Acredito que "alienígenas entre nós" sempre será um enredo interessante (pelo menos enquanto está só no plano das ideias), mas tenho questões com o desenvolvimento do roteiro. Hora muito corrido, hora meio sem sentido. Principalmente nas cenas de interações sexuais logo após alguma tensão na história. Talvez por ser primeira temporada e precisar introduzir motivações, conflitos e personagens, o envolvimento do governo ficou de lado, com algumas brechas pra próximas temporadas. Todas as interpretações são Ok, nenhuma se destaca mais ou fica ruim em comparação com as outras. Assim como os efeitos, que devem melhorar um bocadinho numa com investimento futuro (espero). Ainda assim cumpre o papel de série ficção cientifica novelão.
Uma crítica ácida à política de democratização beligerante dos EUA e aos membros do exército estadunidense. Mostrando que a alienação não está restrita só ao estadunidense médio. Lakeith Stanfield é simplesmente maravilhoso no papel.
Humor britânico é sempre 8 ou 80, mas pra mim ficou no 80 grande parte da série. O final foi melhor do que eu esperava (em se tratando de Neil Gaiman).
Assisti Saint Laurent (2014) de Bertrand Bonello e em seguida assisti ao Yves Saint Laurent (2014) de Jalil Lespert. Se isso foi bom ou ruim, não sei dizer, mas acho que um complementa o outro.
“Saint Laurent” de Bertrand Bonello, retrata um Yves já consolidado, com bons anos de experiência e lutando pra se manter conectado ao mundo com o qual ele tem dificuldade em interagir. Recriando um período problemático na vida do estilista, que culmina com o desfile marcante de 1976, seguindo de um breve momento no seu final de vida.
Aqui se vê um Yves mais sombrio e erotizado, vivido por Gaspard Ulliel (excelente no papel), em sua relação com Jacques de Bascher, Louis Garrel (ótimo no papel de cafajeste), imersa em festas com consumo abusivo de álcool, muito mais abusivo de drogas e de promiscuidade inconsequente (algumas cenas de nu frontal são cerejas nesse bolo). Deixando a Pierre Bergé (Jérémie Renier, também ótimo) o papel de trazer ordem à história, com é sempre retratado. Há também a chance de reconhecer um ou outro rosto conhecido de outros filmes na tela.
Destaques do filme ficam com a trilha sonora, a participação de Helmut Berger vivendo um Yves já idoso, assustadoramente encarnado, e o desfile de 1976 recriado em dinâmica própria.
Vale assistir também ao, menos erótico, “Yves Saint Laurent” de Jalil Lespert.
Assisti Saint Laurent (2014) de Bertrand Bonello e em seguida assisti ao Yves Saint Laurent (2014) de Jalil Lespert. Se isso foi bom ou ruim, não sei dizer, mas acho que um complementa o outro.
No Yves Saint Laurent, de Jalil Lespert, o que se tem é a perspectiva de Pierre Bergé, já após a morte do marido, olhando sobre os primeiros anos de notoriedade do jovem estilista até aclamado o desfile de 1976. Retratando os últimos anos na Dior, a formação da marca YSL e uma pequena parte dos bastidores do mundo da moda naqueles dias.
Este filme é muito mais sóbrio (moralista?) ao recriar os momentos de intimidade do casal Yves e Pierre. Mostrando uma relação de dependência um com o outro, sem se livra da controvérsia, focando muito mais nas consequências da vida caótica do que a promiscuidade e abuso de drogas que se praticou.
Pierre Niney encarna um Yves mais frágil, quase inocente, ainda assim inconsequente e temperamental (interpretação maravilhosa), deixando a Pierre Bergé (Guillaume Gallienne) o papel de “bússola moralizadora” na história. Ainda que este reconheça algumas falhas pessoais. Fotografia e trilha sonora são lindíssimas
Recomendo também assistirem ao filme de Bertrand Bonello.
Enredo clichê do adolescente gay na escola. A história do Kevin (Justin Deeley) poderia ser mais explorada, talvez isso conseguisse salvar filme. Ponto positivo pro final do Russel (Cameron Dean Stewart), que agora em 2019 beira o lugar comum, mas em 2013 não era.
