Financiado por uma companhia petrolífera o filme faz em boa parte dele uma espécie de propaganda institucional da mesma. Algo que não seja de todo ruim por não tomar tanto tempo da duração do filme que é curta. No começo tinha dúvida se era mesmo um documentário porque parte do que é mostrado parece encenado. Quase não há história e por isso achei despropositado essa produção ter sido indicada para o Oscar de melhor roteiro. Poderia ter sido indicada pela sua bela trilha sonora que foi a primeira a receber um prêmio Pulitzer. O filme tem bons momentos em que mostra o carismático jovem protagonista explorando os pântanos da Lousiana. Só me incomodou a crueldade cometida contra animais vista em algumas cenas.
O trabalho de direção é espetacular assim como a fotografia e a montagem também são merecedoras de serem destacadas. Já o roteiro poderia ter rendido mais se não tivesse tantas subtramas que fazem o filme mudar de foco a todo momento. No final todas as histórias e personagens se interligam e acabam prometendo um grande final que para mim não aconteceu já que o filme deixa algumas pontas soltas como se tivesse acabado antes da hora. Ainda assim ele merece ser lembrado como uma grande obra do chamado cinema samurai.
Mesmo que Godzilla e Ghidorah demorem um pouco a aparecer o filme se sustenta bem com uma história que envolve viagens no tempo e até mostra como Godzilla foi criado. O roteiro contraria uma regra usual de histórias de viagens no tempo que é o fato de pessoas no presente se lembrarem de acontecimentos do passado que foram alterados, O que importa é que mesmo com as suas limitações o filme é dinâmico e divertido e me fez querer conhecer mais produções com participação dos monstros que aparecem nele.
Um dos melhores faroestes estrelados por Giuliano Gemma que eu vi até agora. A história é simples, mas conduzida de maneira eficiente. A trilha sonora de início me incomodou um pouco pela repetição, mas acabou me conquistando. A cena final
Esse filme tem uma história com muitos conflitos que rendem grandes cenas valorizadas pelas magníficas atuações do trio central de atrizes veteranas. Ao mesmo tempo achei que algumas coisas ficaram mal explicadas. Principalmente sobre a história e o caráter da protagonista que durante o filme sofre uma mudança de comportamento que me incomodou um pouco.
No início aparentemente frustrada e merecedora da nossa empatia ela se transforma em uma pessoa desequilibrada e agressiva.
Uma história de grande potencial que para mim perdeu um pouco o rumo e merecia um trabalho de direção menos convencional. Não me agradou também o trabalho de fotografia que pareceu tornar as cenas um tanto monocromáticas. O filme apesar disso tudo considerei bom, mas esperava algo excelente.
Comecei a ver o filme sem saber nada sobre ele, mas logo identifiquei o estilo do diretor Aki Kaurismäki com os seus cortes de cenas secos e abruptos, personagens solitários e indiferentes à quase tudo que ocorre à sua volta e o uso peculiar da trilha sonora. Como em outras obras do diretor a duração é curta, mas durante o filme acontece muita coisa que faz com que a nossa atenção seja mantida até a cena final onde sabemos da razão do seu título.
Pelo fato de eu já conhecer os filmes da franquia original o final desse prequel pelo menos em parte já me era conhecido. O que não diminuiu o meu interesse pela sua história. Essa no início parece um pouco desanimadora, mas melhora muito à medida que avança até as impactantes cenas finais. Pela última cena ainda temos a possibilidade de que no futuro vejamos mais um filme da franquia. Por fim não posso deixar de mencionar a participação de Sônia Braga em um papel de destaque.
A Transilvânia sempre foi conhecida como a casa de Drácula, mas esse filme mostra que a região localizada na Romênia é bem mais do que isso. O filme começa bem revelando um lugar de uma cultura vibrante com grandes sequências de música e dança. Infelizmente depois disso ocorre uma reviravolta que faz com que a história perca o rumo se tornando na maior parte do tempo monótona e desinteressante. A protagonista atravessa o filme sem revelar muito sobre si mesma e o surto por que ela passa em certo momento dele para mim foi mais longo do que deveria. As figuras mais interessantes acabam mesmo os atores do elenco de apoio sendo a maioria aparentemente amadores que trazem alguma energia a ele.
