Pela insistência em manter o Johnny Depp no elenco, mesmo após as acusações de agressão, era de se esperar que o filme fosse uma obra-prima, mas muito pelo contrário: é uma encheção de linguiça sem fim e que, em muitos momentos, tem mais a intenção de causar qualquer impacto e/ou agradar os fãs, trazendo novos elementos que não são justificados ou, principalmente, bem aproveitados.
A história pouco acrescenta a narrativa e há uma única informação relevante ao final do filme, que é o clímax para a continuação. Não justifica duas horas de filme para tão pouco.
Desde "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" sinto que, infelizmente, J.K. Rowling tem perdido a mão. A ideia dessa nova saga e de conhecer mais a fundo as histórias do mundo bruxo é muito bacana, mas se não definirem um rumo na história logo, a proposta afundará e se tornará só mais um caça-níquel.
Ademais, fico feliz por não ter contribuído com o salário de Johnny Depp e, caso persistam na escalação, espero que a bilheteria caia e caia ainda mais a cada novo filme.
Houve um tempo em que eu achava que os filmes de X-Men - e os filmes de super-heróis em geral - deveriam ser cheios de poderosos, cenas de luta que demonstrassem seus poderes e efeitos especiais para valerem a pena. Pensava isso até pouco tempo, mas Logan só veio confirmar que não é preciso tudo isso para fazer um filme maravilhoso. Logan é bem menos sobre mutantes poderosos lutando e bem mais sobre os relacionamentos entre os personagens. Um exemplo disso é que seu elenco é bem enxuto, dando foco a quem realmente interessa: Wolverine e a pequena Laura, com o Professor Xavier intermediando esse relacionamento. Logan é um filme bem adulto. Acho que só em Deadpool vi um filme dos X-Men tão cheio de palavrões e cenas sanguinárias. E esse tom adulto só deixa o filme melhor. Na minha opinião, é o melhor filme da saga X-Men e encerra perfeitamente esse ciclo do Hugh Jackman como o Wolverine nos cinemas. Foram nove filmes (Hugh Jackman foi o único a aparecer em todos os filmes da saga, tanto a primeira trilogia quanto a segunda e os filmes do Wolverine) e, aproximadamente, 18 anos interpretando o mutante. Foi uma despedida digna.
É um filme bem mediano. Me atrevo a dizer que não deveria se chamar Stonewall, já que trata de tudo muito superficialmente ou dedica pouco tempo para cada assunto apresentado. É bem mais focado nas relações pessoais entre os personagens do que na História em si, tanto que fica difícil estimar o tamanho da participação de cada personagem na revolta de Stonewall e no Movimento LGBT. Passei o filme inteiro achando que todos aqueles personagens eram fictícios, que era apenas uma história ambientada naquele momento histórico, mas não é verdade. Alguns daqueles personagens (ou mesmo todos, não sei dizer) existiram mesmo.
Falando nisso, são esses personagens que carregam o filme. Como é focado nas relações entre eles, é possível conhecê-los e, mesmo que esse conhecimento não seja aprofundado, é possível simpatizar com eles e torcer por eles. Pra mim, os personagens foram o ponto alto do filme.
"Swiss Army Man" é completamente bizarro e imprevisível, mas também é muito divertido e emocionante. Uma forma diferente de falar de amor. Excelente filme.
Coloquei expectativas demais nesse filme, por conta do talento da Bianca e do seu enorme desejo de produzir Hurricane Bianca, que vem bem antes de sua vitória na sexta temporada de RuPaul's Drag Race. Me decepcionei, como muitos se decepcionaram.
Nunca assisti aos shows de stand up comedy da Bianca, mas assisti à sua temporada em RPDR mais de uma vez, e sempre me diverti com o humor arisco que a queen tem. Ela é inteligente e tem tiradas rápidas, mas nesse filme, tudo isso pareceu desaparecer. Bianca Del Rio roteirizada não chega nem perto da Bianca Del Rio real. E o que poderia ser a melhor coisa desse filme - considerando que a história e os atores coadjuvantes são bem fracos -, se torna mais uma de suas inúmeras falhas.
Vale pela mensagem que passa e a representatividade de termos uma drag queen fora das boates e no cinema, além do esforço da Bianca em tirar esse filme do papel, mas só.
