um amigo viu Jaws enquanto flutuava em um lago. há um posto avançado na Antártida que obriga os novatos a assistir The Thing em sua primeira noite. Edgar Wright falou sobre assistir The Evil Dead em um cemitério. eu? encomendei muita comida e vi The Whale do meu sofá. me tornei uma lenda.
Foi uma tarefa hercúlea conseguir assistir isso até a metade do terceiro episódio, dae fui dar uma olhada no IMDB e fiquei pasmo quando vi que gastaram mais de 1 bilhão de dólares nisso e que é simplesmente a série mais CARA da história!! Tanto VFX que em HDR você sente a irís do olho derreter (devo ter perdido uns 3% da visão kkk) nível de atuação sofrível, diálogos monótonos e infantis, personagens sem carisma, pomposidade exageradamente artificial das ambientações, história que nunca engrena (pelo menos até onde vi) enfim, um imenso TANTO FAZ/melhor se nunca tivesse saído do papel. Como eu disse num outro comentário, os trailers e teasers já deixavam claro o fiasco que estava por vir só não imaginava que ele seria dessa proporção. E eu achando que pagar 20 conto em skin de jogo da Blizzard era jogar dinheiro fora kkk. Na próxima deixem os efeitos em segundo plano e por favor contratem atores.
"Tolkien está se revirando no túmulo" tenho que concordar com o Elon Musk
"- raining pain, brooding blood, jealous anger open wound, open heart, drowning, yearning searching for connections, a hope, a future, something finding a path to, to, to together"
- Magnificamente desolador e sinistro, te dilacera como uma espada afiada, consigo lidar com todo tipo de violência visual perversa mas isso aqui realmente me atingiu de uma forma diferente e é incrível pra mim quando um filme ainda consegue alcançar tal "feito", mesmo que a sensação não seja nada agradável - Uma visão pessimista de um samurai, atraído por dinheiro, sexo, assassinato, vingança e ignorância, talvez exagero ou apenas uma representação da mentalidade japonesa feudal, a verdade é que ao contrário da maioria dos filmes japoneses dessa época, apresenta uma vida de vergonha e luxúria, não de honra. - Visões e sonhos horríveis dominam as cenas, sendo a imaginação a grande precursora das decisões morais dos personagens. As pessoas são torturadas por memórias e demônios quase aprisionam seus personagens dentro delas, imagens de homens moribundos pintados de sangue e corpos flutuando no ar. Os rostos sempre estão divididos entre a sombra e a luz, representando a ambiguidade da dor. O filme visita o inferno, literalmente indo para o lugar mais escuro que se possa imaginar. É absolutamente perturbador, um soco no estômago, uma espiral de pesadelo e loucura impulsionada por uma sede insaciável de vingança. "Demons" aka "Shura" é a história de um samurai que se tornou um demônio, um homem tão injustiçado que nunca mais poderia ser justo outra vez.
O mundo é um mar de sangue. Os demônios nunca acabam.
- o diretor é sobrevivente dos campos de concentração - o filme foi bem recebido, ganhou alguns prêmios e foi prontamente banido em sua terra natal por duas décadas até a queda do comunismo tcheco - parte das cenas no crematório foram filmadas com cadáveres reais
" - There's something missing inside me that the whole rest of the world seems to have."
- enquanto X foi um típico slasher, Pearl se encontra em um reino completamente próprio, um estudo de caráter único sobre os efeitos da doença mental, da psicose resultante do isolamento e da degradação. - filmado em technicolor, o texto e a música vintage saltam da tela como se tivessem vida própria, parece algo completamente único, mas estranhamente familiar. - Mia Goth está sublime no papel principal aqui, ela praticamente se consolida como a nova rainha do terror de época com essa performance. - o monólogo perto do fim do filme é impecável, e as nuances emocionais da personagem são muito bem trabalhadas desde o início. - Mia consegue se tranformar de "moça bacana do interior" à "completamente insana" em um piscar de olhos, e isso vende a luta interna da personagem perfeitamente. - uma interpretação digna de todos os elogios e prêmios possíveis (as expressões facias dela na cena dos créditos finais são absurdamente surreais). - achei X um bom filme apenas, mas a história desenvolvida aqui eleva o primeiro a outro patamar, os dois realmente se completam. - o único ponto fraco talvez seja o ritmo inicial um pouco lento, mas a vibração da cinematografia e a fenomenal construção da história tornam isso totalmente irrelevante. - estou dividido entre Barbarian, Speak No Evil e essa pérola aqui como meu filme de terror favorito do ano, mas todos eles são tão diferentes entre si que nem seria uma comparação justa. - de qualquer forma, esse é um item obrigatório para todos os fãs do gênero.