Filmes de samurais são uma espécie de subgênero cinematográfico e esse aqui é dos melhores exemplares do mesmo que eu conheci até agora. A história é marcada por constantes reviravoltas e equilibra bem a ação e o drama sem apelo cômicos desnecessários que é algo que me incomoda um pouco em algumas produções japonesas. O final é daqueles que é impossível prever e também esquecer.
Já vi várias adaptações da obra literária de Bram Stoker. Essa daqui faz diversas mudanças na história trocando até nomes de personagens e as ligações entre eles. O que tornou o filme menos previsível para quem já conhece a história original. Só achei desnecessária a troca de função das personagens Lucy e Mina. Há mais aventura e ação do que terror no filme. O que decepciona um pouco para uma produção do gênero. Algumas coisas não convencem
como o fato do Conde Drácula ser o único sobrevivente de um naufrágio onde toda a tripulação foi brutalmente assassinada e ninguém questionar isso
e o topete exagerado de Frank Langella que curiosamente é um vampiro que nunca mostra as presas em cena. Algo que fui saber agora foi uma exigência do ator para assumir o papel que ele também fez em uma versão teatral de Drácula. Mesmo não atingindo o clima de tensão e suspense que a obra pede o filme tem um bom ritmo, caprichados trabalhos de direção de arte e efeitos visuais e o mestre John Williams como de hábito entregando uma trilha sonora memorável. A cena final deixa até um gancho para uma possível sequência que acabou não sendo feita.
Esperava mais desse filme que fez grande sucesso na Itália, sua terra natal. A história que defende a emancipação feminina contra a opressão masculina em uma época em que as mulheres não tinham voz é sempre pertinente. Infelizmente essa mensagem é diluída por decisões equivocadas da direção. A trilha sonora não combina em nada com o drama passado na tela. Transformar uma cena de violência contra uma mulher em uma sequência de música e dança achei algo ridículo e de mau gosto. Para finalizar esperava uma atitude mais contundente da protagonista em relação à situação em que ela esse encontrava, mas no final me decepcionei. Embora reconheça a importância do que foi mostrado em relação a uma conquista dos direitos das mulheres. Esperava um filme tocante, comovente, mas o resultado para mim ficou longe disso. O trabalho de fotografia é louvável e o elenco não decepciona, mas o filme que agora soube foi dirigido pela mesma atriz que faz a protagonista não atingiu as expectativas que eu tinha sobre ele.
Essa cinebiografia retrata apenas uma fase da vida de Gal Costa. Mais precisamente o início da sua carreira e a sua consagração como cantora. Há grandes passagens musicais que alternam a voz de Gal com a de Shopie Charlotte que se sai bem cantando. Shophie mesmo não sendo exatamente parecida com Gal faz um bom trabalho a interpretando e ajuda nisso também o bom trabalho de caracterização feito nela. O resto do elenco que inclui versões de Caetano Veloso e Gilberto Gil entre outros também não decepciona. O que decepciona no filme é mesmo o roteiro. Gal parece coadjuvante na própria história e a pela sua trajetória eu esperava mais do que foi mostrado. O filme vale como homenagem à estrela que nos deixou recentemente, mas em termos cinematográficos deixou a desejar.
Como é comum nesse tipo de produção Mothra demora a aparecer, mas até isso acontecer o filme entrega uma boa história que consegue manter a nossa atenção nele. Situações absurdas e inverossímeis não faltam (Mothra causando destruição apenas com o bater das suas asas gigantes), mas até isso acaba fazendo parte da diversão. Os efeitos visuais considerando a sua época chegam a ser eficientes. Esse foi um filme que me divertiu mais do que eu esperava tanto que me incentivou a procurar conhecer mais produções do seu gênero.
