Nao vou menti, é um filme muito bom tecnicamente, não é a minha favorita a milimetragem utilizada pelo diretor mas ficou bom, a fotografia e a direção de câmera impecáveis, mas na real a narrativa não me fez mergulhar no filme, muito menos deu o peso necessário as temáticas abordadas no filme, vou dar essa nota por ser bem feito mas e meio..... Meh
MANO que filme do caralho, essa fotografia muito boa e intimista, com planos fechados e enquadramentos fora do padrão pra tornar a experiencia ainda mais intima, o colorista desse filme também foi muito foda no que fez, e a mesclagem com animação 2D com o enredo do filme foi certeira. Vale muito a pena
Um dos melhores filmes do ano, uma trilha sonora as vezes incomoda, porem não tira todo o potencial do filme que é muito bem executado, de verdade amei.
I am not witch De uma complexidade narrativa incomparável, e repleto de alegorias que levam o espectador a questionar, a cultura, a intolerância religiosa, exclusão social e diversas outras questões.
Shula uma criança de 8 anos de idade é acusada por um vilarejo de ser uma bruxa, as autoridades locais a encaminham para uma espécie de representante do estado que leva Shula para fazer parte de um grupo de outras mulheres também acusadas de bruxaria, que na verdade é um grupo de mulheres que realizam trabalhos forçados para fazendeiros locais. O longa tem uma premissa muito interessante e de grande potencial, porém se perde em alguns momentos em sua complexidade narrativa, pois acaba não dando tempo para desenvolver todas as críticas sociais e núcleos que introduz, e isso acaba se tornando algo prejudicial para o longa, vendo que diminui a intensidade com que o espectador poderia perceber certas mensagens que o diretor tenta transmitir. A protagonista assim como o longa nos dois primeiros atos é complexa, porém no ato final a diretora estreante Rungano Nyoni consegue de maneira bem contundente com o contexto da narrativa desconstruir a enigmática personalidade de Shula, para apresentar uma criança ingênua como qualquer outra que tem aspirações como qualquer outra, os de ir a escola e fazer amigos, e toda a desconstrução que ocorre é de uma beleza poética tão grande que seria difícil resumir em uma simples frase. Acaba sendo uma tarefa difícil tentar definir qual gênero cinematográfico predomina o filme, e seria até reduzir toda a obra ao tentar fazer tal caracterização, porém é importante destacar alguns momentos que o longa possui, como o uso da comédia do absurdo, que de tão bem feitos em certos momentos, acabam faltando em outros devido a uma relutância do diretor de acabar causando uma outra impressão no espectador. Algo que é bem característico do longa e sua bela direção de arte, tal realizada aqui por Malin Lindholm, diferente da maioria dos filmes que exploram a cultura do continente africano e que acabam exagerando ou carecendo de aspectos estéticos, o que levam a uma interpretação equivocada por parte do público em geral do que é a cultura africana, em I am not witch isso é feito na dosagem certa, desde a caracterização dos figurinos perfeita, até os mais simples objetos de cena usados no longa, assim como um elenco que trabalha muito bem as expressões faciais para que mesmo que por segundos em cena seus personagens consigam nao passar despercebidos e nem serem esquecidos com facilidades.
I am not witch é um filmes admito eu ainda não ter a capacidade nem a bagagem necessária para dissertar sobre todas suas camadas, porém posso tentar defini-lo como muito além de um estudo antropológico não só do comportamento humano, mas de toda uma cultura e sociedade, que foi muito bem representada pela direção da Rungano Nyoni.
Thelma(2017) Muitos subestimam o potencial do gênero cinematográfico terror, e o acabam limitado a um filme de dar bons sustos, Thelma faz isso muito bem, mas vai muito além e explora seus personagens de maneira essencial para um desenvolvimento significativo da trama, e aborda temas relevantes de maneira não muito convencional, porém seguros e bem executados.
Thelma longa Norueguês, narra as primeiras semanas de Thelma (Eili Harboe) na faculdade após sair da casa dos pais, esses que cultivam uma relação conflitante com a jovem, que a primeira impressão tímida, tem que lidar com a vida sozinha. Após sofrer um ataque epiléptico rodeado de mistérios, Thelma acaba conhecendo Anja ( Kaya Wilkins), que a ajuda durante e após o incidente, e a partir desse encontro Thelma começa a ter alucinações e cada vez mais ataques epilépticos, alguns provocados por visões que tem de seu passado ou por sonhos eróticos que tem com Anja.
São vários os destaques a se dar ao longa, primeiro de tudo a forma como o diretor Joachim Trier escolhe introduzir certas tramas, como a relação conturbada de Thelma com a família na primeira cena do longa, ou sua sexualidade de uma forma quase que imperceptível, numa cena em que Thelma está no restaurante com os pais, tais sacadas do diretor são só o começo de uma narrativa conduzida metodicamente, porém segue uma fluidez admirável. A construção da personalidade da protagonista que é construída gradativamente e outro destaque pois começa apresentando uma garota tímida do interior, em seguida uma adolescente sedenta por novas experiências, voltando para uma jovem indecisa e insegura para culminar num desfecho com uma protagonista forte e cheia de cicatrizes mas pronta para enfrentar a si mesma, impossível não dar os merecidos créditos a atuação de Eili Harboe que dá vida a todo esse processo que Thelma passa durante o longa, tais transições na personalidade da personagem são verossímeis com a narrativa, todo o elenco desempenham muito bem suas respectivas funções, desde os pais de Thelma interpretados por Ellen Dorrit e Henrik Rafaelsen que se tornam os antagonistas da trama e colaboram para a construção da tensão do ato final do longa, até Kaya Wilkins que interpreta não somente o par romântico de Thelma mas também representa as motivações de Thelma por contestar a si mesma. A narrativa segue um curso progressivo e tem pequenos deslizes ao tentar explicar algo que deveria ser entendido pelo próprio espectador, porém tais deslizes não prejudicam a experiência de quem assiste ao longa.
Thelma foge a regra de filmes de terror sem peso narrativo, pois neste longa as questões abordadas são muito bem desenvolvidas e da maneira certa, um filme que brinca com o as expectativas do espectador, e com alegorias do cristianismo e sua relação com a sexualidade humana, essas são só algumas das qualidades que o longa possui, seguido de uma fotografia em tons de azul e cinza e atenta aos detalhes certos e desenvolvendo uma experiência indistinguível.
