Comecei assistindo prevendo que fosse um colosso (do tipo que de tão ruim fica bom) mas me surpreendi positivamente. Os efeitos especiais não são dos mais avançados mas não achei que atrapalharam a imersão não. A mesma coisa para as atuações dos atores não principais.
Em contrapartida, a densidade psicológica das personagens é muito bem desenvolvida. Cria-se um arco para cada uma, com background que te faz se aproximar até dos mais sem sal. Não são apenas carne de linguiça. Aliás, o autor não teve medo de encarnar o J.R.R. Martin não, palmas para isso.
Mas onde a série mais peca é exatamente no roteiro, principalmente na sensação de tempo e espaço. Ajuda a série que ela se passa apenas em um prédio, o que diminui o escopo e consequentemente o orçamento. São muitos cortes abruptos para depois mostrar a personagem em um canto totalmente diferente de onde estava um segundo atrás. Existem também situações que você se pergunta por que aquelas pessoas agiriam daquela forma, isso que conta muito negativamente para mim - ações imbecis ou sem sentido apenas para mover a trama.
Porém, apesar dessas escorregadas, o roteiro se sustenta bem e nos presenteia com um universo diferente e interessante. O fato da disseminação da praga/maldição ser aleatória e não ser conhecida deixa as coisas mais interessantes, muitas vezes surpreendendo. Vale a pena ver, não é uma obra prima mas é algo diferente com mais acertos do que erros. A cinematografia sul-coreana nos presenteia com mais um pérola. Tomara que haja uma segunda temporada.
Essa temporada chegou totalmente sem freio, escalando ainda mais as coisas. Gostei de ver a evolução da série até agora, com cada temporada sendo melhor que a anterior. Essa 3a atinge seu ápice. Para justificar os mais de 20 episódios por temporada, cada uma tem 3 partes, fator esse que faz com que não fique muito massante. A 1a parte e a 3a dessa foram de tirar o fôlego, sendo a 2a um momento para uma respirada.
Para começo de conversa a Liz passa do lado da lei e vira uma fora-da-lei, assim como Reddington. E é muito legal como o mistério em torno da figura de Reddington e o passado de Liz sempre cresce, sempre com alguma nova descoberta e uma nova pessoa do passado que surge. Recebemos as informações a conta-gotas, é claro, o que acaba cansando um pouco, mas se o mistério fosse totalmente revelado não haveria nada mais para costurar os casos de cada episódio.
Megan Boone ainda não melhorou como atriz e continua irritante e mimada. Sendo essa a 3a temporada seguida em que isso acontece, eu já perdi as esperanças de uma melhora, espero apenas que ela acabe ficando em um papel secundário e outro coadjuvante cresça em importância para se escorar em James Spader, que leva a série nas costas.
Eu até gostei que mataram a Liz, justamente pelo que eu disse no parágrafo anterior. Infelizmente não tiveram culhões para mantê-la morta. Eu entendo que pelo menos a verdade dela deveria ter sido revelada antes disso mas eu já imaginei Tom tomando o lugar da Liz como centro do mistério com sua mãe novamente aparecendo.
Essa série foi melhor do que a primeira, o que já é dizer muito. Gostei que aumentaram ainda mais o mistério da trama principal que costura todos os casos dos episódios. Dessa vez temos a organização criminosa chamada Cabal, que faz a ameaça de Berlin da temp passada parecer brincadeira de criança.
Com os personagens mais estabelecidos e estruturados, foi possível acrescentar mais desenvolvimento psicológico a eles, o que enriquece muito o enredo. Infelizmente o que não mudou muito foi a Megan Boone, atriz muito fraca para o papel.
Sabendo-se que Reddington sempre tenta tirar proveito com a morte de seus inimigos e concorrentes, o roteiro nessa temporada consegue tirar maior proveito disso, usando a informação (que não tínhamos na 1a temp) a seu favor. Além disso, tudo se conecta ao Cabal, misturando tudo em uma espécie de triângulo "amoroso" de interesses - os interesses do Reddington, os interesses do FBI e os interesses em relação à segurança da Keen. Esses interesses acabam conflitando ainda mais nessa temporada.
Apesar de ser uma série procedural (um caso a cada capítulo) essa série tem uma trama misteriosa por trás muito bem feita. É instigante e os segredos aumentam com o passar da temporada, colocando-nos em um mistério maior do que imaginávamos.
Os casos são bem estruturados e tudo muito bem costurado com a trama principal. James spader no papel de Raymond Reddington dá um show de atuação e é bom ver a série se escorando nele pois ele dá conta do papel muito facilmente. Baita ator! Infelizmente acontece exatamente o contrário com sua coadjuvante - Megan Boone, no papel de Elizabeth Keen. Ela é uma atriz muito, mas muito fraca, não faz juz à grandiosidade da série. Acaba sendo apenas irritante, não consegue dar peso dramático à sua personagem.
Tirando a Megan Boone, a série é excelente, fico feliz que finalmente dei uma chance à ela.
Essa terceira temporada foi decepcionante. E não foi apenas por ter quebrado a estrutura narrativa das temporadas anteriores, a história contada foi maçante demais.
Em seu núcleo é uma série investigativa, porém com grande foco no método não convencional de Harry Ambrose, que se entrega e se relaciona muito com os suspeitos de assassinatos, criando laços emocionais para tentar fazer a verdade vir à tona.
Na 1a temp, o foco foi em seu método e como Harry ama seu trabalho a ponto de não conseguir focar em outra coisa, um workaholic de excelência, e como isso atrapalha em sua vida familiar. Na 2a temp, com mesma estrutura, o foco passou a ser o passado de Harry. Na 3a, resolveram mudar a estrutura da história e não desenvolveram o Harry em si, tentaram apenas fazê-lo se identificar com o vilão com base em algum pano filosófico. e foi exatamente isso que fez essa temporada ficar maçante demais.
