tem um plot que eu estranhei de início, mas é inegável o talento e a dedicação posta aqui. as atuações e o roteiro são incríveis e a história consegue se desenvolver de forma realista, dosando bem os momentos dramáticos, românticos e cômicos.
um excelente drama e mais uma impecável produção de Taiwan.
Como qualquer outro trabalho desse diretor mais voltado para uma narrativa adulta e hot, Deep Night é uma série que acerta em trazer atores lindos e carismáticos, uma trama interessante e excelentes cenas de beijo. Mas que também erra nos mesmos pontos: roteiro precário, um desenvolvimento cheio de furos, resoluções rasas e simplistas e um excesso de cenas de beijo inseridas para resolver qualquer conflito na trama.
Eu gosto da história e do potencial que ela tem, mas é tudo jogado aqui. O personagem que mais sofre com isso é o Khem. Ele é introduzido como um homem rico, arrogante e que detesta o clube da mãe (por motivos que a série não explora a fundo), mas tudo isso é deixado de lado após ver uma performance do Wella. Não há desenvolvimento da personalidade arrogante dele para ele agindo de forma amável, não há construção do relacionamento dele com a mãe e com o clube. As coisas acontecem de uma cena para outra sem a menor lógica narrativa.
Mas o que me incomoda é como nada tem impacto na trama. O Khem descobrindo que o Wella é um host. O Japan descobrindo sobre o Khem e o Wella trabalhando no clube. O Wella descobrindo sobre a mãe do Khem. A mãe dele descobrindo que eles quebraram a regra de não namorar. Os hosts descobrindo do namoro secreto do Khem e Wella. NADA, absolutamente nada disso tem impacto na narrativa.
Outro ponto que eu acho insuportável é esse problema com a polícia. É repetitivo - eles invadem, revistam, encontram nada, algum cliente faz um vídeo reclamando - e nunca tem uma conclusão diferente ou dá uma sensação de que as coisas estão piorando. Fica óbvio desde o início quem está por trás disso (inclusive é de um burrice imensa que eles não tenham percebido antes) além de toda a personagem e a trama envolta nisso ser tão rasa que não tem importância nenhuma no final.
Toda a dinâmica entre o "trisal" tem um potencial imenso, mas não parece que houve tempo para explorar a relação deles e o final soa tão corrida que você não sente a química entre eles.
Não é de todo ruim, mas é tudo muito raso e meio burro. O Khem usa a imagem desses hosts para promover o clube e ai do nada eles colocam uma trama da mãe do Wella e da faculdade descobrindo isso e sendo o maior escândalo (o que eu acho uma trama super interessante), mas eles estão mostrando o rosto no perfil do clube na internet. Não faz sentido eles acharem que as outras pessoas não veriam isso!!!
É uma série fácil de assistir, tem uma trama interessante, mas muito mal desenvolvida. A história insiste em colocar cenas de beijos ou resoluções fáceis aos conflitos, o que faz com que nada tenha impacto no roteiro. Os personagens são excelentes, trata de ótimos temas (mesmo que superficialmente) e tem uma excelente química entre os atores, mas não se aprofunda ou tenta entregar uma narrativa diferente do que já vimos inúmeras vezes antes.
Um dos meus BL favoritos. Estou revendo e só posso dizer que é uma série incrível. As atuações - em especial a do War - são fantásticas, o roteiro é bem feito, a fotografia é linda, a trama tem sutileza, tem drama, tem um romance complexo e uma construção de personagem excelente.
É uma série complexa, densa e com dois personagens muito machucados pela vida. O roteiro é impecável, as atuações são perfeitas, a cinematografia é um tanto sem graça e eu sinto que falta tempo pra desenvolver de forma coerente toda a história.
Se tivesse um ou dois episódios a mais, acredito que seria uma obra prima. Apesar de ser um série sombria, não deixa de ser um BL excelente e com uma ótima história.
É uma série que funcionaria melhor se fosse apenas um thriller dramático de corrida. A trama em si tem algo de interessante. Os atores são carismáticos e tem bastante química, mas o desenvolvimento da história não funciona.
São duas séries aqui. A primeira metade é uma série de corrida e a segunda metade é um thriller de fantasia tipo Mutantes. Mas não há construção de mundo aqui. A série não explica ou explora o que é um Alfa, um Enigma ou os impactos que seres com poderes teriam no mundo.
O vilão e suas motivações são tão caricatas que não me convence (ele passa a série inteira batendo no Kenta e falando pra ele trazer os "filhos" dele pra casa sem nunca tomar nenhuma atitude a não ser sabotar carros de corrida) e toda a trama é sustentada por cenas de beijo, diálogos precários, um excesso de personagens desnecessários e resoluções fáceis.
Praticamente todo mundo aqui é filho adotivo do Chen. Os personagens são bem rasos e não tem muito para oferecer. Quem mais sofre disso é o Charlie, cuja única personalidade é sorrir e correr atrás do Babe.
O casal principal acontece rápido demais. Babe perdendo os poderes é algo que tem impacto. Os personagens tem poderes que nunca são usados em momentos críticos. Não há senso de perigo ou urgência, toda vez que um personagem está em perigo ele escapa ou já está bem no episódio seguinte.
A morte falsa do Charlie e Way ser um Enigma não funciona porque não tem impacto na história. No final Way se mata a toa, porque não tinha motivo pra ele se jogar na frente das balas.
E o mais impressionante de tudo é como uma série de alto orçamento como essa tem uma fotografia pavorosa. Não há uma cena bonita aqui. Uma câmera tremida, uma iluminação sem graça, enquadramentos feios, um horror.
Tinha potencial de ser uma série incrível, mas cai dentro de uma narrativa preguiçosa, sem realmente ousar criar uma trama diferente e ousada. Personagens fracos, uma cinematografia amadora, um roteiro cheio de conveniências e uma péssima construção de mundo e de trama.
É um tanto longa demais para ser um bom entretenimento, mas não é uma série difícil de assistir se você não se importa com roteiro.
É uma série muito boa. Tem ótimos personagens, uma trama divertida e diferente das outras duas temporadas dessa série antológica, aqui a produção é excelente e entrega atuações, roteiro e uma cinematografia de qualidade.
E esse é o maior problema com essa série. Eles criam situações em alguns episódios e dão a entender que Earth e Best poderiam ser um casal ou que Win e Dunk vão ser um casal secundário, mas no final nada acontece e a série apenas apresenta relacionamentos heterossexuais.
