As influencias socioculturais que formam o homem da polis se tornam desinteressantes pelo comum. O filme retrata muito bem, como soluções escapistas podem servir como alento contra memorias traumáticas.
Baseado no romance de Silvio Raffo, Voice From The Stone, é um thriller psicológico dirigido pelo ator Eric D. Howell, lançado em 2017. O thriller psicológico se passa em 1950, e conta a estória de um garoto (Edward Dring), que sofreu traumas psicológicos devido a morte de sua mãe. Por causa do ocorrido, Jakob nunca mais falou sequer uma palavra. Seu pai Klaus (Marton Csokas), resolve então contratar uma enfermeira para tentar solucionar o problema. Verena (Emilia Clarke) a enfermeira, logo descobre que o garoto acredita ouvir a voz de sua mãe nas paredes e nas rochas. A partir daí se inicia uma busca por respostas, para saber o que aconteceu com Jakob e como fazê-lo voltar a falar. A premissa do filme, avaliando a partir de uma breve sinopse, pode-se notar que seu roteiro é simplista. Uma velha linhagem de nobres, um castelo, um garoto problemático, uma enfermeira/ investigadora. As soluções para o roteiro podem variar entre o simples previsível e o mirabolante escapista. Mas de certa forma não se pode definir até os créditos, qual rumo tomará a direção. Um calabouço de segredos norteia a atmosfera que envolve o filme. Por alguma fala, ou por alguma cena em especifico, sugestões aparecem, mas logo são descartadas devido o desvio constante do filme. Quebras de ritmo grotescas, e variações no que diz respeito a elementos narrativos, se tornam entojos para a melhor compreensão do que se passa entre as personagens. As transições de personagens oblíquos para personagens com aparente camadas sobre camadas, é algo deplorável; algo que joga toda a construção das relações estabelecidas no lixo. Em resumo o filme muda de direção muito repentinamente, mais do que alguém possa acompanhar. Ambientado no interior da Itália, o trabalho de cenografia e figurino são impecáveis. Os elementos matérias são quase que descritivos a narrativa. O decorrer do filme hora ou outra através do prestigio aos elementos, nos transporta para os anos 50, ao mesmo tempo que, outros objetos centenários em cena, contrastam com o período da segunda metade do século XX. Toda o drama se passa num castelo, uma propriedade de família nobre, de dezenas de gerações. Emila Clarke a eterna “mãe dos dragões”, nos apresenta uma atuação um tanto que sofrível na primeira metade do filme. No último ato, a direção contribui em muito, para o deslanchar da sua capacidade interpretativa. O ator mirim Edwar Dring, deve receber um desconto pela sua performance, já que ele fez o papel mais difícil; por não possui quase nenhuma fala, acaba tendo que transmitir os sentimentos pela expressão facial e física. Marton Csokas, parece ser um ator experiente. Consegue entregar a nível de sua personagem o esperado. O filme não é bem desenvolvido como deveria ser. Nos derradeiros caminhos que levam ao desfecho, é possível sentir uma gota de esperança de que teremos um final daqueles. Mas não é isto muito bem que acontece; muitas soluções não possuem explicação lógica. Apesar de ser um filme considerado “sobrenatural”, muita coisa fica a vontade da imaginação. Não dá pra saber ao certo se é um thriller psicológico mesmo, ou não passa de um sobrenatural. Isto não fica claro. Este é um longa que tem seu mérito na produção artística, mas deixa a desejar nas interpretações e roteiro. Eu não sou alguém que sinto o direito de aconselhar alguém a não ver um filme, por isto eu recomendo que o veja e tire suas próprias conclusões, pode ser que goste pode ser que não.
Esta animação Irlandesa, ganhou destaque após a nomeação do Oscar, concorrendo a melhor animação. Bom, Côco ganhou merecidamente, porém Song of the Sea, se tivesse ganhado, também teria sido merecido.
É realmente um filme que me arrancou algumas lágrimas, algumas cenas são muito fortes. A mensagem que o filme passou é grandiosa. Está é uma fábula que merece ser vista e revista sempre. Eu que não gosto de repetir filmes já quero ver novamente!
Essa animação é uma bagunça do começo ao fim, por trás do roteiro bonzinho de um cãozinho buscando ser um astro do rock, tem uma salada, que não acertou nem no tempero, nem no sal, nem na porção. O filme não se decide entre o enfoque narrativo. Não tem proposta alguma, por mais que seja animação, as soluções pro roteiro são absurdas, nem uma criança consegue engolir. Das animações, esta foi a pior que vi, desde A Era do Gelo 5 eiuheuheuhuehu... misericórdia!!!
No século XXI, bombardeado de informação, o mundo globalizado desenvolve seu senso de estética, a partir de uma noção mutua do que é belo. Está idealização do belo, certamente pode provir de um padrão estético herdado culturalmente, ou assim como provado por alguns estudos; pode ser um reconhecimento padrão de uma imagem que estimule prazer na região específica do cérebro, responsável pela liberação de dopamina. Mas de qualquer forma, é um fato inegável, que o senso comum de beleza possui fortes influências do mercado, assim como o mercado é influenciado pelo gosto consumidor. Este cabo de guerra possui um lado mais fraco. O lado de quem faz tudo para se encaixar no padrão vendido pelo setor do marketing midiático.
Um recente lançamento da Netflix de título “Felicidade Por Um Fio”, denota de forma extremamente necessária a importância da auto aceitação de suas características físicas. No longa temos Violet, uma mulher negra bem sucedida, cobiçada e invejada por todos. Ela possui fortes esteriótipos de perfeição, que a fazem buscar esteticamente o melhor de si, até que um acidente em um salão de beleza, faz sua vida desmoronar e ao mesmo tempo a obriga a repensar sobre conceitos que a prendia de ser quem realmente queria ser. Violet cresceu vendo mulheres brancas, cabelos lisos, roupas de grife, penteados que eram produtos de uma cultura totalmente voltada em promover uma beleza absoluta e desejável.