A produção é ótima, mas tem se repetido em muitos pontos tirando um pouco da empolgação. As poucas reviravoltas são boas, mas ainda assim não são o bastante pra salvar a temporada. O background criado pro personagem de Dacre Montgomery (Billy) foi o mais preguiçosa possível. Brett Gelman como o neurótico Murray Bauman e Priah Ferguson como Erica Sinclair estão maravilhosos.
How to Get Away With a Murderer - Edição ensino médio espanhol.
A trama principal (assassinato) é bem pensada, com algumas subtramas complementares as vezes interessantes, as vezes tediosas. A abordagem que se dá a alguns assuntos como aborto, a diferença cultural entre muçulmanos, a rotina com um soropositivo são bem legais, se pensarmos que o foco é um público começando o ensino médio.
Como toda boa novela, egoismo, ganancia, ciume e inconsequência são o catalizadores da série, mantendo o mistério até o último capitulo. As melhores atuações, pra mim, são da Minna El Hammani (o núcleo muçulmano na verdade é todo bom) e com Ester Expósito.
Divertido! Ainda que trate de uma mãe dita conservadora descobrindo a homossexualidade do único filho, não é mais um filme onde o jovem tem que passar por tortura e se libertar da opressão social (nada contra). O enredo é ótimo, mas achei o roteiro meio atropelado. Ainda assim é um bom filme pra relaxar.
Ótimo filme! Achei o roteiro um pouco previsível, principalmente pra quem conhece outras distopias do cinema, mas ainda assim consegue surpreender em alguns pontos. Há algumas momentos que me remeteram a "Alien", "Matrix", "10 Cloverfiel Lane", "Oblivion", "Passengers" e outros, talvez como homenagem, talvez buscando acessar uma memória afetiva e gerar maior empatia do público.
Algumas cenas com fotografia de tirar o folego, cenários detalhistas e trilha sonora ajudando a criar tensão nos momentos certos. Clara Rugaard (Filha) maravilhosa e Hilary Swank (Mulher) incrível, ambas muito bem nos seus papeis. A semelhança entre as atrizes é realmente enorme, não por coincidência.
O choque entre a realidade de Bigger, jovem negro, pobre, morador de periferia, e Mary, a jovem branca, rica e moradora do bairro de classe alta é um dos pontos centrais, ao meu ver. Estar no meio do caminho entre esses "dois mundos" redefine a vida antes marginal de Bigger, influenciando até mesmo a relação com os amigos, família e namorada.
A forma como ele reage às situações que lhe são apresentada, própria de um jovem que se deslumbra com experiencias que antes não eram sequer uma possibilidade para ele, revela expõe a imaturidade de alguém que foi forçado a amadurecer precocemente e que se tenta enquadrar no papel que a sociedade espera dele (ter um emprego formal, aproveitar as oportunidades como são oferecidas e se afastar da realidade na qual vive).
O medo do racismo, de ser taxado como o negro marginal que desvia jovens, supostamente, inocentes do caminho abre precedente pra uma ação estúpida e depois disso uma série de péssimas decisões se desenrolam.
Ashton Sanders (Bigger) já havia demonstrado seu potencial em "Moonlight", só confirma ser um dos ótimos atores que estão chegando a Hollywood.
"Homem em conflito após presenciar um incidente algumas noitas atrás, começa um momento de auto descobrimento em que suas próximas escolhas podem mudar sua vida totalmente." (sinopse via youtube)
Narrativa confusa, alimentanda com flashbacks superficiais.
A história verossímil é um ponto forte do filme, somada a atuação de Ben Silverstone e Charlotte Brittain e Jacquetta May, que, para mim, se destacam no filme. A narrativa é um pouco lenta até para a época, acho, mas talvez seja uma escolha do diretor para mostrar como as coisas caminhavam devagar na vida do Steven. Ainda assim, consegue explorar algumas situações da vida de um adolescente se assumindo gay, mesmo que superficialmente.
Quero acreditar que todo o silêncio, as cenas quase paradas, a história se desenrolando com mais lentidão do que estamos acostumados, sejam proposital. Há tensão entre as personagens "principais" (Fer e German) e me parece que esses elementos buscam retratar isso. A reprodução de uma masculinidade menos tóxica pode ser confusa pra nós brasileiros. O toque, a liberdade do nu público, a troca de experiencias intimas sem grandes exageros ou querendo demonstrar superioridade não são comuns entre heterossexuais (muitas vezes nem entre homossexuais). Somando isso ao hedonismo constantemente exaltado, torna esse um filme bastante homoerótico. Uma característica interessante muito vista em filmes latinos (Brasil é um país latino, vamos sempre lembrar) é não necessariamente contar uma história fechada em começo, meio e final, mas um recorte de uma história maior deixando o restante para a imaginação do público. Não é um filme "fácil", mas achei bom.
