American Horror Story nunca foi um primor narrativo, reassistir as primeiras temporadas hoje em dia torna a percepção pior. Ainda assim, no meio dos furos de roteiro e decisões forçadas podia se perceber um traço legal de autoria, busca por originalidade e uma estética diferente do que normalmente aparece na TV. Hoje em dia a série se perdeu totalmente, e até se desvincula cada vez mais do seu autor original (Ryan Murphy).
Dei uma chance para Delicate por conta do "hype" do elenco e na esperança de ver um respiro do baixo astral que foram as últimas temporadas. Mas, novamente, o que se aproveita de divertido é mínimo perto da grande porção tediosa contida nesse roteiro. Os últimos episódios foram curtos e corridos e me fizeram ter a certeza de que tudo que eu assisti foi um conjunto de nada com nada. Para não dizer que foi totalmente tenebroso: as referência ao Bebê de Rosemary e todo esse terror de maternidade são interessantes, mas se pensarmos bem, são ideias derivadas de um livro que já existe (Delicate) e que, provavelmente, executa a ideia muito melhor.
Infelizmente, o que se aproveita de legal desse material são as imagens promocionais, teasers e a abertura, que sempre será icônica.
Em pleno 2024, um CGI como o do Aang voando deveria ser considerado criminoso. Aliás, a série toda é um compilado de incertezas, ainda mais para quem consumiu o material original. Eu não esperava fidelidade quadro por quadro, mas gostaria do impacto dramático preservado em certas decisões.
Por exemplo: a ligação do Aang com o mundo espiritual, que poderia ser menos premeditada e controlada; O primeiro episódio, que é uma exposição narrativa muito excessiva e vazia de toda a mágica do storytelling.
Visualmente tem altos e baixos, gostei da recriação dos cenários. Quanto às dobras dos elementos: fogo e ar canalizaram bem os espíritos de destruição e leveza (respectivamente). A dobra de pedra poderia impactar mais os ambientes e os tapas da dobra de água não convenceram em alguns momentos.
O casting foi muito bem resolvido, a maioria dos atores se parece com o material original. Há uma mudança brusca em algumas personalidades em prol da "adultização" do roteiro, que eu até compreendo.
Esperava as lendas sendo narradas de uma forma mais mitológica, também. Faltou apelo visual. No mais, a experiência foi divertida. Só não vai ser a experiência definitiva para o fã da animação.
Fazia tempo que não assistia um anime tão fraco. Personagens com design genérico e desinteressante. A comédia auto-consciente de apocalipse zumbi é muito batida, e aqui ainda é acompanhada de um humor meio sexista (que não tem graça nenhuma). Vão assistir "Highschool of the dead", que é mais escrachado e mais bem resolvido.
Kinnporsche é uma montanha-russa que me fisgou de um jeito que poucas séries conseguiram. Entretanto, é importante assistir entendendo que o dorama é derivado do fenômeno dos "dark romance", logo, cai em muitas escolhas duvidosas e relacionamentos tóxicos e violentos.
Minha crítica maior fica para as pontas soltas, que poderiam ser revividas nas próximas temporadas, mas que, por razões de bastidores, talvez nunca aconteçam.
E faltou explorar o passado e os traumas do Pete, para que o estocolmo criado com o Vegas não aparentasse ser algo tão arbitrário e absurdo.
Quase todos os personagens são cativantes, se for para apontar alguém que me incomodou, diria o Porschay. O ator é muito desafinado e tentaram vender ele como talentoso, não desceu. Vale destacar o crescimento do Tankhum durante o dorama, começou como um personagem detestável (mas com uma inocência engraçada) e terminou se mostrando uma figura muito intuitiva e carinhosa (dos seus modos). Achei legal saber que ele foi a figura materna para os seus irmãos mais novos, faz muito sentido.
Estou revisitando Skins depois de mais de uma década que assisti pela primeira vez. A série se segura bem na atualidade e se tornou referência de representação da adolescência na televisão.
Por episódio:
1x01: Aqui tem tudo que um episódio introdutório precisa ter, estabelece o tom da temporada inteira e revela discretamente os dramas dos personagens. Quem não gostou daqui, provavelmente não vai gostar do resto.