O filme produzido pela própria Netflix e dirigido pela Árabe Haifaa al- Mansour, propõe muito mais do que um revisão sobre o que realmente é beleza, mas a ferida que ela toca tem muito mais haver com representatividade do que pregação da relatividade do belo idealizado.
Quantas histórias vemos de crianças negras que não viam em si mesmo beleza alguma. Isto é uma consequência de não representatividade negra na mídia. Muitos dizem que a representatividade é mais um mal do politicamente correto; descaracterização de personagens, infidelidade identitária, e muitas outras desculpas de muitos que não conseguem engolir o fato de pessoas negras estarem tomando o seu devido espaço em prol da representatividade.
Quando uma criança vê na Tv, no catálogo de moda, nas revistas, nos outdoor’s, nos cinemas, pessoas negras na classe alta representando as características físicas de um afro, elas tendem a aceitar mais quem são. Mesmo que conflitos surjam em suas mentes, elas verão que não existe cabelo ruim, não existe traços feios, não existe pele inferior.
Zoe, outro personagem importante do filme, é uma criança que assim como Violet, sofre com esteriótipos impostos em si. Neste quesito, o filme deixa a desejar; os efeitos da informação midiática, poderiam serem melhores explorados, dando espaço para uma relação mais focada em ambas as personagens, o que geraria maior empatia e mais peso na proposta do drama.
Felicidade Por Um Fio, permanece no catálogo Netflix com 96% de aprovação dos assinantes. É uma produção original, que vale a pena conferir, por tudo aquilo que representa. Apesar dos clichês, diálogos exacerbadamente expositivos em determinadas cenas, permanece sendo um filme totalmente necessário pelo momento da nova ascensão do politicamente correto!
O drama novelesco, apresenta de forma teatral as disfunções entre os diferentes níveis de relacionamento. O filme prova que os problemas podem acompanhar duas pessoas ao longo de suas vidas conjugais.
Este romance épico, esta longe de ser épico nos moldes ocidentais de cinematografia. Esta mais para uma prova que o cinema indiano só cresce a cada filme produzido. Por mais que este filme tenha sido lançado em 2008, não sendo uma representação tão atual dos filmes indianos, Jodhaa Akbar, é um romance notável.
O classico Bad Teste, é um filme de Peter Jacskon, inerrante na comédia, escandaloso nos efeitos práticos absurdos, que fazem parte da característica do trash.
Já imaginou se você nunca mais pudesse movimentar seu corpo do pescoço até o pé? Já imaginou ainda, se você quisesse acabar com este sofrimento e fosse obrigado a passar o resto da vida em uma cama? Então. É sobre isto que se trata Mar Adentro (The Sea Inside). O filme de Alejandro Amenábar, é um ousado empreendimento para o cinema. Nem sempre é fácil trazer a discussão um tema taboo social tudo dentro de um texto seguro e bem escrito.
O roteiro relativamente simples, e a narrativa concisa, torna a mensagem do filme mais perceptível, diante dos arcos e das relações pessoais, tanto com o passado como com o presente e o eminente desfecho da história. Os arcos são todos necessários e funcionais para a construção e desenvolvimento dos conflitos e da personalidade dos personagens.
Por falar em personagens, este é um dos melhores trabalhos de Javier Bardem como ator, que se destacou em No Country For Old Men (2008) como um sociopata. Papel bem diferente deste. Outro atores como: Lola Dueñas, interpretando Rosa, uma mãe solteira que busca em Rámon uma alternativa para se livrar do peso de seus antigos relacionamentos. Mabel Rivera como Manuela, cunhada e protetora da família, sendo o elo que une o personagem de Javier com Gérman (Alberto Jiménez), que contrapõe totalmente contra a vontade de Ramón. Certamente o destaque vai para Balén Rueda como Julia. Ela passa consegue despertar um sentimento mais profundo em Rámon, mas do que os outros personagens. Ela se torna uma peça fundamental para por em prova, as certezas e as dúvidas que Rámon tinha sobre o que realmente ele queria para sua vida.
O filme conta com um jogo de câmera bem indicativa, que denota a atmosfera de cada momento. Por se passar a maior parte do tempos no quarto de Rámon; em um único ambiente, a união dos planos e da trilha sonora, permite um dinamização das cenas. Além disto, o filme apresenta um recurso narrativo de inserção mental, no qual pela imaginação, nos somos levados a outros lugares que o personagem se dispõe a ir, pela mente. O filme, por isto não fica cansativo, por conta dos diálogos curtos e objetivos, o filme da mais tempo para refletir sobre o que acabara de ver.
Rámon, apesar de suas complicações físicas, é um homem cheio de vida, sonhador, amante da musica, literatura, poesia. Durante 20 e poucos anos de tetraplégico, ele sempre em pensamento conseguia se imaginar fora dali; caminhando, vivendo uma vida normal, distante de tudo. A verdade é que Rámon esconde em si, uma amargura em viver, ele no fundo, não se sente tão amado, não se sente completo. De fato, este não é um problema especial seu. Julia (Belén Rueda), a personagem por qual Rámon se apaixona, também sentia esta carência e expectativa por uma vida que tivesse sentido, uma vida além dor e sofrimento.
