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Apaixonei-me pela produção. Tanto o enredo como a trilha sonora, e um pouco da fotografia, encantaram-me. A caracterização misteriosa dada às personagens me fez lembrar um pouco de Restless (2011). Para os que são simpatizantes de literatura há uma dose de referências nos diálogos e cenas. Bateu-me um vazio no final, mas é um estímulo para continuar a imergir nas leituras e emergir numa escrita prazerosa.
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Ótima metáfora sobre a sociedade de consumo e a espetacularização de si, no sentido de imortalização do indivíduo. O ser deixa de existir, o ter é suplantado e cede ao aparecer: a aparência torna-se o novo habitus representado pelo corpo morto e putrefato.
Reflexão com boas doses de humor:
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Fabio de Melo
Diante das discussões, nada respeitosas, nos comentários do filme "Er ist wieder da" (Ele está de Volta) de 2015 prefiro comentar aqui neste mural:
Estou ainda atônito com o desenvolvimento do roteiro e a incrível relação com a realidade europeia e agora com a brasileira. Que comédia tenebrosa!
"- Você é um monstro.
- Sou?
- Então é melhor você culpar também aqueles que elegeram esse monstro.
- Eles todos eram monstros? Não eram pessoas normais... que escolheram eleger alguém diferente dos outros para confiarem o destino de seu país.
- Você nunca perguntou porque as pessoas me seguem? Porque, no fundo, elas são como eu. Têm os mesmo princípios.
(fala da personagem de Adolf Hitler, mas poderia ser de qualquer vencedor de eleições presidenciais da extrema direita aqui no Brasil)"
Fiquei mais chocado ao saber que houve cenas em que o autor de fato saiu fantasiado de Adolf Hitler pelas ruas para divulgar o filme e mesmo assim foi cumprimentado e venerado por alguns transeuntes.
Tem um ótimo enredo que te prende e faz ansiar por um desfecho justo. É possível analisar não só a sociopatia, mas também o comportamento de manada que os ecossistemas comunicativos operam.