1x02: Episódio da minha personagem preferida (Cassie), narrativamente surpreende, fantasioso e artístico como ela. A relação da personagem com os pais é sufocante e difícil de assistir.
1x03: Com foco na Jal, esse episódio é morno. No mais, acho a personagem subestimada, ela é um respiro sensato no meio do caos, e isso é necessário para a série.
1x04: O Chris é o personagem conflituoso que é impossível odiar, funciona como um alívio cômico muito bom também. Acho a relação dele com a professora meio jogada e estranha, mas esse estranhamento faz parte de Skins.
1x05: Aqui o narcisismo extremo do Tony começa a ficar danoso. Gosto de acompanhar o Sid, é um personagem que você não necessariamente entende as atitudes, mas torce para que fique bem.
1x06: Maxxie e Anwar têm uma dinâmica muito bonitinha de assistir, e a série traz um comentário legal sobre religião e homossexualidade, ainda mais considerando a época. Esse episódio é bem diferente, parece até uma outra série dentro de Skins, é tudo muito escrachado, mas acho de bom tom em vista das partes mais obscuras que estão por vir.
1x07: Michelle também sofre com o narcisismo do Tony. A personagem tem muitas camadas, mas algumas resoluções do roteiro para os seus problemas são fracas.
1x08: Esse episódio é sensacional, icônico para a história de Skins. A atmosfera é obscura e remete ao suspense. Aqui o roteiro começa a caminhar para uma possível redenção do Tony, o tão falado amor por sua irmã Effy soa mais como hipocrisia, ele a coloca em perigo constantemente.
1x09: É um bom desfecho dos dramas levantados durante a temporada, com muitos ganchos para a próxima. O número musical é brega mesmo, mas não destoa do que a série é: um caos magnético.
Uma das partes mais mágicas que a primeira temporada trouxe - designers de muitos países diferentes - foi deixada de lado. Apesar disso, ainda senti que o programa manteve sua melhor qualidade: o exercício da criatividade na moda, que aqui me agrada mais que em Making the Cut e Project Runway,
a Bao entregou isso com maestria, o resto só tentou.
A Gigi como Host começou morna e se soltou com o tempo, foi até uma boa surpresa. Em relação às críticas dos jurados, senti falta de maior clareza e fundamento, provavelmente muita coisa relevante foi cortada, mas não compromete a experiência. Quanto à decisão final:
o Nigel traz uma estética que impacta, tem referência, criatividade e é realmente algo que eu enxergaria como "Next in Fashion", já faz valer o esforço de assistir essa temporada aqui.
Fiquei meio dividido. Acho que a série tem um problema de tom. Quando parece que vai virar um thriller com consequências mais concretas tudo começa a destoar, caminham para o humor besta ou drama repetitivo.
A imagem da Masha é muito bonita, mas não contrasta bem com o resto do elenco, parece mais um elfo de Tolkien. A atuação da Nicole Kidman não ajuda muito também, exagerada.
O desenrolar dos personagens no final pareceu mais uma regressão, principalmente do Lars.
com o primeiro Jogos Mortais, principalmente no plot do verdadeiro organizador estar sempre ali do lado, a doença terminal, a relação entre brinquedo/infância e morte.
Mais uma temporada incrível se passa e é até difícil descrever tamanha importância que esse reality show representa, muito mais do que uma competição, uma lição valiosa sobre aceitação e diversidade. RuPaul é maravilhosa e talentosa, umas das melhores comunicadoras que já vi, amo.
Quanto a temporada, não foi minha favorita mas com certeza é uma das melhores e mais bem disputadas. Só fiquei duvidoso com algumas decisões tomadas durante o percurso.
A April e a Vivacious terem saído tão cedo foi um pecado, e eu não acho que Darienne mereceu a posição que chegou.
Mas tudo nos encaminhou para uma final perfeita e justíssima.
Me apaixonei pelo espírito jovem e rebelde da Adore e pela acidez e perspicácia da Bianca, tenho algum receio quanto à Courtney, mas não nego sua beleza e voz impecáveis. Ben De La Creme também foi especial e levou doçura pra competição.