Em contrapartida, muita é a resistência contra a decisão de Rámon em pôr termino na própria vida. A família, o estado e a igreja, não aceitam tão fácil esta ideia. Nisto o personagem de Jávier, passa a depender de uma decisão judicial para acabar com seu sofrimento. É nítido que há uma dualidade de sentimentos em suas expressões e falas. Ele por um lado compreende, a dor que a família e os amigos poderiam sentir ao tirar a própria vida, mas também sente uma espécie de indignação por saber que todo este sentimento não passa de egoísmo. Inclusive em um de seus diálogos ele diz: "A pessoa que me amar realmente será aquela me ajudará a morrer."
Eutanásia ainda é um tema muito polêmico, por causa do dogmatismo cultural e religioso, acerca da moralidade. Assim como aborto, é um tema, que na maioria das vezes, entre a maioria das pessoas, não é puramente e racionalmente discutido. Os preceitos morais, funcionam como substituto da razão. O problema é que a moral não esta no mesmo páreo da razão. Nisto, pela cultura ter um peso exorbitante na forma de pensar tanto entre cultos como leigos, as memorias afetivas da imputação cultural, do que passa a ser imoral, ou não, prevalecem.
O filme explora muito bem questões morais sobre o direito a morte, e o dever a vida. Na verdade em uma sequência num ponto alto do filme, temos um diálogo excepcional, entre Rámon e um Padre, no qual o deficiente afirma, que viver é um direito constitucional, mas não uma obrigação. Estes pontos chaves é que alavanca o debate, e leva o publico a refletir melhor sobre a questão. São fortes argumentos.
Mar Adentro é um filme bonito, poético, emocionante, que nos levanta um debate social, muito relevante. Sem dúvidas, vale a penas assistir.
Bom, é de se imaginar, que após um primeiro filme de qualidade mediana, Pacific Rim, não entregaria algo superior com este segundo filme. Na verdade conseguiu ser pior que o primeiro. O que havia de errado com os atores? Uma interpretação mais sofrível que a outra. Elenco desnecessário, com personagens desnecessários. É difícil criar algum vínculo com qualquer um deles.
Algo obviamente bom, e que valeu, foram as cenas de lutas, né! Fala serio! CGI, tava monstra, os efeitos visuais estavam incríveis, alguns slow motion, o realismo gráfico, e a proporção de tudo que acontece ali no filme, nos dá uma escala da grandiosidade dos Kaijus e dos Robôs. Nisto não tem o que reclamar.
Mas um filme não se faz apenas com bons efeitos visuais, com cenas emocionantes. Infelizmente, o roteiro é bem esculachado, e o elenco, conseguiu ser a pior coisa do filme.
Pra mim, o filme não conseguiu estabelecer de forma concisa, aquilo que propunha desde o início. Muitos elementos narrativos, são totalmente disfuncionais, e só servem para revelar alguns sentimentos do protagonista. Fiquei um pouco confuso na conclusão do filme.
O filme italiano que no Brasil foi traduzido como "O Quarto do Filho", é um drama simples e envolvente, mas não muito ousado, e peca em ser um pouco vazio. É ok.
Um clássico do cinema, que houve demasiada demora para realmente atentar, e decidir ver. Bom, sendo assim, tenho muitas coisas a dizer, mas prometo que ficarei apenas no superficial, para não cometer equívocos.
Sobre o roteiro, direção e condução da narrativa; vemos a eficiência em dicotomizar as personagens e os conflitos pelas transições. Temos uma "gangue" liderada por Alex, o mandachuva, que impõe suas vontades sobre o resto do grupo, abusando da autoridade nomeada por si próprio. Aparentemente parece ser mesmo um cara terrível, imbatível, mas algumas cenas em que é posto com um adulto de sua relação pessoal, fora do enquadro da gangue, ou com uma autoridade institucional, pegamos indícios de que ele era apenas um garoto problemático, sem capacidade de medir as consequências de seus atos. Temos um início, que estabelece muito bem as relações entre os personagens.
Apos casos de estupros, mortes e vandalismo, o grupo é pego, ou melhor dizendo, Alex é pego; o que muda totalmete o rumo da coisa,. A partir desta mudança o filme começa a focalizar os problemas na personalidade de Alex, nos levando a entender, ou pelo menos ter uma ideia das causas de sua personalidade violenta. Logo mais, é submetido a um procedimento do governo, que promete a cura para o crime, fazendo alguém mau, se tornar bom.
Algo que muito me chamou atenção, fora o estilo 'creep' adotado na arte do filme. O cenário estranho, com objetos sexuais em locais que geralmente não se veria; acessórios usuais bem inusitados, diálogos nada expositivos, mas muito sugestivos e ameaçadores, transvestidos de pré anuncio da cena posterior; figurino, cenário, etc Toda estes elementos narrativos enfatizam o mundo estranho na cabeça de Alex. No qual ele não consegue associar a culpabilidade por seus atos.
O debate promovido, engloba as relações de culpa e dívida com a sociedade. Alexa passa de líder de vândalos, para assassino, depois passa a ser o ex-criminoso curado, que tenta reconquistar a confiança dos conhecidos. Mais estritamente, isto intercala com a não aceitação social, e o sofrimento. De abusador passa aser abusado; Alex percebe que ser bom é difícil, e vc só se lasca kkkk. Isto vira uma tortura física e psicológica, pois ao se tornar alguém incapaz de fazer coisas ruins, as pessoas passam a tirar vantagem de sua situação, seja para vingança, seja para interesses pessoais e até políticos. Mas em contrapartida, eu tenho leves suspeitas de que na verdade, Alex estava o tempo todo fingindo ter sido curado. Na sua frase final: "Eu realmente fui curado", ele dá um leve sorriso, o que deixa um ar de... hmmm, pera aii seu sabichão!... Mas eu não sei posso estar falando besteira hahah.
Mas enfim. Laranja Mecânica faz jus a sua reputação, com seu brilhantismo em abordar questões éticas civis. A abordagem do filme, se apresenta quase como uma explanação filosófica, sobre ética, moral, direitos civis e identidade. Kubrick, explora os mais argilosos lados de um delinquente. Ótimo Filme!!!
