Um filme com Robin Williams e Robert De Niro no elenco já promete um show de interpretação, e é isso o que temos de maior destaque nesse filme. Personagem interessantíssimo de Williams, infelizmente não tão bem aproveitado quanto poderia ser, mas ainda assim muito carismático graças também ao talento do ator. De Niro também domina seu personagem com maestria. O enredo é bonito, principalmente por basear-se em história real, mas infelizmente o roteiro não faz jus à história apresentada, contendo uma série de clichês mal desenvolvidos, como os romances superficiais, ainda que o envolvendo De Niro seja mais bem aproveitado para a trama. Mas é um filme gostoso de assistir, que proporciona alguns bons sorrisos.
Achei o filme divertido, fluido, pouco intrigante. O que chama mais atenção são as personagens, os diálogos, e a movimentação da câmera, criando planos bem bacanas. Mas o roteiro deixou a desejar, acho que faltou mais conteúdo.
Um ótimo documentário que explora uma experiência medonha para a maioria das pessoas que a vivenciam, apresentando cenas perturbadoras que colocam muitos filmes de terror no chinelo. O mais interessante é ver como os relatos se aproximam na temática, mas apresentam variações de acordo com a personalidade e história de cada pessoa. Aliás, os relatos foram muito bem selecionados e editados, contando com uma montagem e trilha que conferem um ritmo instigante e apavorante ao filme. O único ponto negativo é que, em alguns momentos, os relatos soam muito repetitivos, tomando espaço onde poderia ser inserida melhor uma explicação científica para o fenômeno, já que o lado espiritual é bem mais explorado. Por fim, achei um elegante acerto o filme soar como uma ficção de terror, mas ao mesmo tempo fazer questão de mostrar ao espectador que trata-se de um documentário, exibindo sutilmente, através de rápidas transições, como as cenas foram montadas no estúdio.
Gostei bastante da trilha sonora e das atuações, com destaque para o talento precoce de Natalie Portman, e para o sempre bem estabelecido Gary Oldman, responsável aqui pela cena mais marcante do filme, ainda no começo. Infelizmente, o roteiro é apresentado e desenvolvido de maneira muito simples e direta, sem dar margem para aprofundar melhor as personagens, e consequentemente conferir mais emoção à narrativa. Ainda assim, há alguns belos momentos, e alguns pouco divertidos. Mas vale mencionar a filmagem criativa e delicada, criando uma breve, porém belíssima sequência no final do longa.
Abertura belíssima, e impossível não se encantar com a trilha sonora perfeita desse filme, além do já esperado visual de tirar o fôlego. Primeira animação que vejo desse diretor que não se trata de fantasia, embora ela esteja inclusa paralelamente à realidade, através de sonhos lúcidos (ou, como prefiro ver, projeções astrais). E também a primeira vez que vejo uma animação do Studio Ghibli sem a presença de uma personagem feminina forte; pois aqui, a única personagem feminina marcante tem como destaque sua doçura, simpatia e amor, que acaba apresentando-se dependente e submisso, o que causa desconforto. E apesar do roteiro interessante e bem construído, o filme para mim perde um ponto devido ao seu ritmo lento até mais da metade de sua projeção; e um fator que contribui para isso é o pouco carisma da personagem protagonista. Gostei bastante das cenas de sonhos, e achei muito bela, sensível e carregada de significado uma cena envolvendo um avião de papel. O desfecho também me agradou.
Um filme que retrata realidade e fantasia com um equilíbrio muito hábil, criando momentos de enorme tensão e emoção, e também momentos divertidos e descontraídos. Destaque para a montagem do filme, com seus cortes rápidos aqui e ali, ou mais pausados em certos momentos, tornando o ritmo do longa bem fluido. O talento da maior parte do elenco também contribui muito para a veracidade e emoção do filme. Mas o ponto principal é mesmo o roteiro, muito bem desenvolvido, aberto e fechado nas horas certas, contando com uma narração que não incomoda em momento algum, apenas serve para dar ritmo e substância ao longa. E o filme tem a proeza de ter um final leve e pesado ao mesmo tempo.
O filme cumpre muito bem o papel de passar uma grande mensagem de forma bem objetiva, embora isso faça a história soar forçada em alguns momentos. Mas esses detalhes não tiram o brilho de um roteiro preciso, auxiliado por ótima direção artística que imprime um ritmo crescente à narrativa. Assim, a forma se une perfeitamente ao conteúdo em relação à ideia de onda. Outra coisa que não pode passar despercebida é a cor branca, que imediatamente remete à noção de paz, conferindo um contraste perfeito para a mensagem apresentada no filme.