Das melhores cinebiografias que o cinema brasileiro fez até agora. Conseguiu retratar a vida de Mussum com aquilo que foi essencial nela. Primeiro a música e depois o humor com o qual ficou eternizado na nossa memória. Já conhecia Mussum porque ele junto com os outros Trapalhões fez parte da minha infância. A nostalgia bate forte quando toca no filme a música de abertura do programa que o quarteto fazia na TV. O que eu não sabia muito era da carreira de Mussum como integrante do grupo Os Originais do Samba que gravou músicas que eu conhecia, mas ignorava que eram dos mesmos. A música, aliás, tem grande destaque no filme. No elenco temos rápidas participações de atores conhecidos interpretando grandes personalidades como Cartola e Grande Otelo e grandes atuações de, entre outros, de Neusa Borges e Ailton Graça que interpreta com perfeição o protagonista transitando bem entre o humor e o drama.
O filme que tem uma história baseada em fatos reais não tem um trabalho de direção dos mais brilhantes assim como a montagem que passa de uma cena para outra com cortes abruptos. Ele cresce muito após uma grande reviravolta trazendo depois disso os seus momentos mais preciosos e comovente que acabam por compensar as suas falhas técnicas. Sigourney Weaver mostra que é mesmo uma atriz gigante de talento e raramente recebe boas oportunidades de mostrá-lo como nesse filme.
Essa produção começa com alguns grandes trunfos como o ritmo ágil, a cronologia não linear e a trilha sonora vibrante. Esses mesmos elementos acabam por tornar o filme cansativo pela forma exagerada como são utilizados. As cenas finais envolvendo uma partida de tênis estão entre as mais longas e irritantes que eu já vi em muito tempo com um abuso de câmera lenta que faz parecer que o filme não vai acabar nunca. No elenco Mike Faist e Josh O’Connor não decepcionam. Já Zendaya começa bem, mas acaba mostrando novamente a atriz limitada que ela é com a sua eterna cara de mau humor. Não há uma personagem que ela faça que não tenha cara de depressiva. Difícil de acreditar que é disputada por anos por dois homens mesmo tendo tão pouco carisma e nenhum sex appel.
A história demora um pouco a apresentar os seus personagens e a cronologia dá saltos um tanto abruptos no início. Depois isso o filme só cresce ao retratar com realismo a vida de um garoto na Índia abandonado pela família que se vê obrigado a lutar sozinho pela sua sobrevivência em meio à miséria e violência do lugar onde vive. Uma realidade bem distante da que geralmente vemos da Índia nos filmes de Bollywood. Uma grande obra do cinema indiano que teve com merecimento uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Achava que se tratava de uma comédia. Embora tenha os seus momentos de leveza a história traz uma drama comovente, daqueles com os quais não é difícil nos identificarmos. Os conflitos familiares da história lembram muito alguns que eu e muitos já viveram. Pérola, com o seu espírito materno protetor e por vezes controlador não é diferente da mãe de muita gente. Confesso que saber hoje que Mauro Rasi, o protagonista da história, não está mais entre nós, me provoca alguma tristeza. Ao mesmo tempo me conforta saber que ele está ao lado da mãe em outro plano espiritual. Voltando ao filme só no final dele fui descobrir que foi dirigido por Murilo Benício que soube agora que já interpretou o próprio Mauro Rasi em uma das suas peças teatrais. Para concluir não posso deixar de elogiar as atuações da dupla de protagonistas Drica Morais e Léo Fernandes, ambos defendendo muito bem os seus personagens. De ruim só mesmo o som que faz com que muitas vezes não entendamos algumas coisas que os personagens falam. Um problema recorrente do cinema brasileiro.
Sequência inferior ao filme original. É aquele tipo de filme que serve apenas como mero entretenimento já que parece mais preocupado em entregar efeitos visuais impressionantes do que contar uma boa história. Os efeitos, aliás, são o máximo do exagero. São luzes e cores invadindo a tela de forma quase interrupta. As cenas de ação com algumas exceções são confusas e exageradas. A história é mais centrada em Kong do que em Godzilla que aparece bem menos do que o gorila gigante. Para os brasileiros o filme tem o bônus de trazer uma cena passada no Rio de Janeiro onde na praia ainda tocam bossa nova como se o Brasil tivesse parado na década de 60.