The plague dogs Animação norte americana que aparentemente parece ser um soco no estômago, porém trata de temas fortes de maneira bem singela e suportável.
The plague dogs animação de 1982, que narra os eventos que Snitter e Rowl(dois cães) vivenciam após fugirem de um laboratório que realizava diversas experiências com eles, o que acaba deixando cicatrizes não somente físicas mas também psicológicas nos cães. O que de início a animação parece levar o espectador a crer que todo o longa irá tratar de questões diretamente relacionada a tortura de animais em laboratórios de pesquisas, acaba se mostrando um tema secundário, fazendo o longa “beber” em fontes de diferentes temas.
O foco que a narrativa do longa realmente toma e a sobrevivência de Snitter e Rowl após fugirem do laboratório, caminho esse que o longa segue parece até certo momento ser levado de maneira arrastada e repetitiva, até as mais diversas situações que ambos vivem, como a relação que criam com Tod uma raposa que encontram e os ajuda a sobreviver, até a morte acidental de um fazendeiro, acabam não tendo um impacto forte o suficiente levando em consideração o ambiente em que a história passa, o roteirista e também diretor do longa Martin Rosen parece escolher aprofundar no subconsciente de Snitter e Rowl, o que parece ser uma boa sacada, mas logo se apresenta mal executada levando a história para um caminho diferente do apresentado no primeiro ato e desenvolvendo a personalidade dos protagonistas de maneira superficial, a falta de atenção dada para o desenvolvimento mais aprofundado da personalidade de Snitter e Rowl acaba sendo um tanto prejudicial para a sensação que o corte final do longo deveria causar no espectador, em contraposto toda a dor e sofrimento que Snitter e Rowl passam por todo o longo e sentido intimamente pelo espectador isso graças a bela animação em 2D o que torna a animação ainda mais sensível e profunda esteticamente, além de uma captação de som bem executada, que colabora ainda mais para uma imersão ainda maior no universo de Snitter e Rowl. Ainda dando atenção aos pontos fortes do longa se destaca o bom desenvolvimento do personagem secundário Tod que tem todo seu arco muito bem trabalhado e sua personalidade muito bem desenvolvida de uma forma bem característica, faz com que todas suas aparições durante a jornada de Snitter e Rowl se tornem ainda mais importantes para o desenvolvimento da trama, até levar ao seu fim drástico e mais impactante do que o próprio fim do longa.
The Plague Dog é mais uma belíssima animação em 2D, considerada “Feita para adultos”, por tratar de temas carregados de emoção e às vezes fortes demais, só que acaba relutando em apresentar todos os horrores dos temas que apresenta, e não dando profundidade a personalidade de seus protagonistas deixando somente suas experiências transmitir toda a dor que sentem e passaram, que dá um desfecho consideravelmente enfadonho.
First They Killed My Father (2017) “first they killed my father” não só apresenta os horrores da guerra pela perspectiva de uma criança, como transmite um olhar ainda mais autentico do poder que laços familiares podem ter em momentos de total desesperança.
O longa com direção de Angelina Jolie, e escrito pela mesma protagonizada na trama Loung Ung, mais uma vez prova que em meio a um (momento/cenário) totalmente machista na indústria cinematográfica, como produções geridas por figuras femininas podem ser de uma sensibilidade e qualidade grandiosas e dignas de total reconhecimento. O drama protagoniza a historia de Loung Ung interpretada pela maravilhosa e talentosíssima Sareum Srey Moch, que aos 7 anos de idade lida com um Camboja devastado pela guerra civil entre revolucionários e grandes potencias politicas vizinhas, que deixam toda a população a mercê de verdadeiros campos de extermínio e nas mãos de várias lideranças extremistas que tratam seus cidadãos com total desprezo e indiferença. De maneira bem genuína o longa nos apresenta toda a jornada enfrentada por Loung nesse cenário de um perspectiva totalmente ingênua, o que e comum entre crianças que vivenciam tais situações, desde o primeiro contato com as adversidades da guerra como a fome, solidão e a morte, nossa protagonista lida de maneira bem singela e sincera com tais adversidades, que faz com que o longa não só traga a tona o sentimento de empatia nos espectadores como os introduz na realidade da saúde mental e psicológica de todos que sofrem as “circunstancias” da guerra, e dos traumas que podem ficar fixos na mente de uma pessoa, o que infelizmente e suavizando a partir do 3° Ato. Cada uma das cenas poderia ser classificada como impecáveis se não se perdessem em vários delírios que Loung tem durante toda a trama que fazem com que percam seu sentido verossímil, mas que podem ser relevadas pelo simples fato dos poucos diálogos ou muita das vezes ausentes em tais cenas de total tensão, que consequentemente causam sensações sensoriais em cada espectador de maneira bem particular. O roteiro se perde ao tentar apresentar um desfecho poético e heroico, que no fim das contas deixam uma sensação morna em relação ao filme como um todo, mas vale ressaltar a direção de áudio totalmente minimalista do filme deixando assim a responsabilidade de transmitir tensão ou angustia por meio de sons naturais bem captados, “first they killed my father” e um filme tocante e sensível.
A direção de David Ayer novamente deixa a desejar, Bright um suspense policial fantasioso protagonizado pela dupla policial Daryl Ward (Will Smith) um humano e Nick (Joel Edgerton) um or ck que tem que lidar com a aparição de um artefato magico com poder suficiente para destruir a humanidade. O que devia funcionar como uma excelente fusão entre diversos gêneros cinematográficos e realidades sócias bem como desigualdade social, corrupção policial e racismos situações apresentadas na trama, mas que são deixadas de lado perdendo assim a razão de terem sido inseridas logo no primeiro ato e na realidade da Los Angeles fantasiosa escrita por Max Landis. Uma maquiagem satisfatória e uma musicalidade mediana são entregues nas mãos de David Ayer para se perderem na sua direção falha que segue um curso narrativo cheio de falhas tendo assim um desfecho que causam sensação alguma no espectador a não ser de carência de algo que não pode ser suprido por cenas de ação e acrobacias circenses bem executadas pelo elenco, Bright prova mais uma vez que a má escolha de um diretor pode acabar com toda uma produção cheia de potencial.
