Eu concordo em muito com as críticas que poderiam ter tido mais zumbis, cenas de ação e tal.
"Ahh mas a história não é sobre os infectados, é sobre os personagens."
Concordo também, mas você não precisa abrir mão de um para exaltar o outro. O próprio jogo faz isso muito bem. E não é só porque com "mais violência", fica "mais daora". A agressividade é parte importante da narrativa de desumanização. Talvez isso tenha ficado mais claro no segundo game, porém isso já estava na sua primeira parte.
E eu nem acho que foi só uma escolha narrativa. Para mim fica claro, que a série não teve toda a grana que merecia para transpor sua fonte primária. Bom, faz parte.
Isto posto... Foi duca***! Neil Druckmann e Craig Mazin ainda fizeram muito com o pouco que tinham.
A série acertou naquilo que realmente importa pra gente embarcar nessa viagem pelos EUA: Ellie e Joel. Foi incrível assistir a química que Pedro Pascal e Bella Hamsey tiveram juntos. Ver a relação deles sendo construída (mesmo que apressada em alguns momentos) foi o verdadeiro ouro desta temporada. Aliás quase o elenco inteiro foi muito bem escalado. Minha exceção é a Melanie Lynskey que não convence como Kathleen. E o destaque fora da dupla principal é o Scott Shepherd como David. Os criadores não podia errar com esse personagem e... Não erraram! Ficou melhor que a versão do video-game.
Quero exaltar novamente aqui o Pedro Pascal. Seu Joel difere um pouco daquele do jogo, mas ainda é uma construção muito interessante pro personagem que mantém o seu cerne. E a Bella Ramsey desde o primeiro episódio já tinha me convencido como Ellie. E no decorrer da série, sua interpretação só cresceu ainda mais. Trabalho primoroso. Seus olhares já diziam tudo nas cenas.
Fiquei muito contente com o último episódio. Mantiveram a troca de papéis na dinâmica da dupla protagonista. Joel está mais aberto em sua relação com Ellie, já fazendo planos como uma família. Já Ellie está distante, distraída... Ainda traumatizada e processando todos os eventos que passou. E aí vem a cena das girafas! De todas as cenas do jogo, pra mim era essa que não podia ficar de fora. Ver o Joel feliz com o sorriso da Ellie diz tudo.
É interessante ver algumas pessoas dizendo que não gostaram do final. Essa reação foi a mesma do game 10 anos atrás. Eu amo esse final e fico satisfeito em ver essa discussão voltar de novo, mas agora no contexto da série. Isso engrandeceu o jogo na época e espero que faça o mesmo com a versão televisiva.
Primeira coisa a ser dita: Amanda Seyfried destruiu nessa minissérie! Uma das melhores atuações que vi nos últimos tempos.
Além disso, a maneira como a série amarra os diferentes pontos de vistas e nos deixa por dentro de toda a armação que a Theranos realizou, faz com que fiquemos ávidos para ver todo aquele circo ser desmascarado.
Para mim "The Dropout" está entre uma das melhores obras que mostram a origem (e aqui especificamente, a queda também) de uma empresa tech, ao lado de "Piratas do Vale do Silício" e "A Rede Social".
Primeiro que sim, é muito estranho já darem nota para algo que ainda não foi concluído.
Não que haja problema em assistir algo e não curtir. O que me chama atenção é os comentários sendo taxativos que a série não pode evoluir no conceito deles. Que está fadada a ser ruim e pronto. É uma certeza absoluta baseada em 25% do show, o que equivale a introdução de uma história (se formos olhar só a primeira temporada).
Curioso que a maioria dos comentários negativos possui uma pobreza argumentativa que fica no "muita lacração", "série flopou", "produção pobre", "Tolkien tá triste" e etc, etc, etc.
E algo me diz que apesar de toda essa reclamação e certeza de que não vai melhorar, esse povo vai continuar acompanhando a série e vindo aqui toda semana jogar sua frustração nos comentários. ¯\_(ツ)_/¯
Estou numa fase de motoqueiros mascarados, então peguei para assistir Black Kamen Rider depois de 30 anos para ver se o programa se sustenta ainda hoje ou se é apenas nostalgia. Meu veredicto? Um poucos dos dois...
Mesmo sabendo que se trata de um programa infantil, hoje meus olhos percebem coisas que meu EU criança não se incomodava. Como por exemplo, Issamu está sempre no lugar certo, na hora certa quando surge uma ameaça dos Gorgom. Aliás, Issamu não trabalha, não estuda... só anda de motocicleta o dia todo pelas ruas de Tóquio (hahaha). E onde diabos fica sua base/garagem para guardar todas suas motos?
Claro, eu entendo que essas conveniências de roteiro tem uma vantagem de não perder tempo mostrando nosso herói investigando o monstro da semana e já partir para a ação. Porém é impossível não reparar nisso ou em outras coisas, tais como: que não importa se a luta começa em um campo verdejante ou na cidade, ela terminará na pedreira da Toei! E que tanto Kamen Rider quanto Shadow Moon possuem trajes muito bonitos para a transformação e as poses. E tem os trajes mais surrados para as cenas de luta e ação (hahaha)!
Um dos maiores elogios que se faz a BKR é ser sombrio e dramático. E bom, isso é verdade. Entretanto vale lembrar que é uma série longa de 51 episódios e essa tônica vai diluir e voltar conforme a temporada se passa. Vou explicar melhor:
Consigo dividir esse tokusatsu em 3 partes. A primeira parte é focada em entendermos quem é Issamu Minami, sua família/amigos e como a organização Gorgom está envolvida nisso tudo. A primeira metade do primeiro episódio é perfeita. Temos aquele clima soturno que fez a fama da série. A fuga de Issamu na Battle Hopper, sua metamorfose e a trilha sonora dão todo o clima de terror para a origem do motoqueiro mascarado. O fato desses eventos ocorrerem de noite difere em muito dos tokusatsus coloridos exibidos nos anos 1990 no Brasil. Ainda teremos mais cenas noturnas assim em alguns episódios dessa primeira parte. Temos também toda uma conspiração política envolvendo pessoas influentes junto aos Gorgom que contribuem para se ter uma trama um pouco mais sofisticada.
Depois disso temos a 2ª parte de BKR. Ela é marcada por termos um novo vilão: Taurus. Não temos mais cenas de ação que se passam a noite e temos um baita aumento da participação de crianças. E como há crianças em BKR! Confesso que nem lembrava tão bem dessa meiuca de Kamen Rider. Não tinha memória nenhuma do Taurus. E assistindo hoje percebo o porquê. É um vilão que promete muito, por vim com um background de ser tão rebelde que precisou ser aprisionado pelo Imperador Secular. Mas ele entrega pouco. Seus planos de Dick Vigarista não trazem nenhuma consequência. Fora o visual nem um pouco memorável (e olha que ainda pintaram a cara dele em um dos episódios!).
BKR é uma série infantil e não há nenhum problema nisso. Só que o excesso de tramas envolvendo crianças é sim problemática já que o drama não se sustenta em boa parte delas. Talvez fosse o fato até de se levar menos a sério nesses episódios e ter um pouco mais de humor. O ápice disso são aqueles moleques bancando os Pequenos Guerreiros! Mesmo em Black Kamen Rider tudo isso soa muito forçado. Claro que nem tudo é ruim. Tem ótimos episódios como o do Monstro Telegator de duas cabeças, por exemplo, que mostra uma dualidade dos mutantes que será explorada mais para frente com o Monstro Baleia.
E na última parte de Black Sun temos Shadow Moon! E o nêmeses de Issamu é um ótimo vilão. Tem presença, um ótimo visual e mata nosso herói! E também mata a Battle Hopper! E mesmo morrendo comemora que isso deixará Issamu com remorso para o resto da vida. É um excelente adversário e a promessa de redenção não se cumpre. Lembro que aquele barulho de esporas no caminhar dele me deixava amedrontado quando criança. Claro que nem tudo é perfeito. Ainda há crianças em alguns episódios (de novo aquela Tropa Infantil, mas agora com armas nos últimos episódios!?! Hahaha). Contudo todo o arco do Monstro Baleia é maravilhoso e emocionante.
E finalmente consegui assistir o último episódio (já que ele não passou na época da TV Manchete)! E ele não decepciona. Traz uma boa conclusão para o Black Kamen Rider, o Shadow Moon e o Imperador Secular. É um final triste, mas esperançoso que combina com o que a série foi. Eu só acho difícil acreditar na solidão do Issamu. Com a derrota dos Gorgom, provavelmente Kyoko e Satie voltariam para o Japão para procura-lo. Todavia entendo que isso não precisava ser mostrado e o final agridoce de Issamu faz jus ao tom da série.
Foi ótimo rever Kamen Rider Black e mal posso esperar para ver sua nova versão que tem previsão de sair este ano.
Uma adaptação há muito aguardada e é ótimo chegar a conclusão que a espera não decepciona. Muito pelo contrário. Fiquei impressionado com Sandman. Os primeiros minutos do Morpheus apresentando O Sonhar já me pegaram bonito e dali até o final isso se manteve em mim.