Um dos melhores roteiros que vejo em muito tempo. Nada é absurdo, pelo contrário, a proximidade com a realidade é um dos pontos mais impressionantes, com um final sensacional. Christopher Plummer está maravilhoso no papel.
Drama adolescente, voltada para o público adolescente e que, imagino, vai comunicar bem com esse público. Mas, infelizmente, com alguns pontos de racismo estrutural que passaram desapercebidos (ou não) presentes na história.
Filme de baixíssimo orçamento e péssima qualidade. Roteiro, direção, atuações, figurinos, edição... Tudo é muito ruim. O filme tenta tratar de uma miscelânea de temas complexos como assassinato, estupro, aborto, incesto e outros, mas falha em todos. Uma hora perdida.
O diretor estreante, Sudhanshu Saria, retrata a história de amor romântico (palavras do diretor) entre amigos de longa data. O encontro de final de semana acontece com o momento em que Sahil (Dhruv Ganesh) e Jai (Shiv Pandit) estão enfrentando problemas em seus relacionamentos e questionando algumas escolhas de vida. Há tensão entre os protagonistas, alguns diálogos são confusos e o ritmo do filme é lento em muitos momentos, o que pra mim não parece ser proposital, mas falha do roteiro. Saria descreve uma relação de extremos que, a meu ver, traz marcas da homofobia ainda muito presente na Índia. Fugindo da estética Bollywood, a proposta de retratar uma população indiana mais abastada, vinda de classe artística e boemia, é fortalecida pela escolha dos cenários e pela fotografia, pontos fortes do filme.
Retratar a vida se aproximando da realidade nem sempre é fácil ou bem aceito. Corpo Elétrico aposta nessa proximidade ainda que mantendo alguns elementos do exagero dramático. A busca por satisfação, seja ela profissional ou sexual, típica da vida jovem adulta está presente, assim como a solidão e o sentimento de despertencimento. Em alguns momentos eu pensei que algumas relações poderiam ser melhor exploradas e mais aprofundadas, mas até isso parece ser reflexo da rotina impressa no filme. O elenco não conta com nenhum nome renomado (pelo trabalho no cinema), mas com atuações bastante naturais e convincentes e os diálogos suam verossímeis. Vejo Corpo Elétrico como um bom representante do que vem sendo produzido atualmente no cinema nacional.
Não é um filme sobre o holocausto. É um filme sobre como isso reflete na sociedade (humanidade) até os dias de hoje. Seja com o reconhecimento do horror protagonizado pelos Nazistas, ou pela negação conveniente de quem defende ideias totalitárias e preconceituosas. No debate sobre liberdade e responsabilidade de expressão, o filme deixa o questionamento sobre a forma como alguns fatos são registrados, apontando que há casos de conveniência que podem simplesmente apagar dados ou dissimular a verdadeira imagem de algumas figuras históricas. As atuações de Rachel Weisz,Timothy Spall e Tom Wilkinson estão maravilhosas
Diferente da grande maioria dos filmes que se propõe abordar o exorcismo, não segue o caminho do terror/horror, mas o do suspense. A tensão do enredo não está no exorcismo em si (que sai quase totalmente do foco), mas na dúvida apresentado por uma das personagens centrais. Um filme que trata de razão x espiritualidade inclinando para o lado mais lúdico da batalha. Tom Wilkinson, que vive o padre, está brilhante na sua interpretação.
Roswell, New Mexico (1ª Temporada)
3.7 14Acredito que "alienígenas entre nós" sempre será um enredo interessante (pelo menos enquanto está só no plano das ideias), mas tenho questões com o desenvolvimento do roteiro. Hora muito corrido, hora meio sem sentido. Principalmente nas cenas de interações sexuais logo após alguma tensão na história.
Talvez por ser primeira temporada e precisar introduzir motivações, conflitos e personagens, o envolvimento do governo ficou de lado, com algumas brechas pra próximas temporadas.
Todas as interpretações são Ok, nenhuma se destaca mais ou fica ruim em comparação com as outras. Assim como os efeitos, que devem melhorar um bocadinho numa com investimento futuro (espero).
