Amei! O senso de paranoia, de expectativa construído através da narrativa contada sob o ponto de vista do Will, e o clímax ao final, ao mesmo tempo já esperado e surpreendente. Dentro do escopo de thriller e terror psicológico, trata-se de uma obra prima: há momentos em que o telespectador julga ser tudo proveniente da dor e luto do protagonista, e há momentos em que a atmosfera do filme realmente toma um tom sombrio que o faz suspeitar que há algo de fato errado; achei isso genial, embora para muita gente possa ser maçante. Também gostei do elemento da dor, do trauma, que é a base da violência presente no filme. O desfecho é simplesmente incrível.
Melhor do que eu esperava que seria: gostei da morbidez das cenas, o tempo sempre chuvoso e lúgubre; simplesmente amei a Naomi nesse filme - ela está tão linda e salvou, em parte, a trama com sua performance excelente; gostei também do David Dorfman, achei que ele interpretou muito bem pra alguém tão jovem.
O que mais me impressionou foi a trilha sonora: as músicas sombrias criavam um tom de suspense digno do cinema contemporâneo. Achei o final um tanto ambíguo, mas esse é também um dos pontos fortes do filme. É um filme bem moderno, aterrorizante à sua maneira, e com certeza um dos meus favoritos.
Dá pra perceber a influência do Del Toro no filme; gostei do terror que não se baseia apenas em sangue e violência gratuita, do plot twist no final do filme e da ambiguidade da trama na questão do sobrenatural ser de fato real ou não; amei também a atuação da linda e talentosa Belén Rueda, no papel de uma mãe disposta a tudo afim de reaver o filho perdido, bem como a participação da maravilhosa Geraldine Chaplin. No geral, achei bem melhor do que o filme de terror médio.
[/spoiler] Achei que foi bem relevante a questão do uso de drogas, e a decisão do Presidente (uma clara referência ao conservadorismo e insensibilidade da gestão Trump) em deixar todos as vítimas do plano da Poppy simplesmente morrer, realizando assim uma espécia de "limpeza social". Mais interessante ainda foi o fato de uma mulher denunciá-lo.[spoiler]
Falando em Poppy Adams, que vilã excêntrica e divertida! Simplesmente amei a interpretação da Julianne Moore, que estava tão linda nesse filme e deu vida à uma psicopata adorável. As piadas iam de bobas a um humor um pouco mais inteligente, e as cenas de ação foram incríveis, como de costume.
O filme tinha algumas características típicas da Coppola: a beleza na fotografia, o ritmo lento e mórbido, a exaltação da beleza e delicadeza de suas protagonistas. Capturou, também, bastante bem a essência do original (de 1971), principalmente no aspecto da ambiguidade moral de suas personagens: o corporal (a propósito, prefiro mil vezes a interpretação do Eastwood a do Farell), que é, em ambos os filmes, um manipulador, mas conforme a trama avança, em ambos os filmes, começa a se tornar vítima do ciúme e crueldade de Miss Martha e suas garotas; ao passo que Miss Martha, Edwina & cia., que começam o filme como possíveis vítimas da astúcia do corporal, mulheres retraídas, solitárias e isoladas, tornam-se gradualmente menos vítimas do que vilãs; as motivações das personagens, especialmente as de Martha (a propósito achei a interpretação da Nicole, embora menos imbuída de emoção que a de Geraldine Page, no original, muito boa), e as de Edwina (gostei da interpretação da Kirsten também), que sentem-se atraídas por esse homem sedutor e intruso. Enfim, achei que foi um remake bastante válido, que faz jus ao original, de um jeito original.
"In a thousand years, Gandahar was destroyed and all of its people killed; a thousand years ago, Gandahar will be saved, and what can't be avoided will be". Simplesmente metafísico, mais um grande filme de René Laloux, bastante imaginativo e explorando, assim como "Mestres do Tempo", essas questões de individualidade e coletividade. Traz também o conflito da idílica Gandahar sendo ameaçada pela cruel mente de metal da Metamorfose, e brinca com viagem temporal, numa trama ao mesmo tempo inteligente e simples, repleta de elementos fantásticos.
Adorei a atuação da Noomi Rapace; ela deu um show interpretando sete personagens diversas, mas que interagem tanto entre si durante o filme. Amei também a participação da talentossísima Glenn Close, que interpretou uma personagem interessante,e de certa maneira moralmente ambígua. Mas não foi o suficiente pra salvar o filme, na minha opinião. Achei alguns dos diálogos hesitantes demais, a trama predizível demais, e pessoalmente eu não me apeguei a nenhuma personagem o suficiente pra sentir sua morte. Ainda assim, gostei da temática de superpopulação, e de controle governamental exploradas no longa. Um pouco abaixo das expectativas, mas ainda assim vale a pena pela performance da Rapace.