Acho que nunca tinha ficado tão assustado quanto quando assisti A Bruxa de Blair. Assisti em casa e me lembro de me encolher dentro dos cobertores de medo, porque o filme tem um clima de tensão muito pesado, apesar de não ser expressamente assustador. Esse novo filme já faz o contrário e, pra mim, funciona também, porque condiz com o que as pessoas esperam nos filmes de suspense atuais.
O filme tem como ponto de partida o desaparecimento de Heather e a busca de seu irmão por ela, que acredita que ela esteja viva, mesmo após tantos anos. A partir daí, o filme se assemelha bastante ao primeiro. Eles se embrenham na floresta, passam a noite lá e coisas estranhas começam a acontecer. Alguns sustos, alguns momentos de tensão e um final também bastante similar ao do original.
A diferença é que a bruxa (ou "algo") é muito mais ativa do que era antes, chegando até a aparecer em vislumbres.
É como um remake, só que é uma continuação.
É como introduzir a Bruxa de Blair a uma nova geração - você tem que se adaptar. Se jogássemos o antigo Bruxa de Blair nos cinemas agora, ele seria tão ou mais criticado quanto esse novo filme, porque ele eleva a tensão ao máximo e acaba abruptamente, sem deixar muitas explicações sobre o que realmente aconteceu. Era um filme de terror para a sua época - e agora é um clássico -, que tinha todos os elementos para suportar aquela ideia de que não era realmente um filme, mas que tudo aquilo tinha acontecido.
E, falando nisso, só pra finalizar, ainda existe muito dessa necessidade de fazer parecer que aquilo é real, principalmente em filmes de terror. Vai de cada um levar isso muito a sério, mas passou o tempo em que pararam de tentar dar credibilidade a isso. O último filme que tentou fazer isso (e que eu lembro de cabeça agora) foi Cloverfield, que tinha uma pessoa correndo pra cima e pra baixo com uma só câmera e filmando toda a ação. O primeiro Bruxa de Blair foi assim, mas esse novo já brinca com várias câmeras, o que sugere uma edição e torna o filme nada real. É um defeito dos novos filmes de terror/suspense que querem ser "caseiros", mas seus produtores não sabem realmente como fazer isso.
Enfim, acho que esse filme não é de se jogar fora, como foi o segundo filme. Aquele devemos esquecer completamente. Esse merece uma chance de ser visto.
Porta dos Fundos é um canal muito bom, mas aparentemente só funciona na fórmula de vídeos de menos de cinco minutos. É um desperdício do talento do Gregorio Duvivier e o Fábio Porchat... não consigo vê-lo como ator. Na minha cabeça, ele interpreta a si mesmo em tudo, com pequenas variações pra dar uma diferenciada de um personagem pro outro. Enfim, o filme é forçado e ruim. Há alguns elementos/personagens bons, mas é predominantemente ruim. É uma pena pois eu colocava bastante fé.
É preciso saber apreciar um filme pequeno. Esse, por exemplo, é um drama-comédia bem divertido sobre o fim de um casamento de 13 anos e a esposa que não aceita ser trocada por uma garota mais nova. Nada demais na história e poderia acabar depois de 30 minutos, no máximo, mas continua por um tempinho mais e te faz pensar sobre relacionamentos e como eles eventualmente chegam ao fim pelos motivos mais simples. É um filme sutil, mas vale muito a pena.
Sete anos foi o tempo que nós fãs esperamos por esse filme. Sete anos por quase duas horas de filme. Sete anos por um fim decente para uma das melhores séries que alguém já criou. E como esse filme compensou por esses sete anos.
No começo foi apenas um carinho no coração; ver todos aqueles personagens que amamos juntos novamente já foi de encher os olhos de lágrimas. Foi como participar da reunião de dez anos da sua própria escola. Extremamente nostálgico, assim como o filme todo é. Mas, do nada, as coisas começaram a ficar exatamente como Veronica Mars era - ou até mais pesado.
Apesar de ser um filme basicamente feito pelos fãs para os fãs, não se limita a esse grupo. O Rob Thomas conseguiu pegar a história e transformar em um filme até pra quem nunca viu a série. Não é um filme adolescente boboca, assim como a série não era uma série adolescente como as outras. É um filme crescido, adulto. Condizente com a evolução que os fãs passaram nesses sete anos e atraente para quem está conhecendo a Veronica pela primeira vez.