A vida é bela de Roberto Benigni, é mais um daqueles filmes que me perguntam "como você ainda não assistiu?". Mas não foi realmente o que eu esperava. Esperava um drama mais carregado e realista. Mas percebo, que esta forma de contar a história, faz parte da composição e da essência que o longa leva consigo.
O filme não perde o tom otimista. Do início ao fim, o personagem mantem a cabeça erguida. O esforço para mascarar de seu filho a realidade do que realmente estava acontecendo, se estende até o publico, fazendo-nos ver tudo como uma visão um pouco fantasiosa e otimista. Cheguei até a me perguntar se realmente aconteceria algo trágico mesmo, como disseram para mim. Mas não creio que os conflitos tiveram tanto impacto, até mesmo pela abordagem de intenção eufemista.
Guido, personagem de Benigni, está muito engraçado e divertido. Ao mesmo tempo que ele brinca em diversas situações que normalmente uma pessoa comum se abalaria, ele ainda consegue passar segurança em seus atos, usando muitas vezes a calma e a inteligência, para garantir que seu filho sobreviva ao período do holocausto.
Os outros personagens de modo geral estão muito alinhados como boas atuações, mas sem nada muito significativo; sendo Roberto Benigni, de longe, obviamente o personagem mais favorecido e marcante do elenco. Alguns diálogos em que ele está servindo como garçom em um hotel, são muito divertidos, em cenas em que o Dr. Lessing contracena com o Guido, me renderam muitas risadas.
Podemos ver que o filme nos mostra, e nos instiga a imaginar como mesmo em dificuldades e momentos difíceis, não podemos perder a compostura, não podemos deixar de ser quem somos, e o quanto vale a pena se sacrificar para garantir que quem você ama esteja a salvo
No geral, "A vida é bela" é uma comédia de época diferente, que se passa no grande extermínio dos judeus na europa, mas se mostra um filme bem otimista do início ao fim. Poderia tem um pouco mais de peso dramático, mas ainda sim é filme emocionante e belo.
O filme é uma clara alusão, a pressão cultural, imputada, no convívio, onde a necessidade visada é depositar sua felicidade e esperança, na possibilidade, de encontrar alguém para ser feliz
A década de 2000 foi repleta de filmes e animações de cunho fantasioso, que deram uma nova cara ao cinema família. Em "O Grinch", não foi diferente. Grinch, estrelado pelo nosso humorista numero 1 do cinema, foi um personagem marcante na minha infância. Pude ainda pequeno, contemplar a personalidade forte e teimosa. Hoje ironicamente eu entendo o Grinch kkkkkkk
Quemlândia é um lugar repleto de magia natalina, onde as pessoas não possuem problemas, ou ao menos são cínicas o suficiente, para ignora-los. Neste filme, é perceptível a remetente crítica a negligência social, para com aqueles que não possuem voz, ou foram marginalizados pelo corpo da sociedade. O Grinch, é nada mais do que a consequência de uma sociedade preconceituosa e racista. Tudo que ele acaba se tornando, todo os seu ódio pelo natal, é justamente, causado pela sua indignação, em saber que a Quemlância não é tão magica e perfeita assim. Isto parece muito com nosso cenário atual, não é mesmo?!
Eu estaria sendo muito presunçoso, em dizer que vi genialidade neste filme. Mas confesso, que as reviravoltas nem sempre se dão da forma que esperávamos. Aqui somos surpreendidos, pela controvérsia, pela exploração do entendimento de "sexo dominador". Quem já viu entende do que falo.
Em Death Proof, fica marcada a característica "Tarantina" de fazer filme; planos fixos, diálogos extensos, culto a carnificina exagerada, transição de protagonismo. Tinha tudo pra ser cansativo, mas cada segundo fez valer a pena. Toda a construção narrativa, foca na atração por adrenalina e sadismo. O que é essencial para as diretrizes
Concorrendo ao Oscar de 2018, como melhor filme estrangeiro, O Insulto, é um drama, que promove claramente a ideia de tolerância politico-religiosa. A crítica do filme, usa os cenário de conflitos árabes, para revelar que o motivo de tanta intolerância se dá pelo fato de não haver diálogo, ou qualquer tentativa de convívio. A supressão do ambiente democrático, se torna a raiz dos problemas sociais.
The Kid é uma comedia dramática familiar, num formato bem comumente, da forma que estamos acostumados. Talves ao assistir, não cause tanto impacto, mas Chaplin tirou da cartola este drama, dado os problemas sociais que o acercava. Se hoje, muito se fala de Pantera Negra como filme político, você não tem noção do que este filme, que trata sobre abandono infantil, poderia ter representado a quase 100 anos atrás.
Nell
3.7 221 Assista AgoraAs influencias socioculturais que formam o homem da polis se tornam desinteressantes pelo comum. O filme retrata muito bem, como soluções escapistas podem servir como alento contra memorias traumáticas.
Simbad e a Princesa
3.6 52 Assista AgoraEste é um clássico do cinema fantástico. Mesmo os métodos de filmagem, são incríveis comparado a época.
Uma Nova Amiga
3.7 120 Assista AgoraGrande filme, sobre as nuanças das relações de genero humanas.
Voice From the Stone
2.4 144Baseado no romance de Silvio Raffo, Voice From The Stone, é um thriller psicológico dirigido pelo ator Eric D. Howell, lançado em 2017. O thriller psicológico se passa em 1950, e conta a estória de um garoto (Edward Dring), que sofreu traumas psicológicos devido a morte de sua mãe. Por causa do ocorrido, Jakob nunca mais falou sequer uma palavra. Seu pai Klaus (Marton Csokas), resolve então contratar uma enfermeira para tentar solucionar o problema. Verena (Emilia Clarke) a enfermeira, logo descobre que o garoto acredita ouvir a voz de sua mãe nas paredes e nas rochas. A partir daí se inicia uma busca por respostas, para saber o que aconteceu com Jakob e como fazê-lo voltar a falar.
