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Últimas opiniões enviadas

  • Ched

    viver uma vida que valha a pena mesmo sem destino - só ponto de partida.

    caí nesse por acaso nas recomendações do YouTube. e ainda bem.

    é a história de um cara obcecado com o sentido do número 7, mas vai além.

    ele quer encontrar o sentido por trás dos acontecimentos da vida, e como no fim talvez eles nem façam sentido algum e seja tudo tão aleatório que é difícil aceitar. claro, não controlar nossa vida é assustador.

    é MUITO curioso, pois essa semana mesmo revi algumas curiosidades sobre Clarice Lispector e como ela se ligava nesse mesmo número 7 e a sua importância mística.

    perceba:
    - na Bíblia, Deus demorou 7 dias para construir o mundo;
    - existem 7 pecados capitais e também são 7 as virtudes cardinais;
    - são 7 os sacramentos na igreja,
    - ao morrer, Jesus falou exatamente 7 palavras;
    - são 7 as maravilhas mundo;
    - são 7 as notas musicais;
    - são 7 os dias da semana;
    - são 7 as cores do arco-íris;
    - são 7 as ondas que se pula no réveillon.

    e por aí vai.

    mas a questão é:

    esse curta é de uma sensibilidade tão grande que pensei é isso o que me vem à mente quando falo sobre gente que AMA cinema criando filmes.

    tão bonito e ao mesmo tempo tão simples, tão bem executado, desde a parte técnica (o argumento, as imagens que o diretor escolheu captar, movimentos de câmera) até a parte emocional, humana. uma IA jamais conseguiria produzir algo que chegasse perto disso.

    transformar experiências pessoais em algo bonito que seja ao mesmo tempo delicado e poderoso não é fácil, e muito menos pra qualquer um. e aqui é o que ele faz perfeitamente.

    experiências essas que, com certeza, muita gente se identificaria, assim como eu me identifiquei. um murro no estômago de quem também é meio obcecado com encontrar o sentido das coisas.

    talvez no fim das contas seja menos sobre buscar alguma explicação e mais sobre curtir o momento e apreciar as aleatoriedades da vida.

    soltar o controle e fazer apenas isso que hoje nos é tão difícil, mas caro: viver.

    visto em 01/05/2024

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  • Ched

    gente confusa destrói pessoas incríveis, e talvez você seja ambas. ao mesmo tempo.

    a história do filme é: lola tem o relacionamento "perfeito", aceita o pedido de casamento e o noivo termina tudo do mais absoluto NADA. tudo isso pertinho do seu aniversário de 29 anos.

    enrolei horrores pra ver esse, que já queria há algum tempo. mas acredito muito que só tenho vontade de ver algo quando aquilo será útil de alguma forma. e foi.

    nada me tira da cabeça que essa é a Frances Ha (que tinha 27) completando seus 29 anos. porque a semelhança entre ambas é inegável. Lola é uma Frances menos otimista, mais contida, calejada: a versão madura da Frances. mas não muito. porque a gente só muda com as experiências se escolher e se esforçar para isso, e elas ainda pensam muito parecido. Lola também é um pouquinho Fleabag, mas isso já é outra história.

    o filme já me pegou no monólogo inicial: quantas vezes já tivemos o mesmo medo de que algo mudasse, mas sempre ignorando que poderia ser uma mudança para melhor? ela ser a doida da astrologia e as risadas que dei no filme todo são só a cereja do bolo.

    ela passa por todas as fases de uma recém solteira.

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    desde chamar os amigos para acolher, a raiva, fazer merda com quem ela ama, as recaídas com o ex, fazer ciúmes a ele e sentir ciúmes dele, tentar outras relações antes de estar com a cabeça no lugar

    ... 100% a energia "gente como a gente".

    mas o mais importante aqui é a amizade. como essa relação dela com eles se desenrola. como ela confunde seus próprios sentimentos a ponto de quase atrapalhar uma relação genuína entre seus dois melhores amigos por puro egoísmo. e como retoma tudo isso de um jeito desastrado, mas sincero.

    algo bem marcante foi

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    ela se sentindo abandonada por todos quando só o ex a abandonou, os amigos não. e ela não só não permitiu que eles estivessem ali para ela como repeliu cada um com atitudes péssimas.