Como o subtítulo do filme informa essa é a história de Buchecha com Claudinho. Acabamos sabendo pouco do segundo já que tudo é narrado sob o ponto de vista do primeiro. O que de certa forma não chega a ser um problema já que sabemos que Claudinho não está mais aqui entre nós para nos mostrar a sua versão da história. Pelo que pesquisei o roteiro consegue ser na maior parte do tempo fiel aos fatos reais omitindo alguns acontecimentos e dando maior dramaticidade a outros. Os destaques do elenco para mim foram Juan Paiva e Nando Cunha cuja história de conflitos como pai e filho acaba tendo mais destaque do que a história de sucesso da dupla musical. Talvez por que Juan tenha talento dramático mais apurado do que Lucas Penteado ele tenha sido escalado para o papel de Bucheca que tem mais destaque no filme, mas achei que pela aparência cada um se parece mais com o seu oposto da dupla da vida real. Senti falta de mais música, embora tenha gostado de todas as sequências musicais incluindo as dos créditos finais que como é regra nesse tipo de filme mostra os protagonistas reais. Acho que o filme merecia um trabalho de direção um pouco mais inspirado, mas ele cumpre bem a sua função de contar a sua história e ainda entrega alguns momentos carregados de nostalgia e de emoção.
O tom é teatral com cenas longas envolvendo em boa parte das vezes poucos intérpretes em cena. Algo que poderia tornar o filme longo e cansativo, mas a o bom trabalho de direção e as grandes atuações do elenco impedem que isso aconteça. Elizabeth Taylor e Katharine Hepburn merecidamente concorreram ao Oscar de melhor atriz. Só esperava uma conclusão mais satisfatória. O dramalhão que toma conta das cenas finais é exagerado e parece destoar do resto do filme. Curiosamente o personagem que é figura central na trama
Em primeiro lugar não pude deixar de notar as similaridades entre a história desse filme com a de "O segredo de Brokeback Mountain" de 2005. Coincidências à parte o fato é que essa produção fez um grande trabalho ao tratar da difícil situação dos homossexuais que vivam na Inglaterra do início do século passado onde o amor entre duas pessoas do mesmo sexo era considerado crime. Mesmo longo o filme tem uma história que se sustenta bem com os seus conflitos e os seus personagens bem construídos e muito bem defendidos pelo elenco. Hugh Grant que acabaria ficando mais conhecido por papéis cômicos atesta aqui que quando dão chance ele se revela um grande ator dramático. Quanto ao filme temia ser uma trama de época convencional, mas acabou me surpreendendo positivamente pela forma honesta com que tratou o seu tema que ainda é considerado um tabu para muitos nos dias atuais.
(como fato da grande ameaça que os heróis enfrentam ter sido provocada por um deles)
e poderia ter dado mais espaço para outros personagens além da jovem protagonista. Só que também entrega boas doses de diversão e aventura. Sem falar na nostalgia que traz ao revisitar lugares e personagens das produções originais dos anos 80. Achei longe de ser o filme ruim de muitas críticas que eu li. Como passatempo achei mais do que razoável.
Esse foi o primeiro filme infantil brasileiro e também o pioneiro em adaptar a obra de Monteiro Lobato. A adaptação é fiel à sua origem literária, embora algumas coisas não convençam muito hoje em dia como a caracterização dos sacis e da Cuca. A boneca Emília não tem quase nenhuma participação na história e não vemos o Visconde de Sabugosa nela. Algo que também aconteceu na obra original. Não chega a ser um trabalho tão memorável como as adaptações do Sítio feitas para a televisão, mas é uma obra bem dirigida que traz uma carga de inocência que não se vê mais nas produções infantis atuais.