Esse filme é sensacional! Gente, por que uma nota tão baixa? O ritmo lento e sombrio, a fotografia, muito bonita, o design da Ava, os diálogos entre ela e o Caleb, a reviravolta na trama ao final.
[/spoiler] A maneira como Ava passa de objeto, de cobaia, de coisa ser testado à dona de si mesma; ela completa sua programação, e sua moralidade é ambígua, visto que ela não é, no senso mais primal da palavra, humana. Ela deixa Caleb pra trás, porque ele, de maneira lógica e óbvia, já tinha servido seu propósito e ele já não era mais útil.[spoiler]
Um desfecho incrível. Um filme inteligente e maravilhoso.
Achei a trilha sonora - que claramente é o grande forte do filme - incrível; também as cores, que contribuíram bastante pra transmitir essa vibe de cidade grande, drama urbano; amei também as cenas de perseguição/ação, que foram simplesmente de tirar o fôlego. A performance do Elgort foi bastante cativante, e apesar dos momentos clichês, no geral, é um bom filme. Gostoso de assistir.
É um filme curto, e, relativamente simples, mas bom. As crianças loiras são simplesmente disconcertantes, principalmente nas cenas em que seus olhos brilham.
Simplesmente a melhor estreia de 2017 assistida por mim. Silencioso, recheado de suspense, com atuações suscintas mas de peso, "Lady Macbeth" é simplesmente sensacional: a atuação de Florence Pugh, que nos oferece uma protagonista multi-facetada, com momentos em que ela é uma vilã de sangue-frio, e momentos em que ela é uma vítima da opressão e sexismo da sociedade inglesa do fim do século XIX. A fotografia é brilhante, o ritmo do filme reflete bem essa pacacidade rural, que é senão um manto para a monstruosidade de Katherine, com seu sóbrio vestido azul, sentada imóvel como uma estátua no sofá da sala-de-estar, mesmo depois de cometer as maiores atrocidades. Nas palavras da própria Lady Macbeth, "Pareça a flor inocente, mas seja a serpente escondida embaixo dela."
[/spoiler]A minha leitura do filme é que, no fim, Mister Babadook é uma alegoria para a dor, o sofrimento que Amelia traz dentro de si desde que seu esposo morreu, no dia do nascimento de Samuel, e isso é simplesmente sensacional. Vemos, no fim, Amelia convivendo harmoniosamente com "seu demônio interior", sem nunca, contudo, deixar de, literalmente, alimentá-lo. Nesse sentido, o filme é genial, explorando os cinco estágios do luto ( negação, raiva, barganha e, finalmente, aceitação ).[spoiler]
Amei também a atuação da Essie Davis, que foi simplesmente de tirar o fôlego, e sua inteiração com o Noah Wiseman durante o filme.
Cher, Michelle, Sarandon simplesmente lindas, brilham nesse filme, que por falta de uma palavra melhor, defino como esquisito. Amei a performance do Jack Nicholson também. Gostosinho de assistir.
Esse filme tem uma importância no contexto atual, que faz dele um must-see. A performance de Salma Hayek, bem como o próprio filme, é singela, mas poderosa; sua personagem é latina, vegana, médica holística, extremamente conectada à natureza, uma mulher simples, que, apesar de ter forjado uma vida para si nos Estados Unidos, guarda no peito uma saudade de sua terra natal que, maculada pela ação da ganância de homens como a personagem de John Lithgow, jamais voltará a ser aquela de sua lembrança. Por um acaso do destino, Beatriz é confrontada, num jantar, pelo mundo insensível, sintético e superficial de uma elite que não vê nada além dela mesma; e, pricipalmente, Beatriz é confontrada pela personificação de tudo o que ela despreza: Doug, um magnata, capitalista, insensível e egoísta. Daí em diante, é uma hora de uma performance magistral tanto da parte de Hayek, quanto de Lithgow; os olhares de Beatriz, suas expressões faciais, sua emoção, simplesmente um show da linda e talentosa Salma Hayek. A cena final é poderosa, sem a necessidade de palavras.