Mais um exemplo de filme com uma ideia super bacana, mas com um péssimo desenvolvimento. Alguns diálogos e cenas são ridículos de tão rasos ou artificiais. A cena mais bonita do filme, logo no começo, envolvendo um ônibus, só não é mais marcante porque não chega a emocionar, devido à falta de profundidade das personagens envolvidas. Algumas boas ideias são apresentadas, mas o roteiro é simples e não empolga, as personagens não tem carisma o suficiente para conquistar o telespectador, e nem o desfecho consegue impressionar.
Acho este filme um ótimo exemplo de suspense e terror, com falhas aqui e ali, mas bem desenvolvido num geral. Montagem bem eficiente, com ótimos ângulos, closes, e uma sonoplastia incrível, principalmente pelos efeitos sonoros, mas com uma trilha muito bem colocada também. Cenas bem sinistras, contrastando momentos de tensão com trilha descontraída, tornando estas cenas mais macabras e longe do lugar-comum. Também gostei de como o filme foge do clichê de andar pela casa no escuro, quando se pode facilmente acender as luzes; aqui, as cenas são escuras quando realmente isso é necessário, e o roteiro usa boas sacadas para tal. Gostei como o assunto da projeção astral foi abordado, de maneira muito verossímil, apesar das rápidas explicações. E o suspense é o ponto alto do filme, porque as melhores cenas são as que preveem o que vai acontecer, não as que de fato mostram alguma assombração. Dois grandes defeitos: o clichê incômodo da personagem que não acredita na assombração mesmo diante de evidências incontestáveis; apesar do roteiro sugerir um motivo para isso, não é o suficiente, deixando o fato muito forçado. E o final, que poderia ser bem interessante se não fosse tão corrido e mal aproveitado. E a tentativa de humor de duas personagens não convence. Mas para mim esses pontos não tiram o brilho do filme.
Minha cena favorita é quando Elise descreve o demônio que está no teto, sem que ele seja mostrado para nós. A cena foi muito bem feita, é bem angustiante, e o talento da atriz contribui muito para o resultado. Ficou perfeita, mostrando apenas o desenho depois. Se mostrasse o demônio não teria sido tão interessante.
Em vários momentos parecia que eu estava assistindo a uma série apressada, e não a um filme, devido ao excesso de personagens e situações apresentadas num ritmo confuso e numa montagem de pouquíssimo valor estético; várias cenas potencialmente emocionantes foram engolidas a seco, por conta da péssima montagem. O talento de atrizes como Marion Cotillard e Kate Winslet foram desperdiçados em personagens pouco substanciais, sendo a personagem de Winslet mais marcante, apesar do pouco tempo de tela. Mas é Jennifer Ehle, apesar de seu papel pequeno, quem mais se destaca nos poucos momentos em que aparece, responsável por dois momentos tocantes do filme. No mais, o roteiro é muito fraco, falhando ao tentar criar diferentes arcos dramáticos, como por exemplo com as personagens de Matt Damon e Laurence Fishburne. Jude Law e Gwyneth Paltrow servem apenas para as necessidades do roteiro, suas personagem não tem um mínimo de desenvolvimento. O único ponto bacana do filme é mostrar a cadeia de uma doença contagiosa, e a balbúrdia que isso pode causar em grande escala (o que me fez lembrar de "Ensaio Sobre a Cegueira"). O final só não decepciona mais porque todo o longa é relativamente decepcionante.
Divertidíssimo e criativo, com várias ótimas sacadas, incluindo uma certeira homenagem ao clássico filme de terror "Nosferatu". Todas as personagens são muito carismáticas, com o maior destaque para o protagonista, o Drácula mais simpático de todos os tempos. A química entre pai e filha é perfeita, inclusive muito mais forte do que entre o possível casal do filme. Muito bacana a exploração incansável do mundo dos monstros, e de seus comportamentos em um hotel, tornando o filme interessante durante todo o tempo. Só achei uma cena do final bem forçada, e não achei o desfecho empolgante, mas simples e indigno de todo o desenrolar da narrativa até ali. Apesar disso, é uma ótima animação, e tenho vontade de assistir à continuação.
Gostei da filmagem e da trilha sonora. E o clima e ritmo do filme são muito bons, funcionando muito bem como suspense. Algumas cenas mais tensas foram marcantes, assim como a atuação da pequena atriz que interpreta Lily. O roteiro, embora envolto em clichês, é bem desenvolvido e convence bem até certo ponto. Mas é uma pena que haja grandes quebras de verossimilhança do universo apresentado, e é uma pena ainda maior que o filme tenha um desfecho tão medíocre.