É frustrante - e desrespeitoso - a estratégia do estúdio de usar o nome Close Friends (que é uma franquia BL) e promover a série como um BL apenas para ludibriar e atrair fãs de BL para um série que não tem sequer um bromance ou cenas de romance.
Pessoalmente falando eu acredito que a trama série muito mais interessante com um romance entre o Earth e o Best, já que ambos tem uma construção de enemy to lovers.
Apesar de tudo, é uma boa série, tem ótimas cenas e apresenta uma história divertida. Eu amo a caracterização dos personagens e como cada um deles tem um estilo e personalidade distintas.
Mas se você está procurando um BL, não vai encontrar aqui. Assim como My Strawberry Film, aqui eles também falam sobre ser LGBTQIA+ mas de uma forma breve e rasa.
Com uma trama simples e já apresentada inúmeras vezes em outras histórias BL, To Be Continued é uma série fácil e gostosa de assistir.
O problema, entretanto, é a forma como essa narrativa é conduzida. Eu confesso que a história do passado entre o Ji e o Achi é absurdamente mais interessante e emotiva do que o arco deles no presente. O maior problema que eu tive aqui é a forma como esses personagens continuam se comportando como adolescentes mesmo sendo adultos.
Eu sinto que há quase uma infantilização (leve, mas existente) dos personagens aqui para apelar para o público mais jovem que assiste a série. O uso frequente de fantoches e pelúcias é um dos aspectos que me incomoda profundamente.
Mas para além disso, na trama presente, Ji e Achi não são personagens lá muito interessantes. O luto do Ji pela morte da mãe ou suas preocupações em ser um bom médico não me convencem e o Achi está ali. Ele é engraçado e carismático, mas não há muito sendo explorado no personagem.
Toda a falta de comunicação entre eles no presente é algo que realmente atrapalha a narrativa e deixa a trama cansativa. A série poderia ter explorado melhor a vida deles (principalmente o fato de ambos terem trabalhos que consomem muito tempo) ou a dificuldade em estar em um relacionamento com um idol (o preconceito da indústria ou ter que esconder o namoro e lidar com as fãs). Havia inúmeras possibilidades a serem exploradas aqui e eu sinto que nada realmente ganha destaque.
O casal secundário e o casal de médicos recebem uma introdução, mas nunca realmente acontecem, o que me faz questionar o porquê a produção decidiu perder tempo mostrando algo que não tem uma resolução no final.
De forma geral, a série tem momentos muito interessantes e cenas lindas e o passado deles carrega uma trama muito emotiva, mas eles falham em entregar uma trama divertida e apaixonante na história presente. Atores com ótima química e uma produção competente, certamente um ótimo BL para assistir sem grandes pretensões.
Playboyy é uma série camp. Eles querem ser sérios, ousados e sexy, mas o roteiro é muito ruim pra permitir isso. A história tem um potencial imenso para ser um dos melhores BLs já feitos, mas esse não é o caso.
O maior problema aqui é a falta de desenvolvimento. O roteiro (pra uma série de 14 horas) é extremamente corrido e não permite um aprofundamento dos personagens. Eles querem abordar questões complexas como assédio sexual, prostituição, assassinato, tráfico e vícios, mas os personagens e suas motivações são rasos demais.
Toda a trama de mistério acerca do desaparecimento do Nant (um personagem inclusive que só vemos em 2 ou 3 cenas) é promissora, mas a investigação do irmão se resume a ele acusar as pessoas sem prova e torturar garotos de programa.
Todos os relacionamentos e os problemas proveniente deles são igualmente rasos e irreais, em parte porque os personagens se olham, falam putari* e estão transando. 2 cenas depois eles estão apaixonados, mas a série não se preocupa em mostrar isso. Não há tensão sexual, flerte, senso de perigo ou nuances. Tudo aqui é cru, jogado em tela e explorado de forma dramática e óbvia.
Cada episódio tem em torno de 5 a 6 cenas de sexo que são péssimas. É como assistir uma paródia de pornô e a tentativa de fazer algo ousado dá a impressão que essas cenas foram criadas por um adolescente que acabou de descobrir a pornografia.
É exaustivo de acompanhar uma série onde 95% do conteúdo são cenas de sexo ou diálogos ruins que giram em torno de sexo. É um roteiro extremamente obcecado com seu próprio tema.
Os personagens então são péssimos. Os garotos de programa estão ali para mostrar o corpo e isso é tudo que a série lhes permite. Os estudantes são mimados e quase todos estão cometendo algum crime ou sendo tóxicos e chorões.
A série até fica melhor a partir do 7º episódio e segue numa crescente interessante, a fotografia é solida e tem uma iluminação estilosa, o roteiro é dinâmico e todos os atores tem bastante carisma.
Mas os episódios finais afundam novamente a trama e mostram toda a incapacidade do roteirista e do diretor em conectar todas as tramas e entregar cenas de tensão e perigo. Não há responsabilidade pelas atrocidades cometidas, as revelações são confusas e não fazem sentido porque a série em momento algum apresenta essas suspeitas.
O final sem resolução e a promessa (ameaça, no caso) de uma segunda temporada é o que fecha essa série como uma grande decepção e perca de tempo.
O que resta são cenas de sexo sem química, um roteiro enrolado, personagens problemáticos e mal construídos, inúmeras cenas de homens de cueca com enchimento e uma tentativa de criar um BL de mistério que resulta em um roteiro porco de pornô.
tem uma premissa interessante, uma fotografia bonita e excelentes atuações, mas o desenvolvimento é um tanto monótono e apesar do final ter cenas mt boas, não é o suficiente para salvar a trama.
importante destacar que apesar de ser vendido como, essa série não é um BL e tampouco um bromance. é apenas uma série com um personagem gay e que aborda de forma breve sobre sexualidade.
Desde o primeiro episódio eu simplesmente amei Jazz for Two. É uma série super bem produzida, com uma fotografia bonita, uma trilha sonora deliciosa e um elenco extremamente talentoso. A história era muito promissora e trazia personagens complexos e uma trama bem densa, mas apaixonante.
A personalidade indiferente e fria do Taeyi, a inocência do Seheon e o carisma de milhões do Doyoon (um dos melhores personagens que eu já vi) conseguiram carregar essa história com maestria e muita química.
Porém, apesar de ter amado essa série, é triste perceber o quanto o roteiro sofreu muito com falta de tempo ou talvez uma narrativa mais objetiva na hora de adaptar a história.
