O documentário mostra como se iniciou a crise política no Brasil e como se desenvolveu a polarização da massa e o antipetismo, que culminou num golpe contra a democracia e a ascensão da extrema-direita com suas características neofascistas. Hoje, a história mesmo se incumbiu de revelar o abismo em que fomos mergulhados desde então: desvalorização da moeda, alta do dólar, preço abusivo da carne, da gasolina e da energia elétrica, volta da inflação, volta da extrema pobreza, alta taxa de desemprego, crise ambiental, corte de gastos com educação e pesquisas científicas e uma gravíssima crise pandêmica que o governo atual tentou tratar com métodos arcaicos ineficientes, como imunidade de gado e remédios sem eficácia comprovada, fora o escândalo da negociação de vacinas superfaturadas, que culminou na morte de mais de 600 mil brasileiros inocentes. Hoje a democracia não está mais em vertigem, e sim na UTI, sofrendo risco de morte com as constantes ameaças ao STF, às instituições democráticas e um novo golpe já anunciado por Bolsonaro nas próximas eleições.
A premissa do filme é muito interessante e relevante, embora, infelizmente, não seja mais tão debatida nos dias atuais. Gosto do jeito como aborda a ética na ciência e na medicina (no caso, as consequências da falta dessa ética), de como o ideal genético perfeito reforça o racismo, os preconceitos, a fobia à diversidade e o que está fora desse padrão pré-estabelecido. Não gosto como aborda a história de superação do protagonista, como se o esforço individual fosse suficiente para superar todo um sistema, a famosa meritocracia. Mas entendo que no caso foi para demonstrar que a evolução não se dá somente pela seleção dos melhores indivíduos, dos mais fortes, mas através dos que melhor se adaptam ao ambiente, como disse Darwin. Não gostei de ver a Uma Thurman apenas como a loira charmosa, como par romântico... uma atriz tão talentosa, merecia muito mais!
Filme bizarríssimo! Que medo! Claro que o plot twist é o ponto alto do filme, mas fiquei muito curiosa com algumas questões que foram lançadas mas não foram respondidas, como por exemplo,
não ficou claro se o rapaz estuprou mesmo a filha e no hospital a filha jurava que quem a estuprou foi o pai. Será que ele abusava da filha? Era estranho o jeito como ele a tratava, e o fato dela tomar tantos remédios, será que além de ter presenciado o suicídio da mãe, ela era abusada pelo pai? Ele era obcecado pela mãe, mesmo sabendo que ela o traía e ia fugir com outro... estranho. Também não me pareceu que ele queria se vingar do rapaz, e sim "reconstruir" sua mulher, sua obsessão.
Pode até parecer um filminho inocente e divertido para crianças, mas, para bom entendedor, é uma alegoria crítica à sociedade de consumo, ao capitalismo selvagem. Fala dos riscos do avanço tecnológico desenfreado sem o devido avanço do conhecimento. Fala da obsolescência planejada, prática comum das grandes corporações, embora de forma superficial, atribuindo a culpa não ao sistema e sim à um único indivíduo, "O grande Soldador" (mas entendo que esse indivíduo representa o topo do sistema). Fala da pressão estética da mídia, onde o que conta é a beleza e a juventude, excluindo os que estão fora desse padrão. Fala da necessidade de formação de operários para sustentar o sistema, ignorando os sonhos e as habilidades individuais. "Temos que tomar os meios de produç...
Não acredito que a garota passou a fazer o mesmo com mãe, tanta crueldade desnecessária. Ela parecia ser tão superior! Não combinou nem um pouco com o comportamento e desenvolvimento da personagem. Ela não aprendeu nada?
O grande acerto foi a escalação de uma atriz cadeirante para um papel de cadeirante. Representatividade importa muito!
Na opinião de uma amante de ficção científica que sou, um filmaço, só que esquecido e subestimado. Ofuscado talvez por ter sido lançado no mesmo ano da superprodução "Matirx". A trama pode parecer muito simples hoje porque já foi muito explorada, mas com certeza na época foi surpreendente. Me lembro de ter assistido há 20 e poucos anos e ficado impressionada. Revi para saber se era isso tudo mesmo e me impressionei de novo.