Só tenho a agradecer a todos os envolvidos na produção desse filme. Estranhos do mundo todo que se reuniram para realizar um pequeno sonho de muitos. E obrigado ao Rob Thomas, à linda Kristen Bell, ao Jason Dohring e a todos que fizeram tudo isso acontecer, por nunca terem desistido do programa ou dos fãs. Por terem persistido e nos dado esse presente. Muito obrigado mesmo.
Espero que esse não seja o fim que nós estávamos esperando. Espero que seja um novo começo. Bem-vinda de volta, Veronica Mars. "It's been... boring".
O filme é tão belo que é possível perdoar a absência de algumas coisas e a mudança de outras que ocorreram durante a adaptação. Terminei o livro hoje mesmo e já hoje vi o filme, então tinha tudo fresco na minha cabeça, mas enquanto eu assistia, tudo o que eu imaginei na minha cabeça e tudo que o filme mostrou foram tornando-se um só para mim e eu já não conseguia separá-los. Foi uma adaptação perfeita, na medida do possível, porque nenhuma adaptação consegue ser totalmente fiel, mas é uma daquelas raras que acerta em cheio. Meus parabéns aos responsáveis por esse filme, que fizeram jus a um livro belíssimo. Obrigado por não pisarem na bola.
Uma experiência e tanto em cinema. A história é incrível e poderia ser contada do modo convencional, mas apresenta um impacto ainda maior quando contada do jeito que é, de trás para frente. O passeio que a câmera faz por todas as cenas, além de dar a ilusão de o filme todo ter sido feito em uma tomada só, instiga a curiosidade para o que vem a seguir. No entanto, as cenas fortes são realmente fortes. A cena do estupro é intragável de tão real e me arrancou lágrimas dos olhos. Não conseguia manter meus olhos na tela. Vi todas as mulheres que amo naquela mesma mulher. E o fim do filme, que seria o começo em qualquer outro filme, torna tudo ainda pior. É um filme que eu recomendo, mas que não tenho certeza se veria novamente.
Totalmente diferente de qualquer filme de terror que eu já tenha visto. Começa com o clichê, jovens bonitos e cheios de tesão, escondidos no meio do mato para o fim de semana da vida deles, quando as coisas começam a dar errado. O que eles não sabem é que tudo o que acontece a eles é devidamente programado por um grupo de especialistas com uma missão que depende da morte desses jovens. Ótimo filme. Não tão assustador, mas a história é realmente boa. Só não gostei muito do final. Pareceu meio jogado, mas não tira o mérito do filme. Recomendo.
Me pareceu um filme B adolescente tentando desesperadamente ser um filme de terror decente. A Chloe Grace Moretz cresceu atuando e é, no geral, uma boa atriz, mas não conseguiu ser uma Carrie natural (não sei dizer se ela foi melhor ou pior do que as outras duas, pois nunca assisti aos outros filmes). Em contraponto, a Julianne Moore está sensacional e vale assistir o filme para vê-la. O filme inteiro caminha como em uma montanha-russa, com cenas boas e outras não tão boas assim, até o seu ápice, que são as cenas que sucedem a humilhação de Carrie, caindo diretamente ao fundo do poço em suas cenas finais. Bom passatempo para quem não espera muita coisa.
Meus parabéns à estreia divertidíssima do queridinho de todos, Joseph Gordon-Levitt, como roteirista e diretor. "Don Jon" é engraçado e sexy, e o elenco com o "dono do filme" Joseph como um mulherengo viciado em academia que trata as mulheres como objetos colecionáveis, totalmente diferente de seus papéis habituais;Scarlett Johansson como uma gostosona sensível com um sotaque muito engraçado das ruas; e Julianne Moore, sempre bem-vinda; além da família italiana meio bagunçada de Jon, levam o filme com muitas cenas engraçadas em meio a uma história de crescimento pessoal e a real importância das coisas. Não se deixem enganar pelos peitos, as bundas e os recém ganhos músculos do Joseph.
Nos primeiros minutos, fiquei congelado olhando para a tela enquanto o protagonista falava sobre Buenos Aires e sobre os seus habitantes e ele mesmo. Até me identifiquei com a descrição de Buenos Aires que ele fez, associando à minha própria cidade, São Paulo. Já foi um começo perfeito para um ótimo filme. Além disso, os personagens principais e as relações que eles têm um com o outro, mesmo distantes, mesmo sem se conhecerem, foram o que mais me cativaram no filme. É estranho como aquilo que você precisa pode passar por você diversas vezes e você nunca o perceba. Mas é bom quando você percebe. E seria maravilhoso se todos percebessem.