Minha temporada favorita até agora, tantas participantes marcantes, top 8 sensacional. Cada queen chegou com uma proposta e especialidade diferente, e representaram suas alegorias com excelência. A rixa entre Coco e Alyssa foi maravilhosa de se assistir, uma história de amizade, traição, drama e redenção. Alyssa é uma drag poderosa, seu rosto é tão característico e suas caretas são HILÁRIAS.
"Rolaskatox" foi o ponto alto da competição pra mim, as três drags mais ferozes, carismáticas e esteticamente bem trabalhadas. Alaska é ácida e perspicaz nas piadas, Detox apresenta um estilo de drag mais "plástico" e classudo, já a Roxxxy foi a que mais me impactou visualmente, corpo lindo e escultural, rosto magnífico.
Do outro lado da competição tínhamos Jinx e Ivy, que se mostraram dois amores à parte, com certeza ficaram marcadas como as queens mais amáveis da história do reality. A vulnerabilidade e pureza da Jinx adicionaram um toque de doçura aqui.
Temporada agradável de se assistir, mas não muito além disso. Tive a impressão que muitos estilos de drag vieram à tona aqui, revelando algumas personalidades importantíssimas para o programa, Chad Michaels e seus visuais super elegantes e clássicos, Latrice e seu senso de humor incrível e uma história de fundo emocionante e Willam sendo ridiculamente hilariante. Me decepciona o fato do estilo da Sharon ter sido tão diminuído e limitado, foram poucas vezes em que ela representou sua verdadeira essência na passarela.
Mas ainda sim, a Sharon demonstrou possuir um diferencial muito marcante das outras queens, mereceu a vitória. Phi Phi era interessante e tinha boas iniciativas, mas sua personalidade e repetitividade destruíram qualquer chance de conquistar a coroa.
Essa temporada reuniu os lip-syncs mais energéticos que já vi, Latrice é um show à parte nessa técnica, feroz!
Após assistir essa primeira temporada, posso dizer que a série se trata de uma das mais engenhosas e impactantes existentes. É tão absurda, mas tão próxima das tendências da natureza humana. Como cada episódio narra um arco diferente, vou dividir minhas impressões em três.
Episódio 1: sordidez humana e imoralidade, tudo aqui é tão forte e agoniante. Temos um retrato de toda a submissão e controle que a mídia exerce no cotidiano das pessoas, afinal, toda a monstruosidade desse episódio é acarretada unicamente pelos meios televisivos.
Perdi o ar quando foi feita a revelação de que a menina havia sido solta antes da transmissão, mas ninguém notou, por estarem focados naquele ato humilhante e degradante, pesado.
Vale ressaltar também a montagem desse episódio, vários pontos de vistas para uma mesma situação, insensibilidade sem barreiras.
Episódio 2: meu preferido, e de longe o que mais me devastou. Toda essa concepção do futuro distópico é primorosa, esse ciclo eterno é claustrofóbico. Já estava impossível diferenciar o humano da máquina, poderia surgir um sentimento real nisso? Os atores conduzem isso daqui incrivelmente, há uma inexpressividade e conformismo preocupantes.
Episódio 3: a capacidade de guardar e rever todas suas memórias, quão destrutível isso pode ser? O episódio trata de nos responder essa pergunta da forma mais insana possível, beirando a obsessão e inquietude. Não consigo medir o que pode ser mais inquietante do que viver de suas memória e seus detalhes, ignorar o presente e o futuro, mas se estabelecer em função de tudo que já passou.
Da terceira temporada passei direto pra sétima e estou com uma impressão meio dividida, mas no geral, foi satisfatório. É bem perceptível um "legado" da Raja nessa season, onde as participantes investem mais na passarela e nos valores estéticos que na parte performática drag. O que resultou em uma divisão na competição, as drags Old School, repletas de carisma e um glamour bem sutil. E as drags da nova geração, que demonstraram ter um conhecimento de moda bem amplo, mas carisma e personalidade falhos.
