Filme despretencioso, porém aborda temas com uma leveza e originalidade, fazendo elos não tão perceptivéis neste mundo globalizado. Assisti na Cine Metrópolis/UFES-Vitória.
O filme não se decide se aprofunda nos personagens ou mostra uma narrativa linear, apresentando contudo algo em destaque como problemas sociais da cultura americana podem ser apresentados num certo "cotidiano" de uma cidade do meio-oeste. No mais é um filme esquecível.
O leve balançar da câmera em pequenas aproximações fazem perceber uma mente juvenil levemente embriagada em uma busca de autonomia, afinal o que o personagem busca se não uma saída honrosa para um vazio... se fazer útil não significa realmente um encontrar de suas paranoias, estás a seguem... porém ao final o importante é o trajeto, nada poderá ser contestado, o resto são apenas opiniões, e como diz o pai a madrasta "que importa que ele faça, sempre dirão suas opiniões". Realmente um filme que me surpreendeu.
O filme trata do amor cotidiano, banal, ou seja, da massa trabalhadora, dos pequenos burgueses como diz Garrel ao se referir a si mesmo como classe social. Seus dilemas como aborto, sexualidade não estão na esfera da Paris intelectualizada como no filme de Bertolucci interpretado por seu filho em outra circunstância, e sim sobre os dilemas que envolvem a pequena moral religiosa, o contar das moedas para sobreviver ao dia, a alegria de um copo d'água. Os grandes burgueses aparecem de relance como os adultos nos quadrinhos dos "peanuts". A escolha das tomadas, das falas, a simplicidade explorando uma Paris suburbana, o anuncio do pai do protagonista em dizer "sou o último a fazer esses caixões fúnebres", significa o fim de uma classe operária, de uma moral ou seu afirmamento na mistura de uma nova frança? Essa é a sociedade que os progressistas muitas vezes fecham os olhos e não entendem, a sobrevivência do amor e da reprodução da classe operária.
O filme começa como uma bela festa rocambolesca como em um filme Felliniano e termina Lars Von triano. O mal eterno da Europa, na busca das luzes, ao encontro da mediocridade burguesa, levando a estéria das guerras, do fascismo, do comunismo estalinista. E sempre as minorias pagam pelo niilismo, judeus, árabes, ciganos, etc,etc. O filme é algo como dizer "Europeus pensem, pensem, somos o continente das luzes, da liberdade, até quando ficaremos nesse ciclo, só nós poderemos nos salvar". Enfim é um filme totalmente eurocêntrico, mas a beleza da linguagem e as pontadas contra a dita supremacia Europeia [O matemático egipcio, Erza Pound, etc.] valem. Uma nota 7.5.
Sem anacronismo, a potência da juventude que buscava liberdade sexual; Uma Paris que se reencarnava, o fim do período Gaulista, é um dos melhores filmes para entender o que foi a base de maio de 1968.
Sempre via ela pela metade, ou dublado; então nesta quarentena resolvi vê-lo a integra; grata ideia! o filme se encaixa em um momento pessoal, sendo esse realmente uma forma de interpretações dos impulsos do ego[ mario ruppolo]; frente aos ids [beatriz, pai, tia]; contraposição ao superego que o afirma como homem [a poesia em neruda, a política em cosimo e no comunismo, o trabalho como carteiro, etc, etc]; Afinal uma grande metáfora.
Ankur possui muitas qualidades. Talvez a mais forte é conseguir explorar o controle paterno, e como se desenvolve em determinada sociedade tal conflito interno, no desejo sexual em contraposição a um sistema secular do controle dos corpos de forma analógica. É um teatro Tchekoviano. Um dos melhores já vistos.
Bela comédia argentina, como filho de pai argentino me identifiquei com os personagens, com essa eterna luta do povo em encontrar uma saída paras as crises.
