Existe uma diferença HEDIONDA entre abordar temas como PEDOFILIA, O explorando de forma APELATIVA ou de forma SENSÍVEL. Com toda a certeza desse mundo Palíndromos foi um dos filmes mais inovadores que eu já vi quando o assunto é pedofilia. É um tema delicado que mexe com nossos instinto mais humano porque fomos ensinados o que é certo e o que é errado e pedofilia não se encaixa na categoria de coisas recomendáveis, mas parece que para o Todd, esse tema sempre recorrente sempre estará atrelado a uma moral e ética totalmente diferente da do politicamente correto. O Pedofilia em sua natureza de 'amor diferente' tem como função secundária no filme, não vem como cartaz didático 'anti-exploração' e sim como uma trama que se encaixou de forma sublime a tudo que acontecia à superfície. O filme se desenrola basicamente na premissa da menina que cresce com a ideia de engravidar e ao decorrer da narrativa ela encontra um homem de seus 30 anos, estipulando, solitário que consegue tocá-la de maneira a abastecer todos aqueles sentimentos de transição manifestado na garota que passava pela conturbada adolescência. Mas pera lá, uma menina de 13 anos e um homem de 30, que absurdo!! Longe de forçar uma compreensão e um olhar mais condescendente no espectador que observa tudo passivo, o Todd faz você enveredar por caminhos que nem você esperava, ou se esperava acaba por surpreender-se porque o Pedófilo comete o ato que o caracteriza criminoso mas com o pesar e o peito dividido entre a fé e a razão.
Muitos dos pedófilos na vida real acabam não consumando seus atos por medo e culpa, é um 'amor/filos' amaldiçoado e no filme é retratado bem essa trama secundária que leva ao final trágico.
Sem contar na troca de atrizes para representar a personagem principal, mostrando que são anseios que acometem muitas garotas na adolescência, que isso tudo passa de geração em geração e que enxergamos tudo com uma lente de aumento, vendo tudo alterado do seu tamanho original ou que relevamos esquecendo de dar a importância devida aqueles que nos cercam. Filme 10, trilha sonora 10, roteiro 10. Enfim, um filme para assistir mais de uma vez e se sentir culpado por ter uma cabeça século passado.
Os 90 minutos mais longos da minha vida, e olhe que eu já dormi muito nas aulas de Metodologia.
A Vida Durante a Guerra - Todd Solondz
É composto por duas tramas que tecem a narrativa, porém na minha humilde opinião, só uma pôde me sustentar, quase no colo, até o minuto final do filme. De um lado uma família destruída e esfacelada por conta do fantasma do pai, preso por pedofilia, e do outro uma mulher que vive no mundo da lua, que sente e conversa com seus próprios fantasmas,durante a sua vida vazia. Alguns diálogos são bem indigeríveis outros passam garganta abaixo com uma facilidade que te deixam com um peso na barriga com o conteúdo duvidoso mas, o que predomina é o tédio, o fastio, o sono e a eterna exaustão, e olhe que eu nunca abri mão de filme exaustivo. Apesar de mais uma vez o Todd abordar a pedofilia e conflitos familiares, eu me senti comendo um pastel recheado de vento, no primeiro momento em que eu coloquei o pastel na boca só me veio o sabor do óleo quente e toda aquela gordura a deixar meus lábios escorregadios, em seguida, ao chegar na ausência do recheio eu vi que tinha engolido aquela massa intragável que era pura graxa por nada.
Não houve catarse alguma, muito menos me instigou sentimentos negativos que me fizessem acabar gostando do filme. Tive que disponibilizar dois dias para terminar essa delícia. Com aquele recheio pedante de polêmica com combo de TABU, você leva para casa o nada, do nada, do nada do que Todd já pôde ter feito. E como os personagens, que apareciam e desapreciam com o vento, esse filme do mesmo jeito que começou, terminou e dissipou da minha estante a qual eu gentilmente havia cedido um lugar de respeito junto a Happiness (1998), Palíndromos (2004) e Welcome to the Doll House (1995) do mesmo diretor.