A História de Louisiana
3.1 11Financiado por uma companhia petrolífera o filme faz em boa parte dele uma espécie de propaganda institucional da mesma. Algo que não seja de todo ruim por não tomar tanto tempo da duração do filme que é curta. No começo tinha dúvida se era mesmo um documentário porque parte do que é mostrado parece encenado. Quase não há história e por isso achei despropositado essa produção ter sido indicada para o Oscar de melhor roteiro. Poderia ter sido indicada pela sua bela trilha sonora que foi a primeira a receber um prêmio Pulitzer. O filme tem bons momentos em que mostra o carismático jovem protagonista explorando os pântanos da Lousiana. Só me incomodou a crueldade cometida contra animais vista em algumas cenas.
A Espada da Maldição
4.2 36O trabalho de direção é espetacular assim como a fotografia e a montagem também são merecedoras de serem destacadas. Já o roteiro poderia ter rendido mais se não tivesse tantas subtramas que fazem o filme mudar de foco a todo momento. No final todas as histórias e personagens se interligam e acabam prometendo um grande final que para mim não aconteceu já que o filme deixa algumas pontas soltas como se tivesse acabado antes da hora. Ainda assim ele merece ser lembrado como uma grande obra do chamado cinema samurai.
Godzilla Contra o Monstro do Mal
3.6 29Mesmo que Godzilla e Ghidorah demorem um pouco a aparecer o filme se sustenta bem com uma história que envolve viagens no tempo e até mostra como Godzilla foi criado. O roteiro contraria uma regra usual de histórias de viagens no tempo que é o fato de pessoas no presente se lembrarem de acontecimentos do passado que foram alterados, O que importa é que mesmo com as suas limitações o filme é dinâmico e divertido e me fez querer conhecer mais produções com participação dos monstros que aparecem nele.
Sela de Prata
3.5 30 Assista AgoraUm dos melhores faroestes estrelados por Giuliano Gemma que eu vi até agora. A história é simples, mas conduzida de maneira eficiente. A trilha sonora de início me incomodou um pouco pela repetição, mas acabou me conquistando. A cena final
é claramente uma homenagem ao clássico "Os brutos também amam".
Tia Virgínia
3.9 27Esse filme tem uma história com muitos conflitos que rendem grandes cenas valorizadas pelas magníficas atuações do trio central de atrizes veteranas. Ao mesmo tempo achei que algumas coisas ficaram mal explicadas. Principalmente sobre a história e o caráter da protagonista que durante o filme sofre uma mudança de comportamento que me incomodou um pouco.
No início aparentemente frustrada e merecedora da nossa empatia ela se transforma em uma pessoa desequilibrada e agressiva.
Ariel
3.8 29Comecei a ver o filme sem saber nada sobre ele, mas logo identifiquei o estilo do diretor Aki Kaurismäki com os seus cortes de cenas secos e abruptos, personagens solitários e indiferentes à quase tudo que ocorre à sua volta e o uso peculiar da trilha sonora. Como em outras obras do diretor a duração é curta, mas durante o filme acontece muita coisa que faz com que a nossa atenção seja mantida até a cena final onde sabemos da razão do seu título.
A Primeira Profecia
3.5 189Pelo fato de eu já conhecer os filmes da franquia original o final desse prequel pelo menos em parte já me era conhecido. O que não diminuiu o meu interesse pela sua história. Essa no início parece um pouco desanimadora, mas melhora muito à medida que avança até as impactantes cenas finais. Pela última cena ainda temos a possibilidade de que no futuro vejamos mais um filme da franquia. Por fim não posso deixar de mencionar a participação de Sônia Braga em um papel de destaque.
Transylvania
3.8 19A Transilvânia sempre foi conhecida como a casa de Drácula, mas esse filme mostra que a região localizada na Romênia é bem mais do que isso. O filme começa bem revelando um lugar de uma cultura vibrante com grandes sequências de música e dança. Infelizmente depois disso ocorre uma reviravolta que faz com que a história perca o rumo se tornando na maior parte do tempo monótona e desinteressante. A protagonista atravessa o filme sem revelar muito sobre si mesma e o surto por que ela passa em certo momento dele para mim foi mais longo do que deveria. As figuras mais interessantes acabam mesmo os atores do elenco de apoio sendo a maioria aparentemente amadores que trazem alguma energia a ele.