acabei de ver o segundo episódio com muito esforço pra me manter acordado, não que eu tivesse alguma expectativa (os teasers e trailers já entregavam o nível da patifaria). Só espero que o restante não seja tão entediante quanto o que vi até agora, haja café...
Vi muitas pessoas discutindo os padrões éticos "obscuros" quando se trata de produzir uma série como essa, seja por humanizar a figura do Dahmer, por não contatar a família das vítimas ou qualquer outra coisa nesse sentido. Pessoalmente, não estou interessado nesses debates, a moralidade do cinema sempre foi um tema do qual me afastei intencionalmente, porque quem sou eu para dizer o que é "certo" e o que não é quando se trata de arte. Minha prioridade sempre foi a história e no que diz respeito a ela, acho que a série cumpre bem o seu papel e até superou minhas expectativas, acerta em cheio quando permanece fixada na espiral de loucura de Jeffrey e quando se propõe a tentar jogar um pouco de luz sobre os motivos que levam uma pessoa aparentemente normal a se transformar em um ser sádico capaz de cometer tamanhas atrocidades (a exposição a taxidermia desde criança, o papel da família instável, da mãe que não queria ter o filho, a relação com o pai, o preconceito em aceitar o diferente, a ineficiência da polícia, o sentimento de não ser aceito, a solidão/alcoolismo e consequente perda de discernimento de realidade/fantasia, a crescente falta de empatia e necessidade da sensação de controle/aceitação) que atinge seu ápice no fatídico e memorável episódio 6. A partir do episódio 7 os holofotes mudam de direção e focam no impacto nas famílias afetadas, sei que a intenção é de "homenagear" as vítimas da vida real, mas mesmo assim, a escolha resulta em uma séria quebra na ótima narrativa construída até então, tornando o desenvolvimento e o ritmo um tanto quanto monótonos em vários momentos (popular encheção de linguiça), Porém, apesar disso, é um ótimo retrato da psicopatia e de como ela emerge das entranhas de um sistema social falho e fadado ao fracasso, da sociedade que proporciona todas as ferramentas que contribuem para que o "monstro" seja criado e depois não faz a minima idéia de como lidar com ele.
um pesadelo gratuito e sem sentido irradiado de um planeta distante. é como se um grupo de marcianos tentasse converter o filme em um formato que meros humanos pudessem entender, mas eles pararam no meio e disseram "foda-se" enquanto o enviavam para seu representante na terra na forma de Alejandro Jodorowsky. The Holy Mountain começa com uma cerimônia surreal e termina no vazio; a evocação de uma mente confusa, eventualmente desistindo. arco-íris compõem a totalidade das cavernas, merda se torna ouro e um bebê rinoceronte brinca em uma fonte, anões, prostitutas, planetas. transcendental, insanamente belo e belissimamente insano, a sátira das sátiras, a morte do ego, real life awaits.
filmes found footage não são uma aposta segura quando se trata de qualidade. às vezes, eles podem ser uma ferramenta para disfarçar a falta de idéias ou habilidade em filmá-las, mas também podem fornecer uma maneira útil para os cineastas colocarem em prática seus experimentos dispondo de um orçamento apertado. Felizmente, Deadstream se aplica mais a este último. É um empreendimento cômico que cumpre seu papel com alguns efeitos práticos agradavelmente distorcidos evocando a estética de Evil Dead, com uma performance irritante de seu protagonista, cujo personagem desagradável existe para delinear a ampla sátira do filme.
acabei de ver e sinto como se tivesse sido atropelado por um caminhão, não costumo chorar mas aqui foi impossível não conter as lágrimas, a dor (inclusive física), a raiva, a tristeza e o sentimento de revolta pelo modo como a "justiça" (não) funciona e permite que tragédias como essa aconteçam. Estou destruído.
