Podem me chamar de ignorante quanto a esse aspecto, estou aberta a críticas e até me permito mudar de opinião. Mas por enquanto não vejo razões pra assistir um filme venerando um cara que matou mais de 150 pessoas, que igualmente lutavam pra defender seu país. Ainda mais quando esse cara é um norte americano. Tô exausta dos Estados Unidos serem sempre retratados como heróis por exterminarem centenas de pessoas.
Achei que na cena em que o personagem atira em si mesmo foi como se o Riggan abandonasse aquele ator decaído que luta à todo custo pelo reconhecimento, ao mesmo tempo em que se nega a assumir sua identidade como o antigo super herói que interpretara e passa a encará-lo como sendo parte dele. É como um renascimento, uma fase de negação e sacrifícios deixada de lado, pondo um fim no processo de descoberta pra se autoafirmar como Birdman. "Está vendo? este é o lugar ao qual você pertence. Acima de todos". Como se o criador fosse a criatura. E a criatura fosse o criador. E começa a sua nova fase a partir deste ponto. E o que dizer do personagem do Edward Norton, que se mostra tão confuso e ao mesmo tempo tão interessante ao longo da trama? E (imaginando a mim mesma como um personagem do filme) que importância teve e talvez nem sequer imagine que tenha tido! Haviam horas que eu o odiava, assim como haviam horas que eu o venerava pelo seu talento. Se não fosse pelo Mike, nada disso teria sido tão esplendoroso quanto foi.
Achei muito bem trabalhado com o psicológico. Filmes assim, que misturam a arte com o real me deixam extremamente emocionada. Ainda não assisti todos os filmes dos indicados ao Oscar, mas até aqui eu não achei nenhum que superasse Birdman.
"Você está feliz com isso?" "Se estou feliz? Eu estou eufórico. Lendas nascem de críticas assim" "Ele atirou no próprio nariz" "Mas ele já está com outro! Se não gostar nós podemos trocar."
Ótimo filme, ótimos atores. Talvez tenha sido para mim um tanto monótono por ter assistido a outra versão, curiosamente também lançada este ano, e esperava uma visão desta um pouco mais diferente da outra. E, honestamente, achei o final meio chatinho, meio enrolação. Mas não comprometeu na minha avaliação.
Filme tocante, melancólico e do tipo que te faz pensar por dias. Mas, apesar de maravilhoso, eu acredito que poderia ter tocado mais se mostrasse o cotidiano do casal antes das dificuldades enfrentadas por eles. A atuação da Emmanuelle Riva merece um imenso destaque, especialmente pela mudança visível da sua personagem, que percebemos ao longo do filme.
O amor é mostrado a partir de uma nova perspectiva. E é aí que pode ser inserido um debate: Seria o amor um sentimento tão grande e tão profundo, que é capaz de nos fazer abrir mão da própria felicidade, e chegar ao extremo pensando na paz da outra pessoa? Se estivéssemos dentro da narrativa e pudéssemos escolher as decisões do nosso personagem, o que faríamos? Pra mim, fica claro o sofrimento, quase oculto na maior parte do filme, do Georges. Até porque se ele enlouquecesse com aquela situação, o que seria da Anne? Só vi provas de amor durante todo o filme. Desde manter a promessa de não interná-la, até o ato de matá-la para acabar com um sofrimento que ela não queria. Para mim o filme trouxe, ainda, uma sensação angustiante de que todos nós podemos estar sujeitos a isso.
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Na Natureza Selvagem
4.3 4,5K Assista AgoraIf we admit that human life can be ruled by reason, then all possibility of life is destroyed.
Sniper Americano
3.6 1,9K Assista AgoraPodem me chamar de ignorante quanto a esse aspecto, estou aberta a críticas e até me permito mudar de opinião. Mas por enquanto não vejo razões pra assistir um filme venerando um cara que matou mais de 150 pessoas, que igualmente lutavam pra defender seu país. Ainda mais quando esse cara é um norte americano. Tô exausta dos Estados Unidos serem sempre retratados como heróis por exterminarem centenas de pessoas.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraAchei que na cena em que o personagem atira em si mesmo foi como se o Riggan abandonasse aquele ator decaído que luta à todo custo pelo reconhecimento, ao mesmo tempo em que se nega a assumir sua identidade como o antigo super herói que interpretara e passa a encará-lo como sendo parte dele. É como um renascimento, uma fase de negação e sacrifícios deixada de lado, pondo um fim no processo de descoberta pra se autoafirmar como Birdman. "Está vendo? este é o lugar ao qual você pertence. Acima de todos". Como se o criador fosse a criatura. E a criatura fosse o criador. E começa a sua nova fase a partir deste ponto.
E o que dizer do personagem do Edward Norton, que se mostra tão confuso e ao mesmo tempo tão interessante ao longo da trama? E (imaginando a mim mesma como um personagem do filme) que importância teve e talvez nem sequer imagine que tenha tido! Haviam horas que eu o odiava, assim como haviam horas que eu o venerava pelo seu talento. Se não fosse pelo Mike, nada disso teria sido tão esplendoroso quanto foi.
Achei muito bem trabalhado com o psicológico. Filmes assim, que misturam a arte com o real me deixam extremamente emocionada. Ainda não assisti todos os filmes dos indicados ao Oscar, mas até aqui eu não achei nenhum que superasse Birdman.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista Agora"Você está feliz com isso?"
"Se estou feliz? Eu estou eufórico. Lendas nascem de críticas assim"
"Ele atirou no próprio nariz"
"Mas ele já está com outro! Se não gostar nós podemos trocar."
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraHugh Jackman na capela jamais superarei
Saint Laurent
3.4 144Ótimo filme, ótimos atores. Talvez tenha sido para mim um tanto monótono por ter assistido a outra versão, curiosamente também lançada este ano, e esperava uma visão desta um pouco mais diferente da outra. E, honestamente, achei o final meio chatinho, meio enrolação. Mas não comprometeu na minha avaliação.
PS: Louis Garrel, QUE homem.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraFilme tocante, melancólico e do tipo que te faz pensar por dias. Mas, apesar de maravilhoso, eu acredito que poderia ter tocado mais se mostrasse o cotidiano do casal antes das dificuldades enfrentadas por eles. A atuação da Emmanuelle Riva merece um imenso destaque, especialmente pela mudança visível da sua personagem, que percebemos ao longo do filme.
O amor é mostrado a partir de uma nova perspectiva. E é aí que pode ser inserido um debate: Seria o amor um sentimento tão grande e tão profundo, que é capaz de nos fazer abrir mão da própria felicidade, e chegar ao extremo pensando na paz da outra pessoa? Se estivéssemos dentro da narrativa e pudéssemos escolher as decisões do nosso personagem, o que faríamos?
Pra mim, fica claro o sofrimento, quase oculto na maior parte do filme, do Georges. Até porque se ele enlouquecesse com aquela situação, o que seria da Anne? Só vi provas de amor durante todo o filme. Desde manter a promessa de não interná-la, até o ato de matá-la para acabar com um sofrimento que ela não queria. Para mim o filme trouxe, ainda, uma sensação angustiante de que todos nós podemos estar sujeitos a isso.