Me deu vontade de pegar um carro e sair dirigindo por uma estrada desconhecida até encontrar o fim desse mundo, porque muitas vezes chego à pensar que estamos em uma simulação, sim. Impossível não é...
Por ter gostado muito do primeiro, fiquei sabendo que havia esse segundo e fui atrás. Mas antes não tivesse ido... Foi muito bom rever o John, um grande personagem que renderia sim muitas continuações ou até uma série, mas não desse jeito. Colocar personagens adolescentes na história? Não! Adolescentes não, por favor! Ainda teve uns questionamentos legais, mas nada tão charmoso quanto no primeiro filme. Que pena.
Que roteiro simples e genial! Diálogos perfeitos, questões difíceis de cunho histórico, filosófico, biológico e religioso sendo abordadas num papo entre amigos. Conexão perfeita entre os atores. Como eu queria ter amigos legais assim para poder conversar sobre tudo! E tudo isso num único cenário e com orçamento baixíssimo. O personagem principal me lembrou uma mistura de Doctor Who e Highlander. No fim cheguei à conclusão de que nós, como humanidade, não aguentamos a verdade (em qualquer tempo) e nos agarramos desesperadamente às nossas crenças. Maravilhoso!
Esse é o tipo de filme que você tem que ter um conhecimento prévio da história por trás para ter uma experiência melhor. Eu assisti apenas me lembrando vagamente da tragédia, então de cara não entendi muito bem, mas depois fui buscar explicações e entendi a proposta do Tarantino. Amei as partes do Leonardo DiCaprio. Achei a polêmica sobre o Bruce Lee bem desnecessária e desrespeitosa. Também não gostei de como tratou os hippies, como sujos e vagabundos. O movimento hippie foi um forte movimento contracultura muito importante. Não é porque o Charles Manson foi um monstro que todos os hippies foram também. A cena final pra mim ficou grotesca. Eu amo Pulp Fiction, Cães de aluguel, Kill Bill, Bastardos Inglórios, Django Livre, mas esse não conquistou meu coração.
Filme de terror com crítica social e representatividade: quero muito ver mais disso no cinema! É o primeiro filme de Remi Weekes e ele arrasa mostrando os traumas psicológicos de um casal em meio a um terror real e atual: a guerra, o trauma dos refugiados e a tentativa de adaptação à um modo de vida e cultura totalmente diferentes. As cores são lindas, as referências à cultura africana são perfeitas. Junto com "Corra!" e "Nós" de Jordan Peele, abrem espaço para várias questões que não podem mais ser ignoradas sobre o racismo, a falta de representatividade no cinema, a questão dos refugiados e como, num mundo globalizado, as guerras atuais afetam a vida de todos.
O filme é muito bonito visualmente e muito sensível ao drama pessoal do personagem principal. Ao contrário de muitos, me coloquei no lugar dele o tempo todo, imaginando como seria viver numa Terra desolada, fria, estando incomunicável, na solidão extrema, tendo como companhia apenas lembranças. Não sei como a galera espera ação num filme que explora a desolação, o nada, depois que tudo foi destruído. Pra mim foi uma boa experiência. Gostei da Iris, tive empatia com o Augustine, o filme me fez refletir sobre algumas coisas importantes, e isso vale muito pra mim.
Gostei da história, mas não gostei de como foi contada. A tensão e o terror que o tema propõe é muito sutil. sutil demais, quase não percebi nada. O filme funcionaria melhor se fosse mais explícito, não com violência gratuita, mas com cenas mais impactantes. Se fosse como "A bruxa", aquele terror psicológico gostoso, aquele mistério, pra mim seria perfeito. A história mesmo acontece muito nas entrelinhas. Tudo bem ser assim, mas foi exagero. No mais a obra é linda, fotografia perfeita e o branco e preto caiu muito bem.
Uma história de colonização espacial aos moldes da colonização na Terra. Poderosos medindo a pica por uma substância valiosa, que serve de combustível para as naves. Tem o poderoso branco "malzão" e o poderoso branco "bonzinho". O povo nativo, oprimido, é chamado de selvagem, aborígene o tempo todo, ah, e advinha, são negros. Criaram resistência como puderam, mas terá um escolhido que os salvará. O escolhido é o branco salvador bonzinho de outro planeta.