- existe uma "energia" própria nisso que diferencia ele de todos os outros filmes, é suave e "saltitante" e ao mesmo tempo mecânico e confrontador - acidentes de carro dão lugar à música, explosões violentas levam a longas caminhadas nas calçadas da cidade azul brilhante e corridas frenéticas pelos corredores sem rosto culminam em um beijo - tem um dos maiores momentos "wow" em um filme, quando Barry calmamente rejeita o caos ao seu redor com um simples "eu não sei" antes da trilha sonora tomar conta da cena, colidindo com a imagem florescente de formas, cores e estrelas - O fato disso não estar nem no meu top 5 filmes favoritos do Paul Thomas Anderson deve dizer um pouco sobre o quanto eu amo o trabalho desse cara - "I don't know if there is anything wrong because I don't know how other people are." - "It really looks like Hawaii here” - a dancinha no mercado - compreende e simpatiza a ansiedade social em um nível que poucos outros filmes fazem - "I have a love in my life. It makes me stronger than anything you can imagine." - sim, Adam Sandler sabe atuar
"In the heart of a violet forest, an old house awaits young girls."
Uma das coisas que mais gosto num filme é quando ele me mostra coisas que eu não posso ver na vida real, não somente de um ponto de vista sobrenatural, mas imagens de um ângulo que eu nunca conseguiria ver ou lugares que eu nunca irei visitar. Essas é a razão que torna a ficção tão envolvente, encontrar novas maneiras de ver e entender o mundo, as ideias ou as pessoas. Hausu faz uso da arte do cinema para simplesmente ignorar toda convenção, razão e sensibilidade narrativa e mostrar uma história que é reconhecível, mas diferente de tudo que já vi antes. Adjetivos como "cartunesco" ou "surreal" ou "absurdo" ou "psicodélico" não fazem justiça pra descrever o que é visto aqui, malemal arranham a superfície. "Fucking weird" talvez chegue perto, mas honestamente, só vendo pra entender. Hausu é um filme de delicadezas e horrores que muitas vezes se confundem. A melancolia enterrada sob o imaginário e o estilão "alegre" habitam na trilha musical recorrente, que é distorcida em vários momentos, desde a improvável versão felina até o uso em pontos mais intensos, animados e macabros. O contraste entre os floreios do romance e do drama adolescente e as ironias cada vez mais macabras da violência encenada pelos espíritos só aumenta a dissonância alucinante do filme; o contraste entre a fofura dos personagens (tanto das meninas quanto do gato) e a atmosfera sinistra do cenário (às vezes) serve somente ao mesmo fim. O filme é tudo ao mesmo tempo, mas nunca passa de uma indulgência intencional, quase comemorativa, da arte do cinema. Uma perfeita anomalia.
"- The daughter of a legendary thief, who sewed winter coats out of stolen purses. Herself a thief, pickpocket, swindler. The saviour who came to tear my life apart. My Tamako. My Sookee."
- O senso de controle de tempo e espaço de Chan-Wook, tanto em ambientes fechados como em campo aberto é primoroso, sublime - Sooke é insana, maluca, exagerada do começo ao fim, você só não se dá conta disso logo de cara - o filme todo é uma montanha-russa de nuances e sensações, e quando finalmente atinge o ápice da perversão é um verdadeiro orgasmo audiovisual - eu não consigo nem contar o número de vezes que eu pensei "ok, aqui vamos nós", pra quase que imediatamente Chan-Wook me empurrar pra outra direção - 3 horas que parecem um piscar de olhos (e podia ser mais longo) - esse é um filme pro pervertido que existe dentro de cada um de nós - cinematografia, iluminação, atuação, montagem etc. tudo aqui é executado com perfeição, não existe nada "sobrando" - essa obra é um exemplo do que todo filme deveria aspirar, te lembrar que a arte do cinema é poderosa, te transportar pra um mundo novo por algumas horas a ponto de você esquecer tudo que não seja aquilo que está acontecendo em tela - sempre pensei que Chan-Wook nunca poderia igualar a genialidade/inventividade apresentada em Oldboy, que bom que eu estava errado
O que acontece quando a corda do limite de nossa civilidade é esticada ao extremo? a resposta é, talvez nada? A maioria de nós, meros animais pensantes, quando colocada em situações embaraçosas, continua sendo educada para evitar algum tipo de confronto. Um fenômeno que "Speak No Evil" usa como veículo para entregar o filme mais sufocante/chocante do ano. Não lembro a última vez que me senti tão desconfortável na frente da tela quanto me senti aqui. 70 minutos de cenários indutores de ansiedade e uma aula de como lentamente criar tensão e expectativa na medida certa pra depois estabelecer de vez o caos. A critíca caiu matando e não perdoou apontando pra (algumas) decisões estúpidas que são tomadas pelos personagens e eu até entendo, mas porra, sem decisões "idiotas" metade dos filmes desse estilo sequer existiria (convenhamos) e o arco do coelho é muito bem feito. Assisti sem saber do que se tratava e sem expectativa nenhuma e fui surpreendido como poucas vezes antes, os 20 minutos finais são avassaladores e aquela cena que quem viu sabe vai ficar na minha mente pro resto da minha existência.