Três Samurais Fora da Lei
4.4 19Filmes de samurais são uma espécie de subgênero cinematográfico e esse aqui é dos melhores exemplares do mesmo que eu conheci até agora. A história é marcada por constantes reviravoltas e equilibra bem a ação e o drama sem apelo cômicos desnecessários que é algo que me incomoda um pouco em algumas produções japonesas. O final é daqueles que é impossível prever e também esquecer.
Drácula
3.4 51 Assista AgoraJá vi várias adaptações da obra literária de Bram Stoker. Essa daqui faz diversas mudanças na história trocando até nomes de personagens e as ligações entre eles. O que tornou o filme menos previsível para quem já conhece a história original. Só achei desnecessária a troca de função das personagens Lucy e Mina. Há mais aventura e ação do que terror no filme. O que decepciona um pouco para uma produção do gênero. Algumas coisas não convencem
como o fato do Conde Drácula ser o único sobrevivente de um naufrágio onde toda a tripulação foi brutalmente assassinada e ninguém questionar isso
Ainda Temos o Amanhã
4.1 3Esperava mais desse filme que fez grande sucesso na Itália, sua terra natal. A história que defende a emancipação feminina contra a opressão masculina em uma época em que as mulheres não tinham voz é sempre pertinente. Infelizmente essa mensagem é diluída por decisões equivocadas da direção. A trilha sonora não combina em nada com o drama passado na tela. Transformar uma cena de violência contra uma mulher em uma sequência de música e dança achei algo ridículo e de mau gosto. Para finalizar esperava uma atitude mais contundente da protagonista em relação à situação em que ela esse encontrava, mas no final me decepcionei. Embora reconheça a importância do que foi mostrado em relação a uma conquista dos direitos das mulheres. Esperava um filme tocante, comovente, mas o resultado para mim ficou longe disso. O trabalho de fotografia é louvável e o elenco não decepciona, mas o filme que agora soube foi dirigido pela mesma atriz que faz a protagonista não atingiu as expectativas que eu tinha sobre ele.
Meu Nome é Gal
3.1 123 Assista AgoraEssa cinebiografia retrata apenas uma fase da vida de Gal Costa. Mais precisamente o início da sua carreira e a sua consagração como cantora. Há grandes passagens musicais que alternam a voz de Gal com a de Shopie Charlotte que se sai bem cantando. Shophie mesmo não sendo exatamente parecida com Gal faz um bom trabalho a interpretando e ajuda nisso também o bom trabalho de caracterização feito nela. O resto do elenco que inclui versões de Caetano Veloso e Gilberto Gil entre outros também não decepciona. O que decepciona no filme é mesmo o roteiro. Gal parece coadjuvante na própria história e a pela sua trajetória eu esperava mais do que foi mostrado. O filme vale como homenagem à estrela que nos deixou recentemente, mas em termos cinematográficos deixou a desejar.
Mothra: A Deusa Selvagem
3.5 28Como é comum nesse tipo de produção Mothra demora a aparecer, mas até isso acontecer o filme entrega uma boa história que consegue manter a nossa atenção nele. Situações absurdas e inverossímeis não faltam (Mothra causando destruição apenas com o bater das suas asas gigantes), mas até isso acaba fazendo parte da diversão. Os efeitos visuais considerando a sua época chegam a ser eficientes. Esse foi um filme que me divertiu mais do que eu esperava tanto que me incentivou a procurar conhecer mais produções do seu gênero.