Muito divertido pra assistir, mas com um roteiro bem simples e clichê. O romance mesmo achei mal desenvolvido, o que chama mais a atenção é a família peculiar da protagonista. Dá pra dar umas boas risadas e curtir as músicas gregas da trilha.
Uma voz única e marcante, uma pessoa carismática e verdadeira, uma história de vida enorme em tão pouco tempo, intensa em momentos bons e maus, conturbada, mas repleta de arte. Para que isso se tornasse um documentário perfeito, não bastava muito mais do que bastante material recolhido e uma edição de ponta. Felizmente, é o que temos nesse filme, uma riqueza tamanha de momentos diversos registrados, e uma edição sensacional, contando com depoimentos muito valiosos de tantas pessoas que foram importantes na vida de Amy. O mais legal é a maneira que o documentário foi desenvolvido, alcançando perfeitamente o objetivo de mostrar o salto que levou a cantora ao estrelato, e o salto que a levou ao seu fim. Perfeita escolha de músicas e performances, que encaixaram com os contextos apresentados, e decisão certeira de incluir as letras das músicas em rascunhos num caderno. Não soou apelativo em momento algum, o que é um ponto muito positivo, já que a história da artista já é suficientemente emocionante, não precisando de sensacionalismo barato pra tocar alguém. A rima do início e fim do longa é muito bonita.
Um filme com premissa e algumas sacadas bem criativas, divertido, e que apresenta um protagonista dos mais carismáticos. Mas nada disso é novidade em filmes da Pixar. A novidade aqui é um roteiro que atira para vários lados, mas não atinge nenhum precisamente, repleto de contradições, clichês que não funcionam bem, e momentos extremamente forçados, como se um filme infantil não precisasse ter um mínimo de verossimilhança dentro do próprio universo, como se tudo fosse normal somente porque fará as crianças rirem. Essa é a maior falha do filme para mim. Se em outras animações da Pixar, adultos e crianças se divertem quase igualmente enquanto assistem, aqui eu acredito que o público adulto pode se incomodar muito com muitos elementos do filme, a menos que não o leve a sério. Não é por ser infantil que não possa ter a mesma qualidade de um filme não-infantil, e a Pixar já cansou de nos mostrar isso, assim como maravilhosas animações de outros estúdios. Abaixo comento alguns incômodos que tive, com spoilers.
1. A primeira cena de ação beira o ridículo, e talvez até as crianças maiores achem absurdo uma velhinha dar diversos tiros de espingarda para tentar matar um rato, para em seguida ter aquela fuga exagerada envolvendo barcos e uma idosa-caçadora-militar de tiro milagrosamente preciso, já que antes só conseguiu errar todos os tiros de perto e destruir a própria casa; 2. Remy é o maior chef de todos os tempos, com habilidades únicas, nem Colette e muito menos Linguini podem fazer algo ao seu nível, mas um bando de ratos comedores de lixo que nunca provaram outros sabores de repente podem movimentar uma cozinha inteira, numa mão de obra fantástica, cozinhando no alto nível de Remy, afinal eles não sabem cozinhar, mas são família, então isso é irrelevante; Linguini é apresentado como um personagem tipicamente desastrado desde antes de conhecer Remy, mas quando veste-se de garçom ele está apto a fazer acrobacias de patins enquanto serve vinhos delicadamente. Só para citar três das coisas que mais me incomodaram. Mas o filme todo não me convenceu, tentando criar um drama familiar que não vingou, assim como o romance de Linguini e Colette. E a aceitação passiva de Ego a um rato cozinheiro seria mais aceitável com um pouco mais de atenção e tempo dedicado ao personagem, mas soou completamente forçado. Uma pena.
Que história linda! Roteiro muito bem desenvolvido, a narrativa equilibra muito bem os momentos alegres, com os angustiantes e os tristes, num ritmo perfeito de muita tensão pelo que virá. Anna Paquin domina muito bem sua personagem, numa atuação marcante, quase sempre pelo olhar. Tecnicamente também achei o filme muito competente. Fotografia e filmagem muito belas, criando alguns momentos marcantes, como a sequência de uma cena no trem. Recheado ainda com uma trilha sonora que mescla melancolia e esperança, acompanhando muito bem o desenvolver do enredo. O mais bacana é saber que se trata de uma história real, e a surpresa que é mostrada no final.
Filme belíssimo. Delicado e divertido, nunca apela para emocional forçado, a narrativa flui naturalmente. Roteiro bem desenvolvido, cuidadosamente estabelece a relação das personagens principais, com uma química perfeita dos atores protagonistas. Linda trilha sonora, marcando momentos descontraídos e sensíveis. Mas o grande destaque técnico vai para a fotografia, de uma grandeza tamanha, criando alguns planos e sequências marcantes. Uma linda história contada da maneira igualmente bela.