Os efeitos visuais foram capazes de trazer aquele clima onírico que permeia as histórias do Sandman. Os atores foram muito bem escalados, mas meu destaque fica para Tom Sturridge e Kirby Howell-Baptiste. Estavam excelentes. A voz do Sonho ficou muito daora! E a Morte apaixonante! Também adorei a música-tema, embora em outros momentos acho que a trilha sonora deixou a desejar.
Quero destacar 6 alterações em relação às HQs. Três delas eu não curti, entretanto as outras três sim. Algumas até ficaram melhores do que a gente vê nos quadrinhos:
- A punição do Alex Burgess foi suavizada. Nos quadrinhos não é só dormir para sempre. É ter pesadelos também. Sinto que os realizadores ficaram com medo de vilanizar o Sonho. - Nos quadrinhos o John Dee não entrega seu amuleto de proteção para sua motorista involuntária. Ele a mata. Novamente parece que os produtores não queriam chocar a audiência. Temi que fossem fazer o mesmo no episódio 5, o que, ainda bem, não foi o caso. - Caim também é mais fdp nos quadrinhos. Ele tenta enganar o Sonho ao dizer que não tem mais um objeto criado por ele.
- Gostei de terem dado mais destaque para Lucienne e dela servir como bússola moral de Morpheus. Ficou uma personagem mais interessante do que sua contraparte em papel. - A troca dos pesadelos Brutto e Glob pelo pesadelo-que-queria-ser-sonho Gault também foi outra alteração bem-vinda que acredito que soma à jornada de mudança que o nosso Perpétuo está passando. - A princípio temi pelo por estarem dando tanta ênfase ao Coríntio, achando que fossem transformar numa típica história de herói/vilão. Felizmente isso não aconteceu e o Boyd Holbrook também é ótimo, então foi legal tê-lo por mais tempo de tela do que eu poderia imaginar.
Quero dizer que o 6º episódio foi o meu favorito. Eles adaptou duas das minhas histórias preferidas de maneira competente que fizesse sentido juntá-las no mesmo capítulo do seriado. Um episódio que fala de propósito, deveres, mudança, amizade... Enfim, uma aula de como contar histórias de maneira simples e eficiente. Aliás, espero que numa vindoura temporada, tragam mais dessas histórias solos que permeiam os quadrinhos de Sandman. Há muitas pérolas entre os grandes arcos de histórias.
Todos os méritos ao Neil Gaiman que foi o criador dos quadrinhos do Sandman e que hoje está trabalhando na produção da série. E também aos seus parceiros, sejam eles os desenhistas com quem trabalhou, sejam também os roteiristas, diretores, atores etc. que trouxeram à luz a série televisionada.
Começa como uma sitcom genérica. Então a partir da metade a série embarca mais no nonsense e na sátira onde todos os personagens passam por situações ridículas. Assim vai até culminar no apoteótico episódio do paintball!
Valeu a pena! Tomara que a série continue apelando nos absurdos e referências. E que deem mais espaço pro Abed e o Troy.
Muito bom reassistir depois de anos do seu lançamento. E minha ótima impressão sobre a primeira temporada só aumentou.
A investigação te prende do início ao fim nos tornando cúmplices dos 2 investigadores. Por mais que suas ações nem sempre sejam corretas, torcemos para que ambos consigam chegar na verdade e punam os criminosos.
As atuações são boas e o destaque obviamente é para a dupla McConaughey/Harrelson. O fato de serem amigos na vida real ajuda bastante na química de Rust/Marty trazendo mais camadas no já manjado clichê de parceria policial que estão sempre colidindo um com o outro.
Os diálogos filosóficos, a montagem em diversos períodos temporais e o flerte constante com o sobrenatural só enriquecem ainda mais a obra mostrando que a mais antiga história de luz contra trevas ainda pode render momentos inspiradores.
Gostei de ver que aproximaram esta temporada dos quadrinhos, embora ela tenha seu próprio rumo. A primeira temporada é até legal, mas destoa tanto que parece um grande filler.
Aqui temos a adição do Graal com um ótimo Herr Starr que não deve em nada a sua contraparte da HQ. O Santo dos Assassinos está mais ameaçador aqui. O fato da Palavra inicialmente não funcionar com ele rendeu ótimos momentos de perigo e tensão para o trio.
Tulip deixou de ser uma personagem chata para se tonar muito mais tridimensional. Jesse ainda está confuso sobre o que quer e o que fazer. E Cassidy sempre me deixa feliz quando aparece.
O mais chato de assistir é toda a trama do Eugene (Cara de Cu!) com o Hitler. Parece que isso não vai a lugar nenhum.
Sei que minha opinião é ligado ao fato de eu comparar com o gibi, mas é impossível não fazê-lo quando você gosta bastante do material fonte.
Que série incrível. Consegue dosar bem o maravilhamento da viagem espacial com a politicagem da época e o drama humano dos seus personagens.
Ver os astronautas no espaço traz ao mesmo tempo os sentimentos de excitação e risco como imagino que deve ser uma aventura dessas, ainda mais naquela época.
Embora eu tenho ficado muito empolgado com a cena pós-crédito do season finale, eu preferiria ir acompanhando essa evolução tecnológica no decorrer dos episódios, do que apenas tivesse uma passagem de tempo para a próxima temporada.
For All Mankind é uma série para todos os amantes da exploração espacial.
A melhor coisa deste final de temporada é o amadurecimento de Korra. Depois de ter passado por poucas e boas, ela cresce em seu papel como Avatar e naquilo que deseja fazer pelo mundo. Sua compaixão é o seu maior poder.
As animações de Avatar tem uma boa tradição de fazer, na maior parte do tempo, inimigos tridimensionais, que realmente acreditam estar fazendo o bem. Isso engrandece a obra e faz nossa protagonista questionar o que é o certo a fazer.
Kuvira foi uma ótima vilã, que já tinha dado a entender na temporada passada que teria um papel maior. E eu venho dizendo que em todas as temporadas de A Lenda de Korra, nossa heroína teve que enfrentar 2 antagonistas e aqui acho que isso não foi diferente. Só que desta vez, seu segundo rival foi ela própria o que colaborou com sua jornada de crescimento. Como eu gosto de ver uma relação que herói/vilão passam a ter, achei muito daora a participação de Zaheer.
Foi muito bom ver Toph novamente e sua relação com sua família. Esse núcleo de Zaofu é muito bom. Também curti terem dado mais espaço ao Bolin, Varrick (como eu gosto dele! sempre dou boas risadas) e Zhu Li. Por outro lado, Mako, Tenzin e Jinora ficaram bem apagados nessa temporada.
Essa temporada só não é perfeita por 2 motivos principais: primeiro por terem gastado logo na última temporada um episódio com um clip show!!! Que desperdício fazer isso logo agora. Não importa se o motivo foi grana ou não terem história para preencher. Melhor se tivessem fechado a temporada com 12 episódios.
E o segundo motivo é falta de coragem do realizadores em terem trabalhado melhor a relação da Korra e da Asami. Podem argumentar que era 2014, por isso seria melhor a sutileza. Mas se fossem sempre pensar assim, nunca teríamos a nova She-Ra "normalizando" aquilo que já é normal.
As cenas de ação nos últimos episódios ficaram legais e o final foi coerente com a jornada de Korra e todas as mudanças que ela trouxe ao mundo. Acredito que o fato de termos diversos vilões com diferentes tipos de poderes e ameaças ao longo da série, menos episódios por temporadas e também tramas um pouco mais maduras na politicagem me fizeram gosta mais de A Lenda de Korra do que A Lenda de Aang.
Que as próximas animações de Avatar continuem assim.
Não tenho palavras para descrever o nível de emoção dos 2 últimos episódios. As cenas de luta aqui foram as melhores da série até agora. Vimos novos tipos de dobras e poderes, várias batalhas acontecendo ao mesmo tempo. E a ameaça de Zaheer e seu bando era palpável que fiquei tenso em vários momentos temendo pela vida dos personagens.
Estou muito satisfeito como A Lenda de Korra tem conseguido criar ótimos vilões ao longo das temporadas. E seguindo a fórmula das temporadas anteriores, os realizadores tem buscado diversificar isso colocando além do vilão principal um outro antagonista, que nesta 3ª temporada foi a Rainha da Terra.
A animação acerta muito ao trazer abordagens políticas e conflitos sobre populismo, corrupção, liberdade e poder. E as vezes isso é feito de forma sutil como por exemplo a vó do Mako e Bolin que tem um reverência por sua líder questionável.
Achei muito legal ver como os eventos da 2ª temporada trouxeram mesmo mudanças no mundo de Avatar. E nisso fiquei muito feliz ao vez o aparecimento de outros dobradores do Ar. Eu achava um fardo muito pesado para o Tenzin e sua família serem os únicos responsáveis pela perpetuação dos Nômades do Ar.
Falando na família do Tenzin, está sendo muito gostoso acompanhar a evolução da Jinora. Algo que já vinha da temporada anterior. É uma ótima personagem. Ponto positivo também por explorarem mais da chefe de polícia Lin Beifong e por consequência a família da Toph.
Seguraram até aqui, mas finalmente tivemos a participação do (Lorde) Zuko! Sensacional ver como ele se transformou em um líder sábio e respeitado por todos.