É um filme que ainda está me assombrando. Trata do terror psicológico, muito mais do que de de uma presença maligna externa, embora essa esteja presente através da terrível porta vermelha. "Ao Cair da Noite" é sobre o quão cruel a natureza humana pode vir a ser, recheado de uma tensão primordial que nos deixa prontos pra correr a cada minuto. Como pontos negativos, acho que o pouco carisma das personagens e o quão curto e " crude " o filme foi.
Certamente, um filme que não envelhece. Os assuntos de que trata, embora desenvolvido há uns bons 90 anos atrás, não poderiam ser mais recorrentes: a eterna luta entre os oprimidos, e os opressores; os escravos de uma tirana composta de máquinas. Simplesmente adorei todas as referências bíblicas ao longo desse clássico do Cinema Mudo: Maria, tão doce e casta quanto a própria Virgem, cuja imagem é deturpada por sua sócia escura, a terrível Hel, a própria imagem da luxúria e sede de sangue da Prostitua da Babilônia mencionada no filme; os sonhos alucinatórios de Feder, em que os Sete Pecados Capitais ganham vida. Simplesmente, um épico, que mescla primorosamente fantasia e crítica social, muito a frente de seu tempo.
Bette Davis em seu melhor; uma performance simplesmente memorável. Lindos também os vestidos, os figurinos no geral. Achei interessante, principalmente, a cena da dança, em que Julie, teimosamente, recusa-se a vestir trajes brancos; e, aos poucos, todos demais casais no salão se afastam do centro, em que ela dança com Pres, e vemos o contraste entre todas as damas de branco, e ela, a obstinada, de vermelho vivo ( apesar da falta de cores, o contraste não é de forma alguma diminuído ). Do início ao fim, uma química entre Fonda e Davis, e uma performance multifacetada dessa última. Mais um grande trabalho de William Wyler.
Magnífico; uma interpretação magistral por parte de Marion Cotillard. Uma reprodução emocionante dessa diva da música francesa, tão temperalmental, tão apaixonada. Aliás, gostei bastante de como o filme vai misturando o presente ( 1963 ) com flashbacks, revelando a trajetória de Edith; seus dois grandes sucessos - La Vie en Rose e Non Je ne Regrette Rien - pontuando dois momentos-chave na vida da cantora; os figurinos, a fotografia, a sincronização entre o canto de Piaf e os lábios/expressão facial de Cotillard, simplesmente magnífico.
A genialidade de Bergman é mais uma vez mostrada em um filme curto, mas conciso. Temos a dualidade de uma pessoa - Elisabeth - e de uma persona - Alma -; ambas componentes da identidade humana. Ingmar nos oferece uma viagem pela mente, por suas repressões, seus pensamentos mais sombrios; faz isso com a ajuda de uma fotografia excelente, e uma atuação magistral por parte da persona, Bibi Andersson. É um filme curto, mas eu achei pesado; há de se ter certa paciência pra assistir até o fim. Apesar disso, assim como aconteceu com O Sétimo Selo, acho que os temas tratados fazem valer a pena de um filme um pouco mais parado.
Primeiro: Roman Polanski é um estuprador, e um pedófilo; de maneira nenhuma deve ele receber nenhuma gratificação; deveria estar apodrecendo na cadeia. Dito isso, de uma maneira objetiva, amei o filme; amei a interpretação da lindíssima Catherine Deneuve, amei a temática da lenta descida à loucura, amei o jogo de câmera, sempre focando na expressão vidrada e psicótica de Carol, amei o ambiente urbano e sórdido, os momentos de silêncio opressor ... Um thriller psicológico primoroso. Porém, eu ressalto que não estou aqui sendo condescendente com estuprador procurado pela justiça. Por mais que seu trabalho como diretor em "Repulsa ao Sexo" tenha sido excelente, Roman Polanski não passa de um criminoso ...
O Convite
3.3 1,1KAmei! O senso de paranoia, de expectativa construído através da narrativa contada sob o ponto de vista do Will, e o clímax ao final, ao mesmo tempo já esperado e surpreendente. Dentro do escopo de thriller e terror psicológico, trata-se de uma obra prima: há momentos em que o telespectador julga ser tudo proveniente da dor e luto do protagonista, e há momentos em que a atmosfera do filme realmente toma um tom sombrio que o faz suspeitar que há algo de fato errado; achei isso genial, embora para muita gente possa ser maçante. Também gostei do elemento da dor, do trauma, que é a base da violência presente no filme. O desfecho é simplesmente incrível.