Por característica, essa série já é lenta, desde a primeira temporada. Os fatos nos são apresentados a conta gotas, pouco a pouco, conforme novas evidências são coletadas ao longo da investigação. Nas duas primeiras temporadas sempre há uma trama maior na qual aquele caso é inserido - o clube de elite na primeira, a comunidade hippie na segunda. Não é o caso nessa terceira.
Temos então uma temporada que pouco desenvolve seu protagonista a não ser mostrar as consequências práticas de sua separação (mudou de casa, dificuldade de relação com a filha...) e não tem um mistério maior no qual o caso está inserido. O mistério se revela ser filosófico.
Vale também lembrar que o Harry escolhe os casos em que acha que o principal suspeito não é verdadeiramente culpado do que fez, que há algo maior por trás disso. Nessa temporada, tudo isso cai por terra quando Jamie comete seu segundo assassinato, o do guru, tornando-se o vilão e responsável pelas suas ações. Essa é a quebra de estrutura que existe. Uma série não precisa ficar refém da estrutura que apresentou em sua temporada de estréia, porém se vai mudá-la precisa fazer um trabalho competente, não achei que foi o caso aqui.
Em suma, uma temporada com um caso muito superficial, com motivo torpe baseado em questões filosóficas duvidosas, com pouco desenvolvimento do protagonista e sem uma trama maior que justificaria os 10 episódios, tudo isso fazendo a temporada ficar extremamente maçante e repetitiva.
Excelente releitura do tão famoso personagem Drácula. Conseguiu dar sangue novo em um roteiro leve e inteligente. Infelizmente se perdeu no terceiro e último episódio, desconstruindo muito do que havia estabelecido (e não de uma forma boa).
O primeiro episódio estabeleceu o universo recontando a história que todo mundo conhece. A história do segundo episódio foi muito bem contada, inclusive me lembrou muito Assassinato no Expresso do Oriente. Já o terceiro foi uma salada inimaginável, perderam a mão.
No começo pareceu apenas mais uma série sem orçamento, mas é possível ver que o diretor conduziu muito bem a narrativa e os atores, pelo menos o núcleo principal, são competentes. Zumbis corredores sempre trazem mais frenezi para as cenas, então poucos deles podem fazer um estrago até maior do que muitos zumbis lentos.
Gostei da dinâmica de se acrescentar uma personagem que não fala a língua dos outros, numa situação de emergência gritos e mímicas que fazem a diferença, adicionando aí um obstáculo a mais à sobrevivência.
Algumas coisas me deixaram irritados, tais como ninguém fechar as portas, ninguém mirar na cabeça e também não gostei da narrativa fragmentada, toda hora quebrando o momentum para mostrar um título na transição de cenas, inclusive títulos com spoilers.
No final, a produção foi competente e o enredo foi interessante, tudo isso dentro das limitações orçamentárias, é claro. Darei uma chance à 2a temporada, com sorte terão um orçamento maior.
Uma história belíssimamente contada nessa mini-série e acaba deixando uma bela mensagem: entrar em uma espiral de ódio apenas traz desgraça para os dois lados. No final, ninguém saiu vitorioso, tendo apenas acumulado lápides para chorar.
E é até impressionante que seja uma história real, com direito a participação na guerra civil americana, lances de Romeu e Julieta, ataques e vingança, tudo isso ambientado no bom e velho Velho Oeste.
A fotografia é belíssima e a trilha sonora é maravilhosa, consegue imprimir sentimento nas cenas, principalmente as mais catastróficas e melancólicas. E foi um grande acerto da produção trazer dois atores tão gabaritados como Kevin Costner e Bill Paxton para viverem os protagonistas.
A temporada começou muito boa, com o Punisher abraçando o que ele realmente é (aliás toda a temporada existe esse arco de aceitação de sua personalidade como algo intrínseco e não como algo que ele deve fazer), envolvendo-se em assuntos que ele não precisaria. Mas a trama tem uma bela de uma barriga no meio.
Primeiramente, sobre o Retalho, me decepcionei. O trabalho de maquiagem para criar as cicatrizes não achei muito bom, as cicatrizes poderiam ser maiores e cobrir muito mais de seu rosto (como é originalmente). Depois, que história chata com a psicóloga Krista lá. Pareceu uma relação Coringa-Arlequina piorada. Não foi inédita e não foi legal.
Eu não gosto do modus operandi da maioria dos super-heróis, que focam apenas em prender os suspeitos e deixá-los vivos, apenas para ficarem enfrentando-os de novo e de novo, ad eternum. Por isso que me identifiquei com o Punisher. Mas um cara que ele deixa vivo na vida e aí a 2a temporada se escora nisso. Não gosto muito desse recurso de roteiro mas também não é um ponto negativo para a série.
Sobre a trama principal, começou excelente, envolvente, cheia de mistérios. John Pilgrim é um excelente vilão. Misterioso, frio, psicopata. Mas quando decidiram priorizar o arco do Retalho em detrimento dessa, a temporada desandou. Quando o cenário não era Nova York, a temporada estava ótima. Depois, foi mais do mesmo. Por mim, poderiam resolver o arco do Retalho em uns 5 episódios e focar só na trama principal no resto. E, no final, a motivação dos pais do senador era uma piada, muito decepcionante.
Achei essa temporada bem média e sem foco. Pelo menos terminaram a história nessa temporada, sem deixar pontas soltas para a próxima (que não vai acontecer).
O universo criado por essa série é fantástico e, além de conseguir abordar uma proposta completamente original para os deuses, consegue ainda metaforizar muitas questões atuais.
A estética do filme é excelente e gostei bastante da trilha sonora, bem noir. Além disso, ela é ativa e intrínseca à cena, consegue transpor muita inquietude, por exemplo. É uma personagem à parte.