Já tinha Kristen Bell e Logan Lerman... precisava ser tão gostosinho? Adorei o filme. O elenco, a história, a trilha sonora. Um parece completar o outro perfeitamente. E é um filme leve, que é o que alguns momentos pedem, ao contrário daqueles filmes complexos e cheios de detalhes que muitas vezes não te deixam desviar os olhos da tela ou você perde a chave pro desfecho do filme. Ótimo mesmo.
Estou tentando entender o ódio em relação ao filme após vê-lo. Não é uma obra-prima do cinema, mas é um retrato bem realista da vida sem limites e irresponsável que grande parte dos jovens por todo o mundo aderem nos dias de hoje. Dinheiro é a meta e, no meio tempo, drogas são idolatradas, o corpo é cada vez menos valorizado e o sexo se torna hábito. A vida que os rappers descrevem em suas músicas; a chamada "vida perfeita". E muitas pessoas são presas no meio disso, como a personagem da Selena Gomez, Faith, que conhece as garotas desde o jardim de infância e de repente se vê em um mundo em que ela realmente não quer fazer parte, mas o problema é que não é fácil colocar um ponto final em uma longa história. Nem sempre é o que você quer também. Ás vezes as outras pessoas também precisam entender as diferenças e fazer um esforço aqui e ali.
O filme pode ter abusado das cenas de festas regadas a álcool, drogas e sexo, e perdido um pouco da sua mensagem, mas ela está lá para quem quiser ver. Faz pensar em como você e as pessoas ao seu redor levam a vida. E se isso realmente importa.
Junto com o cinema e a música, grafite é sem dúvida uma das minhas artes favoritas e uma das menos valorizadas aqui em São Paulo, que é o berço de grandes artistas, alguns presentes no filme. Cidade Cinza foi gravado durante a nova pintura do mural localizado na alça de acesso à avenida 23 de maio, na Bela Vista, que em julho de 2008, foi apagado "por engano" pela prefeitura de São Paulo e acabou criando um caso que saiu de São Paulo e se espalhou por várias cidades do mundo.
O filme mostra grande parte do processo de produção e também conta a história do grafite, de alguns grafiteiros que já têm uma carreira mais firmada na área, como Osgêmeos, o Nunca, a Nina e também de novos grafiteiros que surgiam na época. Mostra também o momento em que o prefeito, na época Gilberto Kassab, desculpa-se publicamente com os grafiteiros responsáveis pelo mural anteriormente apagado. No entanto, é possível perceber claramente, em uma das cenas finais do filme, que se não tivesse havido o burburinho que houve, o mural continuaria cinza. Não foi uma vitória dos artistas de rua terem o seu mural de volta, foi uma forma da prefeitura apaziguar as coisas.
O grafite ainda tem um longo caminho a percorrer até ser considerado como arte pela grande massa, mas Cidade Cinza faz um ótimo trabalho em levar isso às pessoas, para que elas saibam que é bem mais do que pichação, que é colocar um pouco mais de cor na cidade e, consequentemente, na vida das pessoas. Dispenso viver em uma cidade cinza; eu quero mais cor.
Não tenho nenhum problema com filmes parados, mas não sei se entendi a proposta desse aqui. Não considero um filme ruim, mas extremamente vago. Não chega a ter uma conclusão e não conseguiu me atingir em momento algum.
O Beijo no Asfalto
4.1 95É muito bacana a mistura de longa ficcional, documentário e peça teatral. E os atores são sensacionais. Que filmão!
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraO único defeito, ao meu ver, é esse filme acabar.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraPela insistência em manter o Johnny Depp no elenco, mesmo após as acusações de agressão, era de se esperar que o filme fosse uma obra-prima, mas muito pelo contrário: é uma encheção de linguiça sem fim e que, em muitos momentos, tem mais a intenção de causar qualquer impacto e/ou agradar os fãs, trazendo novos elementos que não são justificados ou, principalmente, bem aproveitados.
A história pouco acrescenta a narrativa e há uma única informação relevante ao final do filme, que é o clímax para a continuação. Não justifica duas horas de filme para tão pouco.