A premissa do filme, avaliando a partir de uma breve sinopse, pode-se notar que seu roteiro é simplista. Uma velha linhagem de nobres, um castelo, um garoto problemático, uma enfermeira/ investigadora. As soluções para o roteiro podem variar entre o simples previsível e o mirabolante escapista. Mas de certa forma não se pode definir até os créditos, qual rumo tomará a direção.
Um calabouço de segredos norteia a atmosfera que envolve o filme. Por alguma fala, ou por alguma cena em especifico, sugestões aparecem, mas logo são descartadas devido o desvio constante do filme. Quebras de ritmo grotescas, e variações no que diz respeito a elementos narrativos, se tornam entojos para a melhor compreensão do que se passa entre as personagens. As transições de personagens oblíquos para personagens com aparente camadas sobre camadas, é algo deplorável; algo que joga toda a construção das relações estabelecidas no lixo. Em resumo o filme muda de direção muito repentinamente, mais do que alguém possa acompanhar.
Ambientado no interior da Itália, o trabalho de cenografia e figurino são impecáveis. Os elementos matérias são quase que descritivos a narrativa. O decorrer do filme hora ou outra através do prestigio aos elementos, nos transporta para os anos 50, ao mesmo tempo que, outros objetos centenários em cena, contrastam com o período da segunda metade do século XX. Toda o drama se passa num castelo, uma propriedade de família nobre, de dezenas de gerações.
Emila Clarke a eterna “mãe dos dragões”, nos apresenta uma atuação um tanto que sofrível na primeira metade do filme. No último ato, a direção contribui em muito, para o deslanchar da sua capacidade interpretativa. O ator mirim Edwar Dring, deve receber um desconto pela sua performance, já que ele fez o papel mais difícil; por não possui quase nenhuma fala, acaba tendo que transmitir os sentimentos pela expressão facial e física. Marton Csokas, parece ser um ator experiente. Consegue entregar a nível de sua personagem o esperado.
O filme não é bem desenvolvido como deveria ser. Nos derradeiros caminhos que levam ao desfecho, é possível sentir uma gota de esperança de que teremos um final daqueles. Mas não é isto muito bem que acontece; muitas soluções não possuem explicação lógica. Apesar de ser um filme considerado “sobrenatural”, muita coisa fica a vontade da imaginação. Não dá pra saber ao certo se é um thriller psicológico mesmo, ou não passa de um sobrenatural. Isto não fica claro.
Este é um longa que tem seu mérito na produção artística, mas deixa a desejar nas interpretações e roteiro. Eu não sou alguém que sinto o direito de aconselhar alguém a não ver um filme, por isto eu recomendo que o veja e tire suas próprias conclusões, pode ser que goste pode ser que não.
A Canção do Oceano
4.4 300 Assista AgoraEsta animação Irlandesa, ganhou destaque após a nomeação do Oscar, concorrendo a melhor animação. Bom, Côco ganhou merecidamente, porém Song of the Sea, se tivesse ganhado, também teria sido merecido.
É realmente um filme que me arrancou algumas lágrimas, algumas cenas são muito fortes. A mensagem que o filme passou é grandiosa. Está é uma fábula que merece ser vista e revista sempre. Eu que não gosto de repetir filmes já quero ver novamente!
Rock Dog: No Faro do Sucesso
3.3 44 Assista AgoraEssa animação é uma bagunça do começo ao fim, por trás do roteiro bonzinho de um cãozinho buscando ser um astro do rock, tem uma salada, que não acertou nem no tempero, nem no sal, nem na porção. O filme não se decide entre o enfoque narrativo. Não tem proposta alguma, por mais que seja animação, as soluções pro roteiro são absurdas, nem uma criança consegue engolir. Das animações, esta foi a pior que vi, desde A Era do Gelo 5 eiuheuheuhuehu... misericórdia!!!
O Patrão: Radiografia de um Crime
3.9 56 Assista AgoraFilme intenso!!!
Felicidade Por Um Fio
3.8 465 Assista AgoraNo século XXI, bombardeado de informação, o mundo globalizado
desenvolve seu senso de estética, a partir de uma noção mutua do que é
belo. Está idealização do belo, certamente pode provir de um padrão
estético herdado culturalmente, ou assim como provado por alguns
estudos; pode ser um reconhecimento padrão de uma imagem que
estimule prazer na região específica do cérebro, responsável pela
liberação de dopamina. Mas de qualquer forma, é um fato inegável, que o
senso comum de beleza possui fortes influências do mercado, assim como
o mercado é influenciado pelo gosto consumidor. Este cabo de guerra
possui um lado mais fraco. O lado de quem faz tudo para se encaixar no
padrão vendido pelo setor do marketing midiático.
Um recente lançamento da Netflix de título “Felicidade Por Um Fio”,
denota de forma extremamente necessária a importância da auto
aceitação de suas características físicas. No longa temos Violet, uma
mulher negra bem sucedida, cobiçada e invejada por todos. Ela possui
fortes esteriótipos de perfeição, que a fazem buscar esteticamente o
melhor de si, até que um acidente em um salão de beleza, faz sua vida
desmoronar e ao mesmo tempo a obriga a repensar sobre conceitos que a
prendia de ser quem realmente queria ser. Violet cresceu vendo mulheres
brancas, cabelos lisos, roupas de grife, penteados que eram produtos de
uma cultura totalmente voltada em promover uma beleza absoluta e
desejável.