Ainda assim cumpre o papel de série ficção cientifica novelão.
Máquina de Guerra
2.7 150 Assista AgoraUma crítica ácida à política de democratização beligerante dos EUA e aos membros do exército estadunidense. Mostrando que a alienação não está restrita só ao estadunidense médio. Lakeith Stanfield é simplesmente maravilhoso no papel.
Belas Maldições (1ª Temporada)
4.1 230 Assista AgoraHumor britânico é sempre 8 ou 80, mas pra mim ficou no 80 grande parte da série. O final foi melhor do que eu esperava (em se tratando de Neil Gaiman).
Saint Laurent
3.4 144Assisti Saint Laurent (2014) de Bertrand Bonello e em seguida assisti ao Yves Saint Laurent (2014) de Jalil Lespert. Se isso foi bom ou ruim, não sei dizer, mas acho que um complementa o outro.
“Saint Laurent” de Bertrand Bonello, retrata um Yves já consolidado, com bons anos de experiência e lutando pra se manter conectado ao mundo com o qual ele tem dificuldade em interagir. Recriando um período problemático na vida do estilista, que culmina com o desfile marcante de 1976, seguindo de um breve momento no seu final de vida.
Aqui se vê um Yves mais sombrio e erotizado, vivido por Gaspard Ulliel (excelente no papel), em sua relação com Jacques de Bascher, Louis Garrel (ótimo no papel de cafajeste), imersa em festas com consumo abusivo de álcool, muito mais abusivo de drogas e de promiscuidade inconsequente (algumas cenas de nu frontal são cerejas nesse bolo). Deixando a Pierre Bergé (Jérémie Renier, também ótimo) o papel de trazer ordem à história, com é sempre retratado. Há também a chance de reconhecer um ou outro rosto conhecido de outros filmes na tela.
Destaques do filme ficam com a trilha sonora, a participação de Helmut Berger vivendo um Yves já idoso, assustadoramente encarnado, e o desfile de 1976 recriado em dinâmica própria.
Vale assistir também ao, menos erótico, “Yves Saint Laurent” de Jalil Lespert.
Yves Saint Laurent
3.5 175 Assista AgoraAssisti Saint Laurent (2014) de Bertrand Bonello e em seguida assisti ao Yves Saint Laurent (2014) de Jalil Lespert. Se isso foi bom ou ruim, não sei dizer, mas acho que um complementa o outro.
No Yves Saint Laurent, de Jalil Lespert, o que se tem é a perspectiva de Pierre Bergé, já após a morte do marido, olhando sobre os primeiros anos de notoriedade do jovem estilista até aclamado o desfile de 1976. Retratando os últimos anos na Dior, a formação da marca YSL e uma pequena parte dos bastidores do mundo da moda naqueles dias.
Este filme é muito mais sóbrio (moralista?) ao recriar os momentos de intimidade do casal Yves e Pierre. Mostrando uma relação de dependência um com o outro, sem se livra da controvérsia, focando muito mais nas consequências da vida caótica do que a promiscuidade e abuso de drogas que se praticou.
Pierre Niney encarna um Yves mais frágil, quase inocente, ainda assim inconsequente e temperamental (interpretação maravilhosa), deixando a Pierre Bergé (Guillaume Gallienne) o papel de “bússola moralizadora” na história. Ainda que este reconheça algumas falhas pessoais. Fotografia e trilha sonora são lindíssimas
Recomendo também assistirem ao filme de Bertrand Bonello.
Clube de Geografia
3.3 123Enredo clichê do adolescente gay na escola. A história do Kevin (Justin Deeley) poderia ser mais explorada, talvez isso conseguisse salvar filme. Ponto positivo pro final do Russel (Cameron Dean Stewart), que agora em 2019 beira o lugar comum, mas em 2013 não era.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KA produção é ótima, mas tem se repetido em muitos pontos tirando um pouco da empolgação. As poucas reviravoltas são boas, mas ainda assim não são o bastante pra salvar a temporada. O background criado pro personagem de Dacre Montgomery (Billy) foi o mais preguiçosa possível. Brett Gelman como o neurótico Murray Bauman e Priah Ferguson como Erica Sinclair estão maravilhosos.
Elite (1ª Temporada)
3.7 549 Assista AgoraHow to Get Away With a Murderer - Edição ensino médio espanhol.