O Chamado
3.4 1,5K Assista AgoraMelhor do que eu esperava que seria: gostei da morbidez das cenas, o tempo sempre chuvoso e lúgubre; simplesmente amei a Naomi nesse filme - ela está tão linda e salvou, em parte, a trama com sua performance excelente; gostei também do David Dorfman, achei que ele interpretou muito bem pra alguém tão jovem.
O Gabinete do Dr. Caligari
4.3 523 Assista AgoraO que mais me impressionou foi a trilha sonora: as músicas sombrias criavam um tom de suspense digno do cinema contemporâneo. Achei o final um tanto ambíguo, mas esse é também um dos pontos fortes do filme. É um filme bem moderno, aterrorizante à sua maneira, e com certeza um dos meus favoritos.
A Comédia dos Pecados
2.9 128 Assista AgoraPoliticamente incorreto no seu melhor. Achei engraçado.
O Orfanato
3.7 1,3KDá pra perceber a influência do Del Toro no filme; gostei do terror que não se baseia apenas em sangue e violência gratuita, do plot twist no final do filme e da ambiguidade da trama na questão do sobrenatural ser de fato real ou não; amei também a atuação da linda e talentosa Belén Rueda, no papel de uma mãe disposta a tudo afim de reaver o filho perdido, bem como a participação da maravilhosa Geraldine Chaplin. No geral, achei bem melhor do que o filme de terror médio.
Power Rangers
3.2 1,1K Assista AgoraBobinho, mas dá pra assistir. Gostei da Elizabeth Banks.
Kingsman: O Círculo Dourado
3.5 885 Assista AgoraManteve bem a linha do primeiro filme, no seu humor negro, violência e, enterrada bem fundo na trama, crítica social.
[/spoiler] Achei que foi bem relevante a questão do uso de drogas, e a decisão do Presidente (uma clara referência ao conservadorismo e insensibilidade da gestão Trump) em deixar todos as vítimas do plano da Poppy simplesmente morrer, realizando assim uma espécia de "limpeza social". Mais interessante ainda foi o fato de uma mulher denunciá-lo.[spoiler]
[/spoiler] Só senti que a personagem da Roxy merecia um desenvolvimento melhor do que simplesmente morrer nos primeiros minutos do filme[spoiler]
O Estranho que Nós Amamos
3.2 615 Assista AgoraO filme tinha algumas características típicas da Coppola: a beleza na fotografia, o ritmo lento e mórbido, a exaltação da beleza e delicadeza de suas protagonistas. Capturou, também, bastante bem a essência do original (de 1971), principalmente no aspecto da ambiguidade moral de suas personagens: o corporal (a propósito, prefiro mil vezes a interpretação do Eastwood a do Farell), que é, em ambos os filmes, um manipulador, mas conforme a trama avança, em ambos os filmes, começa a se tornar vítima do ciúme e crueldade de Miss Martha e suas garotas; ao passo que Miss Martha, Edwina & cia., que começam o filme como possíveis vítimas da astúcia do corporal, mulheres retraídas, solitárias e isoladas, tornam-se gradualmente menos vítimas do que vilãs; as motivações das personagens, especialmente as de Martha (a propósito achei a interpretação da Nicole, embora menos imbuída de emoção que a de Geraldine Page, no original, muito boa), e as de Edwina (gostei da interpretação da Kirsten também), que sentem-se atraídas por esse homem sedutor e intruso. Enfim, achei que foi um remake bastante válido, que faz jus ao original, de um jeito original.
De Olhos Bem Fechados
3.9 1,5K Assista AgoraTrês estrelas só pela Nicole Kidman.
Os Anos De Luz
4.0 30"In a thousand years, Gandahar was destroyed and all of its people killed; a thousand years ago, Gandahar will be saved, and what can't be avoided will be". Simplesmente metafísico, mais um grande filme de René Laloux, bastante imaginativo e explorando, assim como "Mestres do Tempo", essas questões de individualidade e coletividade. Traz também o conflito da idílica Gandahar sendo ameaçada pela cruel mente de metal da Metamorfose, e brinca com viagem temporal, numa trama ao mesmo tempo inteligente e simples, repleta de elementos fantásticos.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraAdorei a atuação da Noomi Rapace; ela deu um show interpretando sete personagens diversas, mas que interagem tanto entre si durante o filme. Amei também a participação da talentossísima Glenn Close, que interpretou uma personagem interessante,e de certa maneira moralmente ambígua. Mas não foi o suficiente pra salvar o filme, na minha opinião. Achei alguns dos diálogos hesitantes demais, a trama predizível demais, e pessoalmente eu não me apeguei a nenhuma personagem o suficiente pra sentir sua morte. Ainda assim, gostei da temática de superpopulação, e de controle governamental exploradas no longa. Um pouco abaixo das expectativas, mas ainda assim vale a pena pela performance da Rapace.