Muitos dos arcos da série são completamente abandonados ou ignorados como: a briga e a cobrança do pai do Seheon, o casal secundário que não recebe qualquer tempo de tela, a reação super violenta do Taeyi quando é beijado (e principalmente a facilidade com a qual ele é perdoado), a "redenção do Jooha (que é um personagem muito mal desenvolvido) e o maior e mais grave de todos, o plot twist no final sobre Taejoon e Sejin.
E o problema que eu tenho aqui é que essa revelação é completamente desnecessária para a história. É uma trama repetitiva (porque a mesma coisa acontece com o Taeyi e o Seheon), em momento algum da série há qualquer indicio sobre isso (então a relevação acontece do nada) e não tem impacto nenhum na narrativa. A falta de reação do Taeyi ao descobrir sobre só prova que não havia a menor necessidade de inserir esse arco na trama.
Eu também sinto falta de ter uma cena do Taeyi falando sobre o seu irmão e o que aconteceu com ele. Eu fiquei esperando pelo momento em que ele iria se abrir com o Seheon e o Doyoon, mas isso nunca acontece. Inclusive toda a mudança dele sendo frio e distante para sorridente e apaixonado soa muito abrupta.
Apesar de tudo, ainda acho que é uma série incrível, extremamente sensível e com uma produção acima da média. Falha em querer abordar muita coisa em poucos episódios e acaba atropelando a trama, deixando inúmeros furos no roteiro. O elenco incrível, entretanto, consegue entregar um BL divertido e apaixonante.
Tem um começo bem forte e divertido, e para além do romance, é uma série que também retrata bastante a cultura de trabalho tóxica no japão. É uma série bastante interessante e profunda, mas eu sinto que dá metade pro final perde um pouco de força.
O romance acaba sendo jogado de lado para explorar a vida do Hiro, o que é incrível, mas por ter apenas 6 episódios, o final acaba ficando um tanto corrido.
Certamente se beneficiaria mais tendo 8 episódios como de costume em séries BL japonesas, mas não deixa de ser uma história excelente com atores incríveis e uma trama bastante atual.
é uma excelente adaptação que consegue trazer a cultura e o estilo tailandês para a história. não é nada excepcional e tampouco carrega a mesma carga emocional ou uma fotografia estilosa como a versão japonesa, mas ainda consegue entregar uma história leve, bem desenvolvida e com um romance cheio de química.
as atuações são um tanto limitadas, mas nada que atrapalhe e o casal secundário é realmente muito mais interessante que na versão anterior. eu gosto especialmente que a série consegue trazer a sua própria estética e estilo para a narrativa.
uma ótima série para quem busca por um BL apaixonante, divertido e com personagens cativantes.
O ano mal começou e já temos aqui o melhor BL de 2024. É uma trama bastante simples, mas ao mesmo tempo tão cativante, com personagens complexos, atuações de altíssimo nível, uma produção competente e uma história muito bem construída.
Os personagens principais, principalmente o Cha Yeo Woon, são absolutamente apaixonantes e possuem uma química imensa. E eu adoro como a série consegue equilibrar momentos românticos com fantasia, drama e trazer um toque de mistério.
E o final é simplesmente primoroso e trás toda uma nova camada pra série que torna toda a história muito mais densa e rica.
Há uma séria falta de desenvolvimento dos personagens secundários, como o Sang Won e Kyung Hoon. E alguns pontos da trama parecem ter sido esquecido (como toda a briga com os valentões da escola e a situação com o pai do Cha Yeo Woon), mas nada disso tira o mérito e a excelência de Love for Love's Sake.
Realmente um dos melhores BLs já produzidos pela Coreia junto com The Eighth Sense e Blueming. As atuações, a direção, o roteiro, a fotografia, a sutileza e delicadeza em abordar temas acerca da solidão, depressão, suicídio, felicidade, sexualidade, família... Simplesmente uma série impecável que merece todo o reconhecimento do mundo.
É uma série bastante ousada e bem diferente do que vemos em produções BL e aqui eles realmente entregam um entretenimento de alto nível. Os atores são super carismáticos, o casal principal exala química, a produção é bem competente e é uma série que realmente quer contar uma história única e trazer uma nova perspectiva para o gênero.
Mas o roteiro deixa muito a desejar e honestamente eu não consegui me conectar com nenhum aspecto ou personagem da série. O problema é que existe um desconexão entre os elementos de investigação policial e os elementos de fantasia apresentados aqui.
A impressão que eu tenho é que essa é uma série policial e eles jogaram de última hora um romance gay e um épico de fantasia sem realmente desenvolver isso. A relação entre o Tharn e o Phaya acontece de forma muita aleatória, as investigações (especialmente o primeiro caso) são cheias de conveniências e umas descobertas do nada, os vilões são absurdamente mau trabalhados e para um série de mais de 1h de duração, todo o plot envolvendo os pais do Tharn e a busca por justiça dele são precariamente desenvolvidos.
Existe um potencial imenso ali, mas a história se perde com coisas desnecessárias. Os dois primeiros episódios são redundantes e poderiam ser resumidos em 40 minutos, o terceiro ep. é praticamente uma propaganda de turismo e os eps. 4 e 5 focam em um caso que em nada acrescenta ou desenvolve a história. É ali pela metade da temporada que realmente a verdadeira história começa a se desenvolver.
Eu não sei se foi a ganância de ter uma segunda temporada, mas todo o caso sobre o Montree poderia ser encerrado aqui junto com as tramas envolvidas. Mas o que temos no final é um vilão que passou a temporada inteira fazendo nada e apenas rosnando, simplesmente desistindo do Tharn e liberando ele. E isso é tão fraco e tão sem graça que faz toda essa narrativa deles não poderem ficar juntos perder todo o propósito dentro da trama.
Realmente é uma série de altíssima qualidade e que ousa em entregar uma história complexa, mas tropeça em personagens rasos, uma trama lenta e mau construída e uma falta de construção de mundo para explorar a mitologia apresentada.
É uma série leve e que não deve ser levada muito a sério. O humor tende a ser um tanto exagerado e infantil em alguns momentos, mas me surpreendeu a forma como eles conseguem abordar alguns temas como classe social, trauma e drama familiar de uma forma bem madura aqui.
Tem uns episódios muito bons, outros são péssimos, mas no geral é uma série boa pra assistir quando não tem pra fazer.
Simplesmente um dos melhores BLs de 2023. Eu absolutamente amo a delicadeza e a sutileza com a qual a história de dois homens em seus momentos mais sombrios se encontram e juntos conseguem ir se curando e desenvolvendo um relacionamento.
É uma série extremamente bem produzida, tem episódios bem emocionantes e a atuação é simplesmente impecável. É uma série que também trata de assuntos muito importantes com uma sensibilidade impressionante.