Desde "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" sinto que, infelizmente, J.K. Rowling tem perdido a mão. A ideia dessa nova saga e de conhecer mais a fundo as histórias do mundo bruxo é muito bacana, mas se não definirem um rumo na história logo, a proposta afundará e se tornará só mais um caça-níquel.
Ademais, fico feliz por não ter contribuído com o salário de Johnny Depp e, caso persistam na escalação, espero que a bilheteria caia e caia ainda mais a cada novo filme.
Logan
4.3 2,6K Assista AgoraHouve um tempo em que eu achava que os filmes de X-Men - e os filmes de super-heróis em geral - deveriam ser cheios de poderosos, cenas de luta que demonstrassem seus poderes e efeitos especiais para valerem a pena. Pensava isso até pouco tempo, mas Logan só veio confirmar que não é preciso tudo isso para fazer um filme maravilhoso.
Logan é bem menos sobre mutantes poderosos lutando e bem mais sobre os relacionamentos entre os personagens. Um exemplo disso é que seu elenco é bem enxuto, dando foco a quem realmente interessa: Wolverine e a pequena Laura, com o Professor Xavier intermediando esse relacionamento.
Logan é um filme bem adulto. Acho que só em Deadpool vi um filme dos X-Men tão cheio de palavrões e cenas sanguinárias. E esse tom adulto só deixa o filme melhor. Na minha opinião, é o melhor filme da saga X-Men e encerra perfeitamente esse ciclo do Hugh Jackman como o Wolverine nos cinemas.
Foram nove filmes (Hugh Jackman foi o único a aparecer em todos os filmes da saga, tanto a primeira trilogia quanto a segunda e os filmes do Wolverine) e, aproximadamente, 18 anos interpretando o mutante. Foi uma despedida digna.
Stonewall: Onde o Orgulho Começou
3.1 95 Assista AgoraÉ um filme bem mediano. Me atrevo a dizer que não deveria se chamar Stonewall, já que trata de tudo muito superficialmente ou dedica pouco tempo para cada assunto apresentado. É bem mais focado nas relações pessoais entre os personagens do que na História em si, tanto que fica difícil estimar o tamanho da participação de cada personagem na revolta de Stonewall e no Movimento LGBT. Passei o filme inteiro achando que todos aqueles personagens eram fictícios, que era apenas uma história ambientada naquele momento histórico, mas não é verdade. Alguns daqueles personagens (ou mesmo todos, não sei dizer) existiram mesmo.
Falando nisso, são esses personagens que carregam o filme. Como é focado nas relações entre eles, é possível conhecê-los e, mesmo que esse conhecimento não seja aprofundado, é possível simpatizar com eles e torcer por eles. Pra mim, os personagens foram o ponto alto do filme.
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista Agora"Swiss Army Man" é completamente bizarro e imprevisível, mas também é muito divertido e emocionante. Uma forma diferente de falar de amor. Excelente filme.
Hurricane Bianca
2.9 206Coloquei expectativas demais nesse filme, por conta do talento da Bianca e do seu enorme desejo de produzir Hurricane Bianca, que vem bem antes de sua vitória na sexta temporada de RuPaul's Drag Race. Me decepcionei, como muitos se decepcionaram.
Nunca assisti aos shows de stand up comedy da Bianca, mas assisti à sua temporada em RPDR mais de uma vez, e sempre me diverti com o humor arisco que a queen tem. Ela é inteligente e tem tiradas rápidas, mas nesse filme, tudo isso pareceu desaparecer. Bianca Del Rio roteirizada não chega nem perto da Bianca Del Rio real. E o que poderia ser a melhor coisa desse filme - considerando que a história e os atores coadjuvantes são bem fracos -, se torna mais uma de suas inúmeras falhas.
Vale pela mensagem que passa e a representatividade de termos uma drag queen fora das boates e no cinema, além do esforço da Bianca em tirar esse filme do papel, mas só.
Sinto muito por isso.
Bruxa de Blair
2.4 1,0K Assista AgoraAcho que nunca tinha ficado tão assustado quanto quando assisti A Bruxa de Blair. Assisti em casa e me lembro de me encolher dentro dos cobertores de medo, porque o filme tem um clima de tensão muito pesado, apesar de não ser expressamente assustador. Esse novo filme já faz o contrário e, pra mim, funciona também, porque condiz com o que as pessoas esperam nos filmes de suspense atuais.