A Violet foi a única que conseguiu se manter entre os dois níveis. Tendo uma comicidade aceitável e uma abrangência poderosa na passarela, vitória justa. Já a Pearl foi um ponto baixíssimo nessa competição, além de protagonizar os piores lip-syncs, se mostrou sem expressão e personalidade alguma.
Por fim, posso dizer que apesar dos momentos super embaraçosos de falta de profissionalismo e carisma, foi lindo ver alguns trajes apresentados. É bem evidente que as participantes realmente estudaram sobre moda aqui. E a cinturinha da Violet, de tirar o fôlego!
Já tinha me impressionado com a segunda temporada, mas essa daqui elevou o nível das coisas à um ponto emocional. Não pude conter minhas emoções durante alguns momentos, me sinto tão fisgado e envolvido com esses personagens. Contrapondo-se à temporada anterior, temos aqui um festival de extravagância e personalidades explosivas, a competição é seríssima mas sempre seguida com um humor drag característico e apetitoso.
Em relação as queens, posso dizer que cada uma conseguiu trespassar sua personalidade e estilo de forma satisfatória, além de terem absorvido muito conhecimento durante o decorrer da temporada. Entre os dois grupinhos formados, as "Heathers" indiscutivelmente possuíam um senso muito elevado de moda e estilo, já as "Boogers" eram performers incríveis, comediantes natas.
Raja sempre se mostrou next level, uma artista completa, raramente encontra-se alguém trabalhando de forma tão visionária e detalhista assim. Sua percepção de moda era simplesmente sensacional, vitória merecida. Manila e Alexis também surpreenderam mas tropeçaram em algumas situações e trajes.
E é claro que não podemos esquecer dos EXCEPCIONAIS lip-syncs dessa temporada. Transitamos entre a tragicômica Mimi Imfurst até momentos super íntimos e emocionais, como o combate de Carmen e Raja e a fortíssima desistência de Yara (não minto, me emocionei MUITO).
Com a ausência da primeira temporada na Netflix, tive que começar pela segunda. Mas com certeza não me arrependo, muito pelo contrário, esse reality me envolveu de uma forma que nunca imaginaria, singela surpresa. Participantes ferozes e uma jurada magnífica!
É gratificante ver como algumas personalidades mudaram completamente, Tyra começou insuportável mas ao decorrer do reality conseguiu conter todo seu desespero e canalizar em sua arte, me derreto só de relembrar suas roupas, participante fantástica. Sempre tive um pouco de birra com a Raven, mas agora consigo enxergar que apesar de tudo, se trata de um reality show drag, e alguns comportamentos dela são inerentes à esse universo (achei digno ela ter se desculpado com a Tatianna). E Jujubee e Pandora são dois amores à parte, é uma pena o estilo da Pandora ter sido um pouco discriminado, sendo que sua excentricidade foi ESSENCIAL para o programa.
Mas por fim, concordo com o desfecho. Jujubee era engraçadíssima porém nunca teve postura de vencedora, Tyra SEMPRE surpreendeu nas roupas e evoluiu muito em seu caráter, já Raven tinha um senso interessante de moda mas ficou devendo em muitos momentos do programa.
American Horror Story: Delicate (12ª Temporada)
2.6 63American Horror Story nunca foi um primor narrativo, reassistir as primeiras temporadas hoje em dia torna a percepção pior. Ainda assim, no meio dos furos de roteiro e decisões forçadas podia se perceber um traço legal de autoria, busca por originalidade e uma estética diferente do que normalmente aparece na TV. Hoje em dia a série se perdeu totalmente, e até se desvincula cada vez mais do seu autor original (Ryan Murphy).
Dei uma chance para Delicate por conta do "hype" do elenco e na esperança de ver um respiro do baixo astral que foram as últimas temporadas. Mas, novamente, o que se aproveita de divertido é mínimo perto da grande porção tediosa contida nesse roteiro. Os últimos episódios foram curtos e corridos e me fizeram ter a certeza de que tudo que eu assisti foi um conjunto de nada com nada. Para não dizer que foi totalmente tenebroso: as referência ao Bebê de Rosemary e todo esse terror de maternidade são interessantes, mas se pensarmos bem, são ideias derivadas de um livro que já existe (Delicate) e que, provavelmente, executa a ideia muito melhor.