    mas reconheceu que precisava mudar isso, mesmo que aos poucos.

    mesmo que os amigos não a aceitassem de novo, ela precisava tentar. pois, para amar a si, precisava aprender a amar os outros. afinal, como disse bell hooks, o amor próprio só se constrói em comunidade.

    lembrei uma amiga dizendo que o filme "O casamento do meu melhor amigo", era uma história sobre amizade. e, nessa mesma perspectiva, Lola Contra o Mundo também.
    .
    Lola nunca teve paz de espírito na vida. sempre esteve obcecada com algo e não conseguia viver o momento presente. pra mim, essa é a essência do filme.

    no final, quando

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    o ex pede pra voltar (e eu fiquei NÃO VOLTE), ela reconhece que nunca esteve consigo, mas sempre focada nos outros, em algo externo.

    e é uma cena tão poderosa, pois justo no seu aniversário de 29 anos, o tão temido retorno de Saturno, ela reconheceu que a mudança finalmente veio - e que não abrirá mão dela.

    não uma mudança repentina, como pensou que seria, mas um processo. e se dessa vez ela não se destruiu a ponto de não poder voltar atrás, ela não o fará mais.

    visto em 26/04/2024

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  • Ched

    o que acontece quando um bloqueio emocional encontra alguém bom demais pra ser real?

    fui assistir essa sem expectativas, e até diria que por isso a experiência foi tão boa. mas a minissérie é tudo isso mesmo.

    desde

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    o primeiro encontro com esbarrão saído direto de uma fanfic do wattpad, até Harry sendo corajosa e se declarando para alguém que só viu UMA vez e mal sabia o nome.

    o ponto forte da série é: elas são diferentes do mundo, mas cada uma à sua maneira.

    Luna com seu problema de só conseguir dormir durante o dia e as outras pessoas darem sempre dicas e soluções fáceis que a fazem se frustrar ainda mais por não conseguir ser assim.

    Harry enfrentando problemas por ser uma pessoa com deficiência, como

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    as empresas não querendo contratá-la, o que demandaria ajustes no ambiente de trabalho. e o próprio irmão dela passando sermão mostrando como Luna deveria estar lá para sua irmã o tempo inteiro, como se ela não conseguisse fazer as coisas sozinha.

    óbvio que isso assustaria Luna, fazendo-a duvidar ainda mais da sua capacidade de oferecer algo tão importante. algo que, como ela mesma disse, não consegue dar nem a si: o cuidado.

    e aí entra como um bloqueio emocional é cruel.

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    Luna com MEDO por estar tudo indo bem demais. terminando tudo FUGINDO pra não dar tempo dar errado. pois fazer dar errado é menos assustador do que a possibilidade de funcionar.

    esse seria um lugar novo, onde ela não estava acostumada a estar. ah, o controle. a profecia autorrealizável.

    Luna não permitindo ter alguém que estivesse ali por ela, por não se julgar merecedora. Harry fazendo o mesmo, mas por ser tão independente que não gostaria de preocupar ninguém. se você disser que nunca esteve no lugar de uma delas (ou de ambas), você está mentindo.

    aqui, o

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    "desenvolvimento de personagem" (risos) da ex da Harry me pegou um pouco, mas desde o início Luna se abrindo para ser amiga da Wendy

    foi uma das coisas que mais me fizeram feliz e esperançosa com o rumo dela na série.

    quando terminei lembrei de cara da música true blue, de boygenius. especialmente o trecho "mas é bom ser conhecida tão bem, eu não posso me esconder de você como me escondo de mim mesma". porque é isso. resume bem o que Luna sente com Harry. algo tão intenso e esmagador que ela não sabe lidar. não sabe se deve ir, ou ficar.

    esse final total "você nunca me fez mal, exceto por aquela vez que não falamos sobre porque isso não importa mais" me deixou muito soft (sim, ainda MAIS do que já estava). a história entre elas foi um ciclo redondinho, e eu amei.

    também lembrei de algo que ouvi há alguns anos. que não precisamos tentar igualar a cadência dos nossos passos, só compreender que temos ritmos diferentes. que o meio do caminho também é bom de morar. e que, se alguém disposto chegar antes, esse alguém pode te esperar... se você deixar.

    visto em 25/04/2024

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