Tendo acompanhado mais da metade da série, falo sem sombra de dúvidas que Korra é uma das melhores heroínas já feitas. Suas ações possuem consequências. Boas ou más. E ver como ela lida e cresce com isso tem sido a melhor parte da sua série animada. E até mesmo na sua vitória, ela acaba perdendo algo. Já foi assim com a conexão com os antigos Avatares. Não pude segurar a lágrima ao ver seu estado no episódio final.
Sua história é trágica. Assim como a de todos os grandes heróis.
Gosto bastante como A Lenda de Korra tem conseguido trabalhar temas maduros no meio de toda a fantasia da série. Nesta temporada tivemos guerra civil entre um povo, senhores da guerra que lucram com ela, manipulação e interesses políticos. Excelente.
A parte fantástica não fica atrás. Ao ver que Korra já dominava todos os elementos no final da primeira temporada, estava curioso em ver o que os realizadores poderiam bolar para fazer nossa Avatar continuar progredindo. E aqui tivemos a prova que eles ainda tem cartas na manga para isso o que é ótimo, pois assim não temos uma repetição da jornada do Aang. E de quebra ainda serviu para enriquecer toda a mitologia de Avatar com a história de Wan, Raava e Vaatu.
Algo interessante que não sei se foi proposital ou não, mas foi ver que a segunda temporada seguiu um esquema parecido com a primeira. Lá tivemos não só um vilão principal, mas também um antagonista com papel dúbio. E aqui também com Unalaq como o cara a ser batido e Varrick como o aliado ocasional que tem seus próprios interesses. É um ótimo personagem que promete ainda mais para o futuro.
Outra coisa que achei muito bacana foi ver como a série animada trabalhou diferentes núcleos separados para depois juntá-los no final. Assim acompanhamos toda a politicagem com o núcleo da Cidade República, um pouco do passado do Tenzin com seus irmãos ao mesmo tempo que mostra que até ele tem muito o que aprender e Korra tendo que fazer uma jornada interior.
Ver que ela é uma protagonista falível só a enriquece mais, mostrando que só o fato dela ser a Avatar não a torna sábia e especial. Muito pelo contrário, ela ainda precisa aprender muito, pois suas responsabilidades são muito maiores. E seus erros também, justamente pelo grande papel que tem. Seu olhar de pesar e culpa já são o suficiente para mostrar que ela entende isso.
Primeiramente foi uma ótima surpresa ver a estética steampunk nesta primeira temporada. Adoro jogos de vídeo game ambientados num passado retro-futurista e ver A Lenda de Korra numa cidade com esta aparência foi uma boa sacada para distancia-lo do seu predecessor.
Amon foi um baita vilão também. Poderoso e inteligente o suficiente para ser um adversário digno para a Avatar, além de ter uma boa motivação e um background interessante. Fora que tinha um visual muito maneiro. Tarrlok também foi um antagonista bem fascinante.
Gostei também como a temporada vai nos entregando a conta-gotas vislumbres dos personagens clássicos. Ficamos curiosos para saber o que aconteceu com cada um e aos poucos vamos vendo Aang, Toph, Sokka... O que é muito massa! Eu só queria um pouquinho do Zuko que é o meu personagem favorito do Avatar clássico, porém entendo que é bom guardar algo para as próximas temporadas. Também vale acrescentar que curti conhecer os descendentes desses personagens.
E por último, mas não menos importante: Korra. Logo de começo comprei nossa protagonista. Já começa bem poderosa dominando 3 elementos o que a deixa um pouco arrogante. Mas não demora muito para descobrirmos que isso é uma fachada pelo fato de sentir nos ombros o peso de ter que suceder o Avatar que trouxe equilíbrio ao mundo. E com isso o cenário está armado para vermos nossa heroína amadurecer e evoluir tendo que superar sua impaciência e arrogância.
E só pra não deixar em branco, o quadrilátero amoroso não me incomodou, teve até momentos divertidos, mas obviamente não era o que eu estava mais empolgado em assistir. Acredito que A Lenda de Korra começou muito bem e espero que melhore ainda mais.
Um amigo me perguntou se eu havia chorado com o Capítulo 16. Ao ler minha afirmativa, ficou feliz de saber que não tinha sido só com ele. Então eu respondi que por mais que seja legal ver espadas a laser e brigas de navinha, é na emoção dos personagens que faz a gente amar Star Wars.
E isso só é possível porque nós nos relacionamos com Din Djarin, Grogu, Cara Dune, Greef Karga, Mayfield e tantos outros. São personagens com motivações bem definidas o que torna muito fácil conectarmos a eles.
Sem contar que é muito bacana rever velhos conhecidos como Ahsoka, Boba, Bo-Katan e Luke. Nos dá a sensação gostosa de estar num lugar que nos sentirmos bem. E a qualidade técnica impecável, mesmo sendo para a TV, salta aos olhos.
Porém isso de nada funcionaria se não tivéssemos a mente de Jon Fraveu para arquitetar esta trama junto com toda a expertise do Dave Filoni sobre o cânone dessa galáxia-muito-muito-distante. E assim, esse dois contadores de história conseguiram desenvolver uma trama coerente e bem amarrada onde entendemos facilmente o resultado dos eventos mostrados.
E essa é a chave do sucesso de The Mandalorian. Não basta só colocar Império, Rebeldes, Jedi, Mandalore se não souber trabalhar com esses elementos de forma coesa. E não precisa fazer nada rebuscado. A Força é forte nesta série justamente pela sua simplicidade de nos mostrar um pai querendo proteger o seu filho. Isso é Star Wars. É isso que fez meu amor por Star Wars ser renovado.
Tão bom acompanhar uma série que manteve sua alta qualidade por 4 temporadas e recompensou o público com um final impactante e intimista ao mesmo tempo. Sam Esmail ainda tinha cartas na manga para o episódio derradeiro.
Realmente foi um "TV Show", pois seu criador não tinha medo de arriscar ao fazer episódios que emulassem um seriado dos anos 1980 ou uma peça de teatro. Ou ainda episódios que davam a impressão de um longo plano-sequência ou que não haviam quase nenhum diálogo. Fora a entrega dos atores, dos principais aos coadjuvantes.
E ainda tem a fotografia, os enquadramentos e a trilha sonora que deram uma identidade audiovisual única para Mr. Robot. Procura uma obra de arte na televisão? Está aqui.
Só pela Clara, já vale a pena assistir. Vale destacar também a referência a Game of Thrones. Ficou bem legal. E não tem jeito. Vastra, Jenny e Strax juntos não tem um terço do carisma de um Capitão Jack.
The Flash é um ótimo acerto no meio de tantas produções de heróis. Nascido como um derivado de Arrow, o episódio piloto mostrou que a série seguiria seu próprio caminho. Remando contra a "darkinizição" que diversos produtos da DC têm seguido ultimamente, como em séries (o próprio Arrow, Gotham), filmes (Man of Steel, BvS), e games (Injustice); The Flash apostou num clima mais leve e divertido.
Sem medo de usar vilões cartunescos ou ideias bizarras tiradas de quadrinhos de mais de 50 anos atrás, a série não nos deixou de apresentar um gorila inteligente, um anel que serve de guarda-roupa ou um elmo com um par de asas. Com isso os produtores de The Flash mostram que acreditam e respeitam a mitologia que tem nas mãos. Ao contrário do Arqueiro Verde onde, infelizmente, os criadores optaram por pegar emprestado elementos do Homem-Morcego.
Verdade seja dita, os poderes do Flash aliado com sua extensa Galeria de Vilões abri muitas possibilidades para serem exploradas. O que resultou numa temporada que, mesmo que tivesse a fórmula do vilão da semana, tinha uma história maior a ser contada. Com isso sua trama envolvendo viagens no tempo e realidades paralelas (multiverso?) deixaram pontas soltas para serem trabalhadas na próxima temporada.
Tudo isso não seria possível, caso não tivéssemos um bom Flash. E isso é conseguido, pois Barry Allen representa bem o papel do clássico herói: movido por uma tragédia, ele decide usar os poderes para o bem. Simples assim. E curtindo sua nova condição de super-herói, ele ganha mais confiança, o que não tardará para o Velocista aprender lições de humildade fazendo-o evoluir no papel de guardião de Central City.
E claro, todo bom herói precisa de um bom vilão. E nisso o Flash Reverso se revela um nêmeses a altura. Com uma dinâmica clichê de mentor-aluno vemos uma construção gradual da amizade entre ambos que resultará em bons confrontos.
Apesar disso, vale dizer que a série está longe de ser perfeita. Mesmo tendo uma temporada com mais de 20 episódios, poucos vilões realmente são desenvolvidos. E verdade seja dita, poucos vilões realmente representam uma ameaça ao Flash (sua supervelocidade faz dele um dos heróis mais "apelões" das HQ's). Então muitas vezes vemos o Velocista sendo derrotada de maneira simplória, só para efeito dramático. Ok, isso também ocorre em quadrinhos e animações, seria difícil a série não fazer. Aliás, deve-se exaltar sua qualidade técnica. Estamos falando de um produto de TV que não dispõe de tanto recurso como o cinema, e ainda assim tivemos bons efeitos especiais nas cenas de ação como no resgate do trem (E04), Flash vs Flash Reverso (E17) e Grodd (E21)!