Mas nem tudo são flores. O ritmo dessa temporada é extremamente arrastado, lento. As informações são dadas à conta gotas. O Shadow Moon é um dos personagens mais bundões que já vi, totalmente apático, nunca entende nada, nunca pergunta nada. Está sempre alheio à tudo e aceita tudo.
A Laura Moon é o contraponto cômico da série, que não funciona tão bem, em minha opinião. Talvez seja a atriz ou o fato dos acontecimentos que a envolvam não se desenrolarem organicamente. Parece que ela representa algo desconectado do mundo dos deuses (tentando o máximo descrever aqui sem dar spoilers).
Série boa mas lenta. Se continuar nessa pegada, não volto para a segunda temporada.
Comecei a ver sem nenhuma pretensão, esperando nada e me surpreendi. A série tem meros 3 episódios, com certeza poderia ter sido um filme mas usaram isso de piloto. Não sei se foi questão de orçamento ou estavam com medo de apostar mais mas esses 3 episódios estabeleceram um universo muito intrigante e bem feito. E aliás, palmas para Bollywood. Só estranhei a linguagem utilizada, ora falavam em hindu, ora em inglês.
O primeiro episódio é lento, bem introdutório, mas os seguintes acertam o ritmo. O diretor utiliza muito bem técnicas de sugestão e não deixa a peteca cair, sempre mantendo uma crescente no ritmo da minissérie. Gostei que a história dessa primeira temporada é um arco fechado, com uma ponta solta para a próxima temporada. Estarei esperando..
Uma baita história, trama envolvente, puxado pro suspense e lidando com um tema bem sci-fi. É linda a paleta de cores escolhidas para mostrar as diferentes épocas. A trilha sonora também é uma personagem à parte, é viva e sinistra, fazendo o espectador imergir na trama.
Também é digno de nota a série ser alemã, coisa tão incomum na realidade brasileira e hollywoodiana que estamos acostumados. É mais uma afirmação à qualidade da série.
Na história, tudo e todos estão conectados de alguma forma. A cidade é também o organismo funcional que une tudo, mesmo sendo uma cidadezinha insignificante do território alemão. Foi muito bem construída e ganhou vida com o desenvolvimento dos outros personagens. A série não tem ritmo frenético, apesar de desenvolver muito bem o que se propõe. É densa, talvez não do tipo de se maratonar, mas é bom prestar atenção aos nomes das personagens e absorver bem o que acontece pois o tema central não necessariamente é algo fácil de se entender.
Adentrando mais no tema central, da viagem no tempo, é interessante como eles abordaram nessa primeira temporada a questão da imutabilidade do tempo. Ou seja, quem volta do futuro para o passado e tenta mudar algo ali, na verdade vira o ator do que já se passou, não conseguindo mudar de fato o que aconteceu. É exatamente o que aconteceu com Ulrich, que tentou matar o menino para que o aduto que ele viraria não existisse. Ele acabou sendo o responsável por deformar o garoto e criar o monstro que seria súdito do padre. Também aconteceu com Jonas que, ao tentar destruir o buraco negro da caverna, acabou por criá-lo.
Essa temporada tratou da imutabilidade do tempo. Seria legal se as próximas pudessem abordar a mutabilidade do tempo, sair do looping de repetição de causa-consequência e realidades alternativas.
Enfim, a série é muito bem feita, aborda com louvor o tema central e tem muito potencial para o futuro. Que venham mais e mais temporadas. Vamos ver o que o tempo nos tráz...
Excelente a proposta do filme, a ambientação cyberpunk num futuro distópico, algo que lembra muito Blade Runner, inclusive.
O desenvolvimento da trama é muito bom, com vários elementos que se encontram no decorrer da série mas achei que no finalzinho eles se perderam um pouco.
A Reileen, irmã de Kovacs, foi muito mal desenvolvida, a transformação em vilã, apesar de inesperado, foi ruim, e a motivação para fazer o que fez foi bem absurda e pouco crível.
A série nos apresenta um vasto universo a ser explorado e tem muito mais acertos do que erros.
Excelente temporada, roteiro muito bem costurado e retrato fiel do cartel de Cali. Conseguiram produzir uma trama abordando tanto o tráfico de drogas quanto a corrupção, pilares para a bem sucedida vida dos irmãos Rodriguez. Por ser baseado em fatos reais, é muito enriquecedor ver as filmagens reais intercaladas entre as cenas. A narração de Peña off-screen é um bom elemento para se avançar a narrativa para pontos importantes sem ter que ficar enchendo linguiça.
Eu não diria que é a melhor temporada. O cartel de Cali era maior que o de Medelin mas Pablo Escobar parecia mais grandioso. Claro que o modus operandi de cada um é diferente mas não senti tanta grandiosidade nos irmãos Rodriguez quanto senti no Pablo. Ademais, a história demorou um pouco para acelerar, o começo foi bem parado.
Narcos está fazendo um excelente trabalho de reconstruir a história do tráfico de drogas sulamericano, consequentemente mundial. Os dramas pessoais construídos são muito bem arquitetados, mesmo estando o roteiro "engessado" pelos fatos reais. Fico feliz que originalmente a série foi chamada de Narcos e não de Pablo. Isso garante infinitas temporadas, e espero que elas venham. Que brilhante trabalho, Netflix!!
Boa temática, toca fundo num problema bastante presente atualmente, que é o bullying. Muita gente se identifica com a série pois se identificam com a problematização. Acho que a grande maioria já foi alvo de algo assim. Claro que uns (muito) mais que outros. E às vezes quem pratica bullying é porque sofreu bullying.
O problema é que demoram demais para desenvolver a história, sempre entregando elementos a conta gotas. O Clay demora uma eternidade para ouvir as fitas. É uma sofrência eterna, enche o saco.
Enfim, não consegui terminar a temporada de tão enfadonha que se tornou. 13 episódios foram demais para o que se propôs a série. Sempre colocando novas personagens com culpa no tal incidente. Boa intenção, porém enfadonho.