O filme é bom, explora um tema recorrente , Ivan IV, O Terrível, sempre com uma abordagem , uns ligando aos totalitaristas, outros ao medo do homem, outros ao excessivo poder e alguns a crença e mistérios do homem frente ao mundo nesse mundo "feudal". Mas este não, ele explora questões da verdade, que independe da fé ou da força, o importante é ser um individuo frente ao mundo que tenha valores morais e éticos, uma especie de contraposição ao individualismo moderno que poderia ser um contrapeso ao totalitarismo. Ele foge da simplificação pois em um momento fala ao Czar o Bispo Metropolitano de Moscou "Não crês no povo?" E o Czar responde um simples "Não". O povo como indivíduo é o caminho, que tenha sua fé, que tenha sua sabedoria, é preciso usar isso ao fim para o que seja bem ao homem. Apesar da história quase religiosa popular , folclorismo a parte o filme é um tanto materialista - vide Peter Singer. recomendo, 7,5.
Hoje em Austerlitz... conquistaram uma vitória imortaI! Um exército de 100 mil homens, comandado por dois Imperadores... em menos de 5 horas foi dispersado... ou afogado nos lagos. Meu povo os receberá com alegria! E bastará dizer... que estiveram na batalha de Austerlitz... para que todos digam... "eis um bravo!"
To Sir, with Love [1967] de James Clavell é um dos tantos filmes que tratam, ou tentam tratar, da educação no estruturalismo, nas revoltas dos anos 60, da liberdade sexual, dos novos meios de comunicação, da imigração na Europa,etc. O filme tem algo interessante que diferente dos filmes contemporâneos como os americanos Detachment e Half Nelson ou o francês Entre le murs trabalham a questão por uma perspectiva da reforma do sistema, onde a sociedade ou corrompe o professor como no caso de Half Nelson, com sua crise existencial onde sua solidão não encontra saída, ou o sistema puro e simples, onde a "virtude" do professor não é transpassada aos alunos pelo discursos ou ultrapassado ou por desinteresse na nova cultura educacional como no Detachment ou Entre le murs. Contudo no filme da ótima atuação do Sidney poitier , o discursos já está lá - para que ensinar se eles vão ganhar mas do que nós em seus subúrbios fedorentos - diz um professor ao personagem de Poitier. Contudo esse aposta no diálogo, diálogo firme pautado no respeito e na ordem, diálogo com conteúdo que constrói além do mero conteúdo, uma escola moral. A moralidade é interessante aqui pois a cultura inglesa foi construída em um modelo de "senso moral" derivada dos pensadores como Locke, Smiths, diferentemente dos franceses que pensavam em uma outra estrutura , racionalizada, além da moralidade "metafísica'. É um bom filme, a muitos outros pontos que podem ser analisados, como o fato do prof. Poitier falar sobre a liberdade dos jovens em querer mudar como válidas, se agirem individualmente e não em bandos, entre outros pontos. Mas admito que a música que da nome ao tema do filme é insuportável.
O filme claramente se apresentou como um projeto do Linklater que para conseguir a famosa verba se desdobrou, até imagino aceitar o ator "Disney" Zac Efrom. Na verdade depois fui descobrir de onde ele veio, tive que pesquisar pois senti que estava assistindo a Rosa Purpura do Cairo, onde um personagem de outra época sai do filme, nesse caso o oposto. A história do filme é muito boa, apesar de parecer simples - Orson Welles então um grande radialista vai produzir , dirigir e atuar na peça de Shakespeare chamada Cesar. Contudo o filme apresenta muitos problemas, como o personagem que aparece ao acaso e um turbilhão de processos quase desnecessários, assim como algumas câmeras que filmam detalhes fúteis a história. Os personagens são bem postos, contudo alguns estão ali para tentar dar um sentido maior a obra, como o caso da de Zoe Kazan que interpreta a escritora. Nada se desenvolve muito, há de notar contudo que Christian McKay rouba a cena, ótima atuação. O filme em seu tom pastel é "pasteurizado", a maior parte dos filmes hoje ou são em tom pastel ou em tom