Outra ressalva a ser feita, é que por ter como público-alvo os adolescentes, faz-se necessário o romance, triângulo amoroso, etc. O problema é que isso é mal feito, gerando diálogos ruins e muitas vezes resoluções simplistas para não atrapalhar o ritmo da série. Se para abranger o maior número possível de pessoas, a série precisa de uma sub-plot romântico, que isso seja feito da melhor forma possível e não apenas jogado na tela.
Enfim, o maior mérito de The Flash foi entregar uma temporada consistente. Aqueles que são fãs de super-heróis terão uma aventura de valor aliado com boas doses de suspense e ficção-científica. Com tantas possibilidades, o futuro do Velocista Escarlate na TV é promissor.
A nova encarnação do Homem sem Medo é visceral. Com uma pegada soturna temos o Universo Marvel em outra camada; urbano, sujo e violento. A série apresenta o trágico herói cego que na sua busca por justiça não se conformará apenas em utilizar a lei, mas também seus talentos sobre-humanos.
A ação é brutal, não economizando no sangue e nos ossos quebrados. O Demolidor bate, mas também apanha. E muito. Vale destacar o plano-sequência do episódio S01E02 em que mostra o herói numa incrível cena de porradaria num corredor à la Oldboy.
Mas nada disso valeria se não tivéssemos bons personagens. O trio de atores Charlie Cox (Matt), Deborah Ann Woll (Karen) e Elden Henson (Foggy) possuem uma ótima química. Juntos entregam momentos emocionantes e divertidos mostrando em diversas vezes a ideia de família dos moradores da Cozinha do Inferno.
Outros coadjuvantes também mereciam ser citados, mas vou falar um pouco do Vincent D'Onofrio. Embora seu Wilson Fisk seja diferente das HQ's ainda temos aqui o filantropo/rei do crime que deseja ter controle de tudo e todos. Um vilão complexo e dramático que serve muito bem de antítese ao mocinho.
A série não tem pressa de explicar os poderes e motivações de Matt Murdock em flashbacks bem inseridos. Olhos atentos verão easter eggs não só do Universo Marvel das telas, como também dos quadrinhos, dando uma ideia do que ainda pode vim por aí.
Demolidor é um grande filme de 13 horas com uma baita trama policial que envolve corrupção, disputa de poder e sacrifício. Sacrifício daqueles que acreditam estar fazendo o melhor para a sua cidade. A primeira produção da Marvel/Netflix já se mostra como uma das melhores adaptações de quadrinhos não devendo em nada àquelas que vão para os cinemas.
É tão bom assistir "Sherlock". A gente espera por algo incrível, e a série não decepciona. Pode-se manter as expectativas lá em cima, porque elas serão cumpridas.
Tá tudo lá. Benedict (Sherlock) e Martin (John) arrebentando. Os coadjuvantes bem aproveitados, com destaque para o Mark (Mycroft), Amanda (Mary) e Lars (Charles). As histórias com os ótimos diálogos e as reviravoltas bem contextualizadas. E a produção caprichou na edição e nos efeitos visuais que nos colocam dentro da cabeça do detetive, para compreender como ela funciona.
"Sherlock" é engraçado sem ser bobo e inteligente sem ser pedante. A única coisa ruim é ter que esperar "sabe-se lá quanto tempo" pela próxima temporada.
A maior força desse especial está na emoção que ele proporciona, afinal já sabemos de certa forma como ele acaba. E nisso The Time of the Doctor se sai muito bem. Temos momentos engraçados, reflexivos e empolgantes do Senhor do Tempo. Matt se saiu muito bem. Não só aqui, mas durante toda sua jornada. Seu Doutor consegue misturar ingenuidade e sabedoria de forma autêntica.
Quanto a trama, a expectativa era alta, ainda mais depois do excelente especial de cinquentenário. E a história até começa bem. Porém depois parte para a explicações apressadas, onde temos que nos convencer que aquilo faz sentido. Se a origem do Silêncio é bem-vinda, a falta de mais informações sobre o planeta Trenzarole acaba fazendo falta.
E claro, temos soluções fáceis para os conflitos, algo que sempre teve em Doctor Who. Eu particularmente estava aceitando qualquer desculpa para novas regenerações, então não me incomodou (muito). A presença da Amy ali também tem um efeito dramático que funcionou na hora. E novamente a Clara mostrando ser a melhor pessoa do mundo. <3
Deixando isso de lado, vale a pena voltar a falar do Matt e do incrível legado que ele deixou para a série. Seu Doutor será lembrado pelos fãs. E o seu discurso de despedida não é um lamento de fim, mas uma felicitação pela mudança e pelo novo começo que ela traz.
Melhor momento: Doutor - Todos nós mudamos... quando você pensa sobre isso. Somos diferentes pessoas durante nossas vidas. E tudo bem, está bom, temos que continuar mudando, desde que nos lembremos das pessoas que éramos. Não esquecerei uma linha disso. Nem um único dia. Eu juro. Sempre lembrarei quando o Doutor era eu.
Excelente temporada. Toda a confusão da anterior ficou pra trás, e aqui tivemos Doctor Who de volta ao básico: viagens no tempo e espaço para enfrentar ameaças alienígenas. E tudo com muita diversão!
"Asylum of The Daleks" começa a série com o pé direito não só por trazer os clássicos antagonistas do Doutor de volta, como também a estréia da Clara, a Garota Impossível <3!
No próximos episódios tivemos algo que eu estava sentido falta: participação da família dos acompanhantes do Doutor. Neste caso, foi o pai do Rory. Por falar nisso, a despedida dos Ponds foi a altura deles. "The Angels Take Manhattan" foi sensacional. Os Anjos com o seu velho modus operandi tocando o terror. E por mais improvável que fosse a Estátua da Liberdade poder se mexer na "cidade que nunca dorme", ver sua cara raivosa é "massavéio" no melhor sentido! O final da história de Amy e Rory com o Doutor foi emocionante como tinha que ser.
E o lado bom disso, foi termos de volta a Clara. Inteligente, corajosa, bonita. Não tem como não amá-la! E ainda envolta em um mistério. Um mistério! Já é o suficiente para ser fazer uma ótima temporada. Todos os episódios seguintes mantiveram o bom nível. OK, o do Neil Gaiman nem tanto, mas também não foi de todo ruim. Não se acerta todas... Vale destacar "The Bells of Saint John", "The Rings of Akhatenn" e "The Name of the Doctor". Esse último então, foi sensacional. Tivemos uma boa explicação para a Garota Impossível, um vislumbre dos muitos passados do Doutor e um ótimo gancho que deixa a gente com vontade de ver o especial de 50 anos ontem! Mas como não tenho uma Tardis, vou ter que esperar mais um pouco mesmo. Gerônimo!
A sexta temporada chega como a mais fraca entre todas até aqui. Ela está cheia de boas ideias e ótimos episódios, porém tenho a impressão que Moffat se perdeu em algum momento. O charme de Doctor Who é ser uma série que brinca de ser complexa, quando na verdade é bem simples. Pois bem, nessa temporada largaram a simplicidade para embarcarem na confusão!
Muitos mistérios e enigmas que para mim fez a série perder o foco e quase deixar de ser um sci-fi bem humorado. Ou vai ver, isso que estou reclamando é só o meu trauma com Lost... Claro, não posso negar que a revelação do episódio "A Good Man Goes to War" foi impactante. Mas depois você vê que não souberam tirar bom proveito disso. Aliás, tudo isso me pareceu um gibi ruim dos X-Men dos anos 90... Privilegiam o impacto e depois não sabem trabalhar com as consequências.
E a Amy, que adorava repetir que "o tempo pode ser reescrito" se conformou facilmente com a perda da filha. O Rory então... nada. Aliás, o casal Pond começa a dar sinais de desgaste e cansaço na série. E nem aqui e nem em Gallifrey que a River e o Doutor convencem como um casal. Não há nenhuma química entre eles.
Pelo menos tivemos excelente episódios que não tinham nada a ver com essa bagunça como "The Doctor's Wife" (Neil Gaiman, né), "The Girl Who Waited" e "Closing Time".
Loki (2ª Temporada)
4.0 189Loki ex machina
The Last of Us (1ª Temporada)
4.4 1,2K Assista AgoraEu concordo em muito com as críticas que poderiam ter tido mais zumbis, cenas de ação e tal.
"Ahh mas a história não é sobre os infectados, é sobre os personagens."
Concordo também, mas você não precisa abrir mão de um para exaltar o outro. O próprio jogo faz isso muito bem. E não é só porque com "mais violência", fica "mais daora". A agressividade é parte importante da narrativa de desumanização. Talvez isso tenha ficado mais claro no segundo game, porém isso já estava na sua primeira parte.
E eu nem acho que foi só uma escolha narrativa. Para mim fica claro, que a série não teve toda a grana que merecia para transpor sua fonte primária. Bom, faz parte.
Isto posto... Foi duca***! Neil Druckmann e Craig Mazin ainda fizeram muito com o pouco que tinham.