“PIXO” documentário com direção de João Wainer, tenta fazer todo um aparato do auge do movimento em prol da regularização da pichação como manifestação artística que teve seu ápice entre o final de 2007 ate o começo de 2009, principalmente na cidade de São Paulo palco das filmagens do documentário, de forma bem natural quase imperceptível ao espectador o documentário da uma introdução bem mascarada do conceito pre-definido que as pessoas tem sobre a pichação, dando espaço assim para que o espectador entre num estado de imparcialidade em relação a pichação como manifestação artística, logo em seguida faz um aparato histórico bem genérico da origem da pichação mostrando que teve seu apogeu nas revoltas adolescentes do punk rock dos anos 80, mas que também não perdeu sua essência política de meados dos anos 60 que teve como principal função a resistência a ditadura militar, mostrando assim que a pichação surgiu como uma forma de expressão e insatisfação popular com o governo atual que não dava nenhum espaço na mídia para que a população se expressasse, vendo espaço assim so nos muros que manchados com o sangue de militantes que já cansados de serem esquecidos ou ignorados pela sociedade deixam marcado nas paredes sua revolta e seus sentimentos através da pichação, uma mensagem deixada para frequentemente ser martelada na mente alienada da população, ainda sim atualmente uma outra parcela da população que compõe quase 50% da população, vem sendo ignorada ou marginalizada pela mídia e por seus governantes onde só ve na pichação a forma mais rápida e pratica para se manifestarem e serem vistos, podemos ver assim claramente nas filmagens de “PIXO”, o qual organizado e objetivo é o movimento da pichação que pela maioria nem e considerado movimento de tão difuso que parece ser, mas que no documentário percebemos o quão ampla é a rede de artistas, advogados, professores, e cidadaos que se unem para gritar ao mundo sua insatisfação por meio da tinta e da literatura totalmente autoral e pessoal de cada artista, além de compreendermos a complexidade em volta da pichação que tem suas raízes nas primeiras escrituras de povos escandinavos juntamente com a constituição de uma gramatica totalmente nova. “PIXO” trás depoimentos de autoridades políticas e com um grupo muito grande de pichadores de todas as idades mas com uma característica bem semelhante sua classe social, seu sentimento de mudança e de deixar sua marca, o documentário abre todo um debate sobre o que consideramos como padrões artísticos e como ignoramos todo um movimentos que tem suas próprias forma de ser eternizado por meio dos artistas e de encontros conhecidos como “points” que além da pichação trás outras manifestações artísticas totalmente marginalizadas como rap e o break dance que vem lutando por seu espaço e reconhecimento. “PIXO” um ato marginal, artístico, politizado, noturno, caótico e perigoso, uma narrativa totalmente envolvente e nada comovente e sim real com recortes de toda a realidade dos pichadores que tentam mostrar sua arte de risco que é uma parte da cultura brasileira totalmente esquecida pela própria nação. Gabriel Silva.
Surpreendente, o enredo muito bem construído, cada personagem com sua devidas camadas, ate mesmo os mais secundários tinham suas peculiaridades marcantes, só um erro a pontuar que de mais bem construída toda a narrativa ainda ficou um pouco vago a relação entre Fuinha e Euvira, que para mim não terminaram de desenvolver seu núcleo, mas de forma alguma tira a credibilidade do filme e o seu merecido 10.
Só eu que achei mais o menos, e bom mas senti várias falhas de roteiro, eu esperava mais, algumas cenas eram longas demais, erros de enquadramento, um roteiro promissor mas um pouco superficial na prática, no geral bom!
Documentário simples, na filmagem e no enredo narrativo, mas de uma profundidade filosófica imensa, onde através de problemas que para nos parecem ser fúteis de inicio, mas que para jonas são totalmente sérios, acaba dando a impressão que não ia ser preciso serem retratados através de um documentário de mais de uma hora. Enganado quem pensa assim, pois através dessa simplicidade no qual o documentário e feito que nos faz ver protagonizados na historia de jonas, uma jovem artista periférico que se vê barrado tanto pela comunidade familiar quanto pelas instituições de ensino que o impedem de se expressar artisticamente, e toda a transição que ele tem que passar para a fase "adulta", que e representada através da administração que tem que ser feita de seu espetáculo, de lidar com diferentes tipos de pessoas alem de ter que fazer toda a sua contabilidade, e ao mesmo tempo continuar sonhado em um dia conseguir alcançar a vida de um artista circense, um documentário que em sua simplicidade nos faz refletir sobre como e a educação hoje no brasil, como na maioria das vezes as escolas e a própria família não estão preparados para lidar com a diversidade de ideias e habilidades que cada criança pode ter e como muita das vezes o não enquadramento nesses padrões escolares e familiares e sócias que nos são impostos desde a infância cria cidadãos desacreditados em si mesmos e que desistem e acham fúteis todas suas habilidades e historias, assim como jonas que durante o documentário contesta a importância de tal ser feito pois acha que sua vida não vale mais a pena ser dada uma importância seja qual for. Com um final que diz para o espectador que os obstáculos não são um ponto final da sua jornada e sim uma virgula, para que se poça continuar escrevendo a de outra forma.
Realmente não vou mentir o enredo do filme pra mim foi uma bagunça, assisti o filme todo, e desde a filagem que em momentos sérios que devia transmitir um ar de sobriedade através da filmagem era toda tremida e mal enquadrada, alem do protagonista que não representava de forma alguma a realidade da comunidade LGBT, mas sim me identifiquei muito mais com os gays que se prostituíam do que com a "realidade" de Danny, ate ao tentar mostrar da dificuldade de uma pessoa gay de ingressar numa carreira universitária na época, o diretor falhou porque só fez com que o espectador ficasse tipo " tadinho do Danny" e depois cairia no esquecimento de tal, não ajudando em nada a busca por direitos civis LGBT, e a conscientização e a importância de tal ato, pra mim o protagonista não fez diferença alguma na trama, alem de tentarem conduzir o espectador a ver como e difícil ser gay em uma cidade de interior onde na maioria das vezes você e minoria, a obra novamente nos decepciona pois a crueldade e a rejeição em situações como essas são bem maiores e no filme foi irradiada de uma forma bem inocente e nada real, alem de mostrar a luta LGBT da época de uma forma totalmente não relevante e insignificante quando se trata da busca por direitos civis através de reuniões etc, desconsidera totalmente a importância de nos organizarmos e nos unirmos, o ato de revolta totalmente necessário não so nos representa naquela metáfora do tijolo, como também nos devia representar na atitude de lutarmos na politica nos candidatarmos nos impormos etc, mas me entristecesse como o diretor transmiti a luta politica gay dessa forma totalmente chata e sem sentido, mas mostra totalmente de uma forma bem clara como os abusos eram absurdos na época, e que a policia era totalmente corrupta e inescrupulosa, de todo o mal a obra acerta em alguns pontos mas erra em outros tão grandes que acaba ofuscando o filme e o transformando em um clichê imenso.