A trama principal (assassinato) é bem pensada, com algumas subtramas complementares as vezes interessantes, as vezes tediosas. A abordagem que se dá a alguns assuntos como aborto, a diferença cultural entre muçulmanos, a rotina com um soropositivo são bem legais, se pensarmos que o foco é um público começando o ensino médio.
Como toda boa novela, egoismo, ganancia, ciume e inconsequência são o catalizadores da série, mantendo o mistério até o último capitulo. As melhores atuações, pra mim, são da Minna El Hammani (o núcleo muçulmano na verdade é todo bom) e com Ester Expósito.
Do Lado de Fora
2.4 90Proposta de enredo interessante, roteiro e interpretações sofríveis. Silvetty tem alguns momentos de humor, mas nem isso salva.
Você Deve Conhecer o Meu Filho!
3.6 79 Assista AgoraDivertido! Ainda que trate de uma mãe dita conservadora descobrindo a homossexualidade do único filho, não é mais um filme onde o jovem tem que passar por tortura e se libertar da opressão social (nada contra). O enredo é ótimo, mas achei o roteiro meio atropelado. Ainda assim é um bom filme pra relaxar.
I Am Mother
3.4 495 Assista AgoraÓtimo filme! Achei o roteiro um pouco previsível, principalmente pra quem conhece outras distopias do cinema, mas ainda assim consegue surpreender em alguns pontos. Há algumas momentos que me remeteram a "Alien", "Matrix", "10 Cloverfiel Lane", "Oblivion", "Passengers" e outros, talvez como homenagem, talvez buscando acessar uma memória afetiva e gerar maior empatia do público.
Algumas cenas com fotografia de tirar o folego, cenários detalhistas e trilha sonora ajudando a criar tensão nos momentos certos. Clara Rugaard (Filha) maravilhosa e Hilary Swank (Mulher) incrível, ambas muito bem nos seus papeis. A semelhança entre as atrizes é realmente enorme, não por coincidência.
Filho Nativo
3.2 20 Assista AgoraO choque entre a realidade de Bigger, jovem negro, pobre, morador de periferia, e Mary, a jovem branca, rica e moradora do bairro de classe alta é um dos pontos centrais, ao meu ver. Estar no meio do caminho entre esses "dois mundos" redefine a vida antes marginal de Bigger, influenciando até mesmo a relação com os amigos, família e namorada.
A forma como ele reage às situações que lhe são apresentada, própria de um jovem que se deslumbra com experiencias que antes não eram sequer uma possibilidade para ele, revela expõe a imaturidade de alguém que foi forçado a amadurecer precocemente e que se tenta enquadrar no papel que a sociedade espera dele (ter um emprego formal, aproveitar as oportunidades como são oferecidas e se afastar da realidade na qual vive).
O medo do racismo, de ser taxado como o negro marginal que desvia jovens, supostamente, inocentes do caminho abre precedente pra uma ação estúpida e depois disso uma série de péssimas decisões se desenrolam.
Ashton Sanders (Bigger) já havia demonstrado seu potencial em "Moonlight", só confirma ser um dos ótimos atores que estão chegando a Hollywood.
O Último Mestre do Ar
2.7 2,1K Assista AgoraEscolhas ruins para alguns papeis, algumas interpretações bem fracas e a narrativa atropelada geraram uma grande decepção.
Dare
1.5 1O enredo e interpretações são um insulto a inteligencia humana.
Crossroad
2.7 1"Homem em conflito após presenciar um incidente algumas noitas atrás, começa um momento de auto descobrimento em que suas próximas escolhas podem mudar sua vida totalmente." (sinopse via youtube)
Narrativa confusa, alimentanda com flashbacks superficiais.
Saindo do Armário
3.7 200A história verossímil é um ponto forte do filme, somada a atuação de Ben Silverstone e Charlotte Brittain e Jacquetta May, que, para mim, se destacam no filme.
A narrativa é um pouco lenta até para a época, acho, mas talvez seja uma escolha do diretor para mostrar como as coisas caminhavam devagar na vida do Steven. Ainda assim, consegue explorar algumas situações da vida de um adolescente se assumindo gay, mesmo que superficialmente.
Taekwondo
2.9 53Quero acreditar que todo o silêncio, as cenas quase paradas, a história se desenrolando com mais lentidão do que estamos acostumados, sejam proposital. Há tensão entre as personagens "principais" (Fer e German) e me parece que esses elementos buscam retratar isso.