A série acertou naquilo que realmente importa pra gente embarcar nessa viagem pelos EUA: Ellie e Joel. Foi incrível assistir a química que Pedro Pascal e Bella Hamsey tiveram juntos. Ver a relação deles sendo construída (mesmo que apressada em alguns momentos) foi o verdadeiro ouro desta temporada. Aliás quase o elenco inteiro foi muito bem escalado. Minha exceção é a Melanie Lynskey que não convence como Kathleen. E o destaque fora da dupla principal é o Scott Shepherd como David. Os criadores não podia errar com esse personagem e... Não erraram! Ficou melhor que a versão do video-game.
Quero exaltar novamente aqui o Pedro Pascal. Seu Joel difere um pouco daquele do jogo, mas ainda é uma construção muito interessante pro personagem que mantém o seu cerne. E a Bella Ramsey desde o primeiro episódio já tinha me convencido como Ellie. E no decorrer da série, sua interpretação só cresceu ainda mais. Trabalho primoroso. Seus olhares já diziam tudo nas cenas.
Fiquei muito contente com o último episódio. Mantiveram a troca de papéis na dinâmica da dupla protagonista. Joel está mais aberto em sua relação com Ellie, já fazendo planos como uma família. Já Ellie está distante, distraída... Ainda traumatizada e processando todos os eventos que passou. E aí vem a cena das girafas! De todas as cenas do jogo, pra mim era essa que não podia ficar de fora. Ver o Joel feliz com o sorriso da Ellie diz tudo.
É interessante ver algumas pessoas dizendo que não gostaram do final. Essa reação foi a mesma do game 10 anos atrás. Eu amo esse final e fico satisfeito em ver essa discussão voltar de novo, mas agora no contexto da série. Isso engrandeceu o jogo na época e espero que faça o mesmo com a versão televisiva.
The Dropout
4.0 57 Assista AgoraPrimeira coisa a ser dita: Amanda Seyfried destruiu nessa minissérie!
Uma das melhores atuações que vi nos últimos tempos.
Além disso, a maneira como a série amarra os diferentes pontos de vistas e nos deixa por dentro de toda a armação que a Theranos realizou, faz com que fiquemos ávidos para ver todo aquele circo ser desmascarado.
Para mim "The Dropout" está entre uma das melhores obras que mostram a origem (e aqui especificamente, a queda também) de uma empresa tech, ao lado de "Piratas do Vale do Silício" e "A Rede Social".
Star Wars: Histórias dos Jedi (1ª Temporada)
4.2 32Foi tão bom ver Anakin e Ahsoka juntos de novo! <3
Mas aí no mesmo episódio vem aquela pancada pra nos lembrar onde tudo isso vai culminar. =´(
O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (1ª Temporada)
3.9 785 Assista AgoraPrimeiro que sim, é muito estranho já darem nota para algo que ainda não foi concluído.
Não que haja problema em assistir algo e não curtir. O que me chama atenção é os comentários sendo taxativos que a série não pode evoluir no conceito deles. Que está fadada a ser ruim e pronto. É uma certeza absoluta baseada em 25% do show, o que equivale a introdução de uma história (se formos olhar só a primeira temporada).
Curioso que a maioria dos comentários negativos possui uma pobreza argumentativa que fica no "muita lacração", "série flopou", "produção pobre", "Tolkien tá triste" e etc, etc, etc.
E algo me diz que apesar de toda essa reclamação e certeza de que não vai melhorar, esse povo vai continuar acompanhando a série e vindo aqui toda semana jogar sua frustração nos comentários.
¯\_(ツ)_/¯
Kamen Rider Black
4.1 84 Assista AgoraEstou numa fase de motoqueiros mascarados, então peguei para assistir Black Kamen Rider depois de 30 anos para ver se o programa se sustenta ainda hoje ou se é apenas nostalgia. Meu veredicto? Um poucos dos dois...
Mesmo sabendo que se trata de um programa infantil, hoje meus olhos percebem coisas que meu EU criança não se incomodava. Como por exemplo, Issamu está sempre no lugar certo, na hora certa quando surge uma ameaça dos Gorgom. Aliás, Issamu não trabalha, não estuda... só anda de motocicleta o dia todo pelas ruas de Tóquio (hahaha). E onde diabos fica sua base/garagem para guardar todas suas motos?
Claro, eu entendo que essas conveniências de roteiro tem uma vantagem de não perder tempo mostrando nosso herói investigando o monstro da semana e já partir para a ação. Porém é impossível não reparar nisso ou em outras coisas, tais como: que não importa se a luta começa em um campo verdejante ou na cidade, ela terminará na pedreira da Toei! E que tanto Kamen Rider quanto Shadow Moon possuem trajes muito bonitos para a transformação e as poses. E tem os trajes mais surrados para as cenas de luta e ação (hahaha)!
Um dos maiores elogios que se faz a BKR é ser sombrio e dramático. E bom, isso é verdade. Entretanto vale lembrar que é uma série longa de 51 episódios e essa tônica vai diluir e voltar conforme a temporada se passa. Vou explicar melhor:
Consigo dividir esse tokusatsu em 3 partes. A primeira parte é focada em entendermos quem é Issamu Minami, sua família/amigos e como a organização Gorgom está envolvida nisso tudo. A primeira metade do primeiro episódio é perfeita. Temos aquele clima soturno que fez a fama da série. A fuga de Issamu na Battle Hopper, sua metamorfose e a trilha sonora dão todo o clima de terror para a origem do motoqueiro mascarado. O fato desses eventos ocorrerem de noite difere em muito dos tokusatsus coloridos exibidos nos anos 1990 no Brasil. Ainda teremos mais cenas noturnas assim em alguns episódios dessa primeira parte. Temos também toda uma conspiração política envolvendo pessoas influentes junto aos Gorgom que contribuem para se ter uma trama um pouco mais sofisticada.
Depois disso temos a 2ª parte de BKR. Ela é marcada por termos um novo vilão: Taurus. Não temos mais cenas de ação que se passam a noite e temos um baita aumento da participação de crianças. E como há crianças em BKR! Confesso que nem lembrava tão bem dessa meiuca de Kamen Rider. Não tinha memória nenhuma do Taurus. E assistindo hoje percebo o porquê. É um vilão que promete muito, por vim com um background de ser tão rebelde que precisou ser aprisionado pelo Imperador Secular. Mas ele entrega pouco. Seus planos de Dick Vigarista não trazem nenhuma consequência. Fora o visual nem um pouco memorável (e olha que ainda pintaram a cara dele em um dos episódios!).
BKR é uma série infantil e não há nenhum problema nisso. Só que o excesso de tramas envolvendo crianças é sim problemática já que o drama não se sustenta em boa parte delas. Talvez fosse o fato até de se levar menos a sério nesses episódios e ter um pouco mais de humor. O ápice disso são aqueles moleques bancando os Pequenos Guerreiros! Mesmo em Black Kamen Rider tudo isso soa muito forçado. Claro que nem tudo é ruim. Tem ótimos episódios como o do Monstro Telegator de duas cabeças, por exemplo, que mostra uma dualidade dos mutantes que será explorada mais para frente com o Monstro Baleia.
E na última parte de Black Sun temos Shadow Moon! E o nêmeses de Issamu é um ótimo vilão. Tem presença, um ótimo visual e mata nosso herói! E também mata a Battle Hopper! E mesmo morrendo comemora que isso deixará Issamu com remorso para o resto da vida. É um excelente adversário e a promessa de redenção não se cumpre. Lembro que aquele barulho de esporas no caminhar dele me deixava amedrontado quando criança. Claro que nem tudo é perfeito. Ainda há crianças em alguns episódios (de novo aquela Tropa Infantil, mas agora com armas nos últimos episódios!?! Hahaha). Contudo todo o arco do Monstro Baleia é maravilhoso e emocionante.
E finalmente consegui assistir o último episódio (já que ele não passou na época da TV Manchete)! E ele não decepciona. Traz uma boa conclusão para o Black Kamen Rider, o Shadow Moon e o Imperador Secular. É um final triste, mas esperançoso que combina com o que a série foi. Eu só acho difícil acreditar na solidão do Issamu. Com a derrota dos Gorgom, provavelmente Kyoko e Satie voltariam para o Japão para procura-lo. Todavia entendo que isso não precisava ser mostrado e o final agridoce de Issamu faz jus ao tom da série.
Foi ótimo rever Kamen Rider Black e mal posso esperar para ver sua nova versão que tem previsão de sair este ano.
Sandman (1ª Temporada)
4.1 590 Assista AgoraUma adaptação há muito aguardada e é ótimo chegar a conclusão que a espera não decepciona. Muito pelo contrário. Fiquei impressionado com Sandman. Os primeiros minutos do Morpheus apresentando O Sonhar já me pegaram bonito e dali até o final isso se manteve em mim.
Os efeitos visuais foram capazes de trazer aquele clima onírico que permeia as histórias do Sandman. Os atores foram muito bem escalados, mas meu destaque fica para Tom Sturridge e Kirby Howell-Baptiste. Estavam excelentes. A voz do Sonho ficou muito daora! E a Morte apaixonante! Também adorei a música-tema, embora em outros momentos acho que a trilha sonora deixou a desejar.