Nunca vou me esquecer desse filme, assisti com a minha filha de 10 anos e no final nunca vi ela chorando tanto, foi emocionante demais! Obrigada Estúdios Ghibli por obras-primas como essa!
Mais uma vez, um bom filme de ação. Roteiro fácil, que gira somente em torno do personagem principal, sem tramas paralelas. O "Vilão" é fraco demais, um bosta. E pra mim veio a confirmação da teoria de que John Wick na verdade é o Neo de Matrix: tem o Morpheus! (Lawrence Fishbourne). Brincadeiras à parte, o filme é legal como entretenimento, entrega o que promete. O "catiorinho" que ele adota é um fofo, melhor personagem! S2
É um bom filme de ação. Boas cenas de luta, fotografia excelente, roteiro fácil, boa direção de arte, visual massa, mas onde já vi esse visual? Ah, sim, em Matrix! John Wick é um bom personagem e a atuação do Keanu Reeves está à altura. Mas onde já vi ele interpretar assim? Ah, em Matrix! Por me lembrar tanto Matrix, nada me tira da cabeça que a teoria de que ele é o Neo numa vida em que não desperta para ser o escolhido está certa, apesar dos filmes nem serem da mesma produtora kk. Me incomoda também esses filmes sem muita profundidade que fazem o personagem se tornar mais um ícone hétero dos machos. Quase vem escrito na embalagem "for men", é muita testosterona na composição.
Apesar de ser apresentado como uma continuação, é um filme só, assim como Matrix, Matrix Realoaded e Matrix Revolutions, por isso merece a mesma nota alta. Amei saber as motivações da personagem principal, Beatrix, muito justas e bem focadas no drama feminino (quem é mulher sabe muito bem), o conflito entre ser mulher e ser mãe, lutar num mundo machista, entre outros. Achei bacana o Tarantino desenvolver tão bem isso, apesar de ser homem. Também gostei de ver que apesar dos inúmeros traumas que sofreu, isso não a definiu. Ela continuou sendo a mesma mulher inteligente, forte e doce do começo só que com mais experiência. Também gostei de conhecer as motivações do Bill, conhecer a história pelo ponto de vista de homem cis hétero feminicida dele. Só me incomodou a exposição exagerada dos pés da Uma Thurman. É fetiche, Sr. Tarantino? :/
Quentin Tarantino, com sua influência declarada no cinema inglês, de faroeste, de artes marciais, de gângsteres, no movimento francês Nouvelle Vague, e HQs, referências que deram à ele estilo e identidade próprios, imprime essa marca em Kill Bill. A personagem principal planeja e começa a executar sua vingança pessoal aos que atentaram contra sua vida. A narrativa não-linear funciona muito bem para manter o suspense da trama, principalmente sobre quem é o Bill. Visual incrível, personagens incríveis, trilha sonora incrível. A personagem principal é forte, inteligente, linda, fria e intensa quando deve ser e ao mesmo tempo doce. É, Quentin sabe mesmo fazer cinema.
Duras críticas ao país mais arrogante do mundo, com o seu narcisismo, consumismo, ignorância e sua idiocracia. Não vou mentir que gostei de ver eles morrendo (na ficção) e que na minha imaginação (que fique bem claro), já atirei na cara de uns e outros por aí (foi muito bom!) Mas essa nossa obsessão por violência (uau, violência!) acho que também é uma das críticas do filme, e se não for, deveria.
Suspense do começo ao fim, história muito bem contada e bem construída, trama inteligente, existencialismo, contexto de guerra, mulheres foda e um "plot twist duplo carpado" de cair o cu da bunda! Que filmão é esse, amigos?! Minha única ressalva é o nome, "Incêndios", apesar de entender por que foi escolhido. Na minha opinião deveria ser "A mulher que canta", pois ela é a essência.