Eu achei que nada pudesse superar a monotonia que foi a parte da fazenda lá na 2ª temporada mas essa 7ª provou que eu estava enganado. Cada episódio era mais arrastado do que o outro, desenvolvendo subtramas desnecessárias, nada acontecendo de novo e de novo.
Entendo que a série não é primariamente ação e que, além de mostrar a sobrevivência em meio a zumbis, joga-se em primeiro plano as relações humanas entre a sociedade despedaçada que restou. Mas o que se apresenta hoje é digno de sono. Nem de longe lembra a adrenalina pela sobrevivência, o constante medo para se manter seguros.
Falando deste episódio, a tão anunciada guerra começou mas tão sem sal quanto foi o resto da temporada. Prometeram tanto, todos os 16 episódios apontavam para um revide, a hora do acerto de contas e quando este veio, desapontou. O tigre foi a única inovação já que o tiroteio e as lutas foram bem pífios.
O grande destaque dos últimos 16 episódios com certeza foi o vilão Negan. Jeffrey Dean Morgan parece que nasceu para esse papel. Finalmente temos um vilão de respeito na série. O Governador poderia tê-lo sido, não tivesse sido deturpado em relação à sua versão dos quadrinhos. Finalmente tememos realmente quando vemos a figura do antagosnista.
O que vemos até agora, nestas 7 temporadas foi uma alternância entre uma metade boa e uma metade ruim. Essa 7ª foi inteira ruim. Espero que produtores e roteiristas percebam que fizeram uma temporada merda e melhorem para a próxima.
Já tinha assistido muitos episódios no SBT mas só agora com 25 anos que peguei pra fazer uma maratona disso e não me arrependo. Chorei de rir em vários momentos. É uma série atemporal (apesar da evolução tecnológica) e para todos os públicos.
Além de toda a parte humorística, os episódios também deixam também mensagens positivas e educativas, desde drogas e sexo até racismo. Este último até mais acentuado, já que os personagens da série são na sua vasta maioria negros e em muitos momentos o tema da discriminação é abordada.
Todos os personagens são muito bem desenvolvidos e exploram estereótipos diferentes, o que acaba dando bastante munição para o roteiro. Aliás, todos são personagens muito marcantes, em especial, é claro, o núcleo Will, Carlton e tio Phil. São três personagens essenciais sem os quais a série não poderia viver sem.
Quero deixar aqui como observação que a primeira tia Vivian é muuuuuuuito melhor que a segunda. Pena que a atriz deixou a série por brigas internas.
A série deixa muita saudade e pra mim tem ainda o toque nostálgico de me lembrar minha infância.
Analisando a temporada isoladamente, foi a mais fraca das três. Focou mais nos "demônios" de Chandler e, ao meu ver, o desenrolar da história nos EUA foi fraca. A começar pelo relacionamento pífio dele com a bruxa do mal, a sua completa indiferença ao que aconteceu com a família, sua desvirtuada para as trevas e sua volta aos eixos. Todo esse processo foi um pouco atropelado e meio sem sal.
Onde a história floresceu foi nos acontecimentos com a Vanessa e Drácula, assim como o monstro de Frankenstein e suas lembranças do passado. Os dois últimos episódios foram fantásticos e amarraram muito bem o final desta saga. Palmas para os criadores da série, que conseguiram reunir tantos elementos do gênero terror e amarrá-los em uma história concisa sem desafiar a inteligência do espectador. O conjunto da obra é excepcional e com certeza deixa sua marca no gênero. Personagens memoráveis e cativantes para ficar em nossas memórias. Que fan service!!!
Demorei ao máximo para concluir esta série já com a certeza de que sentiria muita falta. Que baita série, meus caros!!
Olha, a premissa é interessante mas a narrativa é muito arrastada, as coisas demoram para acontecer. Claro que chega a ser inevitável traçar um paralelo mas essa série tem um pouco de Stranger Things. Essa última pelo menos tem uma narrativa mais rápida, mais suspense, personagens mais cativantes (ainda que crianças, possuem grande carga emocional).
O mistério é tratado de maneira artística, com grandes rodeios para apresentá-lo ao público. Infelizmente não é esse tipo de série que me prenda a atenção.
O 4o episódio foi até onde aguentei. Infelizmente essa obra não é para alguém da minha idade, que tenha lido a maioria dos livros na infância. Tenho certeza que apreciaria cada episódio dessa série se eu tivesse meus 12, 13 anos, que foi quando li os livros. Com 25 não dá. Demasiado infantil e o roteiro basicamente se estrutura nas excessivas burrices das personagens, o que acaba me irritando muito mais do que despertando boas memórias.
Sweet Home (1ª Temporada)
3.7 142 Assista AgoraComecei assistindo prevendo que fosse um colosso (do tipo que de tão ruim fica bom) mas me surpreendi positivamente. Os efeitos especiais não são dos mais avançados mas não achei que atrapalharam a imersão não. A mesma coisa para as atuações dos atores não principais.
Em contrapartida, a densidade psicológica das personagens é muito bem desenvolvida. Cria-se um arco para cada uma, com background que te faz se aproximar até dos mais sem sal. Não são apenas carne de linguiça. Aliás, o autor não teve medo de encarnar o J.R.R. Martin não, palmas para isso.
Mas onde a série mais peca é exatamente no roteiro, principalmente na sensação de tempo e espaço. Ajuda a série que ela se passa apenas em um prédio, o que diminui o escopo e consequentemente o orçamento. São muitos cortes abruptos para depois mostrar a personagem em um canto totalmente diferente de onde estava um segundo atrás. Existem também situações que você se pergunta por que aquelas pessoas agiriam daquela forma, isso que conta muito negativamente para mim - ações imbecis ou sem sentido apenas para mover a trama.