gelo. Além disso o filme não encaixou bem as cenas de atuação no teatro, tudo é muito analógico. A trilha sonora é cheia de clichês, boas músicas, mas um acervo muito simplista. Uma cena destaco no parque, onde Welles fala para Richard(Efrom) sobre a existência, uma grande simplicidade e profundidade, contudo o corte da câmera e o resto do diálogo estragam e desfocam tudo. Um filme por fim simples, bom, contudo que entristece pois poderia ter sido uma grande obra no policrônico Linklater. Para destacar por fim que 4 anos depois tivemos o mesmo Cesar feito pelos irmãos Tavianis, uma obra prima, a sua maneira, coerente com sua obra e com a própria opus. Outro destaque é ao filme Midnight in Paris do Woody Allen, existe uma referência pela proximidade das produções. Nota 6.0
A existência na perda, dizem como Bergman em "Através do Espelho" que a única saída ao silêncio de Deus e a história perdida é o Amor, e quando este amor se vai, o ser já não se basta, não importa dizer "você ainda nãi viu tudo" como diz o Personagem Paul, mas sim, o que já me basta, pois tudo é perda. Em vez de filmar uma Europa bonita, filma ruas de bairros simples, casarões que já foram habitados, Casteloes que nunca chegaram ao seu fim. Nada chegou a lugar algum, e se chegou já foi. Nada Liberta, LSD, Sexo, Vinho, amizade, amor, tudo se perde, utopias, e é disso que o filme trata, da perda, ou talvez da mudança de uma coisa por outra.
A grandiosidade desta película é mostrar não um país de revolução, ou uma burguesia mesquinha, mais sim que apesar de revolução, de igualdade, o homem continua sendo homem, com medos, mesquinharias, alienações, fantasioso. O filme trata questões que vão desde o sexo reprimido que seria revolucionado posteriormente [o filme se passa no inicio do 60], de uma leve censura da moral ( que seja moral patriótica de esquerda ou direita), da fantasia da arte popular e simplista desassociando os atos da vida ou da elevação destes (Elena por exemplo com seus bolerões); De qualquer modo a pergunta é, a revolução deu homens melhores que os burgueses ou apenas uma mediocrização geral?
Genial, genial. Não possuo outra palavra. O que me tem de tristeza foi ter procrastinado por tanto tempo este filme. Ele tem uma beleza arrebatadora. Sua simplicidade se contrapõe a força dos espaços e dos atores que se envolvem de forma máxima em cada ação, mesmo a mais simples. Não posso dizer que é superior a Macbeth de Shakespeare, mas é a maior interpretação já feita!
Vi este filme em um dos dias mais felizes de minha reles e curta vida. Tem um duplo sentido de felicidade. Um amor passado, assim como uma infancia rompiada no filmes.
Pude ver no festival do rio, se fosse um filme televisivo ainda teria seus méritos, contudo o filme e fraquíssimo, as atuações fracas, os diálogos risíveis, assim como os cortes do diretor. O pior filme que assisti no festival, uma lástima pois a história me parece muito interessante.
Kevin
3.4 3Filme despretencioso, porém aborda temas com uma leveza e originalidade, fazendo elos não tão perceptivéis neste mundo globalizado. Assisti na Cine Metrópolis/UFES-Vitória.
O Último Turno
3.0 26 Assista AgoraO filme não se decide se aprofunda nos personagens ou mostra uma narrativa linear, apresentando contudo algo em destaque como problemas sociais da cultura americana podem ser apresentados num certo "cotidiano" de uma cidade do meio-oeste. No mais é um filme esquecível.
Sapekhuri
4.1 2O leve balançar da câmera em pequenas aproximações fazem perceber uma mente juvenil levemente embriagada em uma busca de autonomia, afinal o que o personagem busca se não uma saída honrosa para um vazio... se fazer útil não significa realmente um encontrar de suas paranoias, estás a seguem... porém ao final o importante é o trajeto, nada poderá ser contestado, o resto são apenas opiniões, e como diz o pai a madrasta "que importa que ele faça, sempre dirão suas opiniões". Realmente um filme que me surpreendeu.
Amor e Anarquia
4.1 9 Assista AgoraViva ao Anarquismo!