Achei um excelente documentário, pois aborda um tema muito sensível de maneira simples, mas muito bela. O espectador acaba mergulhando na viagem junto com os quatro amigos, conhecendo pessoas maravilhosas que tanto batalham por sua sobrevivência e por melhores condições de vida. Além dos belos encontros, depoimentos e desafios, o filme ainda é muito bem produzido tecnicamente, apresentando uma linda fotografia e filmagem, além de trilha sonora delicada, numa montagem que funciona perfeitamente, conferindo um ritmo muito gostoso à narrativa.
Animação fantástica, viajada até o fim, mas com um roteiro bem estabelecido após mergulhar o espectador neste universo. Muito semelhante ao filme "A Origem" (claramente inspirado nesta animação) em sua temática, aqui os sonhos são desenvolvidos muito mais a fundo, criando extravagâncias fabulosas, e uma montagem incrível, com conceitos muito interessantes. O carisma natural da personagem-título torna o filme mais empolgante, e sua dualidade com Chiba é muito bem conduzida, apresentando alguns momentos muito ricos para a narrativa. O enredo parece simples a princípio, dando a impressão que o foco da animação é mergulhar no mundo dos sonhos e apresentar imagens exuberantes apenas, mas além disso há um arco dramático muito bem construído para o Detetive Kogawa, que enriquece o filme. Duas coisas me incomodaram um pouco: a obviedade descarada do vilão desde a primeira cena em que surge, e a tentativa de criar um arco emocional entre Chiba e Tokita, falhando terrivelmente. Mas esses detalhes não desmerecem o conjunto da obra, que é riquíssimo. Destaque ainda para a trilha sonora.
O filme tem uma premissa interessante, principalmente por ser baseado numa história verídica, mas infelizmente é conduzido de maneira muito artificial e apelativa. Roteiro fraco, servindo mais para encaixar frases de efeito (falhando quase sempre), mas com pouca profundidade. Em certo momento, apesar de tardio, com a entrada de Hans em cena, parece que a história vai começar a apresentar elementos interessantes, mas pouco conteúdo é desenvolvido, e essa personagem parece perdida no longa, servindo apenas para um pequeno ponto do roteiro. Eddie Redmayne faz um bom trabalho, mas não achei completamente convincente, acho que faltou mais habilidade em dar profundidade e vida à sua personagem. Já Alicia Vikander carrega o filme nas costas, e parece passar por cima dos tropeços do roteiro, pois sua personagem está presente o tempo inteiro no filme, sólida, bem conduzida a cada cena. Merecida indicação ao Óscar, mas ainda acho que seu trabalho em Ex-Machina foi superior e merecia mais reconhecimento. Quanto aos aspectos mais técnicos do filme, não me chamaram a atenção. Trilha sonora "mais do mesmo" e repetitiva, e montagem fraca, criando poucos planos visualmente belos. Final forçado demais, não me convenceu. O roteiro é tão bagunçado que, em quase duas horas de filme, nada parece encontrar seu lugar, faltando emoção e desenvolvimento decente.
Filme muito sensível e belo. Gostei muito de como foi construída a relação entre Laure/Michael e sua irmã, criando algumas cenas marcantes. Mas o destaque do filme é, sem dúvidas, a personagem protagonista, interpretada incrivelmente por Zoé Héran aos 12 anos. A atriz consegue transmitir uma torrente de sentimentos com sua expressão quase sempre firme, mas vacilante aqui e ali, conduzindo a personagem com muita habilidade. Praticamente sem trilha sonora, e com poucos cenários, o filme pode parecer seco nesse sentido, mas isso se for levar em conta o padrão Hollywoodiano de cinema. Esses elementos não fazem falta aqui, já que a premissa é bem apresentada e desenvolvida, prendendo a atenção do telespectador a cada cena. Só senti que poderia ter sido gasto mais tempo na relação de Laure com seus pais, mas o foco é a relação com sua irmã mais nova e seus novos amigos. A cena final me conquistou.
The Rocky Horror Picture Show
4.1 1,3K Assista AgoraBizarro e divertidíssimo, as músicas são ótimas!
Tempo de Despertar
4.3 647 Assista AgoraUm filme com Robin Williams e Robert De Niro no elenco já promete um show de interpretação, e é isso o que temos de maior destaque nesse filme. Personagem interessantíssimo de Williams, infelizmente não tão bem aproveitado quanto poderia ser, mas ainda assim muito carismático graças também ao talento do ator. De Niro também domina seu personagem com maestria. O enredo é bonito, principalmente por basear-se em história real, mas infelizmente o roteiro não faz jus à história apresentada, contendo uma série de clichês mal desenvolvidos, como os romances superficiais, ainda que o envolvendo De Niro seja mais bem aproveitado para a trama. Mas é um filme gostoso de assistir, que proporciona alguns bons sorrisos.