Porém, apesar dessas escorregadas, o roteiro se sustenta bem e nos presenteia com um universo diferente e interessante. O fato da disseminação da praga/maldição ser aleatória e não ser conhecida deixa as coisas mais interessantes, muitas vezes surpreendendo. Vale a pena ver, não é uma obra prima mas é algo diferente com mais acertos do que erros. A cinematografia sul-coreana nos presenteia com mais um pérola. Tomara que haja uma segunda temporada.
Lista Negra (3ª Temporada)
4.3 145 Assista AgoraEssa temporada chegou totalmente sem freio, escalando ainda mais as coisas. Gostei de ver a evolução da série até agora, com cada temporada sendo melhor que a anterior. Essa 3a atinge seu ápice. Para justificar os mais de 20 episódios por temporada, cada uma tem 3 partes, fator esse que faz com que não fique muito massante. A 1a parte e a 3a dessa foram de tirar o fôlego, sendo a 2a um momento para uma respirada.
Para começo de conversa a Liz passa do lado da lei e vira uma fora-da-lei, assim como Reddington. E é muito legal como o mistério em torno da figura de Reddington e o passado de Liz sempre cresce, sempre com alguma nova descoberta e uma nova pessoa do passado que surge. Recebemos as informações a conta-gotas, é claro, o que acaba cansando um pouco, mas se o mistério fosse totalmente revelado não haveria nada mais para costurar os casos de cada episódio.
Megan Boone ainda não melhorou como atriz e continua irritante e mimada. Sendo essa a 3a temporada seguida em que isso acontece, eu já perdi as esperanças de uma melhora, espero apenas que ela acabe ficando em um papel secundário e outro coadjuvante cresça em importância para se escorar em James Spader, que leva a série nas costas.
Eu até gostei que mataram a Liz, justamente pelo que eu disse no parágrafo anterior. Infelizmente não tiveram culhões para mantê-la morta. Eu entendo que pelo menos a verdade dela deveria ter sido revelada antes disso mas eu já imaginei Tom tomando o lugar da Liz como centro do mistério com sua mãe novamente aparecendo.
Lista Negra (2ª Temporada)
4.3 99 Assista AgoraEssa série foi melhor do que a primeira, o que já é dizer muito. Gostei que aumentaram ainda mais o mistério da trama principal que costura todos os casos dos episódios. Dessa vez temos a organização criminosa chamada Cabal, que faz a ameaça de Berlin da temp passada parecer brincadeira de criança.
Com os personagens mais estabelecidos e estruturados, foi possível acrescentar mais desenvolvimento psicológico a eles, o que enriquece muito o enredo. Infelizmente o que não mudou muito foi a Megan Boone, atriz muito fraca para o papel.
Sabendo-se que Reddington sempre tenta tirar proveito com a morte de seus inimigos e concorrentes, o roteiro nessa temporada consegue tirar maior proveito disso, usando a informação (que não tínhamos na 1a temp) a seu favor. Além disso, tudo se conecta ao Cabal, misturando tudo em uma espécie de triângulo "amoroso" de interesses - os interesses do Reddington, os interesses do FBI e os interesses em relação à segurança da Keen. Esses interesses acabam conflitando ainda mais nessa temporada.
Lista Negra (1ª Temporada)
4.2 280 Assista AgoraSérie sensacional!
Apesar de ser uma série procedural (um caso a cada capítulo) essa série tem uma trama misteriosa por trás muito bem feita. É instigante e os segredos aumentam com o passar da temporada, colocando-nos em um mistério maior do que imaginávamos.
Os casos são bem estruturados e tudo muito bem costurado com a trama principal. James spader no papel de Raymond Reddington dá um show de atuação e é bom ver a série se escorando nele pois ele dá conta do papel muito facilmente. Baita ator! Infelizmente acontece exatamente o contrário com sua coadjuvante - Megan Boone, no papel de Elizabeth Keen. Ela é uma atriz muito, mas muito fraca, não faz juz à grandiosidade da série. Acaba sendo apenas irritante, não consegue dar peso dramático à sua personagem.
Tirando a Megan Boone, a série é excelente, fico feliz que finalmente dei uma chance à ela.
The Sinner (3ª Temporada)
2.9 331 Assista AgoraSPOILER ALERT
Essa terceira temporada foi decepcionante. E não foi apenas por ter quebrado a estrutura narrativa das temporadas anteriores, a história contada foi maçante demais.
Em seu núcleo é uma série investigativa, porém com grande foco no método não convencional de Harry Ambrose, que se entrega e se relaciona muito com os suspeitos de assassinatos, criando laços emocionais para tentar fazer a verdade vir à tona.
Na 1a temp, o foco foi em seu método e como Harry ama seu trabalho a ponto de não conseguir focar em outra coisa, um workaholic de excelência, e como isso atrapalha em sua vida familiar. Na 2a temp, com mesma estrutura, o foco passou a ser o passado de Harry. Na 3a, resolveram mudar a estrutura da história e não desenvolveram o Harry em si, tentaram apenas fazê-lo se identificar com o vilão com base em algum pano filosófico. e foi exatamente isso que fez essa temporada ficar maçante demais.
Por característica, essa série já é lenta, desde a primeira temporada. Os fatos nos são apresentados a conta gotas, pouco a pouco, conforme novas evidências são coletadas ao longo da investigação. Nas duas primeiras temporadas sempre há uma trama maior na qual aquele caso é inserido - o clube de elite na primeira, a comunidade hippie na segunda. Não é o caso nessa terceira.
Temos então uma temporada que pouco desenvolve seu protagonista a não ser mostrar as consequências práticas de sua separação (mudou de casa, dificuldade de relação com a filha...) e não tem um mistério maior no qual o caso está inserido. O mistério se revela ser filosófico.