Infelizmente, o que se aproveita de legal desse material são as imagens promocionais, teasers e a abertura, que sempre será icônica.
Avatar: O Último Mestre do Ar (1ª Temporada)
3.8 167 Assista AgoraEm pleno 2024, um CGI como o do Aang voando deveria ser considerado criminoso. Aliás, a série toda é um compilado de incertezas, ainda mais para quem consumiu o material original. Eu não esperava fidelidade quadro por quadro, mas gostaria do impacto dramático preservado em certas decisões.
Por exemplo: a ligação do Aang com o mundo espiritual, que poderia ser menos premeditada e controlada; O primeiro episódio, que é uma exposição narrativa muito excessiva e vazia de toda a mágica do storytelling.
Visualmente tem altos e baixos, gostei da recriação dos cenários. Quanto às dobras dos elementos: fogo e ar canalizaram bem os espíritos de destruição e leveza (respectivamente). A dobra de pedra poderia impactar mais os ambientes e os tapas da dobra de água não convenceram em alguns momentos.
O casting foi muito bem resolvido, a maioria dos atores se parece com o material original. Há uma mudança brusca em algumas personalidades em prol da "adultização" do roteiro, que eu até compreendo.
Esperava as lendas sendo narradas de uma forma mais mitológica, também. Faltou apelo visual. No mais, a experiência foi divertida. Só não vai ser a experiência definitiva para o fã da animação.
Zom 100: Bucket List of The Dead
3.7 30 Assista AgoraFazia tempo que não assistia um anime tão fraco. Personagens com design genérico e desinteressante. A comédia auto-consciente de apocalipse zumbi é muito batida, e aqui ainda é acompanhada de um humor meio sexista (que não tem graça nenhuma). Vão assistir "Highschool of the dead", que é mais escrachado e mais bem resolvido.
KinnPorsche
4.1 34Kinnporsche é uma montanha-russa que me fisgou de um jeito que poucas séries conseguiram. Entretanto, é importante assistir entendendo que o dorama é derivado do fenômeno dos "dark romance", logo, cai em muitas escolhas duvidosas e relacionamentos tóxicos e violentos.
Minha crítica maior fica para as pontas soltas, que poderiam ser revividas nas próximas temporadas, mas que, por razões de bastidores, talvez nunca aconteçam.
Queria entender melhor o porquê da frieza do Kim e tamanho interesse (mascarado) nos esquemas de seu pai, seria alguma experiência da infância?
E faltou explorar o passado e os traumas do Pete, para que o estocolmo criado com o Vegas não aparentasse ser algo tão arbitrário e absurdo.
Quase todos os personagens são cativantes, se for para apontar alguém que me incomodou, diria o Porschay. O ator é muito desafinado e tentaram vender ele como talentoso, não desceu. Vale destacar o crescimento do Tankhum durante o dorama, começou como um personagem detestável (mas com uma inocência engraçada) e terminou se mostrando uma figura muito intuitiva e carinhosa (dos seus modos). Achei legal saber que ele foi a figura materna para os seus irmãos mais novos, faz muito sentido.
Skins - Juventude à Flor da Pele (1ª Temporada)
4.4 767 Assista AgoraEstou revisitando Skins depois de mais de uma década que assisti pela primeira vez. A série se segura bem na atualidade e se tornou referência de representação da adolescência na televisão.
Por episódio:
1x01: Aqui tem tudo que um episódio introdutório precisa ter, estabelece o tom da temporada inteira e revela discretamente os dramas dos personagens. Quem não gostou daqui, provavelmente não vai gostar do resto.
1x02: Episódio da minha personagem preferida (Cassie), narrativamente surpreende, fantasioso e artístico como ela. A relação da personagem com os pais é sufocante e difícil de assistir.
1x03: Com foco na Jal, esse episódio é morno. No mais, acho a personagem subestimada, ela é um respiro sensato no meio do caos, e isso é necessário para a série.