Triângulo da Tristeza
3.6 731 Assista Agoraentão, basicamente, é melhor aprendermos a pescar e fazer uma fogueira ou estamos fodidos.
O Menu
3.6 1,0K Assista Agoraeu queria ser o x-burguer.
A Baleia
4.0 1,0K Assista Agoraum amigo viu Jaws enquanto flutuava em um lago. há um posto avançado na Antártida que obriga os novatos a assistir The Thing em sua primeira noite. Edgar Wright falou sobre assistir The Evil Dead em um cemitério. eu? encomendei muita comida e vi The Whale do meu sofá.
me tornei uma lenda.
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 792 Assista AgoraFoi uma tarefa hercúlea conseguir assistir isso até a metade do terceiro episódio, dae fui dar uma olhada no IMDB e fiquei pasmo quando vi que gastaram mais de 1 bilhão de dólares nisso e que é simplesmente a série mais CARA da história!!
Tanto VFX que em HDR você sente a irís do olho derreter (devo ter perdido uns 3% da visão kkk) nível de atuação sofrível, diálogos monótonos e infantis, personagens sem carisma, pomposidade exageradamente artificial das ambientações, história que nunca engrena (pelo menos até onde vi) enfim, um imenso TANTO FAZ/melhor se nunca tivesse saído do papel. Como eu disse num outro comentário, os trailers e teasers já deixavam claro o fiasco que estava por vir só não imaginava que ele seria dessa proporção.
E eu achando que pagar 20 conto em skin de jogo da Blizzard era jogar dinheiro fora kkk. Na próxima deixem os efeitos em segundo plano e por favor contratem atores.
"Tolkien está se revirando no túmulo"
tenho que concordar com o Elon Musk
Shura
4.2 10"- raining pain, brooding blood, jealous anger
open wound, open heart, drowning, yearning
searching for connections, a hope, a future, something
finding a path to, to, to together"
- Magnificamente desolador e sinistro, te dilacera como uma espada afiada, consigo lidar com todo tipo de violência visual perversa mas isso aqui realmente me atingiu de uma forma diferente e é incrível pra mim quando um filme ainda consegue alcançar tal "feito", mesmo que a sensação não seja nada agradável
- Uma visão pessimista de um samurai, atraído por dinheiro, sexo, assassinato, vingança e ignorância, talvez exagero ou apenas uma representação da mentalidade japonesa feudal, a verdade é que ao contrário da maioria dos filmes japoneses dessa época, apresenta uma vida de vergonha e luxúria, não de honra.
- Visões e sonhos horríveis dominam as cenas, sendo a imaginação a grande precursora das decisões morais dos personagens. As pessoas são torturadas por memórias e demônios quase aprisionam seus personagens dentro delas, imagens de homens moribundos pintados de sangue e corpos flutuando no ar. Os rostos sempre estão divididos entre a sombra e a luz, representando a ambiguidade da dor. O filme visita o inferno, literalmente indo para o lugar mais escuro que se possa imaginar. É absolutamente perturbador, um soco no estômago, uma espiral de pesadelo e loucura impulsionada por uma sede insaciável de vingança. "Demons" aka "Shura" é a história de um samurai que se tornou um demônio, um homem tão injustiçado que nunca mais poderia ser justo outra vez.