Vale também lembrar que o Harry escolhe os casos em que acha que o principal suspeito não é verdadeiramente culpado do que fez, que há algo maior por trás disso. Nessa temporada, tudo isso cai por terra quando Jamie comete seu segundo assassinato, o do guru, tornando-se o vilão e responsável pelas suas ações. Essa é a quebra de estrutura que existe. Uma série não precisa ficar refém da estrutura que apresentou em sua temporada de estréia, porém se vai mudá-la precisa fazer um trabalho competente, não achei que foi o caso aqui.
Em suma, uma temporada com um caso muito superficial, com motivo torpe baseado em questões filosóficas duvidosas, com pouco desenvolvimento do protagonista e sem uma trama maior que justificaria os 10 episódios, tudo isso fazendo a temporada ficar extremamente maçante e repetitiva.
Drácula (1ª Temporada)
3.1 419Excelente releitura do tão famoso personagem Drácula. Conseguiu dar sangue novo em um roteiro leve e inteligente. Infelizmente se perdeu no terceiro e último episódio, desconstruindo muito do que havia estabelecido (e não de uma forma boa).
O primeiro episódio estabeleceu o universo recontando a história que todo mundo conhece. A história do segundo episódio foi muito bem contada, inclusive me lembrou muito Assassinato no Expresso do Oriente. Já o terceiro foi uma salada inimaginável, perderam a mão.
Black Summer (1ª Temporada)
3.2 307 Assista AgoraNo começo pareceu apenas mais uma série sem orçamento, mas é possível ver que o diretor conduziu muito bem a narrativa e os atores, pelo menos o núcleo principal, são competentes. Zumbis corredores sempre trazem mais frenezi para as cenas, então poucos deles podem fazer um estrago até maior do que muitos zumbis lentos.
Gostei da dinâmica de se acrescentar uma personagem que não fala a língua dos outros, numa situação de emergência gritos e mímicas que fazem a diferença, adicionando aí um obstáculo a mais à sobrevivência.
Algumas coisas me deixaram irritados, tais como ninguém fechar as portas, ninguém mirar na cabeça e também não gostei da narrativa fragmentada, toda hora quebrando o momentum para mostrar um título na transição de cenas, inclusive títulos com spoilers.
No final, a produção foi competente e o enredo foi interessante, tudo isso dentro das limitações orçamentárias, é claro. Darei uma chance à 2a temporada, com sorte terão um orçamento maior.
Hatfields & McCoys
4.4 225Acho que cabe aqui uma famosa frase de uma famosa filósofa:
"Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder."
Hatfields & McCoys
4.4 225SENSACIONAL
Uma história belíssimamente contada nessa mini-série e acaba deixando uma bela mensagem: entrar em uma espiral de ódio apenas traz desgraça para os dois lados. No final, ninguém saiu vitorioso, tendo apenas acumulado lápides para chorar.
E é até impressionante que seja uma história real, com direito a participação na guerra civil americana, lances de Romeu e Julieta, ataques e vingança, tudo isso ambientado no bom e velho Velho Oeste.
A fotografia é belíssima e a trilha sonora é maravilhosa, consegue imprimir sentimento nas cenas, principalmente as mais catastróficas e melancólicas. E foi um grande acerto da produção trazer dois atores tão gabaritados como Kevin Costner e Bill Paxton para viverem os protagonistas.
O Justiceiro (2ª Temporada)
3.8 261 Assista AgoraMeh
A temporada começou muito boa, com o Punisher abraçando o que ele realmente é (aliás toda a temporada existe esse arco de aceitação de sua personalidade como algo intrínseco e não como algo que ele deve fazer), envolvendo-se em assuntos que ele não precisaria. Mas a trama tem uma bela de uma barriga no meio.
Primeiramente, sobre o Retalho, me decepcionei. O trabalho de maquiagem para criar as cicatrizes não achei muito bom, as cicatrizes poderiam ser maiores e cobrir muito mais de seu rosto (como é originalmente). Depois, que história chata com a psicóloga Krista lá. Pareceu uma relação Coringa-Arlequina piorada. Não foi inédita e não foi legal.
Eu não gosto do modus operandi da maioria dos super-heróis, que focam apenas em prender os suspeitos e deixá-los vivos, apenas para ficarem enfrentando-os de novo e de novo, ad eternum. Por isso que me identifiquei com o Punisher. Mas um cara que ele deixa vivo na vida e aí a 2a temporada se escora nisso. Não gosto muito desse recurso de roteiro mas também não é um ponto negativo para a série.
Sobre a trama principal, começou excelente, envolvente, cheia de mistérios. John Pilgrim é um excelente vilão. Misterioso, frio, psicopata. Mas quando decidiram priorizar o arco do Retalho em detrimento dessa, a temporada desandou. Quando o cenário não era Nova York, a temporada estava ótima. Depois, foi mais do mesmo. Por mim, poderiam resolver o arco do Retalho em uns 5 episódios e focar só na trama principal no resto. E, no final, a motivação dos pais do senador era uma piada, muito decepcionante.
Achei essa temporada bem média e sem foco. Pelo menos terminaram a história nessa temporada, sem deixar pontas soltas para a próxima (que não vai acontecer).
A Maldição da Residência Hill
4.4 1,4K Assista AgoraQue terror raíz, meus caros!
Deuses Americanos (1ª Temporada)
4.1 515 Assista AgoraO universo criado por essa série é fantástico e, além de conseguir abordar uma proposta completamente original para os deuses, consegue ainda metaforizar muitas questões atuais.
A estética do filme é excelente e gostei bastante da trilha sonora, bem noir. Além disso, ela é ativa e intrínseca à cena, consegue transpor muita inquietude, por exemplo. É uma personagem à parte.
Mas nem tudo são flores. O ritmo dessa temporada é extremamente arrastado, lento. As informações são dadas à conta gotas. O Shadow Moon é um dos personagens mais bundões que já vi, totalmente apático, nunca entende nada, nunca pergunta nada. Está sempre alheio à tudo e aceita tudo.