1x04: O Chris é o personagem conflituoso que é impossível odiar, funciona como um alívio cômico muito bom também. Acho a relação dele com a professora meio jogada e estranha, mas esse estranhamento faz parte de Skins.
1x05: Aqui o narcisismo extremo do Tony começa a ficar danoso. Gosto de acompanhar o Sid, é um personagem que você não necessariamente entende as atitudes, mas torce para que fique bem.
1x06: Maxxie e Anwar têm uma dinâmica muito bonitinha de assistir, e a série traz um comentário legal sobre religião e homossexualidade, ainda mais considerando a época. Esse episódio é bem diferente, parece até uma outra série dentro de Skins, é tudo muito escrachado, mas acho de bom tom em vista das partes mais obscuras que estão por vir.
1x07: Michelle também sofre com o narcisismo do Tony. A personagem tem muitas camadas, mas algumas resoluções do roteiro para os seus problemas são fracas.
1x08: Esse episódio é sensacional, icônico para a história de Skins. A atmosfera é obscura e remete ao suspense. Aqui o roteiro começa a caminhar para uma possível redenção do Tony, o tão falado amor por sua irmã Effy soa mais como hipocrisia, ele a coloca em perigo constantemente.
1x09: É um bom desfecho dos dramas levantados durante a temporada, com muitos ganchos para a próxima. O número musical é brega mesmo, mas não destoa do que a série é: um caos magnético.
Next In Fashion (2ª Temporada)
3.8 24 Assista AgoraUma das partes mais mágicas que a primeira temporada trouxe - designers de muitos países diferentes - foi deixada de lado. Apesar disso, ainda senti que o programa manteve sua melhor qualidade: o exercício da criatividade na moda, que aqui me agrada mais que em Making the Cut e Project Runway,
embora muitas das visões não tenham se concretizado na versão final dos looks.
Acho que um programa como esse pede uma versatilidade extrema dos participantes,
a Bao entregou isso com maestria, o resto só tentou.
o Nigel traz uma estética que impacta, tem referência, criatividade e é realmente algo que eu enxergaria como "Next in Fashion", já faz valer o esforço de assistir essa temporada aqui.
Nove Desconhecidos (1ª Temporada)
3.4 229 Assista AgoraFiquei meio dividido. Acho que a série tem um problema de tom. Quando parece que vai virar um thriller com consequências mais concretas tudo começa a destoar, caminham para o humor besta ou drama repetitivo.
A imagem da Masha é muito bonita, mas não contrasta bem com o resto do elenco, parece mais um elfo de Tolkien. A atuação da Nicole Kidman não ajuda muito também, exagerada.
O desenrolar dos personagens no final pareceu mais uma regressão, principalmente do Lars.
Não querer ter um filho é um problema moral tão grande assim?
Round 6 (1ª Temporada)
4.0 1,2K Assista AgoraO que me incomodou muito foi a semelhança
com o primeiro Jogos Mortais, principalmente no plot do verdadeiro organizador estar sempre ali do lado, a doença terminal, a relação entre brinquedo/infância e morte.
Muito tempo investido no
policial infiltrado e pouco desdobramento interessante, ele morreu com as provas
RuPaul's Drag Race (6ª Temporada)
4.6 339 Assista AgoraMais uma temporada incrível se passa e é até difícil descrever tamanha importância que esse reality show representa, muito mais do que uma competição, uma lição valiosa sobre aceitação e diversidade. RuPaul é maravilhosa e talentosa, umas das melhores comunicadoras que já vi, amo.
Quanto a temporada, não foi minha favorita mas com certeza é uma das melhores e mais bem disputadas. Só fiquei duvidoso com algumas decisões tomadas durante o percurso.
A April e a Vivacious terem saído tão cedo foi um pecado, e eu não acho que Darienne mereceu a posição que chegou.
Me apaixonei pelo espírito jovem e rebelde da Adore e pela acidez e perspicácia da Bianca, tenho algum receio quanto à Courtney, mas não nego sua beleza e voz impecáveis. Ben De La Creme também foi especial e levou doçura pra competição.