O casal principal exala química e adoro que essa é uma série que realmente explora e cria um protagonista deficiente visual com a complexidade necessária. Realmente uma série fundamental e muito bem dirigida.
O que eu não gosto, entretanto, são os dois episódios finais. O término no penúltimo episódio soa forçado e não faz sentido com a construção dos personagens.
Eu confesso que praticamente todos os episódios dessa série me deixaram com lágrimas nos olhos, mas o ep. final foi totalmente apático. Três anos se passam e nada muda, o reencontro deles é tão irrealista e bobo, não existe um dialogo mais profundo sobre como a vida deles mudou nesses anos e a cereja do bolo é o Day voltando a enxergar.
Eu sinto que a série coloca que o Day e o Mhok só poderiam ter um final feliz com o Day voltando a enxergar e isso remove toda a construção que a série tem de que o Day pode ser um homem feliz, independente e viver uma vida normal sendo cego.
No geral, é uma série incrível e mais um trabalho impecável do Aof, do Jimmy e do Sea. Realmente um BL que foge do comum e entrega um resultado cheio de qualidade.
Tecnicamente falando é uma série muito boa. A fotografia e cenografia são lindas, as atuações estão ótimas e tem um roteiro bem denso e complexo. Eu gosto muito da química entre o Sunshine e o Kyo e é isso que realmente segura a série.
É claramente uma série que trás essa linguagem do teatro e assim como 180 Degree, ela falha em conseguir adaptar essa narrativa de uma forma dinâmica.
O roteiro em muitos momentos é extremamente presunçoso, o personagem principal não é carismático ou um personagem que a gente torce por ele (apesar deu adorar o ator) e os motivos pelos quais tudo isso está acontecendo com ele soam muito aleatórios.
É uma série bem reflexiva e existencial, tem diálogos bem longos e episódios que são quase todos dentro de um quarto com os personagens conversando, e isso torna a série cansativa.
Como um filme ou episódios mais curtos, funcionaria melhor. Mas falta um melhor desenvolvimento de outros aspectos da vida do Sunshine e até mesmo explorar melhor os personagens secundários. No geral, é uma série promissora e muito bem executada, mas que falha em entreter e criar uma trama dinâmica e intrigante.
É uma série que exige um tanto de paciência. Eu confesso que os primeiros episódios realmente não estavam funcionando para mim, mas quando a história engata é realmente algo de tirar o fôlego.
É certamente um dos melhores BLs já produzidos pela Tailândia em todos os aspectos. As atuações são incríveis, o roteiro tem uma delicadeza e consegue falar sobre sexualidade de uma forma impar, a produção é de altíssimo nível e a fotografia fecha com chave de ouro.
É uma história linda, extremamente bem feita e nota-se toda a dedicação colocada ali para criar uma obra que fosse relevante e visualmente impecável.
Um tanto longa demais e com algumas conveniências de roteiro, mas eu gosto que apesar de tudo, é uma série que tenta mostrar casais LGBTQ+ sendo felizes mesmo em tempos onde isso era uma sentença de morte.
É uma delícia de série e realmente merecia mais destaque. Os atores principais tem uma química imensa e são lindos juntos, mas eu não entendo o excesso de drama e decisões burras por parte dos personagens.
Funcionaria tão bem sendo uma série mais leve e focada na construção do romance deles. Todo esse drama entre o Night e o Dream é tão desnecessário que acaba tirando o brilho de uma série que tinha tudo para ser excelente.
Entretanto não deixa de ser uma boa série para passar o tempo.
Não é uma série boa, mas é aquele tipo de série que você só desliga o cérebro e aproveita porque se começar a pensar muito o negócio desanda.
Os atores são todos muito carismáticos e a história tem um ritmo interessante que não te deixa entediado e todas as interações do Sprite com o First são o que realmente funcionam nessa série.
Mas o roteiro é uma bagunça e isso vai ficando evidente com os episódios. É uma série muito crua e não existe nuance, não existe construção e tampouco desenvolvimento. Os tópicos são jogados em cena e resolvidos com uma facilidade que não me agrada.
E esse é o problema. Falta de desenvolvimento, excesso de personagens e tramas que não acrescentam nada e um roteiro cheiro de furos e conveniências.
O casal secundário mal tem tempo de tela ou construção. O terceiro casal só existe porque eles queriam cenas de dois homens sem camisa se beijando. Toda a traição do Ko, o drama com as fãs do Zee e o vazamento da foto com a Salmon, o pai alcoólatra do Jack, a mãe doente do Tom, a briga com o Tong, os problemas familiares do Zee e Sprite NADA disso é desenvolvido ou tem qualquer impacto na trama. E eles simplesmente jogam isso e depois resolvem de qualquer forma e ta tudo certo.
É uma série que funcionaria se não se levasse tão a sério. Mas com um roteiro péssimo e uma história que enrola até o último minuto com os personagens tomando uma decisão mais burra que a outra, fica difícil de defender. Começa muito bem e divertida, mas se perde totalmente na reta final.
a série toda parece uma longa introdução de algo que nunca acontece. os atores são excelentes, o elenco todo é muito carismático, mas é tão fraquinha.
o romance principal é muito água com açúcar e toda essa dinâmica de aluno menor de idade e professor não rola. toki é um incrível e o ator faz um excelente trabalho, mas é um personagem raso demais.
há indícios de que haveria um casal secundário, mas eles simplesmente desaparecem nos eps finais. bem decepcionante pra dizer o mínimo.
apesar de ter apenas 3 episódios tem absolutamente tudo o que você pode esperar de um BL japonês. é super fofo, tem uma trama bem interessante e bem trabalhada, os personagens são incríveis e tem uma excelente química e tecnicamente falando, não há erros, a trilha sonora em especial, é ótima.
mais uma aula do Japão de como criar séries curtas, mas bem desenvolvidas, com aprofundamento e uma estética interessante.
Love is Better The Second Time Around
3.9 2leve, madura, apaixonante e apesar de simples, uma história muito boa de acompanhar
Unknown
4.4 2tem um plot que eu estranhei de início, mas é inegável o talento e a dedicação posta aqui. as atuações e o roteiro são incríveis e a história consegue se desenvolver de forma realista, dosando bem os momentos dramáticos, românticos e cômicos.
um excelente drama e mais uma impecável produção de Taiwan.