A Laura Moon é o contraponto cômico da série, que não funciona tão bem, em minha opinião. Talvez seja a atriz ou o fato dos acontecimentos que a envolvam não se desenrolarem organicamente. Parece que ela representa algo desconectado do mundo dos deuses (tentando o máximo descrever aqui sem dar spoilers).
Série boa mas lenta. Se continuar nessa pegada, não volto para a segunda temporada.
Westworld (2ª Temporada)
4.2 491Plot Twist 1:
Westworld é uma das simulações de realidade de Matrix
Plot Twist 2:
Westworld é um prequel de Blade Runner
Goosebumps - Histórias de Arrepiar (1ª Temporada)
4.1 123Ah como me lembra a infância. Lembro que ficava apavorado assistindo a essa série. Depois não conseguia dormir.
Infelizmente é intragável hoje em dia para mim, tentei rever os primeiros episódios e larguei. Que fique como memória de infância mesmo.
Ghoul - Trama Demoníaca
3.4 71 Assista AgoraComecei a ver sem nenhuma pretensão, esperando nada e me surpreendi. A série tem meros 3 episódios, com certeza poderia ter sido um filme mas usaram isso de piloto. Não sei se foi questão de orçamento ou estavam com medo de apostar mais mas esses 3 episódios estabeleceram um universo muito intrigante e bem feito. E aliás, palmas para Bollywood. Só estranhei a linguagem utilizada, ora falavam em hindu, ora em inglês.
O primeiro episódio é lento, bem introdutório, mas os seguintes acertam o ritmo. O diretor utiliza muito bem técnicas de sugestão e não deixa a peteca cair, sempre mantendo uma crescente no ritmo da minissérie. Gostei que a história dessa primeira temporada é um arco fechado, com uma ponta solta para a próxima temporada. Estarei esperando..
Dark (1ª Temporada)
4.4 1,6KExcelente série!
Uma baita história, trama envolvente, puxado pro suspense e lidando com um tema bem sci-fi. É linda a paleta de cores escolhidas para mostrar as diferentes épocas. A trilha sonora também é uma personagem à parte, é viva e sinistra, fazendo o espectador imergir na trama.
Também é digno de nota a série ser alemã, coisa tão incomum na realidade brasileira e hollywoodiana que estamos acostumados. É mais uma afirmação à qualidade da série.
Na história, tudo e todos estão conectados de alguma forma. A cidade é também o organismo funcional que une tudo, mesmo sendo uma cidadezinha insignificante do território alemão. Foi muito bem construída e ganhou vida com o desenvolvimento dos outros personagens. A série não tem ritmo frenético, apesar de desenvolver muito bem o que se propõe. É densa, talvez não do tipo de se maratonar, mas é bom prestar atenção aos nomes das personagens e absorver bem o que acontece pois o tema central não necessariamente é algo fácil de se entender.
Adentrando mais no tema central, da viagem no tempo, é interessante como eles abordaram nessa primeira temporada a questão da imutabilidade do tempo. Ou seja, quem volta do futuro para o passado e tenta mudar algo ali, na verdade vira o ator do que já se passou, não conseguindo mudar de fato o que aconteceu. É exatamente o que aconteceu com Ulrich, que tentou matar o menino para que o aduto que ele viraria não existisse. Ele acabou sendo o responsável por deformar o garoto e criar o monstro que seria súdito do padre. Também aconteceu com Jonas que, ao tentar destruir o buraco negro da caverna, acabou por criá-lo.
Essa temporada tratou da imutabilidade do tempo. Seria legal se as próximas pudessem abordar a mutabilidade do tempo, sair do looping de repetição de causa-consequência e realidades alternativas.
Enfim, a série é muito bem feita, aborda com louvor o tema central e tem muito potencial para o futuro. Que venham mais e mais temporadas. Vamos ver o que o tempo nos tráz...
Altered Carbon (1ª Temporada)
3.8 358 Assista AgoraExcelente a proposta do filme, a ambientação cyberpunk num futuro distópico, algo que lembra muito Blade Runner, inclusive.
O desenvolvimento da trama é muito bom, com vários elementos que se encontram no decorrer da série mas achei que no finalzinho eles se perderam um pouco.
A Reileen, irmã de Kovacs, foi muito mal desenvolvida, a transformação em vilã, apesar de inesperado, foi ruim, e a motivação para fazer o que fez foi bem absurda e pouco crível.
A série nos apresenta um vasto universo a ser explorado e tem muito mais acertos do que erros.
Narcos (3ª Temporada)
4.4 297 Assista AgoraExcelente temporada, roteiro muito bem costurado e retrato fiel do cartel de Cali. Conseguiram produzir uma trama abordando tanto o tráfico de drogas quanto a corrupção, pilares para a bem sucedida vida dos irmãos Rodriguez. Por ser baseado em fatos reais, é muito enriquecedor ver as filmagens reais intercaladas entre as cenas. A narração de Peña off-screen é um bom elemento para se avançar a narrativa para pontos importantes sem ter que ficar enchendo linguiça.
Eu não diria que é a melhor temporada. O cartel de Cali era maior que o de Medelin mas Pablo Escobar parecia mais grandioso. Claro que o modus operandi de cada um é diferente mas não senti tanta grandiosidade nos irmãos Rodriguez quanto senti no Pablo. Ademais, a história demorou um pouco para acelerar, o começo foi bem parado.
Narcos está fazendo um excelente trabalho de reconstruir a história do tráfico de drogas sulamericano, consequentemente mundial. Os dramas pessoais construídos são muito bem arquitetados, mesmo estando o roteiro "engessado" pelos fatos reais. Fico feliz que originalmente a série foi chamada de Narcos e não de Pablo. Isso garante infinitas temporadas, e espero que elas venham. Que brilhante trabalho, Netflix!!