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraAchei o filme divertido, fluido, pouco intrigante. O que chama mais atenção são as personagens, os diálogos, e a movimentação da câmera, criando planos bem bacanas. Mas o roteiro deixou a desejar, acho que faltou mais conteúdo.
The Nightmare
2.9 126Um ótimo documentário que explora uma experiência medonha para a maioria das pessoas que a vivenciam, apresentando cenas perturbadoras que colocam muitos filmes de terror no chinelo. O mais interessante é ver como os relatos se aproximam na temática, mas apresentam variações de acordo com a personalidade e história de cada pessoa. Aliás, os relatos foram muito bem selecionados e editados, contando com uma montagem e trilha que conferem um ritmo instigante e apavorante ao filme. O único ponto negativo é que, em alguns momentos, os relatos soam muito repetitivos, tomando espaço onde poderia ser inserida melhor uma explicação científica para o fenômeno, já que o lado espiritual é bem mais explorado. Por fim, achei um elegante acerto o filme soar como uma ficção de terror, mas ao mesmo tempo fazer questão de mostrar ao espectador que trata-se de um documentário, exibindo sutilmente, através de rápidas transições, como as cenas foram montadas no estúdio.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraGostei bastante da trilha sonora e das atuações, com destaque para o talento precoce de Natalie Portman, e para o sempre bem estabelecido Gary Oldman, responsável aqui pela cena mais marcante do filme, ainda no começo. Infelizmente, o roteiro é apresentado e desenvolvido de maneira muito simples e direta, sem dar margem para aprofundar melhor as personagens, e consequentemente conferir mais emoção à narrativa. Ainda assim, há alguns belos momentos, e alguns pouco divertidos. Mas vale mencionar a filmagem criativa e delicada, criando uma breve, porém belíssima sequência no final do longa.
Vidas ao Vento
4.1 603 Assista AgoraAbertura belíssima, e impossível não se encantar com a trilha sonora perfeita desse filme, além do já esperado visual de tirar o fôlego. Primeira animação que vejo desse diretor que não se trata de fantasia, embora ela esteja inclusa paralelamente à realidade, através de sonhos lúcidos (ou, como prefiro ver, projeções astrais). E também a primeira vez que vejo uma animação do Studio Ghibli sem a presença de uma personagem feminina forte; pois aqui, a única personagem feminina marcante tem como destaque sua doçura, simpatia e amor, que acaba apresentando-se dependente e submisso, o que causa desconforto. E apesar do roteiro interessante e bem construído, o filme para mim perde um ponto devido ao seu ritmo lento até mais da metade de sua projeção; e um fator que contribui para isso é o pouco carisma da personagem protagonista. Gostei bastante das cenas de sonhos, e achei muito bela, sensível e carregada de significado uma cena envolvendo um avião de papel. O desfecho também me agradou.
Cidade de Deus
4.2 1,8K Assista AgoraUm filme que retrata realidade e fantasia com um equilíbrio muito hábil, criando momentos de enorme tensão e emoção, e também momentos divertidos e descontraídos. Destaque para a montagem do filme, com seus cortes rápidos aqui e ali, ou mais pausados em certos momentos, tornando o ritmo do longa bem fluido. O talento da maior parte do elenco também contribui muito para a veracidade e emoção do filme. Mas o ponto principal é mesmo o roteiro, muito bem desenvolvido, aberto e fechado nas horas certas, contando com uma narração que não incomoda em momento algum, apenas serve para dar ritmo e substância ao longa. E o filme tem a proeza de ter um final leve e pesado ao mesmo tempo.
Conta Comigo
4.3 1,9K Assista AgoraUm road-movie divertido e sensível. Mas a abertura e o desfecho poderiam ser melhores.
A Onda
4.2 1,9KO filme cumpre muito bem o papel de passar uma grande mensagem de forma bem objetiva, embora isso faça a história soar forçada em alguns momentos. Mas esses detalhes não tiram o brilho de um roteiro preciso, auxiliado por ótima direção artística que imprime um ritmo crescente à narrativa. Assim, a forma se une perfeitamente ao conteúdo em relação à ideia de onda. Outra coisa que não pode passar despercebida é a cor branca, que imediatamente remete à noção de paz, conferindo um contraste perfeito para a mensagem apresentada no filme.
Mais do Que Você Imagina
2.7 158Bem ruinzinho! Que filme fora de foco e com péssimas piadas. Só deu para dar umas risadas no final, mesmo com piadas ruins.