Deep Night
3.4 1Como qualquer outro trabalho desse diretor mais voltado para uma narrativa adulta e hot, Deep Night é uma série que acerta em trazer atores lindos e carismáticos, uma trama interessante e excelentes cenas de beijo. Mas que também erra nos mesmos pontos: roteiro precário, um desenvolvimento cheio de furos, resoluções rasas e simplistas e um excesso de cenas de beijo inseridas para resolver qualquer conflito na trama.
Eu gosto da história e do potencial que ela tem, mas é tudo jogado aqui. O personagem que mais sofre com isso é o Khem. Ele é introduzido como um homem rico, arrogante e que detesta o clube da mãe (por motivos que a série não explora a fundo), mas tudo isso é deixado de lado após ver uma performance do Wella. Não há desenvolvimento da personalidade arrogante dele para ele agindo de forma amável, não há construção do relacionamento dele com a mãe e com o clube. As coisas acontecem de uma cena para outra sem a menor lógica narrativa.
Mas o que me incomoda é como nada tem impacto na trama. O Khem descobrindo que o Wella é um host. O Japan descobrindo sobre o Khem e o Wella trabalhando no clube. O Wella descobrindo sobre a mãe do Khem. A mãe dele descobrindo que eles quebraram a regra de não namorar. Os hosts descobrindo do namoro secreto do Khem e Wella. NADA, absolutamente nada disso tem impacto na narrativa.
Outro ponto que eu acho insuportável é esse problema com a polícia. É repetitivo - eles invadem, revistam, encontram nada, algum cliente faz um vídeo reclamando - e nunca tem uma conclusão diferente ou dá uma sensação de que as coisas estão piorando. Fica óbvio desde o início quem está por trás disso (inclusive é de um burrice imensa que eles não tenham percebido antes) além de toda a personagem e a trama envolta nisso ser tão rasa que não tem importância nenhuma no final.
Toda a dinâmica entre o "trisal" tem um potencial imenso, mas não parece que houve tempo para explorar a relação deles e o final soa tão corrida que você não sente a química entre eles.
Não é de todo ruim, mas é tudo muito raso e meio burro. O Khem usa a imagem desses hosts para promover o clube e ai do nada eles colocam uma trama da mãe do Wella e da faculdade descobrindo isso e sendo o maior escândalo (o que eu acho uma trama super interessante), mas eles estão mostrando o rosto no perfil do clube na internet. Não faz sentido eles acharem que as outras pessoas não veriam isso!!!
É uma série fácil de assistir, tem uma trama interessante, mas muito mal desenvolvida. A história insiste em colocar cenas de beijos ou resoluções fáceis aos conflitos, o que faz com que nada tenha impacto no roteiro. Os personagens são excelentes, trata de ótimos temas (mesmo que superficialmente) e tem uma excelente química entre os atores, mas não se aprofunda ou tenta entregar uma narrativa diferente do que já vimos inúmeras vezes antes.
Love Mechanics
3.6 9Um dos meus BL favoritos. Estou revendo e só posso dizer que é uma série incrível. As atuações - em especial a do War - são fantásticas, o roteiro é bem feito, a fotografia é linda, a trama tem sutileza, tem drama, tem um romance complexo e uma construção de personagem excelente.
A única coisa desnecessária aqui é a cena de AS que rola no primeiro ep.
Fora isso, uma série impecável e muito bem produzida.
Gray Shelter
2.9 2É uma série complexa, densa e com dois personagens muito machucados pela vida. O roteiro é impecável, as atuações são perfeitas, a cinematografia é um tanto sem graça e eu sinto que falta tempo pra desenvolver de forma coerente toda a história.
Se tivesse um ou dois episódios a mais, acredito que seria uma obra prima. Apesar de ser um série sombria, não deixa de ser um BL excelente e com uma ótima história.
Pit Babe (1ª Temporada)
3.7 2É uma série que funcionaria melhor se fosse apenas um thriller dramático de corrida. A trama em si tem algo de interessante. Os atores são carismáticos e tem bastante química, mas o desenvolvimento da história não funciona.
São duas séries aqui. A primeira metade é uma série de corrida e a segunda metade é um thriller de fantasia tipo Mutantes. Mas não há construção de mundo aqui. A série não explica ou explora o que é um Alfa, um Enigma ou os impactos que seres com poderes teriam no mundo.
O vilão e suas motivações são tão caricatas que não me convence (ele passa a série inteira batendo no Kenta e falando pra ele trazer os "filhos" dele pra casa sem nunca tomar nenhuma atitude a não ser sabotar carros de corrida) e toda a trama é sustentada por cenas de beijo, diálogos precários, um excesso de personagens desnecessários e resoluções fáceis.
Praticamente todo mundo aqui é filho adotivo do Chen. Os personagens são bem rasos e não tem muito para oferecer. Quem mais sofre disso é o Charlie, cuja única personalidade é sorrir e correr atrás do Babe.
O casal principal acontece rápido demais. Babe perdendo os poderes é algo que tem impacto. Os personagens tem poderes que nunca são usados em momentos críticos. Não há senso de perigo ou urgência, toda vez que um personagem está em perigo ele escapa ou já está bem no episódio seguinte.
A morte falsa do Charlie e Way ser um Enigma não funciona porque não tem impacto na história. No final Way se mata a toa, porque não tinha motivo pra ele se jogar na frente das balas.
E o mais impressionante de tudo é como uma série de alto orçamento como essa tem uma fotografia pavorosa. Não há uma cena bonita aqui. Uma câmera tremida, uma iluminação sem graça, enquadramentos feios, um horror.
Tinha potencial de ser uma série incrível, mas cai dentro de uma narrativa preguiçosa, sem realmente ousar criar uma trama diferente e ousada. Personagens fracos, uma cinematografia amadora, um roteiro cheio de conveniências e uma péssima construção de mundo e de trama.
É um tanto longa demais para ser um bom entretenimento, mas não é uma série difícil de assistir se você não se importa com roteiro.
Close Friend (3ª Temporada)
2.2 1É uma série muito boa. Tem ótimos personagens, uma trama divertida e diferente das outras duas temporadas dessa série antológica, aqui a produção é excelente e entrega atuações, roteiro e uma cinematografia de qualidade.
Entretanto, não é uma série BL.
E esse é o maior problema com essa série. Eles criam situações em alguns episódios e dão a entender que Earth e Best poderiam ser um casal ou que Win e Dunk vão ser um casal secundário, mas no final nada acontece e a série apenas apresenta relacionamentos heterossexuais.
É frustrante - e desrespeitoso - a estratégia do estúdio de usar o nome Close Friends (que é uma franquia BL) e promover a série como um BL apenas para ludibriar e atrair fãs de BL para um série que não tem sequer um bromance ou cenas de romance.