RuPaul's Drag Race (5ª Temporada)
4.4 309Minha temporada favorita até agora, tantas participantes marcantes, top 8 sensacional. Cada queen chegou com uma proposta e especialidade diferente, e representaram suas alegorias com excelência. A rixa entre Coco e Alyssa foi maravilhosa de se assistir, uma história de amizade, traição, drama e redenção. Alyssa é uma drag poderosa, seu rosto é tão característico e suas caretas são HILÁRIAS.
"Rolaskatox" foi o ponto alto da competição pra mim, as três drags mais ferozes, carismáticas e esteticamente bem trabalhadas. Alaska é ácida e perspicaz nas piadas, Detox apresenta um estilo de drag mais "plástico" e classudo, já a Roxxxy foi a que mais me impactou visualmente, corpo lindo e escultural, rosto magnífico.
Do outro lado da competição tínhamos Jinx e Ivy, que se mostraram dois amores à parte, com certeza ficaram marcadas como as queens mais amáveis da história do reality. A vulnerabilidade e pureza da Jinx adicionaram um toque de doçura aqui.
É uma pena a Ivy ter saído tão cedo, e a Jinx mereceu ter ganhado (apesar de ter achado alguns visuais dela duvidosos).
Enfim, tivemos uma verdadeira disputa de artistas completas. Não consigo escolher uma favorita, foi gratificante assistir à elas.
RuPaul's Drag Race (4ª Temporada)
4.4 264 Assista AgoraTemporada agradável de se assistir, mas não muito além disso. Tive a impressão que muitos estilos de drag vieram à tona aqui, revelando algumas personalidades importantíssimas para o programa, Chad Michaels e seus visuais super elegantes e clássicos, Latrice e seu senso de humor incrível e uma história de fundo emocionante e Willam sendo ridiculamente hilariante. Me decepciona o fato do estilo da Sharon ter sido tão diminuído e limitado, foram poucas vezes em que ela representou sua verdadeira essência na passarela.
Mas ainda sim, a Sharon demonstrou possuir um diferencial muito marcante das outras queens, mereceu a vitória. Phi Phi era interessante e tinha boas iniciativas, mas sua personalidade e repetitividade destruíram qualquer chance de conquistar a coroa.
Essa temporada reuniu os lip-syncs mais energéticos que já vi, Latrice é um show à parte nessa técnica, feroz!
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraApós assistir essa primeira temporada, posso dizer que a série se trata de uma das mais engenhosas e impactantes existentes. É tão absurda, mas tão próxima das tendências da natureza humana. Como cada episódio narra um arco diferente, vou dividir minhas impressões em três.
Episódio 1: sordidez humana e imoralidade, tudo aqui é tão forte e agoniante. Temos um retrato de toda a submissão e controle que a mídia exerce no cotidiano das pessoas, afinal, toda a monstruosidade desse episódio é acarretada unicamente pelos meios televisivos.
Perdi o ar quando foi feita a revelação de que a menina havia sido solta antes da transmissão, mas ninguém notou, por estarem focados naquele ato humilhante e degradante, pesado.
Episódio 2: meu preferido, e de longe o que mais me devastou. Toda essa concepção do futuro distópico é primorosa, esse ciclo eterno é claustrofóbico. Já estava impossível diferenciar o humano da máquina, poderia surgir um sentimento real nisso? Os atores conduzem isso daqui incrivelmente, há uma inexpressividade e conformismo preocupantes.
Episódio 3: a capacidade de guardar e rever todas suas memórias, quão destrutível isso pode ser? O episódio trata de nos responder essa pergunta da forma mais insana possível, beirando a obsessão e inquietude. Não consigo medir o que pode ser mais inquietante do que viver de suas memória e seus detalhes, ignorar o presente e o futuro, mas se estabelecer em função de tudo que já passou.
O ato extremo do personagem no final nunca pareceu tão compreensível pra mim.
RuPaul's Drag Race (7ª Temporada)
3.7 322 Assista AgoraDa terceira temporada passei direto pra sétima e estou com uma impressão meio dividida, mas no geral, foi satisfatório. É bem perceptível um "legado" da Raja nessa season, onde as participantes investem mais na passarela e nos valores estéticos que na parte performática drag. O que resultou em uma divisão na competição, as drags Old School, repletas de carisma e um glamour bem sutil. E as drags da nova geração, que demonstraram ter um conhecimento de moda bem amplo, mas carisma e personalidade falhos.