O Preço do Amanhã
3.6 2,9K Assista AgoraMais um exemplo de filme com uma ideia super bacana, mas com um péssimo desenvolvimento. Alguns diálogos e cenas são ridículos de tão rasos ou artificiais. A cena mais bonita do filme, logo no começo, envolvendo um ônibus, só não é mais marcante porque não chega a emocionar, devido à falta de profundidade das personagens envolvidas. Algumas boas ideias são apresentadas, mas o roteiro é simples e não empolga, as personagens não tem carisma o suficiente para conquistar o telespectador, e nem o desfecho consegue impressionar.
Sobrenatural
3.4 2,4K Assista AgoraAcho este filme um ótimo exemplo de suspense e terror, com falhas aqui e ali, mas bem desenvolvido num geral. Montagem bem eficiente, com ótimos ângulos, closes, e uma sonoplastia incrível, principalmente pelos efeitos sonoros, mas com uma trilha muito bem colocada também. Cenas bem sinistras, contrastando momentos de tensão com trilha descontraída, tornando estas cenas mais macabras e longe do lugar-comum. Também gostei de como o filme foge do clichê de andar pela casa no escuro, quando se pode facilmente acender as luzes; aqui, as cenas são escuras quando realmente isso é necessário, e o roteiro usa boas sacadas para tal. Gostei como o assunto da projeção astral foi abordado, de maneira muito verossímil, apesar das rápidas explicações. E o suspense é o ponto alto do filme, porque as melhores cenas são as que preveem o que vai acontecer, não as que de fato mostram alguma assombração. Dois grandes defeitos: o clichê incômodo da personagem que não acredita na assombração mesmo diante de evidências incontestáveis; apesar do roteiro sugerir um motivo para isso, não é o suficiente, deixando o fato muito forçado. E o final, que poderia ser bem interessante se não fosse tão corrido e mal aproveitado. E a tentativa de humor de duas personagens não convence. Mas para mim esses pontos não tiram o brilho do filme.
Minha cena favorita é quando Elise descreve o demônio que está no teto, sem que ele seja mostrado para nós. A cena foi muito bem feita, é bem angustiante, e o talento da atriz contribui muito para o resultado. Ficou perfeita, mostrando apenas o desenho depois. Se mostrasse o demônio não teria sido tão interessante.
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraEm vários momentos parecia que eu estava assistindo a uma série apressada, e não a um filme, devido ao excesso de personagens e situações apresentadas num ritmo confuso e numa montagem de pouquíssimo valor estético; várias cenas potencialmente emocionantes foram engolidas a seco, por conta da péssima montagem. O talento de atrizes como Marion Cotillard e Kate Winslet foram desperdiçados em personagens pouco substanciais, sendo a personagem de Winslet mais marcante, apesar do pouco tempo de tela. Mas é Jennifer Ehle, apesar de seu papel pequeno, quem mais se destaca nos poucos momentos em que aparece, responsável por dois momentos tocantes do filme. No mais, o roteiro é muito fraco, falhando ao tentar criar diferentes arcos dramáticos, como por exemplo com as personagens de Matt Damon e Laurence Fishburne. Jude Law e Gwyneth Paltrow servem apenas para as necessidades do roteiro, suas personagem não tem um mínimo de desenvolvimento. O único ponto bacana do filme é mostrar a cadeia de uma doença contagiosa, e a balbúrdia que isso pode causar em grande escala (o que me fez lembrar de "Ensaio Sobre a Cegueira"). O final só não decepciona mais porque todo o longa é relativamente decepcionante.
Hotel Transilvânia
3.6 1,5K Assista AgoraDivertidíssimo e criativo, com várias ótimas sacadas, incluindo uma certeira homenagem ao clássico filme de terror "Nosferatu". Todas as personagens são muito carismáticas, com o maior destaque para o protagonista, o Drácula mais simpático de todos os tempos. A química entre pai e filha é perfeita, inclusive muito mais forte do que entre o possível casal do filme. Muito bacana a exploração incansável do mundo dos monstros, e de seus comportamentos em um hotel, tornando o filme interessante durante todo o tempo. Só achei uma cena do final bem forçada, e não achei o desfecho empolgante, mas simples e indigno de todo o desenrolar da narrativa até ali. Apesar disso, é uma ótima animação, e tenho vontade de assistir à continuação.
Caso 39
3.1 1,9K Assista AgoraGostei da filmagem e da trilha sonora. E o clima e ritmo do filme são muito bons, funcionando muito bem como suspense. Algumas cenas mais tensas foram marcantes, assim como a atuação da pequena atriz que interpreta Lily. O roteiro, embora envolto em clichês, é bem desenvolvido e convence bem até certo ponto. Mas é uma pena que haja grandes quebras de verossimilhança do universo apresentado, e é uma pena ainda maior que o filme tenha um desfecho tão medíocre.