O filme tem como ponto de partida o desaparecimento de Heather e a busca de seu irmão por ela, que acredita que ela esteja viva, mesmo após tantos anos. A partir daí, o filme se assemelha bastante ao primeiro. Eles se embrenham na floresta, passam a noite lá e coisas estranhas começam a acontecer. Alguns sustos, alguns momentos de tensão e um final também bastante similar ao do original.
A diferença é que a bruxa (ou "algo") é muito mais ativa do que era antes, chegando até a aparecer em vislumbres.
É como introduzir a Bruxa de Blair a uma nova geração - você tem que se adaptar. Se jogássemos o antigo Bruxa de Blair nos cinemas agora, ele seria tão ou mais criticado quanto esse novo filme, porque ele eleva a tensão ao máximo e acaba abruptamente, sem deixar muitas explicações sobre o que realmente aconteceu. Era um filme de terror para a sua época - e agora é um clássico -, que tinha todos os elementos para suportar aquela ideia de que não era realmente um filme, mas que tudo aquilo tinha acontecido.
E, falando nisso, só pra finalizar, ainda existe muito dessa necessidade de fazer parecer que aquilo é real, principalmente em filmes de terror. Vai de cada um levar isso muito a sério, mas passou o tempo em que pararam de tentar dar credibilidade a isso. O último filme que tentou fazer isso (e que eu lembro de cabeça agora) foi Cloverfield, que tinha uma pessoa correndo pra cima e pra baixo com uma só câmera e filmando toda a ação. O primeiro Bruxa de Blair foi assim, mas esse novo já brinca com várias câmeras, o que sugere uma edição e torna o filme nada real. É um defeito dos novos filmes de terror/suspense que querem ser "caseiros", mas seus produtores não sabem realmente como fazer isso.
Enfim, acho que esse filme não é de se jogar fora, como foi o segundo filme. Aquele devemos esquecer completamente. Esse merece uma chance de ser visto.
Porta dos Fundos - Contrato Vitalício
2.0 352 Assista AgoraPorta dos Fundos é um canal muito bom, mas aparentemente só funciona na fórmula de vídeos de menos de cinco minutos. É um desperdício do talento do Gregorio Duvivier e o Fábio Porchat... não consigo vê-lo como ator. Na minha cabeça, ele interpreta a si mesmo em tudo, com pequenas variações pra dar uma diferenciada de um personagem pro outro. Enfim, o filme é forçado e ruim. Há alguns elementos/personagens bons, mas é predominantemente ruim. É uma pena pois eu colocava bastante fé.
A Hospedeira
3.2 2,2KEmily Browning é a única coisa boa desse filme. E sinto muito por ela.
Ruim como o livro. Filme B tentando ser filmão.
Espero que a Saoirse Ronan consiga apagar esse filme da carreira com alguns filmes melhores, porque parece ter potencial.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraPenso, logo quero rever. Sempre. Filme MARAVILHOSO.
Bridegroom
4.3 159"It's not a gay thing, it's a not straight thing. It's a human thing."
Não consigo dizer mais nada sem ser parcial ou piegas ou extremamente emocional. Apenas assistam ao filme.
Armadilhas do Amor
2.6 165É preciso saber apreciar um filme pequeno. Esse, por exemplo, é um drama-comédia bem divertido sobre o fim de um casamento de 13 anos e a esposa que não aceita ser trocada por uma garota mais nova.
Nada demais na história e poderia acabar depois de 30 minutos, no máximo, mas continua por um tempinho mais e te faz pensar sobre relacionamentos e como eles eventualmente chegam ao fim pelos motivos mais simples.
É um filme sutil, mas vale muito a pena.
Veronica Mars: O Filme
3.9 353 Assista AgoraSete anos foi o tempo que nós fãs esperamos por esse filme. Sete anos por quase duas horas de filme. Sete anos por um fim decente para uma das melhores séries que alguém já criou. E como esse filme compensou por esses sete anos.
No começo foi apenas um carinho no coração; ver todos aqueles personagens que amamos juntos novamente já foi de encher os olhos de lágrimas. Foi como participar da reunião de dez anos da sua própria escola. Extremamente nostálgico, assim como o filme todo é. Mas, do nada, as coisas começaram a ficar exatamente como Veronica Mars era - ou até mais pesado.
