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Eu, Daniel Blake
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A Crônica Francesa
285 Assista Agora -
Aftersun
700 -
Pearl
985
Últimas opiniões enviadas
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Minari é um filme leve e natural - como a vida deve ser. A narrativa absoluta apresenta os desafios da vida dos imigrantes, com certa sutileza e com momentos de afago. A dificuldade está concentrada na relação matrimonial conflituosa e nos esforços do pai - é interessante como Steven Yeun constrói um personagem que sempre está carregado de tensão, cuja preocupação se manifesta em pequenos trejeitos, como o modo de segurar o cigarro.
A beleza do filme, no certo, é a mudança de vida a partir do ponto de vista das crianças - com especial menção ao David, lindamente interpretado -, que não entendem bem os porquês das mudanças mas vivem, principalmente com a avó, um relacionamento que foge do comum e, por fugir, se torna real.
Apesar da disputa acirrada ao Oscar deste ano, Minari é uma bela surpresa, como grande parte dos filmes da A24.
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Meu Pai
1,2K Assista Agora
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Meu Pai, dirigido por Florian Zeller, é uma bela surpresa. Desde Amor (2013, de Michael Haneke) não houve filme que representasse tão bem a senilidade despida de romanticismo ou emoções simplórias. É um filme complexo, do início ao fim.
A obra é uma adaptação da homônima e premiada peça teatral que o diretor assina. Florian Zeller é um dramaturgo conhecido que estreia sua primeira direção de cinema. Apesar da pouca experiência, há no filme uma bela condução dos atores principais e uma montagem que, em muito, busca o recurso teatral para se fazer entendida.
Talvez, o brilhantismo de Meu Pai seja não somente a bela e natural interpretação da velhice, algo comum à grande parte dos humanos – seja o convívio ou a chegada –, mas também a identificação das histórias que, a depender da interpretação, são vistas de modos diferentes.
Os personagens que moldam os arquétipos e que se relacionam levam, ao espectador, uma experiência de assemelhação, ainda que distantes em proporções continentais. Se esquecer também é um modo de lembrar, Meu Pai se consolida na dolorosa delicadeza da memória.- falo sobre filmes no site Minha Visão do Cinema e no instagram @rezendeiago
Últimos recados
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Alan Guimarães
Oi, Iago, obrigado pela curtida da minha lista de História Geral e espero que tenha gostado dela, mas tem também a minhas listas complementares de História do Brasil e do Oriente Médio, espero que você goste também. Abraços.
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Virginia Vilela
Uai, mas tem príncipe por aqui?
O Som do Silêncio aposta na sensibilidade, na empatia e na imersão.
A perda da audição de Ruben leva o protagonista até a tortuosa saga do encontro de si: ele se transforma e tal transformação reverbera na vida de baterista que, após uma surdez súbita, deve ser deixada para trás.
Ruben é acolhido em uma comunidade de deficientes auditivos cuja intenção principal não é ajuda-lo a ouvir novamente, mas torna-lo apto a conviver com a surdez. A partir daí, o embate toma forma interessante - ainda que, na minha opinião, a narrativa tenha sido moldada a partir de uma tratativa irreal do paciente com problemas auditivos -.
O filme apresenta o conflito entre a vida passada e a vida futura com clareza e objetividade mas falta, e muito, desenvolvimento nos personagens coadjuvantes. Por vezes, personagens com grande potencial, ao meu ver, eram desperdiçados com cenas rasas ou com pouco aprofundamento.
Riz Ahmed brilha muito, Paul Raci também. Mas com os olhos na acirrada disputa pelo Oscar, não acredito que O Som do Silêncio levará as estatuetas principais.