O mundo é um mar de sangue. Os demônios nunca acabam.
O Cremador
4.2 51 Assista Agora" - I'll save them all... the whole world."
- o diretor é sobrevivente dos campos de concentração
- o filme foi bem recebido, ganhou alguns prêmios e foi prontamente banido em sua terra natal por duas décadas até a queda do comunismo tcheco
- parte das cenas no crematório foram filmadas com cadáveres reais
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista Agorao melhor casamento que já vi
X: A Marca da Morte
3.4 1,2K Assista Agoraassim como M. Night Shyamalan e Ari Aster, Ti West obtém sucesso no terror pq entende que não existe nada mais assustador do que velho sem roupa
Uma Noite Alucinante 2
3.8 711 Assista AgoraG R O O V Y
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista Agorapreferia tomar alvejante sanitário do que o leite daquele recipiente
Pearl
3.9 999" - There's something missing inside me that the whole rest of the world seems to have."
- enquanto X foi um típico slasher, Pearl se encontra em um reino completamente próprio, um estudo de caráter único sobre os efeitos da doença mental, da psicose resultante do isolamento e da degradação.
- filmado em technicolor, o texto e a música vintage saltam da tela como se tivessem vida própria, parece algo completamente único, mas estranhamente familiar.
- Mia Goth está sublime no papel principal aqui, ela praticamente se consolida como a nova rainha do terror de época com essa performance.
- o monólogo perto do fim do filme é impecável, e as nuances emocionais da personagem são muito bem trabalhadas desde o início.
- Mia consegue se tranformar de "moça bacana do interior" à "completamente insana" em um piscar de olhos, e isso vende a luta interna da personagem perfeitamente.
- uma interpretação digna de todos os elogios e prêmios possíveis (as expressões facias dela na cena dos créditos finais são absurdamente surreais).
- achei X um bom filme apenas, mas a história desenvolvida aqui eleva o primeiro a outro patamar, os dois realmente se completam.
- o único ponto fraco talvez seja o ritmo inicial um pouco lento, mas a vibração da cinematografia e a fenomenal construção da história tornam isso totalmente irrelevante.
- estou dividido entre Barbarian, Speak No Evil e essa pérola aqui como meu filme de terror favorito do ano, mas todos eles são tão diferentes entre si que nem seria uma comparação justa.
- de qualquer forma, esse é um item obrigatório para todos os fãs do gênero.
Pearl
3.9 999Pearl is a crazy fucking bitch
O Ódio
4.2 318 Assista Agorathe world is ours
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 792 Assista Agoraacabei de ver o segundo episódio com muito esforço pra me manter acordado, não que eu tivesse alguma expectativa (os teasers e trailers já entregavam o nível da patifaria). Só espero que o restante não seja tão entediante quanto o que vi até agora, haja café...
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671 Assista Agora" - It’s like everybody’s had it out for me since forever. They just decide you’re a bad guy, and there’s nothing you can do about it."
Dahmer: Um Canibal Americano
4.0 671 Assista AgoraVi muitas pessoas discutindo os padrões éticos "obscuros" quando se trata de produzir uma série como essa, seja por humanizar a figura do Dahmer, por não contatar a família das vítimas ou qualquer outra coisa nesse sentido.
Pessoalmente, não estou interessado nesses debates, a moralidade do cinema sempre foi um tema do qual me afastei intencionalmente, porque quem sou eu para dizer o que é "certo" e o que não é quando se trata de arte.