Apesar de ser um filme basicamente feito pelos fãs para os fãs, não se limita a esse grupo. O Rob Thomas conseguiu pegar a história e transformar em um filme até pra quem nunca viu a série. Não é um filme adolescente boboca, assim como a série não era uma série adolescente como as outras. É um filme crescido, adulto. Condizente com a evolução que os fãs passaram nesses sete anos e atraente para quem está conhecendo a Veronica pela primeira vez.
Só tenho a agradecer a todos os envolvidos na produção desse filme. Estranhos do mundo todo que se reuniram para realizar um pequeno sonho de muitos. E obrigado ao Rob Thomas, à linda Kristen Bell, ao Jason Dohring e a todos que fizeram tudo isso acontecer, por nunca terem desistido do programa ou dos fãs. Por terem persistido e nos dado esse presente. Muito obrigado mesmo.
Espero que esse não seja o fim que nós estávamos esperando. Espero que seja um novo começo. Bem-vinda de volta, Veronica Mars. "It's been... boring".
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraO filme é tão belo que é possível perdoar a absência de algumas coisas e a mudança de outras que ocorreram durante a adaptação. Terminei o livro hoje mesmo e já hoje vi o filme, então tinha tudo fresco na minha cabeça, mas enquanto eu assistia, tudo o que eu imaginei na minha cabeça e tudo que o filme mostrou foram tornando-se um só para mim e eu já não conseguia separá-los. Foi uma adaptação perfeita, na medida do possível, porque nenhuma adaptação consegue ser totalmente fiel, mas é uma daquelas raras que acerta em cheio.
Meus parabéns aos responsáveis por esse filme, que fizeram jus a um livro belíssimo. Obrigado por não pisarem na bola.
Irreversível
4.0 1,8K Assista AgoraUma experiência e tanto em cinema. A história é incrível e poderia ser contada do modo convencional, mas apresenta um impacto ainda maior quando contada do jeito que é, de trás para frente. O passeio que a câmera faz por todas as cenas, além de dar a ilusão de o filme todo ter sido feito em uma tomada só, instiga a curiosidade para o que vem a seguir.
No entanto, as cenas fortes são realmente fortes. A cena do estupro é intragável de tão real e me arrancou lágrimas dos olhos. Não conseguia manter meus olhos na tela. Vi todas as mulheres que amo naquela mesma mulher. E o fim do filme, que seria o começo em qualquer outro filme, torna tudo ainda pior.
É um filme que eu recomendo, mas que não tenho certeza se veria novamente.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2K Assista AgoraTotalmente diferente de qualquer filme de terror que eu já tenha visto. Começa com o clichê, jovens bonitos e cheios de tesão, escondidos no meio do mato para o fim de semana da vida deles, quando as coisas começam a dar errado. O que eles não sabem é que tudo o que acontece a eles é devidamente programado por um grupo de especialistas com uma missão que depende da morte desses jovens. Ótimo filme. Não tão assustador, mas a história é realmente boa. Só não gostei muito do final. Pareceu meio jogado, mas não tira o mérito do filme. Recomendo.
Carrie, a Estranha
2.8 3,5K Assista AgoraMe pareceu um filme B adolescente tentando desesperadamente ser um filme de terror decente. A Chloe Grace Moretz cresceu atuando e é, no geral, uma boa atriz, mas não conseguiu ser uma Carrie natural (não sei dizer se ela foi melhor ou pior do que as outras duas, pois nunca assisti aos outros filmes). Em contraponto, a Julianne Moore está sensacional e vale assistir o filme para vê-la.
O filme inteiro caminha como em uma montanha-russa, com cenas boas e outras não tão boas assim, até o seu ápice, que são as cenas que sucedem a humilhação de Carrie, caindo diretamente ao fundo do poço em suas cenas finais.
Bom passatempo para quem não espera muita coisa.
Como Não Perder Essa Mulher
3.0 1,4K Assista AgoraMeus parabéns à estreia divertidíssima do queridinho de todos, Joseph Gordon-Levitt, como roteirista e diretor. "Don Jon" é engraçado e sexy, e o elenco com o "dono do filme" Joseph como um mulherengo viciado em academia que trata as mulheres como objetos colecionáveis, totalmente diferente de seus papéis habituais;Scarlett Johansson como uma gostosona sensível com um sotaque muito engraçado das ruas; e Julianne Moore, sempre bem-vinda; além da família italiana meio bagunçada de Jon, levam o filme com muitas cenas engraçadas em meio a uma história de crescimento pessoal e a real importância das coisas. Não se deixem enganar pelos peitos, as bundas e os recém ganhos músculos do Joseph.