O Sal das Lágrimas
3.5 6O filme trata do amor cotidiano, banal, ou seja, da massa trabalhadora, dos pequenos burgueses como diz Garrel ao se referir a si mesmo como classe social. Seus dilemas como aborto, sexualidade não estão na esfera da Paris intelectualizada como no filme de Bertolucci interpretado por seu filho em outra circunstância, e sim sobre os dilemas que envolvem a pequena moral religiosa, o contar das moedas para sobreviver ao dia, a alegria de um copo d'água. Os grandes burgueses aparecem de relance como os adultos nos quadrinhos dos "peanuts". A escolha das tomadas, das falas, a simplicidade explorando uma Paris suburbana, o anuncio do pai do protagonista em dizer "sou o último a fazer esses caixões fúnebres", significa o fim de uma classe operária, de uma moral ou seu afirmamento na mistura de uma nova frança? Essa é a sociedade que os progressistas muitas vezes fecham os olhos e não entendem, a sobrevivência do amor e da reprodução da classe operária.
Doce Entardecer na Toscana
3.4 2O filme começa como uma bela festa rocambolesca como em um filme Felliniano e termina Lars Von triano. O mal eterno da Europa, na busca das luzes, ao encontro da mediocridade burguesa, levando a estéria das guerras, do fascismo, do comunismo estalinista. E sempre as minorias pagam pelo niilismo, judeus, árabes, ciganos, etc,etc. O filme é algo como dizer "Europeus pensem, pensem, somos o continente das luzes, da liberdade, até quando ficaremos nesse ciclo, só nós poderemos nos salvar". Enfim é um filme totalmente eurocêntrico, mas a beleza da linguagem e as pontadas contra a dita supremacia Europeia [O matemático egipcio, Erza Pound, etc.] valem. Uma nota 7.5.
Paris visto por...
4.0 11Sem anacronismo, a potência da juventude que buscava liberdade sexual; Uma Paris que se reencarnava, o fim do período Gaulista, é um dos melhores filmes para entender o que foi a base de maio de 1968.
O Carteiro e o Poeta
4.2 300Sempre via ela pela metade, ou dublado; então nesta quarentena resolvi vê-lo a integra; grata ideia! o filme se encaixa em um momento pessoal, sendo esse realmente uma forma de interpretações dos impulsos do ego[ mario ruppolo]; frente aos ids [beatriz, pai, tia]; contraposição ao superego que o afirma como homem [a poesia em neruda, a política em cosimo e no comunismo, o trabalho como carteiro, etc, etc]; Afinal uma grande metáfora.
Ankur
4.1 6Ankur possui muitas qualidades. Talvez a mais forte é conseguir explorar o controle paterno, e como se desenvolve em determinada sociedade tal conflito interno, no desejo sexual em contraposição a um sistema secular do controle dos corpos de forma analógica. É um teatro Tchekoviano. Um dos melhores já vistos.
Seu Último Refúgio
3.8 30 Assista AgoraH.B. - Humbrey Bogart
J.L - Joan Leslie
HB
gostaria de me casar com você.
Não sou tão velho,
e um dia serei rico.
J.L
Nossa, não sei. Você tem sido
mesmo maravilhoso conosco, Roy.
E o Pai diz que não existe
homem melhor que você.
- Mas, Roy...
H.B.
- Acho que você tem alguém.
J.L
Sim, de certo modo, tenho.
H.B.
Ele está pensando em
vir aqui se casar com você?
J.L
Não sei. Talvez eu volte pra lá.
Estou para receber notícias dele.
H.B.
Você o ama, Velma?
H.B.
Bom, acho que isso
me deixa de fora.
J.L
Mas ainda podemos ser amigos,
não podemos, Roy?
Quando te veremos de novo?
H.B.
Eu não sei.
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Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa
2.9 15"ta maluca, vai ficar regulando peitinho agora, vc tá no meio do nada, longe do super ego, não tá preparada pro coração selvagem do Brasil"
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[spoiler]
A Odisseia dos Tontos
3.8 164Bela comédia argentina, como filho de pai argentino me identifiquei com os personagens, com essa eterna luta do povo em encontrar uma saída paras as crises.