A Violet foi a única que conseguiu se manter entre os dois níveis. Tendo uma comicidade aceitável e uma abrangência poderosa na passarela, vitória justa. Já a Pearl foi um ponto baixíssimo nessa competição, além de protagonizar os piores lip-syncs, se mostrou sem expressão e personalidade alguma.
Por fim, posso dizer que apesar dos momentos super embaraçosos de falta de profissionalismo e carisma, foi lindo ver alguns trajes apresentados. É bem evidente que as participantes realmente estudaram sobre moda aqui. E a cinturinha da Violet, de tirar o fôlego!
RuPaul's Drag Race (3ª Temporada)
4.2 280Já tinha me impressionado com a segunda temporada, mas essa daqui elevou o nível das coisas à um ponto emocional. Não pude conter minhas emoções durante alguns momentos, me sinto tão fisgado e envolvido com esses personagens. Contrapondo-se à temporada anterior, temos aqui um festival de extravagância e personalidades explosivas, a competição é seríssima mas sempre seguida com um humor drag característico e apetitoso.
Em relação as queens, posso dizer que cada uma conseguiu trespassar sua personalidade e estilo de forma satisfatória, além de terem absorvido muito conhecimento durante o decorrer da temporada. Entre os dois grupinhos formados, as "Heathers" indiscutivelmente possuíam um senso muito elevado de moda e estilo, já as "Boogers" eram performers incríveis, comediantes natas.
Raja sempre se mostrou next level, uma artista completa, raramente encontra-se alguém trabalhando de forma tão visionária e detalhista assim. Sua percepção de moda era simplesmente sensacional, vitória merecida. Manila e Alexis também surpreenderam mas tropeçaram em algumas situações e trajes.
E é claro que não podemos esquecer dos EXCEPCIONAIS lip-syncs dessa temporada. Transitamos entre a tragicômica Mimi Imfurst até momentos super íntimos e emocionais, como o combate de Carmen e Raja e a fortíssima desistência de Yara (não minto, me emocionei MUITO).
RuPaul's Drag Race (2ª Temporada)
4.0 229Com a ausência da primeira temporada na Netflix, tive que começar pela segunda. Mas com certeza não me arrependo, muito pelo contrário, esse reality me envolveu de uma forma que nunca imaginaria, singela surpresa. Participantes ferozes e uma jurada magnífica!
É gratificante ver como algumas personalidades mudaram completamente, Tyra começou insuportável mas ao decorrer do reality conseguiu conter todo seu desespero e canalizar em sua arte, me derreto só de relembrar suas roupas, participante fantástica. Sempre tive um pouco de birra com a Raven, mas agora consigo enxergar que apesar de tudo, se trata de um reality show drag, e alguns comportamentos dela são inerentes à esse universo (achei digno ela ter se desculpado com a Tatianna). E Jujubee e Pandora são dois amores à parte, é uma pena o estilo da Pandora ter sido um pouco discriminado, sendo que sua excentricidade foi ESSENCIAL para o programa.
Mas por fim, concordo com o desfecho. Jujubee era engraçadíssima porém nunca teve postura de vencedora, Tyra SEMPRE surpreendeu nas roupas e evoluiu muito em seu caráter, já Raven tinha um senso interessante de moda mas ficou devendo em muitos momentos do programa.
American Horror Story: Coven (3ª Temporada)
3.8 2,1KNecessito de mais Angela Bassett, enfim, episódio perfeito. Amei muito.
Game of Thrones (1ª Temporada)
4.6 2,3K Assista AgoraNossa, esse final foi incrível.
Já sinto falta do Eddard e do Drogo, ambos eram um dos meus personagens favoritos.
Era Uma Vez (2ª Temporada)
4.1 639Esta temporada foi boa, porem, o roteiro teve muitos furos e a historia se tornou arrastada. Espero que a proxima seja melhor.