13 Reasons Why (1ª Temporada)
3.8 1,5K Assista AgoraBoa temática, toca fundo num problema bastante presente atualmente, que é o bullying. Muita gente se identifica com a série pois se identificam com a problematização. Acho que a grande maioria já foi alvo de algo assim. Claro que uns (muito) mais que outros. E às vezes quem pratica bullying é porque sofreu bullying.
O problema é que demoram demais para desenvolver a história, sempre entregando elementos a conta gotas. O Clay demora uma eternidade para ouvir as fitas. É uma sofrência eterna, enche o saco.
Enfim, não consegui terminar a temporada de tão enfadonha que se tornou. 13 episódios foram demais para o que se propôs a série. Sempre colocando novas personagens com culpa no tal incidente. Boa intenção, porém enfadonho.
The Walking Dead (7ª Temporada)
3.6 918 Assista AgoraEu achei que nada pudesse superar a monotonia que foi a parte da fazenda lá na 2ª temporada mas essa 7ª provou que eu estava enganado. Cada episódio era mais arrastado do que o outro, desenvolvendo subtramas desnecessárias, nada acontecendo de novo e de novo.
Entendo que a série não é primariamente ação e que, além de mostrar a sobrevivência em meio a zumbis, joga-se em primeiro plano as relações humanas entre a sociedade despedaçada que restou. Mas o que se apresenta hoje é digno de sono. Nem de longe lembra a adrenalina pela sobrevivência, o constante medo para se manter seguros.
Falando deste episódio, a tão anunciada guerra começou mas tão sem sal quanto foi o resto da temporada. Prometeram tanto, todos os 16 episódios apontavam para um revide, a hora do acerto de contas e quando este veio, desapontou. O tigre foi a única inovação já que o tiroteio e as lutas foram bem pífios.
O grande destaque dos últimos 16 episódios com certeza foi o vilão Negan. Jeffrey Dean Morgan parece que nasceu para esse papel. Finalmente temos um vilão de respeito na série. O Governador poderia tê-lo sido, não tivesse sido deturpado em relação à sua versão dos quadrinhos. Finalmente tememos realmente quando vemos a figura do antagosnista.
O que vemos até agora, nestas 7 temporadas foi uma alternância entre uma metade boa e uma metade ruim. Essa 7ª foi inteira ruim. Espero que produtores e roteiristas percebam que fizeram uma temporada merda e melhorem para a próxima.
Um Maluco no Pedaço (6ª Temporada)
4.2 68O fim de uma era!
Já tinha assistido muitos episódios no SBT mas só agora com 25 anos que peguei pra fazer uma maratona disso e não me arrependo. Chorei de rir em vários momentos. É uma série atemporal (apesar da evolução tecnológica) e para todos os públicos.
Além de toda a parte humorística, os episódios também deixam também mensagens positivas e educativas, desde drogas e sexo até racismo. Este último até mais acentuado, já que os personagens da série são na sua vasta maioria negros e em muitos momentos o tema da discriminação é abordada.
Todos os personagens são muito bem desenvolvidos e exploram estereótipos diferentes, o que acaba dando bastante munição para o roteiro. Aliás, todos são personagens muito marcantes, em especial, é claro, o núcleo Will, Carlton e tio Phil. São três personagens essenciais sem os quais a série não poderia viver sem.
Quero deixar aqui como observação que a primeira tia Vivian é muuuuuuuito melhor que a segunda. Pena que a atriz deixou a série por brigas internas.
A série deixa muita saudade e pra mim tem ainda o toque nostálgico de me lembrar minha infância.
Penny Dreadful (3ª Temporada)
4.2 646 Assista AgoraQUE SÉRIE MARAVILHOSA!
Analisando a temporada isoladamente, foi a mais fraca das três. Focou mais nos "demônios" de Chandler e, ao meu ver, o desenrolar da história nos EUA foi fraca. A começar pelo relacionamento pífio dele com a bruxa do mal, a sua completa indiferença ao que aconteceu com a família, sua desvirtuada para as trevas e sua volta aos eixos. Todo esse processo foi um pouco atropelado e meio sem sal.
Onde a história floresceu foi nos acontecimentos com a Vanessa e Drácula, assim como o monstro de Frankenstein e suas lembranças do passado. Os dois últimos episódios foram fantásticos e amarraram muito bem o final desta saga. Palmas para os criadores da série, que conseguiram reunir tantos elementos do gênero terror e amarrá-los em uma história concisa sem desafiar a inteligência do espectador. O conjunto da obra é excepcional e com certeza deixa sua marca no gênero. Personagens memoráveis e cativantes para ficar em nossas memórias. Que fan service!!!
Demorei ao máximo para concluir esta série já com a certeza de que sentiria muita falta. Que baita série, meus caros!!
The OA (Parte 1)
4.1 980 Assista AgoraOlha, a premissa é interessante mas a narrativa é muito arrastada, as coisas demoram para acontecer. Claro que chega a ser inevitável traçar um paralelo mas essa série tem um pouco de Stranger Things. Essa última pelo menos tem uma narrativa mais rápida, mais suspense, personagens mais cativantes (ainda que crianças, possuem grande carga emocional).
O mistério é tratado de maneira artística, com grandes rodeios para apresentá-lo ao público. Infelizmente não é esse tipo de série que me prenda a atenção.
Desventuras em Série (1ª Temporada)
3.9 600 Assista AgoraO 4o episódio foi até onde aguentei. Infelizmente essa obra não é para alguém da minha idade, que tenha lido a maioria dos livros na infância. Tenho certeza que apreciaria cada episódio dessa série se eu tivesse meus 12, 13 anos, que foi quando li os livros. Com 25 não dá. Demasiado infantil e o roteiro basicamente se estrutura nas excessivas burrices das personagens, o que acaba me irritando muito mais do que despertando boas memórias.
Tentei gostar, mas não deu!