Czar
4.1 1O filme é bom, explora um tema recorrente , Ivan IV, O Terrível, sempre com uma abordagem , uns ligando aos totalitaristas, outros ao medo do homem, outros ao excessivo poder e alguns a crença e mistérios do homem frente ao mundo nesse mundo "feudal". Mas este não, ele explora questões da verdade, que independe da fé ou da força, o importante é ser um individuo frente ao mundo que tenha valores morais e éticos, uma especie de contraposição ao individualismo moderno que poderia ser um contrapeso ao totalitarismo. Ele foge da simplificação pois em um momento fala ao Czar o Bispo Metropolitano de Moscou "Não crês no povo?" E o Czar responde um simples "Não". O povo como indivíduo é o caminho, que tenha sua fé, que tenha sua sabedoria, é preciso usar isso ao fim para o que seja bem ao homem. Apesar da história quase religiosa popular , folclorismo a parte o filme é um tanto materialista - vide Peter Singer. recomendo, 7,5.
[/spoiler]
[spoiler]
A Batalha de Austerlitz
3.6 6"Soldados!
Hoje em Austerlitz...
conquistaram uma vitória
imortaI!
Um exército de 100 mil homens,
comandado por dois Imperadores...
em menos de 5 horas
foi dispersado...
ou afogado nos lagos.
Meu povo os receberá
com alegria!
E bastará dizer...
que estiveram na batalha
de Austerlitz...
para que todos digam...
"eis um bravo!"
[spoiler][/spoiler]
Ao Mestre Com Carinho
4.0 246 Assista AgoraTo Sir, with Love [1967] de James Clavell é um dos tantos filmes que tratam, ou tentam tratar, da educação no estruturalismo, nas revoltas dos anos 60, da liberdade sexual, dos novos meios de comunicação, da imigração na Europa,etc. O filme tem algo interessante que diferente dos filmes contemporâneos como os americanos Detachment e Half Nelson ou o francês Entre le murs trabalham a questão por uma perspectiva da reforma do sistema, onde a sociedade ou corrompe o professor como no caso de Half Nelson, com sua crise existencial onde sua solidão não encontra saída, ou o sistema puro e simples, onde a "virtude" do professor não é transpassada aos alunos pelo discursos ou ultrapassado ou por desinteresse na nova cultura educacional como no Detachment ou Entre le murs. Contudo no filme da ótima atuação do Sidney poitier , o discursos já está lá - para que ensinar se eles vão ganhar mas do que nós em seus subúrbios fedorentos - diz um professor ao personagem de Poitier. Contudo esse aposta no diálogo, diálogo firme pautado no respeito e na ordem, diálogo com conteúdo que constrói além do mero conteúdo, uma escola moral. A moralidade é interessante aqui pois a cultura inglesa foi construída em um modelo de "senso moral" derivada dos pensadores como Locke, Smiths, diferentemente dos franceses que pensavam em uma outra estrutura , racionalizada, além da moralidade "metafísica'. É um bom filme, a muitos outros pontos que podem ser analisados, como o fato do prof. Poitier falar sobre a liberdade dos jovens em querer mudar como válidas, se agirem individualmente e não em bandos, entre outros pontos. Mas admito que a música que da nome ao tema do filme é insuportável.