Talvez eu não estivesse pronto para essa abordagem, talvez. Talvez também eu o assista novamente, mas hoje eu quero descansar e esquecer que perdi minha quinta.
Amaldiçoado
3.0 1,2K Assista AgoraAlguém diz pra o Harry Potter que ele tá horrível de Demônia.
Que filme ruim é esse?
Palíndromos
3.8 81Existe uma diferença HEDIONDA entre abordar temas como PEDOFILIA, O explorando de forma APELATIVA ou de forma SENSÍVEL. Com toda a certeza desse mundo Palíndromos foi um dos filmes mais inovadores que eu já vi quando o assunto é pedofilia.
É um tema delicado que mexe com nossos instinto mais humano porque fomos ensinados o que é certo e o que é errado e pedofilia não se encaixa na categoria de coisas recomendáveis, mas parece que para o Todd, esse tema sempre recorrente sempre estará atrelado a uma moral e ética totalmente diferente da do politicamente correto. O Pedofilia em sua natureza de 'amor diferente' tem como função secundária no filme, não vem como cartaz didático 'anti-exploração' e sim como uma trama que se encaixou de forma sublime a tudo que acontecia à superfície. O filme se desenrola basicamente na premissa da menina que cresce com a ideia de engravidar e ao decorrer da narrativa ela encontra um homem de seus 30 anos, estipulando, solitário que consegue tocá-la de maneira a abastecer todos aqueles sentimentos de transição manifestado na garota que passava pela conturbada adolescência. Mas pera lá, uma menina de 13 anos e um homem de 30, que absurdo!! Longe de forçar uma compreensão e um olhar mais condescendente no espectador que observa tudo passivo, o Todd faz você enveredar por caminhos que nem você esperava, ou se esperava acaba por surpreender-se porque o Pedófilo comete o ato que o caracteriza criminoso mas com o pesar e o peito dividido entre a fé e a razão.
Muitos dos pedófilos na vida real acabam não consumando seus atos por medo e culpa, é um 'amor/filos' amaldiçoado e no filme é retratado bem essa trama secundária que leva ao final trágico.
A Vida Durante a Guerra
3.3 117Os 90 minutos mais longos da minha vida, e olhe que eu já dormi muito nas aulas de Metodologia.
A Vida Durante a Guerra - Todd Solondz
É composto por duas tramas que tecem a narrativa, porém na minha humilde opinião, só uma pôde me sustentar, quase no colo, até o minuto final do filme. De um lado uma família destruída e esfacelada por conta do fantasma do pai, preso por pedofilia, e do outro uma mulher que vive no mundo da lua, que sente e conversa com seus próprios fantasmas,durante a sua vida vazia.
Alguns diálogos são bem indigeríveis outros passam garganta abaixo com uma facilidade que te deixam com um peso na barriga com o conteúdo duvidoso mas, o que predomina é o tédio, o fastio, o sono e a eterna exaustão, e olhe que eu nunca abri mão de filme exaustivo.
Apesar de mais uma vez o Todd abordar a pedofilia e conflitos familiares, eu me senti comendo um pastel recheado de vento, no primeiro momento em que eu coloquei o pastel na boca só me veio o sabor do óleo quente e toda aquela gordura a deixar meus lábios escorregadios, em seguida, ao chegar na ausência do recheio eu vi que tinha engolido aquela massa intragável que era pura graxa por nada.
Não houve catarse alguma, muito menos me instigou sentimentos negativos que me fizessem acabar gostando do filme. Tive que disponibilizar dois dias para terminar essa delícia. Com aquele recheio pedante de polêmica com combo de TABU, você leva para casa o nada, do nada, do nada do que Todd já pôde ter feito. E como os personagens, que apareciam e desapreciam com o vento, esse filme do mesmo jeito que começou, terminou e dissipou da minha estante a qual eu gentilmente havia cedido um lugar de respeito junto a Happiness (1998), Palíndromos (2004) e Welcome to the Doll House (1995) do mesmo diretor.
Talvez eu não estivesse pronto para essa abordagem, talvez. Talvez também eu o assista novamente, mas hoje eu quero descansar e esquecer que perdi minha quinta.