Últimas opiniões enviadas
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Hereditário
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Apesar de ter lido diversas opiniões falando que para pegar todo o contexto do filme você precisaria assistir novamente, não acho que tenho cabeça para fazer isso. Um dos melhores de 2018 e extremamente perturbador, assim como A Bruxa foi em 2015 e Corra! em 2017. Se você espera sustos fáceis, gore excessivo e a velha fórmula do horror, sinto dizer que esse filme talvez não seja para você.
Hereditário não tem um ritmo rápido, focando diversas vezes em elementos que em um primeiro momento podem não significar nada e em um estalar de dedos simplesmente podem significar tudoAinda assim, esse ritmo mais contido não tira o brilho do filme, que tem sua tensão elevada a cada cena, em que você sente a presença do Mal mesmo sem vislumbrar a sua face.(como as maquetes e o jogo de palavras).
No fim, Hereditário tem grandes atores (cada vez mais fã da Toni Collette), um bom enquadramento de câmeras e já faz parte dos bons filmes da atual safra do horror cada vez mais frequente no cinema.Embora tenha todo um tom sobrenatural, achei incrível o fato do filme insinuar que tudo pode não passar de uma insanidade dos personagens, e a tal herança transmitida pela família, o hereditário, ser apenas uma doença mental. Com relação ao ocultismo, ele te dá as peças necessárias para entendê-lo, porém no fim eu ainda tinha algumas lacunas que precisava preencher por não ter tanto conhecimento de demonologia.
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A abertura e o pôster são as melhores coisas desse filme.
Ele ainda traz personagens interessantes, mas que ficam perdidos na rede complexa de informações criadas pelo diretor e não chegam a lugar algum. Em muitos momentos, o filme apresenta diversos conceitos mas não faz qualquer questão de desenvolvê-los, o que funcionaria se a proposta do filme fosse outra.Com um roteiro falho, o filme erra em trazer a história da bruxa demoníaca Baba Yaga, que apesar de ser original, não causa a empolgação necessária em um filme deste tipo.
A parte técnica do filme também não ajuda em nada o roteiro e o diretor fracos, onde o trabalho de edição do filme é confuso, destruindo por vezes a narrativa e dificultando o entendimento do que se passa em tela, e a trilha, que apesar de ser boa, é mal utilizada.
Apesar de ternada justifica o resto de Don't Knock Twice, o que é uma pena já que ele apresentava um grande potencial.uma grande reviravolta nos minutos finais,
Últimos recados
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LegenDario
Olá Igor, tudo bem? Vem pro LEGIONÁRIOS, um grupo sobre filmes e séries onde você pode opinar, trocar experiências, participar de brincadeiras, receber indicações e muito+!
A participação é totalmente aberta a qualquer um que tiver vontade, bastando respeitar os colegas e o ambiente seguro de ofensas que buscamos proporcionar.
Entre pelo link abaixo e não esqueça de se apresentar e dizer que veio por convite do Gabriel Dario no Filmow. Se o convite tiver sido revogado, por favor avise :D
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eNakimushi
tbm queria saber
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Lucas Medeiros
Também sempre achei muito estranho, e de fato venho recebendo solicitações aleatórias o tempo todo. Mas vou dar uma limpada, valeu pelo conselho!
Antes de tudo não li o livro e não sei o filme foi fiel a ele ou a ideia central do mesmo. O filme apresenta uma atmosfera sombria e de apavoramento, causada pela guerra, e conta a história dos Ayres, que moram em uma grande mansão em deterioração, passando por diversos problemas financeiros que recebem o Dr. Faraday para uma consulta médica.
O que se segue a partir daí é uma série de revelações de segredos antigos, não só da família Ayres, mas de Faraday que não é tão inocente quanto aparenta. Agradável e cuidadoso, o médico é recebido facilmente pela família, já em estado de decadência, sofrendo o efeito pós-guerra. A insistência do personagem em se manter por perto desta mansão aos pedaços é irritante e por vezes parece ser forçada, até que finalmente entendemos a sua real motivação. Em uma das cenas mais emblemáticas Faraday é confrontado por Caroline sobre a sua sanidade mental, que é posta em xeque pelo médico em diversas ocasiões, e ela claramente diz que ele quer que ela esteja doente. A obsessão do médico com a mansão gera essa assombração, que busca ser explicada por todos mas simplesmente não tem explicação, que também não é confirmada e nem desmentida pelo filme deixando para o espectador decidir no que crer. Tendo um olhar mais cético, e explicando um pouco do que entendi, Faraday fica obcecado pela mansão ainda criança e como forma de levar ela consigo, ele rouba um pedaço da residência. Ele então tenta, já adulto, adquirir a mansão através de qualquer meio. Para isso ele interna Roderick, o único homem da família responsável pelas maiores decisões da propriedade e já afetado psicologicamente e fisicamente pela guerra. Com Caroline sendo a responsável pela propriedade, e estando sensível pela partida do irmão, ele propõe um casamento como a única alternativa para ele cuidar dela e da casa. Aqui foi um ponto que me deixou curioso, mas na cena da festa onde Caroline dançava com a amiga e todas as vezes que ela se afastava das investidas de Faraday, me levarem a pensar que ela seria lésbica. Ela ainda destaca que não gosta muito da amiga, talvez tentando afastar o pensamento de estar com outra mulher, o que na época, seria considerado impróprio. Ela então diz que sua mãe nunca aceitaria Faraday, no que este acredita ser por não ter nascido um aristocrata e apenas um filho de empregada. Então, ele cria um fantasma e leva a matriarca a acreditar que sua filha morta está insatisfeita com ela, levando-a um estado de instabilidade mental. Isso culmina com o possível suicídio de Sra. Ayres (será que foi Faraday?), e deixando Caroline livre e sem impedimentos para se casar com ele. E mais um vez, ela rejeita a proposta dele (devido ao motivo que falei anteriormente), e diz que vai vender a mansão e se mudar. Nesse ponto Faraday entra em um colapso por perder a grande mansão e só lhe resta uma última oportunidade de atingir seus objetivos, que seria assassinar Caroline. Essa cena em específico não deixa claro se realmente foi Faraday que a matou, mas com base na teoria que falei, achei mais plausível ser ele mesmo e se fosse alguma assombração, seria apenas uma projeção da obsessão do médico por aquele lugar.