Mussum: O Filmis
3.7 170 Assista AgoraDas melhores cinebiografias que o cinema brasileiro fez até agora. Conseguiu retratar a vida de Mussum com aquilo que foi essencial nela. Primeiro a música e depois o humor com o qual ficou eternizado na nossa memória. Já conhecia Mussum porque ele junto com os outros Trapalhões fez parte da minha infância. A nostalgia bate forte quando toca no filme a música de abertura do programa que o quarteto fazia na TV. O que eu não sabia muito era da carreira de Mussum como integrante do grupo Os Originais do Samba que gravou músicas que eu conhecia, mas ignorava que eram dos mesmos. A música, aliás, tem grande destaque no filme. No elenco temos rápidas participações de atores conhecidos interpretando grandes personalidades como Cartola e Grande Otelo e grandes atuações de, entre outros, de Neusa Borges e Ailton Graça que interpreta com perfeição o protagonista transitando bem entre o humor e o drama.
Orações para Bobby
4.4 1,4KO filme que tem uma história baseada em fatos reais não tem um trabalho de direção dos mais brilhantes assim como a montagem que passa de uma cena para outra com cortes abruptos. Ele cresce muito após uma grande reviravolta trazendo depois disso os seus momentos mais preciosos e comovente que acabam por compensar as suas falhas técnicas. Sigourney Weaver mostra que é mesmo uma atriz gigante de talento e raramente recebe boas oportunidades de mostrá-lo como nesse filme.
Rivais
3.8 287Essa produção começa com alguns grandes trunfos como o ritmo ágil, a cronologia não linear e a trilha sonora vibrante. Esses mesmos elementos acabam por tornar o filme cansativo pela forma exagerada como são utilizados. As cenas finais envolvendo uma partida de tênis estão entre as mais longas e irritantes que eu já vi em muito tempo com um abuso de câmera lenta que faz parecer que o filme não vai acabar nunca. No elenco Mike Faist e Josh O’Connor não decepcionam. Já Zendaya começa bem, mas acaba mostrando novamente a atriz limitada que ela é com a sua eterna cara de mau humor. Não há uma personagem que ela faça que não tenha cara de depressiva. Difícil de acreditar que é disputada por anos por dois homens mesmo tendo tão pouco carisma e nenhum sex appel.
Salaam Bombay!
4.0 19A história demora um pouco a apresentar os seus personagens e a cronologia dá saltos um tanto abruptos no início. Depois isso o filme só cresce ao retratar com realismo a vida de um garoto na Índia abandonado pela família que se vê obrigado a lutar sozinho pela sua sobrevivência em meio à miséria e violência do lugar onde vive. Uma realidade bem distante da que geralmente vemos da Índia nos filmes de Bollywood. Uma grande obra do cinema indiano que teve com merecimento uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Pérola
3.5 28Achava que se tratava de uma comédia. Embora tenha os seus momentos de leveza a história traz uma drama comovente, daqueles com os quais não é difícil nos identificarmos. Os conflitos familiares da história lembram muito alguns que eu e muitos já viveram. Pérola, com o seu espírito materno protetor e por vezes controlador não é diferente da mãe de muita gente. Confesso que saber hoje que Mauro Rasi, o protagonista da história, não está mais entre nós, me provoca alguma tristeza. Ao mesmo tempo me conforta saber que ele está ao lado da mãe em outro plano espiritual. Voltando ao filme só no final dele fui descobrir que foi dirigido por Murilo Benício que soube agora que já interpretou o próprio Mauro Rasi em uma das suas peças teatrais. Para concluir não posso deixar de elogiar as atuações da dupla de protagonistas Drica Morais e Léo Fernandes, ambos defendendo muito bem os seus personagens. De ruim só mesmo o som que faz com que muitas vezes não entendamos algumas coisas que os personagens falam. Um problema recorrente do cinema brasileiro.
Godzilla e Kong: O Novo Império
3.1 202 Assista AgoraSequência inferior ao filme original. É aquele tipo de filme que serve apenas como mero entretenimento já que parece mais preocupado em entregar efeitos visuais impressionantes do que contar uma boa história. Os efeitos, aliás, são o máximo do exagero. São luzes e cores invadindo a tela de forma quase interrupta. As cenas de ação com algumas exceções são confusas e exageradas. A história é mais centrada em Kong do que em Godzilla que aparece bem menos do que o gorila gigante. Para os brasileiros o filme tem o bônus de trazer uma cena passada no Rio de Janeiro onde na praia ainda tocam bossa nova como se o Brasil tivesse parado na década de 60.