Pessoalmente falando eu acredito que a trama série muito mais interessante com um romance entre o Earth e o Best, já que ambos tem uma construção de enemy to lovers.
Apesar de tudo, é uma boa série, tem ótimas cenas e apresenta uma história divertida. Eu amo a caracterização dos personagens e como cada um deles tem um estilo e personalidade distintas.
Mas se você está procurando um BL, não vai encontrar aqui. Assim como My Strawberry Film, aqui eles também falam sobre ser LGBTQIA+ mas de uma forma breve e rasa.
To Be Continued
3.5 3Com uma trama simples e já apresentada inúmeras vezes em outras histórias BL, To Be Continued é uma série fácil e gostosa de assistir.
O problema, entretanto, é a forma como essa narrativa é conduzida. Eu confesso que a história do passado entre o Ji e o Achi é absurdamente mais interessante e emotiva do que o arco deles no presente. O maior problema que eu tive aqui é a forma como esses personagens continuam se comportando como adolescentes mesmo sendo adultos.
Eu sinto que há quase uma infantilização (leve, mas existente) dos personagens aqui para apelar para o público mais jovem que assiste a série. O uso frequente de fantoches e pelúcias é um dos aspectos que me incomoda profundamente.
Mas para além disso, na trama presente, Ji e Achi não são personagens lá muito interessantes. O luto do Ji pela morte da mãe ou suas preocupações em ser um bom médico não me convencem e o Achi está ali. Ele é engraçado e carismático, mas não há muito sendo explorado no personagem.
Toda a falta de comunicação entre eles no presente é algo que realmente atrapalha a narrativa e deixa a trama cansativa. A série poderia ter explorado melhor a vida deles (principalmente o fato de ambos terem trabalhos que consomem muito tempo) ou a dificuldade em estar em um relacionamento com um idol (o preconceito da indústria ou ter que esconder o namoro e lidar com as fãs). Havia inúmeras possibilidades a serem exploradas aqui e eu sinto que nada realmente ganha destaque.
O casal secundário e o casal de médicos recebem uma introdução, mas nunca realmente acontecem, o que me faz questionar o porquê a produção decidiu perder tempo mostrando algo que não tem uma resolução no final.
De forma geral, a série tem momentos muito interessantes e cenas lindas e o passado deles carrega uma trama muito emotiva, mas eles falham em entregar uma trama divertida e apaixonante na história presente. Atores com ótima química e uma produção competente, certamente um ótimo BL para assistir sem grandes pretensões.
Playboyy
1.9 3Playboyy é uma série camp. Eles querem ser sérios, ousados e sexy, mas o roteiro é muito ruim pra permitir isso. A história tem um potencial imenso para ser um dos melhores BLs já feitos, mas esse não é o caso.
O maior problema aqui é a falta de desenvolvimento. O roteiro (pra uma série de 14 horas) é extremamente corrido e não permite um aprofundamento dos personagens. Eles querem abordar questões complexas como assédio sexual, prostituição, assassinato, tráfico e vícios, mas os personagens e suas motivações são rasos demais.
Toda a trama de mistério acerca do desaparecimento do Nant (um personagem inclusive que só vemos em 2 ou 3 cenas) é promissora, mas a investigação do irmão se resume a ele acusar as pessoas sem prova e torturar garotos de programa.
Todos os relacionamentos e os problemas proveniente deles são igualmente rasos e irreais, em parte porque os personagens se olham, falam putari* e estão transando. 2 cenas depois eles estão apaixonados, mas a série não se preocupa em mostrar isso. Não há tensão sexual, flerte, senso de perigo ou nuances. Tudo aqui é cru, jogado em tela e explorado de forma dramática e óbvia.
Cada episódio tem em torno de 5 a 6 cenas de sexo que são péssimas. É como assistir uma paródia de pornô e a tentativa de fazer algo ousado dá a impressão que essas cenas foram criadas por um adolescente que acabou de descobrir a pornografia.
É exaustivo de acompanhar uma série onde 95% do conteúdo são cenas de sexo ou diálogos ruins que giram em torno de sexo. É um roteiro extremamente obcecado com seu próprio tema.
Os personagens então são péssimos. Os garotos de programa estão ali para mostrar o corpo e isso é tudo que a série lhes permite. Os estudantes são mimados e quase todos estão cometendo algum crime ou sendo tóxicos e chorões.
A série até fica melhor a partir do 7º episódio e segue numa crescente interessante, a fotografia é solida e tem uma iluminação estilosa, o roteiro é dinâmico e todos os atores tem bastante carisma.
Mas os episódios finais afundam novamente a trama e mostram toda a incapacidade do roteirista e do diretor em conectar todas as tramas e entregar cenas de tensão e perigo. Não há responsabilidade pelas atrocidades cometidas, as revelações são confusas e não fazem sentido porque a série em momento algum apresenta essas suspeitas.
O final sem resolução e a promessa (ameaça, no caso) de uma segunda temporada é o que fecha essa série como uma grande decepção e perca de tempo.
O que resta são cenas de sexo sem química, um roteiro enrolado, personagens problemáticos e mal construídos, inúmeras cenas de homens de cueca com enchimento e uma tentativa de criar um BL de mistério que resulta em um roteiro porco de pornô.
My Strawberry Film
2.8 1tem uma premissa interessante, uma fotografia bonita e excelentes atuações, mas o desenvolvimento é um tanto monótono e apesar do final ter cenas mt boas, não é o suficiente para salvar a trama.
importante destacar que apesar de ser vendido como, essa série não é um BL e tampouco um bromance. é apenas uma série com um personagem gay e que aborda de forma breve sobre sexualidade.
Jazz for Two
4.2 4Desde o primeiro episódio eu simplesmente amei Jazz for Two. É uma série super bem produzida, com uma fotografia bonita, uma trilha sonora deliciosa e um elenco extremamente talentoso. A história era muito promissora e trazia personagens complexos e uma trama bem densa, mas apaixonante.
A personalidade indiferente e fria do Taeyi, a inocência do Seheon e o carisma de milhões do Doyoon (um dos melhores personagens que eu já vi) conseguiram carregar essa história com maestria e muita química.
Porém, apesar de ter amado essa série, é triste perceber o quanto o roteiro sofreu muito com falta de tempo ou talvez uma narrativa mais objetiva na hora de adaptar a história.