Documentário de uma fotografia belíssima, traz uma analise da evolução humana, mas de uma perspectiva totalmente nova do ponto de vista selvagem, e como o desenvolvimento do ser humana afetou toda a vida selvagem que hoje e tão rara, alem de mostrar a origem da relação mutualística que a humanidade tinha com o universo ao seu redor e de como ela foi totalmente esquecida pelos seres humanos. Yann Arthus-Bertrand Jornalista, fotógrafo e grande diretor, critica a moral e o respeito que a humanidade afirma ter com o meio ambiente,através de imagens puras e sinceras, que causam em quem as vê um choque de realidade irrefutável,subsequente de um monólogo genial, mas não faz essa analise somente no sentido do aspecto do desenvolvimento econômico mas também sócio-cultural onde vemos que a cultura de alguns povos influenciou fortemente a criação de uma consciência que não se preocupa com a preservação e cuidado com o ambiente onde vive, mascarando por um fanatismo religioso e ideológico. Um dos poucos documentários que realmente nos faz rever nossos ideais, e pensar no que de fato devemos lutar pelo futuro.
Sinceramente um documentário muito bem produzido, mas a idéia de Gianfranco de mostrar o cotidiano dos italianos que na minha opinião teve maior foco do que a questão dos refugiados, que talvez seria o assunto a ser discutido no documentário ou até mesmo a relação entre os italianos e os imigrates que são assuntos importantes a serem discutidos e sim mereciam uma indicação ao Óscar, foi pouco expressado durante o documentário.
Com um enredo riquíssimo, que levanta diversos questionamentos sobre a segunda guerra mundial, traz ao publico a verdadeira miséria e devastação sofrida pelo povo judeu e francês, e a contaste perseguição sofrida por tais, Suite francesa tem um rico conteúdo histórico e social mas com algumas falhas em seu roteiro. Mas com alguns personagens mal desenvolvidos, e com diversas divergências apresentadas na trama, mas nunca desenvolvidas, o que deixa muito vago a ação de alguns personagens no desfecho da historia. O romance discorrido entre Lucile e Bruno é deveras tocante, mas não comove o espectador de tal forma que o leva a afeiçoar-se por tal casal introduzido na trama, e com relação ao seu desfecho.
Se queriam expandir nossa mente em relação ao universo de Star Wars, eles não só conseguiram como passaram a realidade dos rebeldes, e como eles são de verdade e o que os fez se tornarem membros da resistência, o que não e um processo fácil, e uma repressão e ditadura que eles presenciam desde crianças, o que os faz criarem um ódio pelo império, e transformando eles em militantes, assassinos, ladroes e mentirosos assim como acontece com Jyn quando perde o pai e vai viver com um outro grupo da resistência, mas só que mas radicais dando a ideia de que o universo Star Wars não e feito só de resistência e império, e muito mais que isso, existem outros grupos, outros tipos de ideais mais pacificas ou ate mesmos radicais. Diferente do tradicional clichê de final feliz, o filme traz em seu desfecho a morte de todos os personagens principais envolvidos na trama, e durante este mostra a verdadeira realidade de uma guerra que não e nada belo e sim uma situação de extremo estresse e tensão, e que cada segundo pode ser seu ultimo.
Um documentário incrível, depois de ver "winter on fire" me simpatizei bastante com a causa ucraniana, mas ainda com um pé atrás pois não sabia como havia sido o desfecho da história, sim sabia que o presidente tinha renunciado e que as eleições seriam feitas o quanto antes, mas muitas das ações dos manifestantes me fez pensar de como ia ficar o ambiente na Ucrânia depois de uma revolução tão radical mas necessária, de como ia ser o desenrolar das novas eleições de como ia ficar as relações da Ucrânia com os outros países e do povo ucraniano com os russos que possivelmente estariam vivendo no país, e com esse documentário temos um outro ponto de vista das decisões do povo ucraniano pós revolução e que ao meu ver não foram bem pensadas.
Quando comecei a ver de inicio não entendi de cara o que o curta tentava mostrar, sim entendi que nos faz pensar em todos que estão abandonados nas ruas não só antes mas ate os dias de hoje, mas também me fez enxergar uma metáfora que o curta pode estar passando, que a cada fosforo que a menina ascende ela tem um sonho que pra ela e reconfortante e prazeroso, isso pode nos dizer muito de como as drogas podem trazer conforto e alivio para os que estão nas ruas, ou ate isolados em seus quartos que podem parecer quentes e aconchegantes, mas que para muitos e triste e vazio, mas a cada "fosforo" ascendido pode nos levar a uma outra realidade que pode nos tirar desse sofrimento, e nos fazer querer viver nela para sempre.
Uma Dobra no Tempo
2.3 329 Assista AgoraA figurinista desse filme é incrivel porem o restante nao.
Mulheres do Século XX
4.0 415 Assista AgoraA direção de arte desse filme È FABULOSA
Fé Corrompida
3.7 376 Assista AgoraNao vou menti, é um filme muito bom tecnicamente, não é a minha favorita a milimetragem utilizada pelo diretor mas ficou bom, a fotografia e a direção de câmera impecáveis, mas na real a narrativa não me fez mergulhar no filme, muito menos deu o peso necessário as temáticas abordadas no filme, vou dar essa nota por ser bem feito mas e meio..... Meh
Os Animais Somos Nós
3.8 47MANO que filme do caralho, essa fotografia muito boa e intimista, com planos fechados e enquadramentos fora do padrão pra tornar a experiencia ainda mais intima, o colorista desse filme também foi muito foda no que fez, e a mesclagem com animação 2D com o enredo do filme foi certeira. Vale muito a pena
Café com Canela
4.1 164Melhor filme do ano é isso.