Casamento Grego
3.1 440 Assista AgoraMuito divertido pra assistir, mas com um roteiro bem simples e clichê. O romance mesmo achei mal desenvolvido, o que chama mais a atenção é a família peculiar da protagonista. Dá pra dar umas boas risadas e curtir as músicas gregas da trilha.
Amy
4.4 1,0K Assista AgoraUma voz única e marcante, uma pessoa carismática e verdadeira, uma história de vida enorme em tão pouco tempo, intensa em momentos bons e maus, conturbada, mas repleta de arte. Para que isso se tornasse um documentário perfeito, não bastava muito mais do que bastante material recolhido e uma edição de ponta. Felizmente, é o que temos nesse filme, uma riqueza tamanha de momentos diversos registrados, e uma edição sensacional, contando com depoimentos muito valiosos de tantas pessoas que foram importantes na vida de Amy. O mais legal é a maneira que o documentário foi desenvolvido, alcançando perfeitamente o objetivo de mostrar o salto que levou a cantora ao estrelato, e o salto que a levou ao seu fim. Perfeita escolha de músicas e performances, que encaixaram com os contextos apresentados, e decisão certeira de incluir as letras das músicas em rascunhos num caderno. Não soou apelativo em momento algum, o que é um ponto muito positivo, já que a história da artista já é suficientemente emocionante, não precisando de sensacionalismo barato pra tocar alguém. A rima do início e fim do longa é muito bonita.
Ratatouille
3.9 1,3K Assista AgoraUm filme com premissa e algumas sacadas bem criativas, divertido, e que apresenta um protagonista dos mais carismáticos. Mas nada disso é novidade em filmes da Pixar. A novidade aqui é um roteiro que atira para vários lados, mas não atinge nenhum precisamente, repleto de contradições, clichês que não funcionam bem, e momentos extremamente forçados, como se um filme infantil não precisasse ter um mínimo de verossimilhança dentro do próprio universo, como se tudo fosse normal somente porque fará as crianças rirem. Essa é a maior falha do filme para mim. Se em outras animações da Pixar, adultos e crianças se divertem quase igualmente enquanto assistem, aqui eu acredito que o público adulto pode se incomodar muito com muitos elementos do filme, a menos que não o leve a sério. Não é por ser infantil que não possa ter a mesma qualidade de um filme não-infantil, e a Pixar já cansou de nos mostrar isso, assim como maravilhosas animações de outros estúdios. Abaixo comento alguns incômodos que tive, com spoilers.
1. A primeira cena de ação beira o ridículo, e talvez até as crianças maiores achem absurdo uma velhinha dar diversos tiros de espingarda para tentar matar um rato, para em seguida ter aquela fuga exagerada envolvendo barcos e uma idosa-caçadora-militar de tiro milagrosamente preciso, já que antes só conseguiu errar todos os tiros de perto e destruir a própria casa; 2. Remy é o maior chef de todos os tempos, com habilidades únicas, nem Colette e muito menos Linguini podem fazer algo ao seu nível, mas um bando de ratos comedores de lixo que nunca provaram outros sabores de repente podem movimentar uma cozinha inteira, numa mão de obra fantástica, cozinhando no alto nível de Remy, afinal eles não sabem cozinhar, mas são família, então isso é irrelevante; Linguini é apresentado como um personagem tipicamente desastrado desde antes de conhecer Remy, mas quando veste-se de garçom ele está apto a fazer acrobacias de patins enquanto serve vinhos delicadamente. Só para citar três das coisas que mais me incomodaram. Mas o filme todo não me convenceu, tentando criar um drama familiar que não vingou, assim como o romance de Linguini e Colette. E a aceitação passiva de Ego a um rato cozinheiro seria mais aceitável com um pouco mais de atenção e tempo dedicado ao personagem, mas soou completamente forçado. Uma pena.
Filhos da Guerra
4.1 168 Assista AgoraQue história linda! Roteiro muito bem desenvolvido, a narrativa equilibra muito bem os momentos alegres, com os angustiantes e os tristes, num ritmo perfeito de muita tensão pelo que virá. Anna Paquin domina muito bem sua personagem, numa atuação marcante, quase sempre pelo olhar. Tecnicamente também achei o filme muito competente. Fotografia e filmagem muito belas, criando alguns momentos marcantes, como a sequência de uma cena no trem. Recheado ainda com uma trilha sonora que mescla melancolia e esperança, acompanhando muito bem o desenvolver do enredo. O mais bacana é saber que se trata de uma história real, e a surpresa que é mostrada no final.