Quero destacar 6 alterações em relação às HQs. Três delas eu não curti, entretanto as outras três sim. Algumas até ficaram melhores do que a gente vê nos quadrinhos:
- A punição do Alex Burgess foi suavizada. Nos quadrinhos não é só dormir para sempre. É ter pesadelos também. Sinto que os realizadores ficaram com medo de vilanizar o Sonho.
- Nos quadrinhos o John Dee não entrega seu amuleto de proteção para sua motorista involuntária. Ele a mata. Novamente parece que os produtores não queriam chocar a audiência. Temi que fossem fazer o mesmo no episódio 5, o que, ainda bem, não foi o caso.
- Caim também é mais fdp nos quadrinhos. Ele tenta enganar o Sonho ao dizer que não tem mais um objeto criado por ele.
- Gostei de terem dado mais destaque para Lucienne e dela servir como bússola moral de Morpheus. Ficou uma personagem mais interessante do que sua contraparte em papel.
- A troca dos pesadelos Brutto e Glob pelo pesadelo-que-queria-ser-sonho Gault também foi outra alteração bem-vinda que acredito que soma à jornada de mudança que o nosso Perpétuo está passando.
- A princípio temi pelo por estarem dando tanta ênfase ao Coríntio, achando que fossem transformar numa típica história de herói/vilão. Felizmente isso não aconteceu e o Boyd Holbrook também é ótimo, então foi legal tê-lo por mais tempo de tela do que eu poderia imaginar.
Quero dizer que o 6º episódio foi o meu favorito. Eles adaptou duas das minhas histórias preferidas de maneira competente que fizesse sentido juntá-las no mesmo capítulo do seriado. Um episódio que fala de propósito, deveres, mudança, amizade... Enfim, uma aula de como contar histórias de maneira simples e eficiente. Aliás, espero que numa vindoura temporada, tragam mais dessas histórias solos que permeiam os quadrinhos de Sandman. Há muitas pérolas entre os grandes arcos de histórias.
Todos os méritos ao Neil Gaiman que foi o criador dos quadrinhos do Sandman e que hoje está trabalhando na produção da série. E também aos seus parceiros, sejam eles os desenhistas com quem trabalhou, sejam também os roteiristas, diretores, atores etc. que trouxeram à luz a série televisionada.
Community (1ª Temporada)
4.4 277 Assista AgoraComeça como uma sitcom genérica. Então a partir da metade a série embarca mais no nonsense e na sátira onde todos os personagens passam por situações ridículas. Assim vai até culminar no apoteótico episódio do paintball!
Valeu a pena! Tomara que a série continue apelando nos absurdos e referências. E que deem mais espaço pro Abed e o Troy.
True Detective (1ª Temporada)
4.7 1,6K Assista AgoraMuito bom reassistir depois de anos do seu lançamento. E minha ótima impressão sobre a primeira temporada só aumentou.
A investigação te prende do início ao fim nos tornando cúmplices dos 2 investigadores. Por mais que suas ações nem sempre sejam corretas, torcemos para que ambos consigam chegar na verdade e punam os criminosos.
As atuações são boas e o destaque obviamente é para a dupla McConaughey/Harrelson. O fato de serem amigos na vida real ajuda bastante na química de Rust/Marty trazendo mais camadas no já manjado clichê de parceria policial que estão sempre colidindo um com o outro.
Os diálogos filosóficos, a montagem em diversos períodos temporais e o flerte constante com o sobrenatural só enriquecem ainda mais a obra mostrando que a mais antiga história de luz contra trevas ainda pode render momentos inspiradores.
Preacher (2ª Temporada)
4.0 99 Assista AgoraGostei de ver que aproximaram esta temporada dos quadrinhos, embora ela tenha seu próprio rumo. A primeira temporada é até legal, mas destoa tanto que parece um grande filler.
Aqui temos a adição do Graal com um ótimo Herr Starr que não deve em nada a sua contraparte da HQ. O Santo dos Assassinos está mais ameaçador aqui. O fato da Palavra inicialmente não funcionar com ele rendeu ótimos momentos de perigo e tensão para o trio.
Tulip deixou de ser uma personagem chata para se tonar muito mais tridimensional. Jesse ainda está confuso sobre o que quer e o que fazer. E Cassidy sempre me deixa feliz quando aparece.
O mais chato de assistir é toda a trama do Eugene (Cara de Cu!) com o Hitler. Parece que isso não vai a lugar nenhum.
Sei que minha opinião é ligado ao fato de eu comparar com o gibi, mas é impossível não fazê-lo quando você gosta bastante do material fonte.
For All Mankind (1ª Temporada)
4.2 41 Assista AgoraQue série incrível. Consegue dosar bem o maravilhamento da viagem espacial com a politicagem da época e o drama humano dos seus personagens.
Ver os astronautas no espaço traz ao mesmo tempo os sentimentos de excitação e risco como imagino que deve ser uma aventura dessas, ainda mais naquela época.
Embora eu tenho ficado muito empolgado com a cena pós-crédito do season finale, eu preferiria ir acompanhando essa evolução tecnológica no decorrer dos episódios, do que apenas tivesse uma passagem de tempo para a próxima temporada.
For All Mankind é uma série para todos os amantes da exploração espacial.
Avatar: A Lenda de Korra (4ª Temporada)
4.2 192A melhor coisa deste final de temporada é o amadurecimento de Korra. Depois de ter passado por poucas e boas, ela cresce em seu papel como Avatar e naquilo que deseja fazer pelo mundo. Sua compaixão é o seu maior poder.
As animações de Avatar tem uma boa tradição de fazer, na maior parte do tempo, inimigos tridimensionais, que realmente acreditam estar fazendo o bem. Isso engrandece a obra e faz nossa protagonista questionar o que é o certo a fazer.
Kuvira foi uma ótima vilã, que já tinha dado a entender na temporada passada que teria um papel maior. E eu venho dizendo que em todas as temporadas de A Lenda de Korra, nossa heroína teve que enfrentar 2 antagonistas e aqui acho que isso não foi diferente. Só que desta vez, seu segundo rival foi ela própria o que colaborou com sua jornada de crescimento. Como eu gosto de ver uma relação que herói/vilão passam a ter, achei muito daora a participação de Zaheer.
Foi muito bom ver Toph novamente e sua relação com sua família. Esse núcleo de Zaofu é muito bom. Também curti terem dado mais espaço ao Bolin, Varrick (como eu gosto dele! sempre dou boas risadas) e Zhu Li. Por outro lado, Mako, Tenzin e Jinora ficaram bem apagados nessa temporada.
Essa temporada só não é perfeita por 2 motivos principais: primeiro por terem gastado logo na última temporada um episódio com um clip show!!! Que desperdício fazer isso logo agora. Não importa se o motivo foi grana ou não terem história para preencher. Melhor se tivessem fechado a temporada com 12 episódios.
E o segundo motivo é falta de coragem do realizadores em terem trabalhado melhor a relação da Korra e da Asami. Podem argumentar que era 2014, por isso seria melhor a sutileza. Mas se fossem sempre pensar assim, nunca teríamos a nova She-Ra "normalizando" aquilo que já é normal.
As cenas de ação nos últimos episódios ficaram legais e o final foi coerente com a jornada de Korra e todas as mudanças que ela trouxe ao mundo. Acredito que o fato de termos diversos vilões com diferentes tipos de poderes e ameaças ao longo da série, menos episódios por temporadas e também tramas um pouco mais maduras na politicagem me fizeram gosta mais de A Lenda de Korra do que A Lenda de Aang.
Que as próximas animações de Avatar continuem assim.
Avatar: A Lenda de Korra (3ª Temporada)
4.4 168Não tenho palavras para descrever o nível de emoção dos 2 últimos episódios. As cenas de luta aqui foram as melhores da série até agora. Vimos novos tipos de dobras e poderes, várias batalhas acontecendo ao mesmo tempo. E a ameaça de Zaheer e seu bando era palpável que fiquei tenso em vários momentos temendo pela vida dos personagens.
Estou muito satisfeito como A Lenda de Korra tem conseguido criar ótimos vilões ao longo das temporadas. E seguindo a fórmula das temporadas anteriores, os realizadores tem buscado diversificar isso colocando além do vilão principal um outro antagonista, que nesta 3ª temporada foi a Rainha da Terra.
A animação acerta muito ao trazer abordagens políticas e conflitos sobre populismo, corrupção, liberdade e poder. E as vezes isso é feito de forma sutil como por exemplo a vó do Mako e Bolin que tem um reverência por sua líder questionável.
Achei muito legal ver como os eventos da 2ª temporada trouxeram mesmo mudanças no mundo de Avatar. E nisso fiquei muito feliz ao vez o aparecimento de outros dobradores do Ar. Eu achava um fardo muito pesado para o Tenzin e sua família serem os únicos responsáveis pela perpetuação dos Nômades do Ar.
Falando na família do Tenzin, está sendo muito gostoso acompanhar a evolução da Jinora. Algo que já vinha da temporada anterior. É uma ótima personagem. Ponto positivo também por explorarem mais da chefe de polícia Lin Beifong e por consequência a família da Toph.
Seguraram até aqui, mas finalmente tivemos a participação do (Lorde) Zuko! Sensacional ver como ele se transformou em um líder sábio e respeitado por todos.