Ex Machina: Instinto Artificial
3.9 2,0K Assista AgoraEsse filme é sensacional! Gente, por que uma nota tão baixa? O ritmo lento e sombrio, a fotografia, muito bonita, o design da Ava, os diálogos entre ela e o Caleb, a reviravolta na trama ao final.
[/spoiler] A maneira como Ava passa de objeto, de cobaia, de coisa ser testado à dona de si mesma; ela completa sua programação, e sua moralidade é ambígua, visto que ela não é, no senso mais primal da palavra, humana. Ela deixa Caleb pra trás, porque ele, de maneira lógica e óbvia, já tinha servido seu propósito e ele já não era mais útil.[spoiler]
Um desfecho incrível. Um filme inteligente e maravilhoso.
Em Ritmo de Fuga
4.0 1,9K Assista AgoraAchei a trilha sonora - que claramente é o grande forte do filme - incrível; também as cores, que contribuíram bastante pra transmitir essa vibe de cidade grande, drama urbano; amei também as cenas de perseguição/ação, que foram simplesmente de tirar o fôlego. A performance do Elgort foi bastante cativante, e apesar dos momentos clichês, no geral, é um bom filme. Gostoso de assistir.
A Aldeia dos Amaldiçoados
3.8 121 Assista AgoraÉ um filme curto, e, relativamente simples, mas bom. As crianças loiras são simplesmente disconcertantes, principalmente nas cenas em que seus olhos brilham.
Lady Macbeth
3.5 158Simplesmente a melhor estreia de 2017 assistida por mim. Silencioso, recheado de suspense, com atuações suscintas mas de peso, "Lady Macbeth" é simplesmente sensacional: a atuação de Florence Pugh, que nos oferece uma protagonista multi-facetada, com momentos em que ela é uma vilã de sangue-frio, e momentos em que ela é uma vítima da opressão e sexismo da sociedade inglesa do fim do século XIX. A fotografia é brilhante, o ritmo do filme reflete bem essa pacacidade rural, que é senão um manto para a monstruosidade de Katherine, com seu sóbrio vestido azul, sentada imóvel como uma estátua no sofá da sala-de-estar, mesmo depois de cometer as maiores atrocidades. Nas palavras da própria Lady Macbeth, "Pareça a flor inocente, mas seja
a serpente escondida embaixo dela."
O Babadook
3.5 2,0K[/spoiler]A minha leitura do filme é que, no fim, Mister Babadook é uma alegoria para a dor, o sofrimento que Amelia traz dentro de si desde que seu esposo morreu, no dia do nascimento de Samuel, e isso é simplesmente sensacional. Vemos, no fim, Amelia convivendo harmoniosamente com "seu demônio interior", sem nunca, contudo, deixar de, literalmente, alimentá-lo. Nesse sentido, o filme é genial, explorando os cinco estágios do luto ( negação, raiva, barganha e, finalmente, aceitação ).[spoiler]
Amei também a atuação da Essie Davis, que foi simplesmente de tirar o fôlego, e sua inteiração com o Noah Wiseman durante o filme.
As Bruxas de Eastwick
3.4 259 Assista AgoraCher, Michelle, Sarandon simplesmente lindas, brilham nesse filme, que por falta de uma palavra melhor, defino como esquisito. Amei a performance do Jack Nicholson também. Gostosinho de assistir.
Jantar Com Beatriz
3.3 56 Assista AgoraEsse filme tem uma importância no contexto atual, que faz dele um must-see. A performance de Salma Hayek, bem como o próprio filme, é singela, mas poderosa; sua personagem é latina, vegana, médica holística, extremamente conectada à natureza, uma mulher simples, que, apesar de ter forjado uma vida para si nos Estados Unidos, guarda no peito uma saudade de sua terra natal que, maculada pela ação da ganância de homens como a personagem de John Lithgow, jamais voltará a ser aquela de sua lembrança. Por um acaso do destino, Beatriz é confrontada, num jantar, pelo mundo insensível, sintético e superficial de uma elite que não vê nada além dela mesma; e, pricipalmente, Beatriz é confontrada pela personificação de tudo o que ela despreza: Doug, um magnata, capitalista, insensível e egoísta. Daí em diante, é uma hora de uma performance magistral tanto da parte de Hayek, quanto de Lithgow; os olhares de Beatriz, suas expressões faciais, sua emoção, simplesmente um show da linda e talentosa Salma Hayek. A cena final é poderosa, sem a necessidade de palavras.