Minha prioridade sempre foi a história e no que diz respeito a ela, acho que a série cumpre bem o seu papel e até superou minhas expectativas, acerta em cheio quando permanece fixada na espiral de loucura de Jeffrey e quando se propõe a tentar jogar um pouco de luz sobre os motivos que levam uma pessoa aparentemente normal a se transformar em um ser sádico capaz de cometer tamanhas atrocidades (a exposição a taxidermia desde criança, o papel da família instável, da mãe que não queria ter o filho, a relação com o pai, o preconceito em aceitar o diferente, a ineficiência da polícia, o sentimento de não ser aceito, a solidão/alcoolismo e consequente perda de discernimento de realidade/fantasia, a crescente falta de empatia e necessidade da sensação de controle/aceitação) que atinge seu ápice no fatídico e memorável episódio 6. A partir do episódio 7 os holofotes mudam de direção e focam no impacto nas famílias afetadas, sei que a intenção é de "homenagear" as vítimas da vida real, mas mesmo assim, a escolha resulta em uma séria quebra na ótima narrativa construída até então, tornando o desenvolvimento e o ritmo um tanto quanto monótonos em vários momentos (popular encheção de linguiça), Porém, apesar disso, é um ótimo retrato da psicopatia e de como ela emerge das entranhas de um sistema social falho e fadado ao fracasso, da sociedade que proporciona todas as ferramentas que contribuem para que o "monstro" seja criado e depois não faz a minima idéia de como lidar com ele.
A Montanha Sagrada
4.3 467um pesadelo gratuito e sem sentido irradiado de um planeta distante. é como se um grupo de marcianos tentasse converter o filme em um formato que meros humanos pudessem entender, mas eles pararam no meio e disseram "foda-se" enquanto o enviavam para seu representante na terra na forma de Alejandro Jodorowsky. The Holy Mountain começa com uma cerimônia surreal e termina no vazio; a evocação de uma mente confusa, eventualmente desistindo. arco-íris compõem a totalidade das cavernas, merda se torna ouro e um bebê rinoceronte brinca em uma fonte, anões, prostitutas, planetas.
transcendental, insanamente belo e belissimamente insano, a sátira das sátiras, a morte do ego, real life awaits.
Deadstream
3.2 92filmes found footage não são uma aposta segura quando se trata de qualidade. às vezes, eles podem ser uma ferramenta para disfarçar a falta de idéias ou habilidade em filmá-las, mas também podem fornecer uma maneira útil para os cineastas colocarem em prática seus experimentos dispondo de um orçamento apertado. Felizmente, Deadstream se aplica mais a este último. É um empreendimento cômico que cumpre seu papel com alguns efeitos práticos agradavelmente distorcidos evocando a estética de Evil Dead, com uma performance irritante de seu protagonista, cujo personagem desagradável existe para delinear a ampla sátira do filme.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista Agorahm se é tão difícil obter imagens dessa coisa, então como o cinegrafista do filme conseguiu imagens dela com tanta frequência 🤔🤔🤔
Dear Zachary: Um Caso Chocante
4.4 251acabei de ver e sinto como se tivesse sido atropelado por um caminhão, não costumo chorar mas aqui foi impossível não conter as lágrimas, a dor (inclusive física), a raiva, a tristeza e o sentimento de revolta pelo modo como a "justiça" (não) funciona e permite que tragédias como essa aconteçam. Estou destruído.
Embriagado de Amor
3.6 479 Assista Agora"You can go to places in the world with pudding."
- existe uma "energia" própria nisso que diferencia ele de todos os outros filmes, é suave e "saltitante" e ao mesmo tempo mecânico e confrontador
- acidentes de carro dão lugar à música, explosões violentas levam a longas caminhadas nas calçadas da cidade azul brilhante e corridas frenéticas pelos corredores sem rosto culminam em um beijo
- tem um dos maiores momentos "wow" em um filme, quando Barry calmamente rejeita o caos ao seu redor com um simples "eu não sei" antes da trilha sonora tomar conta da cena, colidindo com a imagem florescente de formas, cores e estrelas
- O fato disso não estar nem no meu top 5 filmes favoritos do Paul Thomas Anderson deve dizer um pouco sobre o quanto eu amo o trabalho desse cara
- "I don't know if there is anything wrong because I don't know how other people are."
- "It really looks like Hawaii here”
- a dancinha no mercado
- compreende e simpatiza a ansiedade social em um nível que poucos outros filmes fazem
- "I have a love in my life. It makes me stronger than anything you can imagine."
- sim, Adam Sandler sabe atuar
Hausu
3.7 241"In the heart of a violet forest, an old house awaits young girls."