Muitos dos arcos da série são completamente abandonados ou ignorados como: a briga e a cobrança do pai do Seheon, o casal secundário que não recebe qualquer tempo de tela, a reação super violenta do Taeyi quando é beijado (e principalmente a facilidade com a qual ele é perdoado), a "redenção do Jooha (que é um personagem muito mal desenvolvido) e o maior e mais grave de todos, o plot twist no final sobre Taejoon e Sejin.
E o problema que eu tenho aqui é que essa revelação é completamente desnecessária para a história. É uma trama repetitiva (porque a mesma coisa acontece com o Taeyi e o Seheon), em momento algum da série há qualquer indicio sobre isso (então a relevação acontece do nada) e não tem impacto nenhum na narrativa. A falta de reação do Taeyi ao descobrir sobre só prova que não havia a menor necessidade de inserir esse arco na trama.
Eu também sinto falta de ter uma cena do Taeyi falando sobre o seu irmão e o que aconteceu com ele. Eu fiquei esperando pelo momento em que ele iria se abrir com o Seheon e o Doyoon, mas isso nunca acontece. Inclusive toda a mudança dele sendo frio e distante para sorridente e apaixonado soa muito abrupta.
Apesar de tudo, ainda acho que é uma série incrível, extremamente sensível e com uma produção acima da média. Falha em querer abordar muita coisa em poucos episódios e acaba atropelando a trama, deixando inúmeros furos no roteiro. O elenco incrível, entretanto, consegue entregar um BL divertido e apaixonante.
Perfect Propose
3.8 3Tem um começo bem forte e divertido, e para além do romance, é uma série que também retrata bastante a cultura de trabalho tóxica no japão. É uma série bastante interessante e profunda, mas eu sinto que dá metade pro final perde um pouco de força.
O romance acaba sendo jogado de lado para explorar a vida do Hiro, o que é incrível, mas por ter apenas 6 episódios, o final acaba ficando um tanto corrido.
Certamente se beneficiaria mais tendo 8 episódios como de costume em séries BL japonesas, mas não deixa de ser uma história excelente com atores incríveis e uma trama bastante atual.
Cherry Magic
4.2 4é uma excelente adaptação que consegue trazer a cultura e o estilo tailandês para a história. não é nada excepcional e tampouco carrega a mesma carga emocional ou uma fotografia estilosa como a versão japonesa, mas ainda consegue entregar uma história leve, bem desenvolvida e com um romance cheio de química.
as atuações são um tanto limitadas, mas nada que atrapalhe e o casal secundário é realmente muito mais interessante que na versão anterior. eu gosto especialmente que a série consegue trazer a sua própria estética e estilo para a narrativa.
uma ótima série para quem busca por um BL apaixonante, divertido e com personagens cativantes.
Love For Love's Sake
4.4 6O ano mal começou e já temos aqui o melhor BL de 2024. É uma trama bastante simples, mas ao mesmo tempo tão cativante, com personagens complexos, atuações de altíssimo nível, uma produção competente e uma história muito bem construída.
Os personagens principais, principalmente o Cha Yeo Woon, são absolutamente apaixonantes e possuem uma química imensa. E eu adoro como a série consegue equilibrar momentos românticos com fantasia, drama e trazer um toque de mistério.
E o final é simplesmente primoroso e trás toda uma nova camada pra série que torna toda a história muito mais densa e rica.
Há uma séria falta de desenvolvimento dos personagens secundários, como o Sang Won e Kyung Hoon. E alguns pontos da trama parecem ter sido esquecido (como toda a briga com os valentões da escola e a situação com o pai do Cha Yeo Woon), mas nada disso tira o mérito e a excelência de Love for Love's Sake.
Realmente um dos melhores BLs já produzidos pela Coreia junto com The Eighth Sense e Blueming. As atuações, a direção, o roteiro, a fotografia, a sutileza e delicadeza em abordar temas acerca da solidão, depressão, suicídio, felicidade, sexualidade, família... Simplesmente uma série impecável que merece todo o reconhecimento do mundo.
The Sign
4.0 2É uma série bastante ousada e bem diferente do que vemos em produções BL e aqui eles realmente entregam um entretenimento de alto nível. Os atores são super carismáticos, o casal principal exala química, a produção é bem competente e é uma série que realmente quer contar uma história única e trazer uma nova perspectiva para o gênero.
Mas o roteiro deixa muito a desejar e honestamente eu não consegui me conectar com nenhum aspecto ou personagem da série. O problema é que existe um desconexão entre os elementos de investigação policial e os elementos de fantasia apresentados aqui.
A impressão que eu tenho é que essa é uma série policial e eles jogaram de última hora um romance gay e um épico de fantasia sem realmente desenvolver isso. A relação entre o Tharn e o Phaya acontece de forma muita aleatória, as investigações (especialmente o primeiro caso) são cheias de conveniências e umas descobertas do nada, os vilões são absurdamente mau trabalhados e para um série de mais de 1h de duração, todo o plot envolvendo os pais do Tharn e a busca por justiça dele são precariamente desenvolvidos.
Existe um potencial imenso ali, mas a história se perde com coisas desnecessárias. Os dois primeiros episódios são redundantes e poderiam ser resumidos em 40 minutos, o terceiro ep. é praticamente uma propaganda de turismo e os eps. 4 e 5 focam em um caso que em nada acrescenta ou desenvolve a história. É ali pela metade da temporada que realmente a verdadeira história começa a se desenvolver.
Eu não sei se foi a ganância de ter uma segunda temporada, mas todo o caso sobre o Montree poderia ser encerrado aqui junto com as tramas envolvidas. Mas o que temos no final é um vilão que passou a temporada inteira fazendo nada e apenas rosnando, simplesmente desistindo do Tharn e liberando ele. E isso é tão fraco e tão sem graça que faz toda essa narrativa deles não poderem ficar juntos perder todo o propósito dentro da trama.
Realmente é uma série de altíssima qualidade e que ousa em entregar uma história complexa, mas tropeça em personagens rasos, uma trama lenta e mau construída e uma falta de construção de mundo para explorar a mitologia apresentada.
Cooking Crush
3.6 4É uma série leve e que não deve ser levada muito a sério. O humor tende a ser um tanto exagerado e infantil em alguns momentos, mas me surpreendeu a forma como eles conseguem abordar alguns temas como classe social, trauma e drama familiar de uma forma bem madura aqui.
Tem uns episódios muito bons, outros são péssimos, mas no geral é uma série boa pra assistir quando não tem pra fazer.
Last Twilight
4.3 7Simplesmente um dos melhores BLs de 2023. Eu absolutamente amo a delicadeza e a sutileza com a qual a história de dois homens em seus momentos mais sombrios se encontram e juntos conseguem ir se curando e desenvolvendo um relacionamento.