Ao Cair da Noite
3.1 977 Assista AgoraÉ um filme que ainda está me assombrando. Trata do terror psicológico, muito mais do que de de uma presença maligna externa, embora essa esteja presente através da terrível porta vermelha. "Ao Cair da Noite" é sobre o quão cruel a natureza humana pode vir a ser, recheado de uma tensão primordial que nos deixa prontos pra correr a cada minuto. Como pontos negativos, acho que o pouco carisma das personagens e o quão curto e " crude " o filme foi.
Metrópolis
4.4 631 Assista AgoraCertamente, um filme que não envelhece. Os assuntos de que trata, embora desenvolvido há uns bons 90 anos atrás, não poderiam ser mais recorrentes: a eterna luta entre os oprimidos, e os opressores; os escravos de uma tirana composta de máquinas. Simplesmente adorei todas as referências bíblicas ao longo desse clássico do Cinema Mudo: Maria, tão doce e casta quanto a própria Virgem, cuja imagem é deturpada por sua sócia escura, a terrível Hel, a própria imagem da luxúria e sede de sangue da Prostitua da Babilônia mencionada no filme; os sonhos alucinatórios de Feder, em que os Sete Pecados Capitais ganham vida. Simplesmente, um épico, que mescla primorosamente fantasia e crítica social, muito a frente de seu tempo.
Jezebel
3.9 111Bette Davis em seu melhor; uma performance simplesmente memorável. Lindos também os vestidos, os figurinos no geral. Achei interessante, principalmente, a cena da dança, em que Julie, teimosamente, recusa-se a vestir trajes brancos; e, aos poucos, todos demais casais no salão se afastam do centro, em que ela dança com Pres, e vemos o contraste entre todas as damas de branco, e ela, a obstinada, de vermelho vivo ( apesar da falta de cores, o contraste não é de forma alguma diminuído ). Do início ao fim, uma química entre Fonda e Davis, e uma performance multifacetada dessa última. Mais um grande trabalho de William Wyler.
Piaf - Um Hino ao Amor
4.3 1,1K Assista AgoraMagnífico; uma interpretação magistral por parte de Marion Cotillard. Uma reprodução emocionante dessa diva da música francesa, tão temperalmental, tão apaixonada. Aliás, gostei bastante de como o filme vai misturando o presente ( 1963 ) com flashbacks, revelando a trajetória de Edith; seus dois grandes sucessos - La Vie en Rose e Non Je ne Regrette Rien - pontuando dois momentos-chave na vida da cantora; os figurinos, a fotografia, a sincronização entre o canto de Piaf e os lábios/expressão facial de Cotillard, simplesmente magnífico.
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraA genialidade de Bergman é mais uma vez mostrada em um filme curto, mas conciso. Temos a dualidade de uma pessoa - Elisabeth - e de uma persona - Alma -; ambas componentes da identidade humana. Ingmar nos oferece uma viagem pela mente, por suas repressões, seus pensamentos mais sombrios; faz isso com a ajuda de uma fotografia excelente, e uma atuação magistral por parte da persona, Bibi Andersson. É um filme curto, mas eu achei pesado; há de se ter certa paciência pra assistir até o fim. Apesar disso, assim como aconteceu com O Sétimo Selo, acho que os temas tratados fazem valer a pena de um filme um pouco mais parado.
Repulsa ao Sexo
4.0 462 Assista AgoraPrimeiro: Roman Polanski é um estuprador, e um pedófilo; de maneira nenhuma deve ele receber nenhuma gratificação; deveria estar apodrecendo na cadeia. Dito isso, de uma maneira objetiva, amei o filme; amei a interpretação da lindíssima Catherine Deneuve, amei a temática da lenta descida à loucura, amei o jogo de câmera, sempre focando na expressão vidrada e psicótica de Carol, amei o ambiente urbano e sórdido, os momentos de silêncio opressor ... Um thriller psicológico primoroso. Porém, eu ressalto que não estou aqui sendo condescendente com estuprador procurado pela justiça. Por mais que seu trabalho como diretor em "Repulsa ao Sexo" tenha sido excelente, Roman Polanski não passa de um criminoso ...