Duas coisas precisam ser comentadas: 1 - Cortázar é um gênio. A ideia desse jogo - no qual ele fez um desenvolvimento magistral no conto "Manuscrito achado num bolso" - é sensacional. 2 - Tá pra nascer atriz que interprete personagens sedutoramente "loucas" e intensas tão bem como a Maria Luísa Mendonça.
O choque de dois mundos: o novo e o antigo, o bruto e o delicado, o carnal e o etéreo. Toda as vezes que assisto é sempre arrebatador, duas interpretações monstruosas de Vivien Leigh e Marlon Brando. Um marco do cinema.
Um filme pra sentir, ele trabalha com as nossas percepções e sentidos o tempo inteiro com seus longos silêncios, simbologia e recursos visuais. Bonito de doer, porém no ponto certo pra não cair no melodrama. E David Bowie na trilha sonora foi pra zerar tudo mesmo.
A cena do Donato dançando loucamente na boate me lembrou muito de "O abismo prateado" - outro filme do Karim - quando a Violeta também dança em total adrenalina. Duas cenas tão enérgicas mas que traduzem toda melancolia dos personagens.
Wagner Moura me dá mais um motivo pra ser um dos meus atores favoritos. Ele é o cara!
— Ele tornou-se um mito. Uma história de terror que os criminosos contam aos filhos de noite. "Dedure o seu colega e Keyser Soze vai te pegar." Ninguém nunca acreditou realmente. — Você acredita nele, Verbal? — O Keaton sempre disse: "Eu não acredito em Deus, mas eu o temo." Bem, eu acredito em Deus, e a única coisa que me assusta é Keyser Soze.
"Amarelou mangou de mim Não vai ficar de graça E dentro desta caixa Um corpo que não fala Um corpo de indigente Um corpo que não fala Um corpo que não sente Amarelou mangou de mim Não vai ficar de graça E dentro desta caixa Um corpo indigente Um corpo que não fala Um corpo que não sente
A minha vida até a morte é boa Por isso tudo um dia vai chegar Amarelô"
Que documentário! Visceral e mostrando de maneira por vezes crua e por outras poética, os altos e baixos, qualidades e defeitos dessa diva chamada Nina Simone.
Apesar de fazer aquilo que amava, que era música, Nina só se encontrou ao se engajar no movimento contra o racismo. Ela encontrou uma função, um objetivo na sua música, mas ainda assim ela lutava com seus demônios, uma existência dolorosa e por muitas vezes solitária ao apagar das luzes e ao silenciar da platéia. As palavras dela numa entrevista ao explicar qual seria a função de um artista, sintetizam bem isso:
"Acho que é uma coisa que escolhi fazer e me senti compelida a fazer. Então é o meu papel, mas, às vezes, queria que não fosse. Acho que os artistas que não se envolvem em pregar mensagens devem ser mais felizes, mas eu tenho de viver com a Nina, o que é muito difícil."
No entanto, ela não poderia parar, ela não poderia se silenciar..
"Sou apenas uma das pessoas cansada da ordem social, cansada do sistema, cansada até dizer chega. Para mim, a sociedade americana não passa de um câncer, que deve ser denunciado antes que possa ser curado. Não posso curá-la. Só posso expor a doença."
Nina era uma pessoa danificada. No melhor e pior sentido da palavra, e talvez por isso ela tenha sido uma mulher tão marcante, sensacional e especial. Lutadora. Artista na verdadeira essência da palavra. Capaz de tocar no âmago de sua platéia com todo seu talento.
Jogo Subterrâneo
3.2 57Duas coisas precisam ser comentadas:
1 - Cortázar é um gênio. A ideia desse jogo - no qual ele fez um desenvolvimento magistral no conto "Manuscrito achado num bolso" - é sensacional.
2 - Tá pra nascer atriz que interprete personagens sedutoramente "loucas" e intensas tão bem como a Maria Luísa Mendonça.
Dá pra entender pq o Martín resolveu inicialmente burlar as regras do jogo por ela.