É uma série extremamente bem produzida, tem episódios bem emocionantes e a atuação é simplesmente impecável. É uma série que também trata de assuntos muito importantes com uma sensibilidade impressionante.
O casal principal exala química e adoro que essa é uma série que realmente explora e cria um protagonista deficiente visual com a complexidade necessária. Realmente uma série fundamental e muito bem dirigida.
O que eu não gosto, entretanto, são os dois episódios finais. O término no penúltimo episódio soa forçado e não faz sentido com a construção dos personagens.
Eu confesso que praticamente todos os episódios dessa série me deixaram com lágrimas nos olhos, mas o ep. final foi totalmente apático. Três anos se passam e nada muda, o reencontro deles é tão irrealista e bobo, não existe um dialogo mais profundo sobre como a vida deles mudou nesses anos e a cereja do bolo é o Day voltando a enxergar.
Eu sinto que a série coloca que o Day e o Mhok só poderiam ter um final feliz com o Day voltando a enxergar e isso remove toda a construção que a série tem de que o Day pode ser um homem feliz, independente e viver uma vida normal sendo cego.
No geral, é uma série incrível e mais um trabalho impecável do Aof, do Jimmy e do Sea. Realmente um BL que foge do comum e entrega um resultado cheio de qualidade.
Happy Ending
3.0 2Os atores perfeitos, a história de milhões e apenas 3 episódios de 6 minutos? Um crime de ódio viu
7 Days Before Valentine
2.2 1Tecnicamente falando é uma série muito boa. A fotografia e cenografia são lindas, as atuações estão ótimas e tem um roteiro bem denso e complexo. Eu gosto muito da química entre o Sunshine e o Kyo e é isso que realmente segura a série.
É claramente uma série que trás essa linguagem do teatro e assim como 180 Degree, ela falha em conseguir adaptar essa narrativa de uma forma dinâmica.
O roteiro em muitos momentos é extremamente presunçoso, o personagem principal não é carismático ou um personagem que a gente torce por ele (apesar deu adorar o ator) e os motivos pelos quais tudo isso está acontecendo com ele soam muito aleatórios.
É uma série bem reflexiva e existencial, tem diálogos bem longos e episódios que são quase todos dentro de um quarto com os personagens conversando, e isso torna a série cansativa.
Como um filme ou episódios mais curtos, funcionaria melhor. Mas falta um melhor desenvolvimento de outros aspectos da vida do Sunshine e até mesmo explorar melhor os personagens secundários. No geral, é uma série promissora e muito bem executada, mas que falha em entreter e criar uma trama dinâmica e intrigante.
I Feel You Linger In The Air
4.3 2É uma série que exige um tanto de paciência. Eu confesso que os primeiros episódios realmente não estavam funcionando para mim, mas quando a história engata é realmente algo de tirar o fôlego.
É certamente um dos melhores BLs já produzidos pela Tailândia em todos os aspectos. As atuações são incríveis, o roteiro tem uma delicadeza e consegue falar sobre sexualidade de uma forma impar, a produção é de altíssimo nível e a fotografia fecha com chave de ouro.
É uma história linda, extremamente bem feita e nota-se toda a dedicação colocada ali para criar uma obra que fosse relevante e visualmente impecável.
Um tanto longa demais e com algumas conveniências de roteiro, mas eu gosto que apesar de tudo, é uma série que tenta mostrar casais LGBTQ+ sendo felizes mesmo em tempos onde isso era uma sentença de morte.
Night Dream
2.5 1É uma delícia de série e realmente merecia mais destaque. Os atores principais tem uma química imensa e são lindos juntos, mas eu não entendo o excesso de drama e decisões burras por parte dos personagens.
Funcionaria tão bem sendo uma série mais leve e focada na construção do romance deles. Todo esse drama entre o Night e o Dream é tão desnecessário que acaba tirando o brilho de uma série que tinha tudo para ser excelente.
Entretanto não deixa de ser uma boa série para passar o tempo.
Twins
3.7 3Não é uma série boa, mas é aquele tipo de série que você só desliga o cérebro e aproveita porque se começar a pensar muito o negócio desanda.
Os atores são todos muito carismáticos e a história tem um ritmo interessante que não te deixa entediado e todas as interações do Sprite com o First são o que realmente funcionam nessa série.
Mas o roteiro é uma bagunça e isso vai ficando evidente com os episódios. É uma série muito crua e não existe nuance, não existe construção e tampouco desenvolvimento. Os tópicos são jogados em cena e resolvidos com uma facilidade que não me agrada.
E esse é o problema. Falta de desenvolvimento, excesso de personagens e tramas que não acrescentam nada e um roteiro cheiro de furos e conveniências.
O casal secundário mal tem tempo de tela ou construção. O terceiro casal só existe porque eles queriam cenas de dois homens sem camisa se beijando. Toda a traição do Ko, o drama com as fãs do Zee e o vazamento da foto com a Salmon, o pai alcoólatra do Jack, a mãe doente do Tom, a briga com o Tong, os problemas familiares do Zee e Sprite NADA disso é desenvolvido ou tem qualquer impacto na trama. E eles simplesmente jogam isso e depois resolvem de qualquer forma e ta tudo certo.
É uma série que funcionaria se não se levasse tão a sério. Mas com um roteiro péssimo e uma história que enrola até o último minuto com os personagens tomando uma decisão mais burra que a outra, fica difícil de defender. Começa muito bem e divertida, mas se perde totalmente na reta final.
Sahara Sensei to Toki-kun
3.5 2a série toda parece uma longa introdução de algo que nunca acontece. os atores são excelentes, o elenco todo é muito carismático, mas é tão fraquinha.
o romance principal é muito água com açúcar e toda essa dinâmica de aluno menor de idade e professor não rola. toki é um incrível e o ator faz um excelente trabalho, mas é um personagem raso demais.
há indícios de que haveria um casal secundário, mas eles simplesmente desaparecem nos eps finais. bem decepcionante pra dizer o mínimo.
BL Drama no Shuen ni Narimashita: Crank Up Hen
4.0 6apesar de ter apenas 3 episódios tem absolutamente tudo o que você pode esperar de um BL japonês. é super fofo, tem uma trama bem interessante e bem trabalhada, os personagens são incríveis e tem uma excelente química e tecnicamente falando, não há erros, a trilha sonora em especial, é ótima.
mais uma aula do Japão de como criar séries curtas, mas bem desenvolvidas, com aprofundamento e uma estética interessante.