Benzinho
3.9 349 Assista AgoraUm dos melhores filmes do ano, uma trilha sonora as vezes incomoda, porem não tira todo o potencial do filme que é muito bem executado, de verdade amei.
Eu Não Sou uma Bruxa
3.9 50 Assista AgoraI am not witch
De uma complexidade narrativa incomparável, e repleto de alegorias que levam o espectador a questionar, a cultura, a intolerância religiosa, exclusão social e diversas outras questões.
Shula uma criança de 8 anos de idade é acusada por um vilarejo de ser uma bruxa, as autoridades locais a encaminham para uma espécie de representante do estado que leva Shula para fazer parte de um grupo de outras mulheres também acusadas de bruxaria, que na verdade é um grupo de mulheres que realizam trabalhos forçados para fazendeiros locais. O longa tem uma premissa muito interessante e de grande potencial, porém se perde em alguns momentos em sua complexidade narrativa, pois acaba não dando tempo para desenvolver todas as críticas sociais e núcleos que introduz, e isso acaba se tornando algo prejudicial para o longa, vendo que diminui a intensidade com que o espectador poderia perceber certas mensagens que o diretor tenta transmitir. A protagonista assim como o longa nos dois primeiros atos é complexa, porém no ato final a diretora estreante Rungano Nyoni consegue de maneira bem contundente com o contexto da narrativa desconstruir a enigmática personalidade de Shula, para apresentar uma criança ingênua como qualquer outra que tem aspirações como qualquer outra, os de ir a escola e fazer amigos, e toda a desconstrução que ocorre é de uma beleza poética tão grande que seria difícil resumir em uma simples frase. Acaba sendo uma tarefa difícil tentar definir qual gênero cinematográfico predomina o filme, e seria até reduzir toda a obra ao tentar fazer tal caracterização, porém é importante destacar alguns momentos que o longa possui, como o uso da comédia do absurdo, que de tão bem feitos em certos momentos, acabam faltando em outros devido a uma relutância do diretor de acabar causando uma outra impressão no espectador. Algo que é bem característico do longa e sua bela direção de arte, tal realizada aqui por Malin Lindholm, diferente da maioria dos filmes que exploram a cultura do continente africano e que acabam exagerando ou carecendo de aspectos estéticos, o que levam a uma interpretação equivocada por parte do público em geral do que é a cultura africana, em I am not witch isso é feito na dosagem certa, desde a caracterização dos figurinos perfeita, até os mais simples objetos de cena usados no longa, assim como um elenco que trabalha muito bem as expressões faciais para que mesmo que por segundos em cena seus personagens consigam nao passar despercebidos e nem serem esquecidos com facilidades.
I am not witch é um filmes admito eu ainda não ter a capacidade nem a bagagem necessária para dissertar sobre todas suas camadas, porém posso tentar defini-lo como muito além de um estudo antropológico não só do comportamento humano, mas de toda uma cultura e sociedade, que foi muito bem representada pela direção da Rungano Nyoni.
Thelma
3.5 342 Assista AgoraThelma(2017)
Muitos subestimam o potencial do gênero cinematográfico terror, e o acabam limitado a um filme de dar bons sustos, Thelma faz isso muito bem, mas vai muito além e explora seus personagens de maneira essencial para um desenvolvimento significativo da trama, e aborda temas relevantes de maneira não muito convencional, porém seguros e bem executados.
Thelma longa Norueguês, narra as primeiras semanas de Thelma (Eili Harboe) na faculdade após sair da casa dos pais, esses que cultivam uma relação conflitante com a jovem, que a primeira impressão tímida, tem que lidar com a vida sozinha. Após sofrer um ataque epiléptico rodeado de mistérios, Thelma acaba conhecendo Anja ( Kaya Wilkins), que a ajuda durante e após o incidente, e a partir desse encontro Thelma começa a ter alucinações e cada vez mais ataques epilépticos, alguns provocados por visões que tem de seu passado ou por sonhos eróticos que tem com Anja.
São vários os destaques a se dar ao longa, primeiro de tudo a forma como o diretor Joachim Trier escolhe introduzir certas tramas, como a relação conturbada de Thelma com a família na primeira cena do longa, ou sua sexualidade de uma forma quase que imperceptível, numa cena em que Thelma está no restaurante com os pais, tais sacadas do diretor são só o começo de uma narrativa conduzida metodicamente, porém segue uma fluidez admirável. A construção da personalidade da protagonista que é construída gradativamente e outro destaque pois começa apresentando uma garota tímida do interior, em seguida uma adolescente sedenta por novas experiências, voltando para uma jovem indecisa e insegura para culminar num desfecho com uma protagonista forte e cheia de cicatrizes mas pronta para enfrentar a si mesma, impossível não dar os merecidos créditos a atuação de Eili Harboe que dá vida a todo esse processo que Thelma passa durante o longa, tais transições na personalidade da personagem são verossímeis com a narrativa, todo o elenco desempenham muito bem suas respectivas funções, desde os pais de Thelma interpretados por Ellen Dorrit e Henrik Rafaelsen que se tornam os antagonistas da trama e colaboram para a construção da tensão do ato final do longa, até Kaya Wilkins que interpreta não somente o par romântico de Thelma mas também representa as motivações de Thelma por contestar a si mesma. A narrativa segue um curso progressivo e tem pequenos deslizes ao tentar explicar algo que deveria ser entendido pelo próprio espectador, porém tais deslizes não prejudicam a experiência de quem assiste ao longa.
Thelma foge a regra de filmes de terror sem peso narrativo, pois neste longa as questões abordadas são muito bem desenvolvidas e da maneira certa, um filme que brinca com o as expectativas do espectador, e com alegorias do cristianismo e sua relação com a sexualidade humana, essas são só algumas das qualidades que o longa possui, seguido de uma fotografia em tons de azul e cinza e atenta aos detalhes certos e desenvolvendo uma experiência indistinguível.
