diretos.
Com um final surpreende, que lhe convoca a assistir o filme novamente, para você tentar concebe-lo!
Gosto muito da atuação da Natalie Portman, é impossível não flertar com a personagem de Nina. Confesso que até duvidei do Oscar, ate assistir o filme rs. Depois de V de Vingança, na minha opinião, esse é o melhor trabalho dela!
Recomento "Pi", do Darren Aronofsky também! Mesma pegada!
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraUma poesia muito bonita sobre amizade. Um roteiro romântico e divertido. E ainda Una Matinna como tema, deixa o filme mais leve ainda. Nem parece que é francês rsrs
Um dos meus preferidos.