Intocáveis
4.4 4,1K Assista AgoraFilme belíssimo. Delicado e divertido, nunca apela para emocional forçado, a narrativa flui naturalmente. Roteiro bem desenvolvido, cuidadosamente estabelece a relação das personagens principais, com uma química perfeita dos atores protagonistas. Linda trilha sonora, marcando momentos descontraídos e sensíveis. Mas o grande destaque técnico vai para a fotografia, de uma grandeza tamanha, criando alguns planos e sequências marcantes. Uma linda história contada da maneira igualmente bela.
Vivendo Com Um Dólar
4.0 72 Assista AgoraAchei um excelente documentário, pois aborda um tema muito sensível de maneira simples, mas muito bela. O espectador acaba mergulhando na viagem junto com os quatro amigos, conhecendo pessoas maravilhosas que tanto batalham por sua sobrevivência e por melhores condições de vida. Além dos belos encontros, depoimentos e desafios, o filme ainda é muito bem produzido tecnicamente, apresentando uma linda fotografia e filmagem, além de trilha sonora delicada, numa montagem que funciona perfeitamente, conferindo um ritmo muito gostoso à narrativa.
Paprika
4.2 504 Assista AgoraAnimação fantástica, viajada até o fim, mas com um roteiro bem estabelecido após mergulhar o espectador neste universo. Muito semelhante ao filme "A Origem" (claramente inspirado nesta animação) em sua temática, aqui os sonhos são desenvolvidos muito mais a fundo, criando extravagâncias fabulosas, e uma montagem incrível, com conceitos muito interessantes. O carisma natural da personagem-título torna o filme mais empolgante, e sua dualidade com Chiba é muito bem conduzida, apresentando alguns momentos muito ricos para a narrativa. O enredo parece simples a princípio, dando a impressão que o foco da animação é mergulhar no mundo dos sonhos e apresentar imagens exuberantes apenas, mas além disso há um arco dramático muito bem construído para o Detetive Kogawa, que enriquece o filme. Duas coisas me incomodaram um pouco: a obviedade descarada do vilão desde a primeira cena em que surge, e a tentativa de criar um arco emocional entre Chiba e Tokita, falhando terrivelmente. Mas esses detalhes não desmerecem o conjunto da obra, que é riquíssimo. Destaque ainda para a trilha sonora.
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraO filme tem uma premissa interessante, principalmente por ser baseado numa história verídica, mas infelizmente é conduzido de maneira muito artificial e apelativa. Roteiro fraco, servindo mais para encaixar frases de efeito (falhando quase sempre), mas com pouca profundidade. Em certo momento, apesar de tardio, com a entrada de Hans em cena, parece que a história vai começar a apresentar elementos interessantes, mas pouco conteúdo é desenvolvido, e essa personagem parece perdida no longa, servindo apenas para um pequeno ponto do roteiro. Eddie Redmayne faz um bom trabalho, mas não achei completamente convincente, acho que faltou mais habilidade em dar profundidade e vida à sua personagem. Já Alicia Vikander carrega o filme nas costas, e parece passar por cima dos tropeços do roteiro, pois sua personagem está presente o tempo inteiro no filme, sólida, bem conduzida a cada cena. Merecida indicação ao Óscar, mas ainda acho que seu trabalho em Ex-Machina foi superior e merecia mais reconhecimento. Quanto aos aspectos mais técnicos do filme, não me chamaram a atenção. Trilha sonora "mais do mesmo" e repetitiva, e montagem fraca, criando poucos planos visualmente belos. Final forçado demais, não me convenceu. O roteiro é tão bagunçado que, em quase duas horas de filme, nada parece encontrar seu lugar, faltando emoção e desenvolvimento decente.
Tomboy
4.2 1,6K Assista AgoraFilme muito sensível e belo. Gostei muito de como foi construída a relação entre Laure/Michael e sua irmã, criando algumas cenas marcantes. Mas o destaque do filme é, sem dúvidas, a personagem protagonista, interpretada incrivelmente por Zoé Héran aos 12 anos. A atriz consegue transmitir uma torrente de sentimentos com sua expressão quase sempre firme, mas vacilante aqui e ali, conduzindo a personagem com muita habilidade. Praticamente sem trilha sonora, e com poucos cenários, o filme pode parecer seco nesse sentido, mas isso se for levar em conta o padrão Hollywoodiano de cinema. Esses elementos não fazem falta aqui, já que a premissa é bem apresentada e desenvolvida, prendendo a atenção do telespectador a cada cena. Só senti que poderia ter sido gasto mais tempo na relação de Laure com seus pais, mas o foco é a relação com sua irmã mais nova e seus novos amigos. A cena final me conquistou.