Eu e Orson Welles
2.9 71O filme claramente se apresentou como um projeto do Linklater que para conseguir a famosa verba se desdobrou, até imagino aceitar o ator "Disney" Zac Efrom. Na verdade depois fui descobrir de onde ele veio, tive que pesquisar pois senti que estava assistindo a Rosa Purpura do Cairo, onde um personagem de outra época sai do filme, nesse caso o oposto. A história do filme é muito boa, apesar de parecer simples - Orson Welles então um grande radialista vai produzir , dirigir e atuar na peça de Shakespeare chamada Cesar. Contudo o filme apresenta muitos problemas, como o personagem que aparece ao acaso e um turbilhão de processos quase desnecessários, assim como algumas câmeras que filmam detalhes fúteis a história. Os personagens são bem postos, contudo alguns estão ali para tentar dar um sentido maior a obra, como o caso da de Zoe Kazan que interpreta a escritora. Nada se desenvolve muito, há de notar contudo que Christian McKay rouba a cena, ótima atuação. O filme em seu tom pastel é "pasteurizado", a maior parte dos filmes hoje ou são em tom pastel ou em tom gelo. Além disso o filme não encaixou bem as cenas de atuação no teatro, tudo é muito analógico. A trilha sonora é cheia de clichês, boas músicas, mas um acervo muito simplista. Uma cena destaco no parque, onde Welles fala para Richard(Efrom) sobre a existência, uma grande simplicidade e profundidade, contudo o corte da câmera e o resto do diálogo estragam e desfocam tudo. Um filme por fim simples, bom, contudo que entristece pois poderia ter sido uma grande obra no policrônico Linklater. Para destacar por fim que 4 anos depois tivemos o mesmo Cesar feito pelos irmãos Tavianis, uma obra prima, a sua maneira, coerente com sua obra e com a própria opus. Outro destaque é ao filme Midnight in Paris do Woody Allen, existe uma referência pela proximidade das produções. Nota 6.0
O Vento da Noite
3.7 3A existência na perda, dizem como Bergman em "Através do Espelho" que a única saída ao silêncio de Deus e a história perdida é o Amor, e quando este amor se vai, o ser já não se basta, não importa dizer "você ainda nãi viu tudo" como diz o Personagem Paul, mas sim, o que já me basta, pois tudo é perda. Em vez de filmar uma Europa bonita, filma ruas de bairros simples, casarões que já foram habitados, Casteloes que nunca chegaram ao seu fim. Nada chegou a lugar algum, e se chegou já foi. Nada Liberta, LSD, Sexo, Vinho, amizade, amor, tudo se perde, utopias, e é disso que o filme trata, da perda, ou talvez da mudança de uma coisa por outra.
Loulou
3.7 25Não o amor, a vida em sí é um tédio, ainda que não dermos por isso. C'est le vie!
Memórias do Subdesenvolvimento
4.1 45A grandiosidade desta película é mostrar não um país de revolução, ou uma burguesia mesquinha, mais sim que apesar de revolução, de igualdade, o homem continua sendo homem, com medos, mesquinharias, alienações, fantasioso.
O filme trata questões que vão desde o sexo reprimido que seria revolucionado posteriormente [o filme se passa no inicio do 60], de uma leve censura da moral ( que seja moral patriótica de esquerda ou direita), da fantasia da arte popular e simplista desassociando os atos da vida ou da elevação destes (Elena por exemplo com seus bolerões); De qualquer modo a pergunta é, a revolução deu homens melhores que os burgueses ou apenas uma mediocrização geral?
Meu Nome é Joe
3.9 14Tentar ensinar valores com futebol é algo estúpido, Ken Loach sempre erra ao pensar que isso pode ensinar algo...
Trono Manchado de Sangue
4.4 121 Assista AgoraGenial, genial. Não possuo outra palavra. O que me tem de tristeza foi ter procrastinado por tanto tempo este filme. Ele tem uma beleza arrebatadora. Sua simplicidade se contrapõe a força dos espaços e dos atores que se envolvem de forma máxima em cada ação, mesmo a mais simples. Não posso dizer que é superior a Macbeth de Shakespeare, mas é a maior interpretação já feita!
Onde Vivem os Monstros
3.8 2,4K Assista AgoraVi este filme em um dos dias mais felizes de minha reles e curta vida. Tem um duplo sentido de felicidade. Um amor passado, assim como uma infancia rompiada no filmes.
Um Mundo Secreto
3.2 10 Assista AgoraMuito cansativo, não gostei da exposição do diretor. Assisti no Festival do Rio e a percepção geral foi de cansaço e erros de filmagem.
A Casa Elétrica
2.4 3Pude ver no festival do rio, se fosse um filme televisivo ainda teria seus méritos, contudo o filme e fraquíssimo, as atuações fracas, os diálogos risíveis, assim como os cortes do diretor. O pior filme que assisti no festival, uma lástima pois a história me parece muito interessante.