Uma das coisas que mais gosto num filme é quando ele me mostra coisas que eu não posso ver na vida real, não somente de um ponto de vista sobrenatural, mas imagens de um ângulo que eu nunca conseguiria ver ou lugares que eu nunca irei visitar.
Essas é a razão que torna a ficção tão envolvente, encontrar novas maneiras de ver e entender o mundo, as ideias ou as pessoas. Hausu faz uso da arte do cinema para simplesmente ignorar toda convenção, razão e sensibilidade narrativa e mostrar uma história que é reconhecível, mas diferente de tudo que já vi antes.
Adjetivos como "cartunesco" ou "surreal" ou "absurdo" ou "psicodélico" não fazem justiça pra descrever o que é visto aqui, malemal arranham a superfície. "Fucking weird" talvez chegue perto, mas honestamente, só vendo pra entender. Hausu é um filme de delicadezas e horrores que muitas vezes se confundem. A melancolia enterrada sob o imaginário e o estilão "alegre" habitam na trilha musical recorrente, que é distorcida em vários momentos, desde a improvável versão felina até o uso em pontos mais intensos, animados e macabros. O contraste entre os floreios do romance e do drama adolescente e as ironias cada vez mais macabras da violência encenada pelos espíritos só aumenta a dissonância alucinante do filme; o contraste entre a fofura dos personagens (tanto das meninas quanto do gato) e a atmosfera sinistra do cenário (às vezes) serve somente ao mesmo fim. O filme é tudo ao mesmo tempo, mas nunca passa de uma indulgência intencional, quase comemorativa, da arte do cinema. Uma perfeita anomalia.
A Criada
4.4 1,3K Assista Agora"- The daughter of a legendary thief, who sewed winter coats out of stolen purses. Herself a thief, pickpocket, swindler. The saviour who came to tear my life apart. My Tamako. My Sookee."
- O senso de controle de tempo e espaço de Chan-Wook, tanto em ambientes fechados
como em campo aberto é primoroso, sublime
- Sooke é insana, maluca, exagerada do começo ao fim, você só não se dá conta disso logo de cara
- o filme todo é uma montanha-russa de nuances e sensações, e quando finalmente atinge o ápice da perversão é um verdadeiro orgasmo audiovisual
- eu não consigo nem contar o número de vezes que eu pensei "ok, aqui vamos nós", pra quase que imediatamente Chan-Wook me empurrar pra outra direção
- 3 horas que parecem um piscar de olhos (e podia ser mais longo)
- esse é um filme pro pervertido que existe dentro de cada um de nós
- cinematografia, iluminação, atuação, montagem etc. tudo aqui é executado com perfeição, não existe nada "sobrando"
- essa obra é um exemplo do que todo filme deveria aspirar, te lembrar que a arte do cinema é poderosa, te transportar pra um mundo novo por algumas horas a ponto de você esquecer tudo que não seja aquilo que está acontecendo em tela
- sempre pensei que Chan-Wook nunca poderia igualar a genialidade/inventividade apresentada em Oldboy, que bom que eu estava errado
Não Fale o Mal
3.6 685"- why are you doing this?
- because you let me."
O que acontece quando a corda do limite de nossa civilidade é esticada ao extremo?
a resposta é, talvez nada?
A maioria de nós, meros animais pensantes, quando colocada em situações embaraçosas, continua sendo educada para evitar algum tipo de confronto. Um fenômeno que "Speak No Evil" usa como veículo para entregar o filme mais sufocante/chocante do ano. Não lembro a última vez que me senti tão desconfortável na frente da tela quanto me senti aqui. 70 minutos de cenários indutores de ansiedade e uma aula de como lentamente criar tensão e expectativa na medida certa pra depois estabelecer de vez o caos. A critíca caiu matando e não perdoou apontando pra (algumas) decisões estúpidas que são tomadas pelos personagens e eu até entendo, mas porra, sem decisões "idiotas" metade dos filmes desse estilo sequer existiria (convenhamos) e o arco do coelho é muito bem feito.
Assisti sem saber do que se tratava e sem expectativa nenhuma e fui surpreendido como poucas vezes antes, os 20 minutos finais são avassaladores e aquela cena que quem viu sabe vai ficar na minha mente pro resto da minha existência.