O filme produzido pela própria Netflix e dirigido pela Árabe Haifaa al-
Mansour, propõe muito mais do que um revisão sobre o que realmente é beleza, mas a ferida que ela toca tem muito mais haver com
representatividade do que pregação da relatividade do belo idealizado.
Quantas histórias vemos de crianças negras que não viam em si mesmo
beleza alguma. Isto é uma consequência de não representatividade negra
na mídia. Muitos dizem que a representatividade é mais um mal do politicamente correto; descaracterização de personagens, infidelidade
identitária, e muitas outras desculpas de muitos que não conseguem
engolir o fato de pessoas negras estarem tomando o seu devido espaço
em prol da representatividade.
Quando uma criança vê na Tv, no catálogo
de moda, nas revistas, nos outdoor’s, nos cinemas, pessoas negras na
classe alta representando as características físicas de um afro, elas
tendem a aceitar mais quem são. Mesmo que conflitos surjam em suas
mentes, elas verão que não existe cabelo ruim, não existe traços feios, não
existe pele inferior.
Zoe, outro personagem importante do filme, é uma criança que assim
como Violet, sofre com esteriótipos impostos em si. Neste quesito, o filme
deixa a desejar; os efeitos da informação midiática, poderiam serem
melhores explorados, dando espaço para uma relação mais focada em
ambas as personagens, o que geraria maior empatia e mais peso na
proposta do drama.
Felicidade Por Um Fio, permanece no catálogo Netflix com 96% de
aprovação dos assinantes. É uma produção original, que vale a pena
conferir, por tudo aquilo que representa. Apesar dos clichês, diálogos
exacerbadamente expositivos em determinadas cenas, permanece sendo
um filme totalmente necessário pelo momento da nova ascensão do
politicamente correto!
Entre Vinhos e Amores
2.3 34O drama novelesco, apresenta de forma teatral as disfunções entre os diferentes níveis de relacionamento. O filme prova que os problemas podem acompanhar duas pessoas ao longo de suas vidas conjugais.
Fator de Risco
2.3 41Perdi 2 horas da minha vida!!! Eu gosto do Cage, tenho dó dele kkkkk
Jodhaa Akbar
4.3 71 Assista AgoraEste romance épico, esta longe de ser épico nos moldes ocidentais de cinematografia. Esta mais para uma prova que o cinema indiano só cresce a cada filme produzido. Por mais que este filme tenha sido lançado em 2008, não sendo uma representação tão atual dos filmes indianos, Jodhaa Akbar, é um romance notável.
Trash: Náusea Total
3.6 242 Assista AgoraO classico Bad Teste, é um filme de Peter Jacskon, inerrante na comédia, escandaloso nos efeitos práticos absurdos, que fazem parte da característica do trash.
Mar Adentro
4.2 607Já imaginou se você nunca mais pudesse movimentar seu corpo do pescoço até o pé? Já imaginou ainda, se você quisesse acabar com este sofrimento e fosse obrigado a passar o resto da vida em uma cama? Então. É sobre isto que se trata Mar Adentro (The Sea Inside). O filme de Alejandro Amenábar, é um ousado empreendimento para o cinema. Nem sempre é fácil trazer a discussão um tema taboo social tudo dentro de um texto seguro e bem escrito.
O roteiro relativamente simples, e a narrativa concisa, torna a mensagem do filme mais perceptível, diante dos arcos e das relações pessoais, tanto com o passado como com o presente e o eminente desfecho da história. Os arcos são todos necessários e funcionais para a construção e desenvolvimento dos conflitos e da personalidade dos personagens.
Por falar em personagens, este é um dos melhores trabalhos de Javier Bardem como ator, que se destacou em No Country For Old Men (2008) como um sociopata. Papel bem diferente deste. Outro atores como: Lola Dueñas, interpretando Rosa, uma mãe solteira que busca em Rámon uma alternativa para se livrar do peso de seus antigos relacionamentos. Mabel Rivera como Manuela, cunhada e protetora da família, sendo o elo que une o personagem de Javier com Gérman (Alberto Jiménez), que contrapõe totalmente contra a vontade de Ramón. Certamente o destaque vai para Balén Rueda como Julia. Ela passa consegue despertar um sentimento mais profundo em Rámon, mas do que os outros personagens. Ela se torna uma peça fundamental para por em prova, as certezas e as dúvidas que Rámon tinha sobre o que realmente ele queria para sua vida.
O filme conta com um jogo de câmera bem indicativa, que denota a atmosfera de cada momento. Por se passar a maior parte do tempos no quarto de Rámon; em um único ambiente, a união dos planos e da trilha sonora, permite um dinamização das cenas. Além disto, o filme apresenta um recurso narrativo de inserção mental, no qual pela imaginação, nos somos levados a outros lugares que o personagem se dispõe a ir, pela mente. O filme, por isto não fica cansativo, por conta dos diálogos curtos e objetivos, o filme da mais tempo para refletir sobre o que acabara de ver.
Rámon, apesar de suas complicações físicas, é um homem cheio de vida, sonhador, amante da musica, literatura, poesia. Durante 20 e poucos anos de tetraplégico, ele sempre em pensamento conseguia se imaginar fora dali; caminhando, vivendo uma vida normal, distante de tudo. A verdade é que Rámon esconde em si, uma amargura em viver, ele no fundo, não se sente tão amado, não se sente completo. De fato, este não é um problema especial seu. Julia (Belén Rueda), a personagem por qual Rámon se apaixona, também sentia esta carência e expectativa por uma vida que tivesse sentido, uma vida além dor e sofrimento.