O experimento de Milgram mostra que pessoas comuns, condicionadas pelo sistema, são capazes de torturar e até matar apenas pela obediência cega e cumprimento do dever. Isso explica porque soldados matam nas guerras, pessoas se afiliaram ao partido nazista e alguns, num país chamado Brasil, clamam por ditadura militar. Penso nesses como os "cidadãos de bem", a Ratched de "Um estranho no ninho", os conservadores, fanáticos religiosos, os burocratas, agentes do sistema que ajudam a manter tudo como é. Como disse Morpheus à Neo em Matrix: "Você precisa entender, a maioria destas pessoas não está preparada para despertar. E muitas delas estão tão inertes, tão desesperadamente dependentes do sistema, que irão lutar para protegê-lo."
O que falar dessa obra-prima? Curiosamente é o tipo de filme que não gosto enquanto assisto. Me incomoda a lentidão, parece que nada acontece, os diálogos parecem inteligíveis, tudo muito arrastado e confuso... mas isso tudo só parece e é proposital para te introduzir e fazer a imersão ao mundo apresentado. Mas é o tipo de obra que me faz pensar, refletir por dias e dias depois que acaba, por isso gosto. O conceito é genial, a ideia, as questões filosóficas e éticas levantadas. O mundo dele é fascinante, curiosíssimo, instigante. É ainda mais fascinante quando você pesquisa mais sobre o autor e diretor, as dificuldades que teve ao produzir o filme, o contexto histórico, etc. Mas não é pra qualquer um. É pra quem curte um "cinema raiz" e questões existencialistas.
Depois de Túmulo dos Vagalumes esse é o filme que mais chorei na minha vida! Triste demais... fico arrasada ainda mais por ser real. Indignada com a capacidade do ser humano de ser tão cruel, frio e egoísta... sociedade escrota :(
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KO documentário mostra como se iniciou a crise política no Brasil e como se desenvolveu a polarização da massa e o antipetismo, que culminou num golpe contra a democracia e a ascensão da extrema-direita com suas características neofascistas. Hoje, a história mesmo se incumbiu de revelar o abismo em que fomos mergulhados desde então: desvalorização da moeda, alta do dólar, preço abusivo da carne, da gasolina e da energia elétrica, volta da inflação, volta da extrema pobreza, alta taxa de desemprego, crise ambiental, corte de gastos com educação e pesquisas científicas e uma gravíssima crise pandêmica que o governo atual tentou tratar com métodos arcaicos ineficientes, como imunidade de gado e remédios sem eficácia comprovada, fora o escândalo da negociação de vacinas superfaturadas, que culminou na morte de mais de 600 mil brasileiros inocentes. Hoje a democracia não está mais em vertigem, e sim na UTI, sofrendo risco de morte com as constantes ameaças ao STF, às instituições democráticas e um novo golpe já anunciado por Bolsonaro nas próximas eleições.
Gattaca, uma Experiência Genética
3.9 649 Assista AgoraA premissa do filme é muito interessante e relevante, embora, infelizmente, não seja mais tão debatida nos dias atuais. Gosto do jeito como aborda a ética na ciência e na medicina (no caso, as consequências da falta dessa ética), de como o ideal genético perfeito reforça o racismo, os preconceitos, a fobia à diversidade e o que está fora desse padrão pré-estabelecido. Não gosto como aborda a história de superação do protagonista, como se o esforço individual fosse suficiente para superar todo um sistema, a famosa meritocracia. Mas entendo que no caso foi para demonstrar que a evolução não se dá somente pela seleção dos melhores indivíduos, dos mais fortes, mas através dos que melhor se adaptam ao ambiente, como disse Darwin. Não gostei de ver a Uma Thurman apenas como a loira charmosa, como par romântico... uma atriz tão talentosa, merecia muito mais!
A Pele que Habito
4.2 5,1K Assista AgoraFilme bizarríssimo! Que medo! Claro que o plot twist é o ponto alto do filme, mas fiquei muito curiosa com algumas questões que foram lançadas mas não foram respondidas, como por exemplo,
não ficou claro se o rapaz estuprou mesmo a filha e no hospital a filha jurava que quem a estuprou foi o pai. Será que ele abusava da filha? Era estranho o jeito como ele a tratava, e o fato dela tomar tantos remédios, será que além de ter presenciado o suicídio da mãe, ela era abusada pelo pai? Ele era obcecado pela mãe, mesmo sabendo que ela o traía e ia fugir com outro... estranho. Também não me pareceu que ele queria se vingar do rapaz, e sim "reconstruir" sua mulher, sua obsessão.