Os Cães Plagueados
4.2 47The plague dogs
Animação norte americana que aparentemente parece ser um soco no estômago, porém trata de temas fortes de maneira bem singela e suportável.
The plague dogs animação de 1982, que narra os eventos que Snitter e Rowl(dois cães) vivenciam após fugirem de um laboratório que realizava diversas experiências com eles, o que acaba deixando cicatrizes não somente físicas mas também psicológicas nos cães. O que de início a animação parece levar o espectador a crer que todo o longa irá tratar de questões diretamente relacionada a tortura de animais em laboratórios de pesquisas, acaba se mostrando um tema secundário, fazendo o longa “beber” em fontes de diferentes temas.
O foco que a narrativa do longa realmente toma e a sobrevivência de Snitter e Rowl após fugirem do laboratório, caminho esse que o longa segue parece até certo momento ser levado de maneira arrastada e repetitiva, até as mais diversas situações que ambos vivem, como a relação que criam com Tod uma raposa que encontram e os ajuda a sobreviver, até a morte acidental de um fazendeiro, acabam não tendo um impacto forte o suficiente levando em consideração o ambiente em que a história passa, o roteirista e também diretor do longa Martin Rosen parece escolher aprofundar no subconsciente de Snitter e Rowl, o que parece ser uma boa sacada, mas logo se apresenta mal executada levando a história para um caminho diferente do apresentado no primeiro ato e desenvolvendo a personalidade dos protagonistas de maneira superficial, a falta de atenção dada para o desenvolvimento mais aprofundado da personalidade de Snitter e Rowl acaba sendo um tanto prejudicial para a sensação que o corte final do longo deveria causar no espectador, em contraposto toda a dor e sofrimento que Snitter e Rowl passam por todo o longo e sentido intimamente pelo espectador isso graças a bela animação em 2D o que torna a animação ainda mais sensível e profunda esteticamente, além de uma captação de som bem executada, que colabora ainda mais para uma imersão ainda maior no universo de Snitter e Rowl. Ainda dando atenção aos pontos fortes do longa se destaca o bom desenvolvimento do personagem secundário Tod que tem todo seu arco muito bem trabalhado e sua personalidade muito bem desenvolvida de uma forma bem característica, faz com que todas suas aparições durante a jornada de Snitter e Rowl se tornem ainda mais importantes para o desenvolvimento da trama, até levar ao seu fim drástico e mais impactante do que o próprio fim do longa.
The Plague Dog é mais uma belíssima animação em 2D, considerada “Feita para adultos”, por tratar de temas carregados de emoção e às vezes fortes demais, só que acaba relutando em apresentar todos os horrores dos temas que apresenta, e não dando profundidade a personalidade de seus protagonistas deixando somente suas experiências transmitir toda a dor que sentem e passaram, que dá um desfecho consideravelmente enfadonho.
[spoiler][/spoiler]
Primeiro, Mataram o Meu Pai
3.8 238 Assista AgoraFirst They Killed My Father (2017)
“first they killed my father” não só apresenta os horrores da guerra pela perspectiva de uma criança, como transmite um olhar ainda mais autentico do poder que laços familiares podem ter em momentos de total desesperança.
O longa com direção de Angelina Jolie, e escrito pela mesma protagonizada na trama Loung Ung, mais uma vez prova que em meio a um (momento/cenário) totalmente machista na indústria cinematográfica, como produções geridas por figuras femininas podem ser de uma sensibilidade e qualidade grandiosas e dignas de total reconhecimento. O drama protagoniza a historia de Loung Ung interpretada pela maravilhosa e talentosíssima Sareum Srey Moch, que aos 7 anos de idade lida com um Camboja devastado pela guerra civil entre revolucionários e grandes potencias politicas vizinhas, que deixam toda a população a mercê de verdadeiros campos de extermínio e nas mãos de várias lideranças extremistas que tratam seus cidadãos com total desprezo e indiferença. De maneira bem genuína o longa nos apresenta toda a jornada enfrentada por Loung nesse cenário de um perspectiva totalmente ingênua, o que e comum entre crianças que vivenciam tais situações, desde o primeiro contato com as adversidades da guerra como a fome, solidão e a morte, nossa protagonista lida de maneira bem singela e sincera com tais adversidades, que faz com que o longa não só traga a tona o sentimento de empatia nos espectadores como os introduz na realidade da saúde mental e psicológica de todos que sofrem as “circunstancias” da guerra, e dos traumas que podem ficar fixos na mente de uma pessoa, o que infelizmente e suavizando a partir do 3° Ato. Cada uma das cenas poderia ser classificada como impecáveis se não se perdessem em vários delírios que Loung tem durante toda a trama que fazem com que percam seu sentido verossímil, mas que podem ser relevadas pelo simples fato dos poucos diálogos ou muita das vezes ausentes em tais cenas de total tensão, que consequentemente causam sensações sensoriais em cada espectador de maneira bem particular. O roteiro se perde ao tentar apresentar um desfecho poético e heroico, que no fim das contas deixam uma sensação morna em relação ao filme como um todo, mas vale ressaltar a direção de áudio totalmente minimalista do filme deixando assim a responsabilidade de transmitir tensão ou angustia por meio de sons naturais bem captados, “first they killed my father” e um filme tocante e sensível.
Bright
3.1 804 Assista AgoraBright
O novo longa produzido pela Netflix não consegue achar sentido para trama que apresenta, e se perde muito antes de começar.
A direção de David Ayer novamente deixa a desejar, Bright um suspense policial fantasioso protagonizado pela dupla policial Daryl Ward (Will Smith) um humano e Nick (Joel Edgerton) um or ck que tem que lidar com a aparição de um artefato magico com poder suficiente para destruir a humanidade. O que devia funcionar como uma excelente fusão entre diversos gêneros cinematográficos e realidades sócias bem como desigualdade social, corrupção policial e racismos situações apresentadas na trama, mas que são deixadas de lado perdendo assim a razão de terem sido inseridas logo no primeiro ato e na realidade da Los Angeles fantasiosa escrita por Max Landis.
Uma maquiagem satisfatória e uma musicalidade mediana são entregues nas mãos de David Ayer para se perderem na sua direção falha que segue um curso narrativo cheio de falhas tendo assim um desfecho que causam sensação alguma no espectador a não ser de carência de algo que não pode ser suprido por cenas de ação e acrobacias circenses bem executadas pelo elenco, Bright prova mais uma vez que a má escolha de um diretor pode acabar com toda uma produção cheia de potencial.