Nosso Sonho
3.8 182Como o subtítulo do filme informa essa é a história de Buchecha com Claudinho. Acabamos sabendo pouco do segundo já que tudo é narrado sob o ponto de vista do primeiro. O que de certa forma não chega a ser um problema já que sabemos que Claudinho não está mais aqui entre nós para nos mostrar a sua versão da história. Pelo que pesquisei o roteiro consegue ser na maior parte do tempo fiel aos fatos reais omitindo alguns acontecimentos e dando maior dramaticidade a outros. Os destaques do elenco para mim foram Juan Paiva e Nando Cunha cuja história de conflitos como pai e filho acaba tendo mais destaque do que a história de sucesso da dupla musical. Talvez por que Juan tenha talento dramático mais apurado do que Lucas Penteado ele tenha sido escalado para o papel de Bucheca que tem mais destaque no filme, mas achei que pela aparência cada um se parece mais com o seu oposto da dupla da vida real. Senti falta de mais música, embora tenha gostado de todas as sequências musicais incluindo as dos créditos finais que como é regra nesse tipo de filme mostra os protagonistas reais. Acho que o filme merecia um trabalho de direção um pouco mais inspirado, mas ele cumpre bem a sua função de contar a sua história e ainda entrega alguns momentos carregados de nostalgia e de emoção.
De Repente, No Último Verão
4.2 97 Assista AgoraO tom é teatral com cenas longas envolvendo em boa parte das vezes poucos intérpretes em cena. Algo que poderia tornar o filme longo e cansativo, mas a o bom trabalho de direção e as grandes atuações do elenco impedem que isso aconteça. Elizabeth Taylor e Katharine Hepburn merecidamente concorreram ao Oscar de melhor atriz. Só esperava uma conclusão mais satisfatória. O dramalhão que toma conta das cenas finais é exagerado e parece destoar do resto do filme. Curiosamente o personagem que é figura central na trama
só é visto em rápidas cenas de flashbacks e ainda de forma incompleta.
Maurice
4.0 190Em primeiro lugar não pude deixar de notar as similaridades entre a história desse filme com a de "O segredo de Brokeback Mountain" de 2005. Coincidências à parte o fato é que essa produção fez um grande trabalho ao tratar da difícil situação dos homossexuais que vivam na Inglaterra do início do século passado onde o amor entre duas pessoas do mesmo sexo era considerado crime. Mesmo longo o filme tem uma história que se sustenta bem com os seus conflitos e os seus personagens bem construídos e muito bem defendidos pelo elenco. Hugh Grant que acabaria ficando mais conhecido por papéis cômicos atesta aqui que quando dão chance ele se revela um grande ator dramático. Quanto ao filme temia ser uma trama de época convencional, mas acabou me surpreendendo positivamente pela forma honesta com que tratou o seu tema que ainda é considerado um tabu para muitos nos dias atuais.
Ghostbusters: Apocalipse de Gelo
2.7 93 Assista AgoraAssim como o filme anterior essa nova sequência da franquia demora um pouco a engrenar. A história tem as suas falhas
(como fato da grande ameaça que os heróis enfrentam ter sido provocada por um deles)
O Saci
3.7 23Esse foi o primeiro filme infantil brasileiro e também o pioneiro em adaptar a obra de Monteiro Lobato. A adaptação é fiel à sua origem literária, embora algumas coisas não convençam muito hoje em dia como a caracterização dos sacis e da Cuca. A boneca Emília não tem quase nenhuma participação na história e não vemos o Visconde de Sabugosa nela. Algo que também aconteceu na obra original. Não chega a ser um trabalho tão memorável como as adaptações do Sítio feitas para a televisão, mas é uma obra bem dirigida que traz uma carga de inocência que não se vê mais nas produções infantis atuais.