Tendo acompanhado mais da metade da série, falo sem sombra de dúvidas que Korra é uma das melhores heroínas já feitas. Suas ações possuem consequências. Boas ou más. E ver como ela lida e cresce com isso tem sido a melhor parte da sua série animada. E até mesmo na sua vitória, ela acaba perdendo algo. Já foi assim com a conexão com os antigos Avatares. Não pude segurar a lágrima ao ver seu estado no episódio final.
Sua história é trágica. Assim como a de todos os grandes heróis.
Avatar: A Lenda de Korra (2ª Temporada)
4.1 214 Assista AgoraGosto bastante como A Lenda de Korra tem conseguido trabalhar temas maduros no meio de toda a fantasia da série. Nesta temporada tivemos guerra civil entre um povo, senhores da guerra que lucram com ela, manipulação e interesses políticos. Excelente.
A parte fantástica não fica atrás. Ao ver que Korra já dominava todos os elementos no final da primeira temporada, estava curioso em ver o que os realizadores poderiam bolar para fazer nossa Avatar continuar progredindo. E aqui tivemos a prova que eles ainda tem cartas na manga para isso o que é ótimo, pois assim não temos uma repetição da jornada do Aang. E de quebra ainda serviu para enriquecer toda a mitologia de Avatar com a história de Wan, Raava e Vaatu.
Algo interessante que não sei se foi proposital ou não, mas foi ver que a segunda temporada seguiu um esquema parecido com a primeira. Lá tivemos não só um vilão principal, mas também um antagonista com papel dúbio. E aqui também com Unalaq como o cara a ser batido e Varrick como o aliado ocasional que tem seus próprios interesses. É um ótimo personagem que promete ainda mais para o futuro.
Outra coisa que achei muito bacana foi ver como a série animada trabalhou diferentes núcleos separados para depois juntá-los no final. Assim acompanhamos toda a politicagem com o núcleo da Cidade República, um pouco do passado do Tenzin com seus irmãos ao mesmo tempo que mostra que até ele tem muito o que aprender e Korra tendo que fazer uma jornada interior.
Ver que ela é uma protagonista falível só a enriquece mais, mostrando que só o fato dela ser a Avatar não a torna sábia e especial. Muito pelo contrário, ela ainda precisa aprender muito, pois suas responsabilidades são muito maiores. E seus erros também, justamente pelo grande papel que tem. Seu olhar de pesar e culpa já são o suficiente para mostrar que ela entende isso.
Muito daora a participação especial do tio Iroh. Mas ainda quero ver Zuko na série!
Fico contente em ver que os criadores de Avatar estão interessados em trazer coisas novas e mudar o status quo do seu mundo é um bom passo para isso.
Avatar: A Lenda de Korra (1ª Temporada)
4.2 333 Assista AgoraPrimeiramente foi uma ótima surpresa ver a estética steampunk nesta primeira temporada. Adoro jogos de vídeo game ambientados num passado retro-futurista e ver A Lenda de Korra numa cidade com esta aparência foi uma boa sacada para distancia-lo do seu predecessor.
Amon foi um baita vilão também. Poderoso e inteligente o suficiente para ser um adversário digno para a Avatar, além de ter uma boa motivação e um background interessante. Fora que tinha um visual muito maneiro. Tarrlok também foi um antagonista bem fascinante.
Gostei também como a temporada vai nos entregando a conta-gotas vislumbres dos personagens clássicos. Ficamos curiosos para saber o que aconteceu com cada um e aos poucos vamos vendo Aang, Toph, Sokka... O que é muito massa! Eu só queria um pouquinho do Zuko que é o meu personagem favorito do Avatar clássico, porém entendo que é bom guardar algo para as próximas temporadas. Também vale acrescentar que curti conhecer os descendentes desses personagens.
E por último, mas não menos importante: Korra. Logo de começo comprei nossa protagonista. Já começa bem poderosa dominando 3 elementos o que a deixa um pouco arrogante. Mas não demora muito para descobrirmos que isso é uma fachada pelo fato de sentir nos ombros o peso de ter que suceder o Avatar que trouxe equilíbrio ao mundo. E com isso o cenário está armado para vermos nossa heroína amadurecer e evoluir tendo que superar sua impaciência e arrogância.
E só pra não deixar em branco, o quadrilátero amoroso não me incomodou, teve até momentos divertidos, mas obviamente não era o que eu estava mais empolgado em assistir. Acredito que A Lenda de Korra começou muito bem e espero que melhore ainda mais.
O Mandaloriano: Star Wars (2ª Temporada)
4.5 445 Assista AgoraUm amigo me perguntou se eu havia chorado com o Capítulo 16. Ao ler minha afirmativa, ficou feliz de saber que não tinha sido só com ele. Então eu respondi que por mais que seja legal ver espadas a laser e brigas de navinha, é na emoção dos personagens que faz a gente amar Star Wars.
E isso só é possível porque nós nos relacionamos com Din Djarin, Grogu, Cara Dune, Greef Karga, Mayfield e tantos outros. São personagens com motivações bem definidas o que torna muito fácil conectarmos a eles.
Sem contar que é muito bacana rever velhos conhecidos como Ahsoka, Boba, Bo-Katan e Luke. Nos dá a sensação gostosa de estar num lugar que nos sentirmos bem. E a qualidade técnica impecável, mesmo sendo para a TV, salta aos olhos.
Porém isso de nada funcionaria se não tivéssemos a mente de Jon Fraveu para arquitetar esta trama junto com toda a expertise do Dave Filoni sobre o cânone dessa galáxia-muito-muito-distante. E assim, esse dois contadores de história conseguiram desenvolver uma trama coerente e bem amarrada onde entendemos facilmente o resultado dos eventos mostrados.
E essa é a chave do sucesso de The Mandalorian. Não basta só colocar Império, Rebeldes, Jedi, Mandalore se não souber trabalhar com esses elementos de forma coesa. E não precisa fazer nada rebuscado. A Força é forte nesta série justamente pela sua simplicidade de nos mostrar um pai querendo proteger o seu filho. Isso é Star Wars. É isso que fez meu amor por Star Wars ser renovado.
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 370Tão bom acompanhar uma série que manteve sua alta qualidade por 4 temporadas e recompensou o público com um final impactante e intimista ao mesmo tempo. Sam Esmail ainda tinha cartas na manga para o episódio derradeiro.
Realmente foi um "TV Show", pois seu criador não tinha medo de arriscar ao fazer episódios que emulassem um seriado dos anos 1980 ou uma peça de teatro. Ou ainda episódios que davam a impressão de um longo plano-sequência ou que não haviam quase nenhum diálogo. Fora a entrega dos atores, dos principais aos coadjuvantes.
E ainda tem a fotografia, os enquadramentos e a trilha sonora que deram uma identidade audiovisual única para Mr. Robot. Procura uma obra de arte na televisão? Está aqui.
Doctor Who: The Snowmen
4.3 12Só pela Clara, já vale a pena assistir. Vale destacar também a referência a Game of Thrones. Ficou bem legal.
E não tem jeito. Vastra, Jenny e Strax juntos não tem um terço do carisma de um Capitão Jack.
The Flash (1ª Temporada)
4.1 903 Assista AgoraThe Flash é um ótimo acerto no meio de tantas produções de heróis. Nascido como um derivado de Arrow, o episódio piloto mostrou que a série seguiria seu próprio caminho. Remando contra a "darkinizição" que diversos produtos da DC têm seguido ultimamente, como em séries (o próprio Arrow, Gotham), filmes (Man of Steel, BvS), e games (Injustice); The Flash apostou num clima mais leve e divertido.
Sem medo de usar vilões cartunescos ou ideias bizarras tiradas de quadrinhos de mais de 50 anos atrás, a série não nos deixou de apresentar um gorila inteligente, um anel que serve de guarda-roupa ou um elmo com um par de asas. Com isso os produtores de The Flash mostram que acreditam e respeitam a mitologia que tem nas mãos. Ao contrário do Arqueiro Verde onde, infelizmente, os criadores optaram por pegar emprestado elementos do Homem-Morcego.
Verdade seja dita, os poderes do Flash aliado com sua extensa Galeria de Vilões abri muitas possibilidades para serem exploradas. O que resultou numa temporada que, mesmo que tivesse a fórmula do vilão da semana, tinha uma história maior a ser contada. Com isso sua trama envolvendo viagens no tempo e realidades paralelas (multiverso?) deixaram pontas soltas para serem trabalhadas na próxima temporada.
Tudo isso não seria possível, caso não tivéssemos um bom Flash. E isso é conseguido, pois Barry Allen representa bem o papel do clássico herói: movido por uma tragédia, ele decide usar os poderes para o bem. Simples assim. E curtindo sua nova condição de super-herói, ele ganha mais confiança, o que não tardará para o Velocista aprender lições de humildade fazendo-o evoluir no papel de guardião de Central City.
E claro, todo bom herói precisa de um bom vilão. E nisso o Flash Reverso se revela um nêmeses a altura. Com uma dinâmica clichê de mentor-aluno vemos uma construção gradual da amizade entre ambos que resultará em bons confrontos.