O Pescador de Ilusões
3.8 167 Assista AgoraRobin Williams, nosso Dom Quixote moderno 💔
Robôs
3.3 488 Assista AgoraPode até parecer um filminho inocente e divertido para crianças, mas, para bom entendedor, é uma alegoria crítica à sociedade de consumo, ao capitalismo selvagem. Fala dos riscos do avanço tecnológico desenfreado sem o devido avanço do conhecimento. Fala da obsolescência planejada, prática comum das grandes corporações, embora de forma superficial, atribuindo a culpa não ao sistema e sim à um único indivíduo, "O grande Soldador" (mas entendo que esse indivíduo representa o topo do sistema). Fala da pressão estética da mídia, onde o que conta é a beleza e a juventude, excluindo os que estão fora desse padrão. Fala da necessidade de formação de operários para sustentar o sistema, ignorando os sonhos e as habilidades individuais. "Temos que tomar os meios de produç...
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraNo começo é um suspense/terror gostoso, mas que vai ganhando um sabor amargo até o encerramento, que achei péssimo e de mau gosto.
Não acredito que a garota passou a fazer o mesmo com mãe, tanta crueldade desnecessária. Ela parecia ser tão superior! Não combinou nem um pouco com o comportamento e desenvolvimento da personagem. Ela não aprendeu nada?
13º Andar
3.5 222 Assista AgoraNa opinião de uma amante de ficção científica que sou, um filmaço, só que esquecido e subestimado. Ofuscado talvez por ter sido lançado no mesmo ano da superprodução "Matirx". A trama pode parecer muito simples hoje porque já foi muito explorada, mas com certeza na época foi surpreendente. Me lembro de ter assistido há 20 e poucos anos e ficado impressionada. Revi para saber se era isso tudo mesmo e me impressionei de novo.
Me deu vontade de pegar um carro e sair dirigindo por uma estrada desconhecida até encontrar o fim desse mundo, porque muitas vezes chego à pensar que estamos em uma simulação, sim. Impossível não é...
O Homem da Terra: Holoceno
2.4 30Por ter gostado muito do primeiro, fiquei sabendo que havia esse segundo e fui atrás. Mas antes não tivesse ido... Foi muito bom rever o John, um grande personagem que renderia sim muitas continuações ou até uma série, mas não desse jeito. Colocar personagens adolescentes na história? Não! Adolescentes não, por favor! Ainda teve uns questionamentos legais, mas nada tão charmoso quanto no primeiro filme. Que pena.
O Homem da Terra
4.0 455 Assista AgoraQue roteiro simples e genial! Diálogos perfeitos, questões difíceis de cunho histórico, filosófico, biológico e religioso sendo abordadas num papo entre amigos. Conexão perfeita entre os atores. Como eu queria ter amigos legais assim para poder conversar sobre tudo! E tudo isso num único cenário e com orçamento baixíssimo. O personagem principal me lembrou uma mistura de Doctor Who e Highlander. No fim cheguei à conclusão de que nós, como humanidade, não aguentamos a verdade (em qualquer tempo) e nos agarramos desesperadamente às nossas crenças. Maravilhoso!
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraEsse é o tipo de filme que você tem que ter um conhecimento prévio da história por trás para ter uma experiência melhor. Eu assisti apenas me lembrando vagamente da tragédia, então de cara não entendi muito bem, mas depois fui buscar explicações e entendi a proposta do Tarantino. Amei as partes do Leonardo DiCaprio. Achei a polêmica sobre o Bruce Lee bem desnecessária e desrespeitosa. Também não gostei de como tratou os hippies, como sujos e vagabundos. O movimento hippie foi um forte movimento contracultura muito importante. Não é porque o Charles Manson foi um monstro que todos os hippies foram também. A cena final pra mim ficou grotesca. Eu amo Pulp Fiction, Cães de aluguel, Kill Bill, Bastardos Inglórios, Django Livre, mas esse não conquistou meu coração.