[/spoiler]
[spoiler]
Pixo
4.2 134“PIXO” documentário com direção de João Wainer, tenta fazer todo um aparato do auge do movimento em prol da regularização da pichação como manifestação artística que teve seu ápice entre o final de 2007 ate o começo de 2009, principalmente na cidade de São Paulo palco das filmagens do documentário, de forma bem natural quase imperceptível ao espectador o documentário da uma introdução bem mascarada do conceito pre-definido que as pessoas tem sobre a pichação, dando espaço assim para que o espectador entre num estado de imparcialidade em relação a pichação como manifestação artística, logo em seguida faz um aparato histórico bem genérico da origem da pichação mostrando que teve seu apogeu nas revoltas adolescentes do punk rock dos anos 80, mas que também não perdeu sua essência política de meados dos anos 60 que teve como principal função a resistência a ditadura militar, mostrando assim que a pichação surgiu como uma forma de expressão e insatisfação popular com o governo atual que não dava nenhum espaço na mídia para que a população se expressasse, vendo espaço assim so nos muros que manchados com o sangue de militantes que já cansados de serem esquecidos ou ignorados pela sociedade deixam marcado nas paredes sua revolta e seus sentimentos através da pichação, uma mensagem deixada para frequentemente ser martelada na mente alienada da população, ainda sim atualmente uma outra parcela da população que compõe quase 50% da população, vem sendo ignorada ou marginalizada pela mídia e por seus governantes onde só ve na pichação a forma mais rápida e pratica para se manifestarem e serem vistos, podemos ver assim claramente nas filmagens de “PIXO”, o qual organizado e objetivo é o movimento da pichação que pela maioria nem e considerado movimento de tão difuso que parece ser, mas que no documentário percebemos o quão ampla é a rede de artistas, advogados, professores, e cidadaos que se unem para gritar ao mundo sua insatisfação por meio da tinta e da literatura totalmente autoral e pessoal de cada artista, além de compreendermos a complexidade em volta da pichação que tem suas raízes nas primeiras escrituras de povos escandinavos juntamente com a constituição de uma gramatica totalmente nova.
“PIXO” trás depoimentos de autoridades políticas e com um grupo muito grande de pichadores de todas as idades mas com uma característica bem semelhante sua classe social, seu sentimento de mudança e de deixar sua marca, o documentário abre todo um debate sobre o que consideramos como padrões artísticos e como ignoramos todo um movimentos que tem suas próprias forma de ser eternizado por meio dos artistas e de encontros conhecidos como “points” que além da pichação trás outras manifestações artísticas totalmente marginalizadas como rap e o break dance que vem lutando por seu espaço e reconhecimento. “PIXO” um ato marginal, artístico, politizado, noturno, caótico e perigoso, uma narrativa totalmente envolvente e nada comovente e sim real com recortes de toda a realidade dos pichadores que tentam mostrar sua arte de risco que é uma parte da cultura brasileira totalmente esquecida pela própria nação.
Gabriel Silva.
Reflexões de um Liquidificador
3.8 583 Assista AgoraSurpreendente, o enredo muito bem construído, cada personagem com sua devidas camadas, ate mesmo os mais secundários tinham suas peculiaridades marcantes, só um erro a pontuar que de mais bem construída toda a narrativa ainda ficou um pouco vago a relação entre Fuinha e Euvira, que para mim não terminaram de desenvolver seu núcleo, mas de forma alguma tira a credibilidade do filme e o seu merecido 10.
Elena
4.2 1,3K Assista AgoraNão existe um filme mais poético do que esse.
Onde Está Segunda?
3.6 1,3K Assista AgoraSó eu que achei mais o menos, e bom mas senti várias falhas de roteiro, eu esperava mais, algumas cenas eram longas demais, erros de enquadramento, um roteiro promissor mas um pouco superficial na prática, no geral bom!
Jonas e o Circo sem Lona
4.2 33Documentário simples, na filmagem e no enredo narrativo, mas de uma profundidade filosófica imensa, onde através de problemas que para nos parecem ser fúteis de inicio, mas que para jonas são totalmente sérios, acaba dando a impressão que não ia ser preciso serem retratados através de um documentário de mais de uma hora.
Enganado quem pensa assim, pois através dessa simplicidade no qual o documentário e feito que nos faz ver protagonizados na historia de jonas, uma jovem artista periférico que se vê barrado tanto pela comunidade familiar quanto pelas instituições de ensino que o impedem de se expressar artisticamente, e toda a transição que ele tem que passar para a fase "adulta", que e representada através da administração que tem que ser feita de seu espetáculo, de lidar com diferentes tipos de pessoas alem de ter que fazer toda a sua contabilidade, e ao mesmo tempo continuar sonhado em um dia conseguir alcançar a vida de um artista circense, um documentário que em sua simplicidade nos faz refletir sobre como e a educação hoje no brasil, como na maioria das vezes as escolas e a própria família não estão preparados para lidar com a diversidade de ideias e habilidades que cada criança pode ter e como muita das vezes o não enquadramento nesses padrões escolares e familiares e sócias que nos são impostos desde a infância cria cidadãos desacreditados em si mesmos e que desistem e acham fúteis todas suas habilidades e historias, assim como jonas que durante o documentário contesta a importância de tal ser feito pois acha que sua vida não vale mais a pena ser dada uma importância seja qual for.
Com um final que diz para o espectador que os obstáculos não são um ponto final da sua jornada e sim uma virgula, para que se poça continuar escrevendo a de outra forma.