A reprodução de uma masculinidade menos tóxica pode ser confusa pra nós brasileiros. O toque, a liberdade do nu público, a troca de experiencias intimas sem grandes exageros ou querendo demonstrar superioridade não são comuns entre heterossexuais (muitas vezes nem entre homossexuais). Somando isso ao hedonismo constantemente exaltado, torna esse um filme bastante homoerótico.
Uma característica interessante muito vista em filmes latinos (Brasil é um país latino, vamos sempre lembrar) é não necessariamente contar uma história fechada em começo, meio e final, mas um recorte de uma história maior deixando o restante para a imaginação do público.
Não é um filme "fácil", mas achei bom.
Memórias Secretas
4.1 353 Assista AgoraUm dos melhores roteiros que vejo em muito tempo. Nada é absurdo, pelo contrário, a proximidade com a realidade é um dos pontos mais impressionantes, com um final sensacional. Christopher Plummer está maravilhoso no papel.
Com Amor, Simon
4.0 1,2K Assista AgoraDrama adolescente, voltada para o público adolescente e que, imagino, vai comunicar bem com esse público. Mas, infelizmente, com alguns pontos de racismo estrutural que passaram desapercebidos (ou não) presentes na história.
Luna Park
1.6 2Filme de baixíssimo orçamento e péssima qualidade. Roteiro, direção, atuações, figurinos, edição... Tudo é muito ruim. O filme tenta tratar de uma miscelânea de temas complexos como assassinato, estupro, aborto, incesto e outros, mas falha em todos.
Uma hora perdida.
Loev
2.3 91O diretor estreante, Sudhanshu Saria, retrata a história de amor romântico (palavras do diretor) entre amigos de longa data. O encontro de final de semana acontece com o momento em que Sahil (Dhruv Ganesh) e Jai (Shiv Pandit) estão enfrentando problemas em seus relacionamentos e questionando algumas escolhas de vida.
Há tensão entre os protagonistas, alguns diálogos são confusos e o ritmo do filme é lento em muitos momentos, o que pra mim não parece ser proposital, mas falha do roteiro. Saria descreve uma relação de extremos que, a meu ver, traz marcas da homofobia ainda muito presente na Índia.
Fugindo da estética Bollywood, a proposta de retratar uma população indiana mais abastada, vinda de classe artística e boemia, é fortalecida pela escolha dos cenários e pela fotografia, pontos fortes do filme.
Corpo Elétrico
3.5 216Retratar a vida se aproximando da realidade nem sempre é fácil ou bem aceito. Corpo Elétrico aposta nessa proximidade ainda que mantendo alguns elementos do exagero dramático.
A busca por satisfação, seja ela profissional ou sexual, típica da vida jovem adulta está presente, assim como a solidão e o sentimento de despertencimento. Em alguns momentos eu pensei que algumas relações poderiam ser melhor exploradas e mais aprofundadas, mas até isso parece ser reflexo da rotina impressa no filme.
O elenco não conta com nenhum nome renomado (pelo trabalho no cinema), mas com atuações bastante naturais e convincentes e os diálogos suam verossímeis.
Vejo Corpo Elétrico como um bom representante do que vem sendo produzido atualmente no cinema nacional.
Negação
3.8 132 Assista AgoraNão é um filme sobre o holocausto. É um filme sobre como isso reflete na sociedade (humanidade) até os dias de hoje. Seja com o reconhecimento do horror protagonizado pelos Nazistas, ou pela negação conveniente de quem defende ideias totalitárias e preconceituosas. No debate sobre liberdade e responsabilidade de expressão, o filme deixa o questionamento sobre a forma como alguns fatos são registrados, apontando que há casos de conveniência que podem simplesmente apagar dados ou dissimular a verdadeira imagem de algumas figuras históricas.
As atuações de Rachel Weisz,Timothy Spall e Tom Wilkinson estão maravilhosas
O Exorcismo de Emily Rose
3.5 1,5K Assista AgoraDiferente da grande maioria dos filmes que se propõe abordar o exorcismo, não segue o caminho do terror/horror, mas o do suspense. A tensão do enredo não está no exorcismo em si (que sai quase totalmente do foco), mas na dúvida apresentado por uma das personagens centrais. Um filme que trata de razão x espiritualidade inclinando para o lado mais lúdico da batalha.
Tom Wilkinson, que vive o padre, está brilhante na sua interpretação.