Em contrapartida, muita é a resistência contra a decisão de Rámon em pôr termino na própria vida. A família, o estado e a igreja, não aceitam tão fácil esta ideia. Nisto o personagem de Jávier, passa a depender de uma decisão judicial para acabar com seu sofrimento. É nítido que há uma dualidade de sentimentos em suas expressões e falas. Ele por um lado compreende, a dor que a família e os amigos poderiam sentir ao tirar a própria vida, mas também sente uma espécie de indignação por saber que todo este sentimento não passa de egoísmo. Inclusive em um de seus diálogos ele diz: "A pessoa que me amar realmente será aquela me ajudará a morrer."
Eutanásia ainda é um tema muito polêmico, por causa do dogmatismo cultural e religioso, acerca da moralidade. Assim como aborto, é um tema, que na maioria das vezes, entre a maioria das pessoas, não é puramente e racionalmente discutido. Os preceitos morais, funcionam como substituto da razão. O problema é que a moral não esta no mesmo páreo da razão. Nisto, pela cultura ter um peso exorbitante na forma de pensar tanto entre cultos como leigos, as memorias afetivas da imputação cultural, do que passa a ser imoral, ou não, prevalecem.
O filme explora muito bem questões morais sobre o direito a morte, e o dever a vida. Na verdade em uma sequência num ponto alto do filme, temos um diálogo excepcional, entre Rámon e um Padre, no qual o deficiente afirma, que viver é um direito constitucional, mas não uma obrigação. Estes pontos chaves é que alavanca o debate, e leva o publico a refletir melhor sobre a questão. São fortes argumentos.
Mar Adentro é um filme bonito, poético, emocionante, que nos levanta um debate social, muito relevante. Sem dúvidas, vale a penas assistir.
Círculo de Fogo: A Revolta
2.8 491 Assista AgoraBom, é de se imaginar, que após um primeiro filme de qualidade mediana, Pacific Rim, não entregaria algo superior com este segundo filme. Na verdade conseguiu ser pior que o primeiro. O que havia de errado com os atores? Uma interpretação mais sofrível que a outra. Elenco desnecessário, com personagens desnecessários. É difícil criar algum vínculo com qualquer um deles.
Algo obviamente bom, e que valeu, foram as cenas de lutas, né! Fala serio! CGI, tava monstra, os efeitos visuais estavam incríveis, alguns slow motion, o realismo gráfico, e a proporção de tudo que acontece ali no filme, nos dá uma escala da grandiosidade dos Kaijus e dos Robôs. Nisto não tem o que reclamar.
Mas um filme não se faz apenas com bons efeitos visuais, com cenas emocionantes. Infelizmente, o roteiro é bem esculachado, e o elenco, conseguiu ser a pior coisa do filme.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraUm drama implícito e matafórico, sobre relações afetivas e suas fraudulentas mentiras.
O Quarto do Filho
3.8 162Pra mim, o filme não conseguiu estabelecer de forma concisa, aquilo que propunha desde o início. Muitos elementos narrativos, são totalmente disfuncionais, e só servem para revelar alguns sentimentos do protagonista. Fiquei um pouco confuso na conclusão do filme.
O filme italiano que no Brasil foi traduzido como "O Quarto do Filho", é um drama simples e envolvente, mas não muito ousado, e peca em ser um pouco vazio. É ok.
Laranja Mecânica
4.3 3,8K Assista Agora[SPOILER!]
Um clássico do cinema, que houve demasiada demora para realmente atentar, e decidir ver. Bom, sendo assim, tenho muitas coisas a dizer, mas prometo que ficarei apenas no superficial, para não cometer equívocos.
Sobre o roteiro, direção e condução da narrativa; vemos a eficiência em dicotomizar as personagens e os conflitos pelas transições. Temos uma "gangue" liderada por Alex, o mandachuva, que impõe suas vontades sobre o resto do grupo, abusando da autoridade nomeada por si próprio. Aparentemente parece ser mesmo um cara terrível, imbatível, mas algumas cenas em que é posto com um adulto de sua relação pessoal, fora do enquadro da gangue, ou com uma autoridade institucional, pegamos indícios de que ele era apenas um garoto problemático, sem capacidade de medir as consequências de seus atos. Temos um início, que estabelece muito bem as relações entre os personagens.
Apos casos de estupros, mortes e vandalismo, o grupo é pego, ou melhor dizendo, Alex é pego; o que muda totalmete o rumo da coisa,. A partir desta mudança o filme começa a focalizar os problemas na personalidade de Alex, nos levando a entender, ou pelo menos ter uma ideia das causas de sua personalidade violenta. Logo mais, é submetido a um procedimento do governo, que promete a cura para o crime, fazendo alguém mau, se tornar bom.
Algo que muito me chamou atenção, fora o estilo 'creep' adotado na arte do filme. O cenário estranho, com objetos sexuais em locais que geralmente não se veria; acessórios usuais bem inusitados, diálogos nada expositivos, mas muito sugestivos e ameaçadores, transvestidos de pré anuncio da cena posterior; figurino, cenário, etc Toda estes elementos narrativos enfatizam o mundo estranho na cabeça de Alex. No qual ele não consegue associar a culpabilidade por seus atos.
O debate promovido, engloba as relações de culpa e dívida com a sociedade. Alexa passa de líder de vândalos, para assassino, depois passa a ser o ex-criminoso curado, que tenta reconquistar a confiança dos conhecidos. Mais estritamente, isto intercala com a não aceitação social, e o sofrimento. De abusador passa aser abusado; Alex percebe que ser bom é difícil, e vc só se lasca kkkk. Isto vira uma tortura física e psicológica, pois ao se tornar alguém incapaz de fazer coisas ruins, as pessoas passam a tirar vantagem de sua situação, seja para vingança, seja para interesses pessoais e até políticos. Mas em contrapartida, eu tenho leves suspeitas de que na verdade, Alex estava o tempo todo fingindo ter sido curado. Na sua frase final: "Eu realmente fui curado", ele dá um leve sorriso, o que deixa um ar de... hmmm, pera aii seu sabichão!... Mas eu não sei posso estar falando besteira hahah.