Stonewall: Onde o Orgulho Começou
3.1 94 Assista AgoraRealmente não vou mentir o enredo do filme pra mim foi uma bagunça, assisti o filme todo, e desde a filagem que em momentos sérios que devia transmitir um ar de sobriedade através da filmagem era toda tremida e mal enquadrada, alem do protagonista que não representava de forma alguma a realidade da comunidade LGBT, mas sim me identifiquei muito mais com os gays que se prostituíam do que com a "realidade" de Danny, ate ao tentar mostrar da dificuldade de uma pessoa gay de ingressar numa carreira universitária na época, o diretor falhou porque só fez com que o espectador ficasse tipo " tadinho do Danny" e depois cairia no esquecimento de tal, não ajudando em nada a busca por direitos civis LGBT, e a conscientização e a importância de tal ato, pra mim o protagonista não fez diferença alguma na trama, alem de tentarem conduzir o espectador a ver como e difícil ser gay em uma cidade de interior onde na maioria das vezes você e minoria, a obra novamente nos decepciona pois a crueldade e a rejeição em situações como essas são bem maiores e no filme foi irradiada de uma forma bem inocente e nada real, alem de mostrar a luta LGBT da época de uma forma totalmente não relevante e insignificante quando se trata da busca por direitos civis através de reuniões etc, desconsidera totalmente a importância de nos organizarmos e nos unirmos, o ato de revolta totalmente necessário não so nos representa naquela metáfora do tijolo, como também nos devia representar na atitude de lutarmos na politica nos candidatarmos nos impormos etc, mas me entristecesse como o diretor transmiti a luta politica gay dessa forma totalmente chata e sem sentido, mas mostra totalmente de uma forma bem clara como os abusos eram absurdos na época, e que a policia era totalmente corrupta e inescrupulosa, de todo o mal a obra acerta em alguns pontos mas erra em outros tão grandes que acaba ofuscando o filme e o transformando em um clichê imenso.
Terra
4.5 43Documentário de uma fotografia belíssima, traz uma analise da evolução humana, mas de uma perspectiva totalmente nova do ponto de vista selvagem, e como o desenvolvimento do ser humana afetou toda a vida selvagem que hoje e tão rara, alem de mostrar a origem da relação mutualística que a humanidade tinha com o universo ao seu redor e de como ela foi totalmente esquecida pelos seres humanos.
Yann Arthus-Bertrand Jornalista, fotógrafo e grande diretor, critica a moral e o respeito que a humanidade afirma ter com o meio ambiente,através de imagens puras e sinceras, que causam em quem as vê um choque de realidade irrefutável,subsequente de um monólogo genial, mas não faz essa analise somente no sentido do aspecto do desenvolvimento econômico mas também sócio-cultural onde vemos que a cultura de alguns povos influenciou fortemente a criação de uma consciência que não se preocupa com a preservação e cuidado com o ambiente onde vive, mascarando por um fanatismo religioso e ideológico. Um dos poucos documentários que realmente nos faz rever nossos ideais, e pensar no que de fato devemos lutar pelo futuro.
Fogo no Mar
3.2 69 Assista AgoraSinceramente um documentário muito bem produzido, mas a idéia de Gianfranco de mostrar o cotidiano dos italianos que na minha opinião teve maior foco do que a questão dos refugiados, que talvez seria o assunto a ser discutido no documentário ou até mesmo a relação entre os italianos e os imigrates que são assuntos importantes a serem discutidos e sim mereciam uma indicação ao Óscar, foi pouco expressado durante o documentário.
Suite Francesa
3.6 259 Assista AgoraCom um enredo riquíssimo, que levanta diversos questionamentos sobre a segunda guerra mundial, traz ao publico a verdadeira miséria e devastação sofrida pelo povo judeu e francês, e a contaste perseguição sofrida por tais, Suite francesa tem um rico conteúdo histórico e social mas com algumas falhas em seu roteiro.
Mas com alguns personagens mal desenvolvidos, e com diversas divergências apresentadas na trama, mas nunca desenvolvidas, o que deixa muito vago a ação de alguns personagens no desfecho da historia.
O romance discorrido entre Lucile e Bruno é deveras tocante, mas não comove o espectador de tal forma que o leva a afeiçoar-se por tal casal introduzido na trama, e com relação ao seu desfecho.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraSe queriam expandir nossa mente em relação ao universo de Star Wars, eles não só conseguiram como passaram a realidade dos rebeldes, e como eles são de verdade e o que os fez se tornarem membros da resistência, o que não e um processo fácil, e uma repressão e ditadura que eles presenciam desde crianças, o que os faz criarem um ódio pelo império, e transformando eles em militantes, assassinos, ladroes e mentirosos assim como acontece com Jyn quando perde o pai e vai viver com um outro grupo da resistência, mas só que mas radicais dando a ideia de que o universo Star Wars não e feito só de resistência e império, e muito mais que isso, existem outros grupos, outros tipos de ideais mais pacificas ou ate mesmos radicais.
Diferente do tradicional clichê de final feliz, o filme traz em seu desfecho a morte de todos os personagens principais envolvidos na trama, e durante este mostra a verdadeira realidade de uma guerra que não e nada belo e sim uma situação de extremo estresse e tensão, e que cada segundo pode ser seu ultimo.
"Ukraine - The Masks of the revolution"
4.1 3Um documentário incrível, depois de ver "winter on fire" me simpatizei bastante com a causa ucraniana, mas ainda com um pé atrás pois não sabia como havia sido o desfecho da história, sim sabia que o presidente tinha renunciado e que as eleições seriam feitas o quanto antes, mas muitas das ações dos manifestantes me fez pensar de como ia ficar o ambiente na Ucrânia depois de uma revolução tão radical mas necessária, de como ia ser o desenrolar das novas eleições de como ia ficar as relações da Ucrânia com os outros países e do povo ucraniano com os russos que possivelmente estariam vivendo no país, e com esse documentário temos um outro ponto de vista das decisões do povo ucraniano pós revolução e que ao meu ver não foram bem pensadas.
A Pequena Vendedora de Fósforos
4.2 504Quando comecei a ver de inicio não entendi de cara o que o curta tentava mostrar, sim entendi que nos faz pensar em todos que estão abandonados nas ruas não só antes mas ate os dias de hoje, mas também me fez enxergar uma metáfora que o curta pode estar passando, que a cada fosforo que a menina ascende ela tem um sonho que pra ela e reconfortante e prazeroso, isso pode nos dizer muito de como as drogas podem trazer conforto e alivio para os que estão nas ruas, ou ate isolados em seus quartos que podem parecer quentes e aconchegantes, mas que para muitos e triste e vazio, mas a cada "fosforo" ascendido pode nos levar a uma outra realidade que pode nos tirar desse sofrimento, e nos fazer querer viver nela para sempre.