O Que Ficou Para Trás
3.6 510 Assista AgoraFilme de terror com crítica social e representatividade: quero muito ver mais disso no cinema! É o primeiro filme de Remi Weekes e ele arrasa mostrando os traumas psicológicos de um casal em meio a um terror real e atual: a guerra, o trauma dos refugiados e a tentativa de adaptação à um modo de vida e cultura totalmente diferentes. As cores são lindas, as referências à cultura africana são perfeitas. Junto com "Corra!" e "Nós" de Jordan Peele, abrem espaço para várias questões que não podem mais ser ignoradas sobre o racismo, a falta de representatividade no cinema, a questão dos refugiados e como, num mundo globalizado, as guerras atuais afetam a vida de todos.
O Céu da Meia-Noite
2.7 511O filme é muito bonito visualmente e muito sensível ao drama pessoal do personagem principal. Ao contrário de muitos, me coloquei no lugar dele o tempo todo, imaginando como seria viver numa Terra desolada, fria, estando incomunicável, na solidão extrema, tendo como companhia apenas lembranças. Não sei como a galera espera ação num filme que explora a desolação, o nada, depois que tudo foi destruído. Pra mim foi uma boa experiência. Gostei da Iris, tive empatia com o Augustine, o filme me fez refletir sobre algumas coisas importantes, e isso vale muito pra mim.
A Fita Branca
4.0 756 Assista AgoraGostei da história, mas não gostei de como foi contada. A tensão e o terror que o tema propõe é muito sutil. sutil demais, quase não percebi nada. O filme funcionaria melhor se fosse mais explícito, não com violência gratuita, mas com cenas mais impactantes. Se fosse como "A bruxa", aquele terror psicológico gostoso, aquele mistério, pra mim seria perfeito. A história mesmo acontece muito nas entrelinhas. Tudo bem ser assim, mas foi exagero. No mais a obra é linda, fotografia perfeita e o branco e preto caiu muito bem.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraUma história de colonização espacial aos moldes da colonização na Terra. Poderosos medindo a pica por uma substância valiosa, que serve de combustível para as naves. Tem o poderoso branco "malzão" e o poderoso branco "bonzinho". O povo nativo, oprimido, é chamado de selvagem, aborígene o tempo todo, ah, e advinha, são negros. Criaram resistência como puderam, mas terá um escolhido que os salvará. O escolhido é o branco salvador bonzinho de outro planeta.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraNunca vou me esquecer desse filme, assisti com a minha filha de 10 anos e no final nunca vi ela chorando tanto, foi emocionante demais! Obrigada Estúdios Ghibli por obras-primas como essa!
John Wick: Um Novo Dia Para Matar
3.9 1,1K Assista AgoraMais uma vez, um bom filme de ação. Roteiro fácil, que gira somente em torno do personagem principal, sem tramas paralelas. O "Vilão" é fraco demais, um bosta. E pra mim veio a confirmação da teoria de que John Wick na verdade é o Neo de Matrix: tem o Morpheus! (Lawrence Fishbourne). Brincadeiras à parte, o filme é legal como entretenimento, entrega o que promete. O "catiorinho" que ele adota é um fofo, melhor personagem! S2
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraÉ um bom filme de ação. Boas cenas de luta, fotografia excelente, roteiro fácil, boa direção de arte, visual massa, mas onde já vi esse visual? Ah, sim, em Matrix! John Wick é um bom personagem e a atuação do Keanu Reeves está à altura. Mas onde já vi ele interpretar assim? Ah, em Matrix! Por me lembrar tanto Matrix, nada me tira da cabeça que a teoria de que ele é o Neo numa vida em que não desperta para ser o escolhido está certa, apesar dos filmes nem serem da mesma produtora kk. Me incomoda também esses filmes sem muita profundidade que fazem o personagem se tornar mais um ícone hétero dos machos. Quase vem escrito na embalagem "for men", é muita testosterona na composição.