Mas enfim. Laranja Mecânica faz jus a sua reputação, com seu brilhantismo em abordar questões éticas civis. A abordagem do filme, se apresenta quase como uma explanação filosófica, sobre ética, moral, direitos civis e identidade. Kubrick, explora os mais argilosos lados de um delinquente. Ótimo Filme!!!
A Vida é Bela
4.5 2,7K Assista AgoraA vida é bela de Roberto Benigni, é mais um daqueles filmes que me perguntam "como você ainda não assistiu?". Mas não foi realmente o que eu esperava. Esperava um drama mais carregado e realista. Mas percebo, que esta forma de contar a história, faz parte da composição e da essência que o longa leva consigo.
O filme não perde o tom otimista. Do início ao fim, o personagem mantem a cabeça erguida. O esforço para mascarar de seu filho a realidade do que realmente estava acontecendo, se estende até o publico, fazendo-nos ver tudo como uma visão um pouco fantasiosa e otimista. Cheguei até a me perguntar se realmente aconteceria algo trágico mesmo, como disseram para mim. Mas não creio que os conflitos tiveram tanto impacto, até mesmo pela abordagem de intenção eufemista.
Guido, personagem de Benigni, está muito engraçado e divertido. Ao mesmo tempo que ele brinca em diversas situações que normalmente uma pessoa comum se abalaria, ele ainda consegue passar segurança em seus atos, usando muitas vezes a calma e a inteligência, para garantir que seu filho sobreviva ao período do holocausto.
Os outros personagens de modo geral estão muito alinhados como boas atuações, mas sem nada muito significativo; sendo Roberto Benigni, de longe, obviamente o personagem mais favorecido e marcante do elenco. Alguns diálogos em que ele está servindo como garçom em um hotel, são muito divertidos, em cenas em que o Dr. Lessing contracena com o Guido, me renderam muitas risadas.
Podemos ver que o filme nos mostra, e nos instiga a imaginar como mesmo em dificuldades e momentos difíceis, não podemos perder a compostura, não podemos deixar de ser quem somos, e o quanto vale a pena se sacrificar para garantir que quem você ama esteja a salvo
No geral, "A vida é bela" é uma comédia de época diferente, que se passa no grande extermínio dos judeus na europa, mas se mostra um filme bem otimista do início ao fim. Poderia tem um pouco mais de peso dramático, mas ainda sim é filme emocionante e belo.
Gaga: Five Foot Two
4.0 419Esses documentários são muito legais para notarmos mais a Stefani Joanne Angelina Germanotta do que a Lady Gaga, a artista pela pessoa.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraO filme é uma clara alusão, a pressão cultural, imputada, no convívio, onde a necessidade visada é depositar sua felicidade e esperança, na possibilidade, de encontrar alguém para ser feliz
O Grinch
3.4 830 Assista AgoraA década de 2000 foi repleta de filmes e animações de cunho fantasioso, que deram uma nova cara ao cinema família. Em "O Grinch", não foi diferente. Grinch, estrelado pelo nosso humorista numero 1 do cinema, foi um personagem marcante na minha infância. Pude ainda pequeno, contemplar a personalidade forte e teimosa. Hoje ironicamente eu entendo o Grinch kkkkkkk
Quemlândia é um lugar repleto de magia natalina, onde as pessoas não possuem problemas, ou ao menos são cínicas o suficiente, para ignora-los. Neste filme, é perceptível a remetente crítica a negligência social, para com aqueles que não possuem voz, ou foram marginalizados pelo corpo da sociedade. O Grinch, é nada mais do que a consequência de uma sociedade preconceituosa e racista. Tudo que ele acaba se tornando, todo os seu ódio pelo natal, é justamente, causado pela sua indignação, em saber que a Quemlância não é tão magica e perfeita assim. Isto parece muito com nosso cenário atual, não é mesmo?!
À Prova de Morte
3.9 2,0K Assista AgoraEu estaria sendo muito presunçoso, em dizer que vi genialidade neste filme. Mas confesso, que as reviravoltas nem sempre se dão da forma que esperávamos. Aqui somos surpreendidos, pela controvérsia, pela exploração do entendimento de "sexo dominador". Quem já viu entende do que falo.
Em Death Proof, fica marcada a característica "Tarantina" de fazer filme; planos fixos, diálogos extensos, culto a carnificina exagerada, transição de protagonismo. Tinha tudo pra ser cansativo, mas cada segundo fez valer a pena. Toda a construção narrativa, foca na atração por adrenalina e sadismo. O que é essencial para as diretrizes
O Insulto
4.1 169Concorrendo ao Oscar de 2018, como melhor filme estrangeiro, O Insulto, é um drama, que promove claramente a ideia de tolerância politico-religiosa. A crítica do filme, usa os cenário de conflitos árabes, para revelar que o motivo de tanta intolerância se dá pelo fato de não haver diálogo, ou qualquer tentativa de convívio. A supressão do ambiente democrático, se torna a raiz dos problemas sociais.
O Garoto
4.5 582 Assista AgoraThe Kid é uma comedia dramática familiar, num formato bem comumente, da forma que estamos acostumados. Talves ao assistir, não cause tanto impacto, mas Chaplin tirou da cartola este drama, dado os problemas sociais que o acercava. Se hoje, muito se fala de Pantera Negra como filme político, você não tem noção do que este filme, que trata sobre abandono infantil, poderia ter representado a quase 100 anos atrás.