Apesar disso, vale dizer que a série está longe de ser perfeita. Mesmo tendo uma temporada com mais de 20 episódios, poucos vilões realmente são desenvolvidos. E verdade seja dita, poucos vilões realmente representam uma ameaça ao Flash (sua supervelocidade faz dele um dos heróis mais "apelões" das HQ's). Então muitas vezes vemos o Velocista sendo derrotada de maneira simplória, só para efeito dramático. Ok, isso também ocorre em quadrinhos e animações, seria difícil a série não fazer. Aliás, deve-se exaltar sua qualidade técnica. Estamos falando de um produto de TV que não dispõe de tanto recurso como o cinema, e ainda assim tivemos bons efeitos especiais nas cenas de ação como no resgate do trem (E04), Flash vs Flash Reverso (E17) e Grodd (E21)!
Outra ressalva a ser feita, é que por ter como público-alvo os adolescentes, faz-se necessário o romance, triângulo amoroso, etc. O problema é que isso é mal feito, gerando diálogos ruins e muitas vezes resoluções simplistas para não atrapalhar o ritmo da série. Se para abranger o maior número possível de pessoas, a série precisa de uma sub-plot romântico, que isso seja feito da melhor forma possível e não apenas jogado na tela.
Enfim, o maior mérito de The Flash foi entregar uma temporada consistente. Aqueles que são fãs de super-heróis terão uma aventura de valor aliado com boas doses de suspense e ficção-científica. Com tantas possibilidades, o futuro do Velocista Escarlate na TV é promissor.
Demolidor (1ª Temporada)
4.4 1,5K Assista AgoraA nova encarnação do Homem sem Medo é visceral. Com uma pegada soturna temos o Universo Marvel em outra camada; urbano, sujo e violento. A série apresenta o trágico herói cego que na sua busca por justiça não se conformará apenas em utilizar a lei, mas também seus talentos sobre-humanos.
A ação é brutal, não economizando no sangue e nos ossos quebrados. O Demolidor bate, mas também apanha. E muito. Vale destacar o plano-sequência do episódio S01E02 em que mostra o herói numa incrível cena de porradaria num corredor à la Oldboy.
Mas nada disso valeria se não tivéssemos bons personagens. O trio de atores Charlie Cox (Matt), Deborah Ann Woll (Karen) e Elden Henson (Foggy) possuem uma ótima química. Juntos entregam momentos emocionantes e divertidos mostrando em diversas vezes a ideia de família dos moradores da Cozinha do Inferno.
Outros coadjuvantes também mereciam ser citados, mas vou falar um pouco do Vincent D'Onofrio. Embora seu Wilson Fisk seja diferente das HQ's ainda temos aqui o filantropo/rei do crime que deseja ter controle de tudo e todos. Um vilão complexo e dramático que serve muito bem de antítese ao mocinho.
A série não tem pressa de explicar os poderes e motivações de Matt Murdock em flashbacks bem inseridos. Olhos atentos verão easter eggs não só do Universo Marvel das telas, como também dos quadrinhos, dando uma ideia do que ainda pode vim por aí.
Demolidor é um grande filme de 13 horas com uma baita trama policial que envolve corrupção, disputa de poder e sacrifício. Sacrifício daqueles que acreditam estar fazendo o melhor para a sua cidade. A primeira produção da Marvel/Netflix já se mostra como uma das melhores adaptações de quadrinhos não devendo em nada àquelas que vão para os cinemas.
Sherlock (3ª Temporada)
4.6 634 Assista AgoraÉ tão bom assistir "Sherlock". A gente espera por algo incrível, e a série não decepciona. Pode-se manter as expectativas lá em cima, porque elas serão cumpridas.
Tá tudo lá. Benedict (Sherlock) e Martin (John) arrebentando. Os coadjuvantes bem aproveitados, com destaque para o Mark (Mycroft), Amanda (Mary) e Lars (Charles). As histórias com os ótimos diálogos e as reviravoltas bem contextualizadas. E a produção caprichou na edição e nos efeitos visuais que nos colocam dentro da cabeça do detetive, para compreender como ela funciona.
"Sherlock" é engraçado sem ser bobo e inteligente sem ser pedante. A única coisa ruim é ter que esperar "sabe-se lá quanto tempo" pela próxima temporada.
Doctor Who (7ª Temporada)
4.5 307A maior força desse especial está na emoção que ele proporciona, afinal já sabemos de certa forma como ele acaba. E nisso The Time of the Doctor se sai muito bem. Temos momentos engraçados, reflexivos e empolgantes do Senhor do Tempo. Matt se saiu muito bem. Não só aqui, mas durante toda sua jornada. Seu Doutor consegue misturar ingenuidade e sabedoria de forma autêntica.
Quanto a trama, a expectativa era alta, ainda mais depois do excelente especial de cinquentenário. E a história até começa bem. Porém depois parte para a explicações apressadas, onde temos que nos convencer que aquilo faz sentido. Se a origem do Silêncio é bem-vinda, a falta de mais informações sobre o planeta Trenzarole acaba fazendo falta.
E claro, temos soluções fáceis para os conflitos, algo que sempre teve em Doctor Who. Eu particularmente estava aceitando qualquer desculpa para novas regenerações, então não me incomodou (muito). A presença da Amy ali também tem um efeito dramático que funcionou na hora.
E novamente a Clara mostrando ser a melhor pessoa do mundo. <3
Deixando isso de lado, vale a pena voltar a falar do Matt e do incrível legado que ele deixou para a série. Seu Doutor será lembrado pelos fãs. E o seu discurso de despedida não é um lamento de fim, mas uma felicitação pela mudança e pelo novo começo que ela traz.
Valeu Matt! Gerônimo!
Melhor momento:
Doutor - Todos nós mudamos... quando você pensa sobre isso. Somos diferentes pessoas durante nossas vidas. E tudo bem, está bom, temos que continuar mudando, desde que nos lembremos das pessoas que éramos. Não esquecerei uma linha disso. Nem um único dia. Eu juro. Sempre lembrarei quando o Doutor era eu.
Doctor Who (7ª Temporada)
4.5 307Excelente temporada. Toda a confusão da anterior ficou pra trás, e aqui tivemos Doctor Who de volta ao básico: viagens no tempo e espaço para enfrentar ameaças alienígenas. E tudo com muita diversão!
"Asylum of The Daleks" começa a série com o pé direito não só por trazer os clássicos antagonistas do Doutor de volta, como também a estréia da Clara, a Garota Impossível <3!
No próximos episódios tivemos algo que eu estava sentido falta: participação da família dos acompanhantes do Doutor. Neste caso, foi o pai do Rory. Por falar nisso, a despedida dos Ponds foi a altura deles. "The Angels Take Manhattan" foi sensacional. Os Anjos com o seu velho modus operandi tocando o terror. E por mais improvável que fosse a Estátua da Liberdade poder se mexer na "cidade que nunca dorme", ver sua cara raivosa é "massavéio" no melhor sentido! O final da história de Amy e Rory com o Doutor foi emocionante como tinha que ser.
E o lado bom disso, foi termos de volta a Clara. Inteligente, corajosa, bonita. Não tem como não amá-la! E ainda envolta em um mistério. Um mistério! Já é o suficiente para ser fazer uma ótima temporada. Todos os episódios seguintes mantiveram o bom nível. OK, o do Neil Gaiman nem tanto, mas também não foi de todo ruim. Não se acerta todas... Vale destacar "The Bells of Saint John", "The Rings of Akhatenn" e "The Name of the Doctor". Esse último então, foi sensacional. Tivemos uma boa explicação para a Garota Impossível, um vislumbre dos muitos passados do Doutor e um ótimo gancho que deixa a gente com vontade de ver o especial de 50 anos ontem! Mas como não tenho uma Tardis, vou ter que esperar mais um pouco mesmo.
Gerônimo!
Melhor frase:
Doutor - Nós nunca fugimos!
Doctor Who (6ª Temporada)
4.6 130 Assista AgoraA sexta temporada chega como a mais fraca entre todas até aqui. Ela está cheia de boas ideias e ótimos episódios, porém tenho a impressão que Moffat se perdeu em algum momento. O charme de Doctor Who é ser uma série que brinca de ser complexa, quando na verdade é bem simples. Pois bem, nessa temporada largaram a simplicidade para embarcarem na confusão!
Muitos mistérios e enigmas que para mim fez a série perder o foco e quase deixar de ser um sci-fi bem humorado. Ou vai ver, isso que estou reclamando é só o meu trauma com Lost...
Claro, não posso negar que a revelação do episódio "A Good Man Goes to War" foi impactante. Mas depois você vê que não souberam tirar bom proveito disso. Aliás, tudo isso me pareceu um gibi ruim dos X-Men dos anos 90... Privilegiam o impacto e depois não sabem trabalhar com as consequências.
E a Amy, que adorava repetir que "o tempo pode ser reescrito" se conformou facilmente com a perda da filha. O Rory então... nada. Aliás, o casal Pond começa a dar sinais de desgaste e cansaço na série. E nem aqui e nem em Gallifrey que a River e o Doutor convencem como um casal. Não há nenhuma química entre eles.
Pelo menos tivemos excelente episódios que não tinham nada a ver com essa bagunça como "The Doctor's Wife" (Neil Gaiman, né), "The Girl Who Waited" e "Closing Time".
Melhor nome:
Stormageddon, o Senhor Sombrio de Tudo.