Uma Rua Chamada Pecado
4.3 454 Assista AgoraO choque de dois mundos: o novo e o antigo, o bruto e o delicado, o carnal e o etéreo. Toda as vezes que assisto é sempre arrebatador, duas interpretações monstruosas de Vivien Leigh e Marlon Brando. Um marco do cinema.
Praia do Futuro
3.4 934 Assista AgoraUm filme pra sentir, ele trabalha com as nossas percepções e sentidos o tempo inteiro com seus longos silêncios, simbologia e recursos visuais. Bonito de doer, porém no ponto certo pra não cair no melodrama. E David Bowie na trilha sonora foi pra zerar tudo mesmo.
A cena do Donato dançando loucamente na boate me lembrou muito de "O abismo prateado" - outro filme do Karim - quando a Violeta também dança em total adrenalina. Duas cenas tão enérgicas mas que traduzem toda melancolia dos personagens.
Wagner Moura me dá mais um motivo pra ser um dos meus atores favoritos. Ele é o cara!
Nove Rainhas
4.2 463 Assista AgoraEnvolvente, dinâmico e inteligente. Um senhor filmaço, nem senti o tempo passar!
"Putos no faltan, lo que faltan son financistas."
"Santos no hay, lo que hay son tarifas diferentes."
Círculo de Fogo
3.8 2,6K Assista AgoraVéi... Brother... Mermão... Maluco... Mano... Dude... Parça... Malandro...
Que filme!
Minha infância assistindo Tokusatsu resgatada com sucesso e com louvor!
Os Suspeitos
4.1 782 Assista Agora— Ele tornou-se um mito. Uma história de terror que os criminosos contam aos filhos de noite. "Dedure o seu colega e Keyser Soze vai te pegar." Ninguém nunca acreditou realmente.
— Você acredita nele, Verbal?
— O Keaton sempre disse: "Eu não acredito em Deus, mas eu o temo." Bem, eu acredito em Deus, e a única coisa que me assusta é Keyser Soze.
Após assistir esse filme está decretado:
Kevin Spacey é Deus.
Amarelo Manga
3.8 543 Assista Agora"Amarelou mangou de mim
Não vai ficar de graça
E dentro desta caixa
Um corpo que não fala
Um corpo de indigente
Um corpo que não fala
Um corpo que não sente
Amarelou mangou de mim
Não vai ficar de graça
E dentro desta caixa
Um corpo indigente
Um corpo que não fala
Um corpo que não sente
A minha vida até a morte é boa
Por isso tudo um dia vai chegar
Amarelô"
What Happened, Miss Simone?
4.4 401 Assista AgoraQue documentário! Visceral e mostrando de maneira por vezes crua e por outras poética, os altos e baixos, qualidades e defeitos dessa diva chamada Nina Simone.
Apesar de fazer aquilo que amava, que era música, Nina só se encontrou ao se engajar no movimento contra o racismo. Ela encontrou uma função, um objetivo na sua música, mas ainda assim ela lutava com seus demônios, uma existência dolorosa e por muitas vezes solitária ao apagar das luzes e ao silenciar da platéia. As palavras dela numa entrevista ao explicar qual seria a função de um artista, sintetizam bem isso:
"Acho que é uma coisa que escolhi fazer e me senti compelida a fazer. Então é o meu papel, mas, às vezes, queria que não fosse. Acho que os artistas que não se envolvem em pregar mensagens devem ser mais felizes, mas eu tenho de viver com a Nina, o que é muito difícil."
No entanto, ela não poderia parar, ela não poderia se silenciar..
"Sou apenas uma das pessoas cansada da ordem social, cansada do sistema, cansada até dizer chega. Para mim, a sociedade americana não passa de um câncer, que deve ser denunciado antes que possa ser curado. Não posso curá-la. Só posso expor a doença."
Nina era uma pessoa danificada. No melhor e pior sentido da palavra, e talvez por isso ela tenha sido uma mulher tão marcante, sensacional e especial. Lutadora. Artista na verdadeira essência da palavra. Capaz de tocar no âmago de sua platéia com todo seu talento.