Kill Bill: Volume 2
4.2 1,5K Assista AgoraApesar de ser apresentado como uma continuação, é um filme só, assim como Matrix, Matrix Realoaded e Matrix Revolutions, por isso merece a mesma nota alta. Amei saber as motivações da personagem principal, Beatrix, muito justas e bem focadas no drama feminino (quem é mulher sabe muito bem), o conflito entre ser mulher e ser mãe, lutar num mundo machista, entre outros. Achei bacana o Tarantino desenvolver tão bem isso, apesar de ser homem. Também gostei de ver que apesar dos inúmeros traumas que sofreu, isso não a definiu. Ela continuou sendo a mesma mulher inteligente, forte e doce do começo só que com mais experiência. Também gostei de conhecer as motivações do Bill, conhecer a história pelo ponto de vista de homem cis hétero feminicida dele. Só me incomodou a exposição exagerada dos pés da Uma Thurman. É fetiche, Sr. Tarantino? :/
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraQuentin Tarantino, com sua influência declarada no cinema inglês, de faroeste, de artes marciais, de gângsteres, no movimento francês Nouvelle Vague, e HQs, referências que deram à ele estilo e identidade próprios, imprime essa marca em Kill Bill. A personagem principal planeja e começa a executar sua vingança pessoal aos que atentaram contra sua vida. A narrativa não-linear funciona muito bem para manter o suspense da trama, principalmente sobre quem é o Bill. Visual incrível, personagens incríveis, trilha sonora incrível. A personagem principal é forte, inteligente, linda, fria e intensa quando deve ser e ao mesmo tempo doce. É, Quentin sabe mesmo fazer cinema.
Deus Abençoe a América
4.0 798Duras críticas ao país mais arrogante do mundo, com o seu narcisismo, consumismo, ignorância e sua idiocracia. Não vou mentir que gostei de ver eles morrendo (na ficção) e que na minha imaginação (que fique bem claro), já atirei na cara de uns e outros por aí (foi muito bom!) Mas essa nossa obsessão por violência (uau, violência!) acho que também é uma das críticas do filme, e se não for, deveria.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraSuspense do começo ao fim, história muito bem contada e bem construída, trama inteligente, existencialismo, contexto de guerra, mulheres foda e um "plot twist duplo carpado" de cair o cu da bunda! Que filmão é esse, amigos?! Minha única ressalva é o nome, "Incêndios", apesar de entender por que foi escolhido. Na minha opinião deveria ser "A mulher que canta", pois ela é a essência.
O Experimento de Milgram
3.5 169 Assista AgoraO experimento de Milgram mostra que pessoas comuns, condicionadas pelo sistema, são capazes de torturar e até matar apenas pela obediência cega e cumprimento do dever. Isso explica porque soldados matam nas guerras, pessoas se afiliaram ao partido nazista e alguns, num país chamado Brasil, clamam por ditadura militar. Penso nesses como os "cidadãos de bem", a Ratched de "Um estranho no ninho", os conservadores, fanáticos religiosos, os burocratas, agentes do sistema que ajudam a manter tudo como é. Como disse Morpheus à Neo em Matrix: "Você precisa entender, a maioria destas pessoas não está preparada para despertar. E muitas delas estão tão inertes, tão desesperadamente dependentes do sistema, que irão lutar para protegê-lo."
Stalker
4.3 505 Assista AgoraO que falar dessa obra-prima? Curiosamente é o tipo de filme que não gosto enquanto assisto. Me incomoda a lentidão, parece que nada acontece, os diálogos parecem inteligíveis, tudo muito arrastado e confuso... mas isso tudo só parece e é proposital para te introduzir e fazer a imersão ao mundo apresentado. Mas é o tipo de obra que me faz pensar, refletir por dias e dias depois que acaba, por isso gosto. O conceito é genial, a ideia, as questões filosóficas e éticas levantadas. O mundo dele é fascinante, curiosíssimo, instigante. É ainda mais fascinante quando você pesquisa mais sobre o autor e diretor, as dificuldades que teve ao produzir o filme, o contexto histórico, etc. Mas não é pra qualquer um. É pra quem curte um "cinema raiz" e questões existencialistas.
Para Sempre Lilya
4.2 868Depois de Túmulo dos Vagalumes esse é o filme que mais chorei na minha vida! Triste demais... fico arrasada ainda mais por ser real. Indignada com a capacidade do ser humano de ser tão cruel, frio e egoísta... sociedade escrota :(