Medianeras: Buenos Aires na Era do Amor Virtual
4.3 2,3K Assista AgoraNos primeiros minutos, fiquei congelado olhando para a tela enquanto o protagonista falava sobre Buenos Aires e sobre os seus habitantes e ele mesmo. Até me identifiquei com a descrição de Buenos Aires que ele fez, associando à minha própria cidade, São Paulo. Já foi um começo perfeito para um ótimo filme.
Além disso, os personagens principais e as relações que eles têm um com o outro, mesmo distantes, mesmo sem se conhecerem, foram o que mais me cativaram no filme. É estranho como aquilo que você precisa pode passar por você diversas vezes e você nunca o perceba. Mas é bom quando você percebe. E seria maravilhoso se todos percebessem.
Ligados Pelo Amor
4.0 854 Assista AgoraJá tinha Kristen Bell e Logan Lerman... precisava ser tão gostosinho? Adorei o filme. O elenco, a história, a trilha sonora. Um parece completar o outro perfeitamente. E é um filme leve, que é o que alguns momentos pedem, ao contrário daqueles filmes complexos e cheios de detalhes que muitas vezes não te deixam desviar os olhos da tela ou você perde a chave pro desfecho do filme. Ótimo mesmo.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraEstou tentando entender o ódio em relação ao filme após vê-lo. Não é uma obra-prima do cinema, mas é um retrato bem realista da vida sem limites e irresponsável que grande parte dos jovens por todo o mundo aderem nos dias de hoje. Dinheiro é a meta e, no meio tempo, drogas são idolatradas, o corpo é cada vez menos valorizado e o sexo se torna hábito. A vida que os rappers descrevem em suas músicas; a chamada "vida perfeita". E muitas pessoas são presas no meio disso, como a personagem da Selena Gomez, Faith, que conhece as garotas desde o jardim de infância e de repente se vê em um mundo em que ela realmente não quer fazer parte, mas o problema é que não é fácil colocar um ponto final em uma longa história. Nem sempre é o que você quer também. Ás vezes as outras pessoas também precisam entender as diferenças e fazer um esforço aqui e ali.
O filme pode ter abusado das cenas de festas regadas a álcool, drogas e sexo, e perdido um pouco da sua mensagem, mas ela está lá para quem quiser ver. Faz pensar em como você e as pessoas ao seu redor levam a vida. E se isso realmente importa.
Cidade Cinza
4.1 41 Assista AgoraJunto com o cinema e a música, grafite é sem dúvida uma das minhas artes favoritas e uma das menos valorizadas aqui em São Paulo, que é o berço de grandes artistas, alguns presentes no filme. Cidade Cinza foi gravado durante a nova pintura do mural localizado na alça de acesso à avenida 23 de maio, na Bela Vista, que em julho de 2008, foi apagado "por engano" pela prefeitura de São Paulo e acabou criando um caso que saiu de São Paulo e se espalhou por várias cidades do mundo.
O filme mostra grande parte do processo de produção e também conta a história do grafite, de alguns grafiteiros que já têm uma carreira mais firmada na área, como Osgêmeos, o Nunca, a Nina e também de novos grafiteiros que surgiam na época. Mostra também o momento em que o prefeito, na época Gilberto Kassab, desculpa-se publicamente com os grafiteiros responsáveis pelo mural anteriormente apagado. No entanto, é possível perceber claramente, em uma das cenas finais do filme, que se não tivesse havido o burburinho que houve, o mural continuaria cinza. Não foi uma vitória dos artistas de rua terem o seu mural de volta, foi uma forma da prefeitura apaziguar as coisas.
O grafite ainda tem um longo caminho a percorrer até ser considerado como arte pela grande massa, mas Cidade Cinza faz um ótimo trabalho em levar isso às pessoas, para que elas saibam que é bem mais do que pichação, que é colocar um pouco mais de cor na cidade e, consequentemente, na vida das pessoas. Dispenso viver em uma cidade cinza; eu quero mais cor.
What Richard Did
2.7 53Não tenho nenhum problema com filmes parados, mas não sei se entendi a proposta desse aqui. Não considero um filme ruim, mas extremamente vago. Não chega a ter uma conclusão e não conseguiu me atingir em momento algum.