Sem relação direta, mas me fez lembrar de um trecho da entrevista da Vera Iaconelli no Provoca em que ela diz que é "menos pior" você aspirar que seu filho seja um "advogado", do que simplesmente dizer "seja feliz". Porque ser advogado é algo palpável. Realizável. Concreto. Depois o jovem adulto decide se aquilo o satisfaz. O SER feliz é muito abstrato. Um imperativo irreal. Daí gera a angústia e tantos outros problemas psicológicos da nova geração.
O sonho da mãe deu direcionamento pra ele. Mas ele, por si só (e munido do amor e segurança que sempre teve em sua família materna) foi em busca do que o realizaria.
Destaque pra cena do último encontro com o pai dele em que fica gritante como ele foi na verdade privilegiado por não ter convivido com o mesmo.
É bom. Mediano. Destaque pro Matt Damon. Mas me incomodou demais a pessoa central da história (Michael Jordan) ser totalmente ocultada, principalmente na cena da reunião com a Nike, com o jogo de câmeras ficou gritante que o ator que o "interpretou" não poderia aparecer.
Existem filmes ruins que não tem ambição de serem bons, e eu aprecio. Meu julgamento vai de acordo com a proposta de cada um. Esse filme se propõe a ser bom e por isso achei péssimo. Um desperdício. Amo ficções científicas e a premissa de "voltar no tempo pela memória" é massa, fotografia de alto nível MAS pqp, que lixo de roteiro. A história acaba girando em torno do suposto romance, mas que de romance não teve nada. Não me convenceu. Não sei se meu bode é com a personagem, com a atriz, ou com a superficialidade do casal. A cada minuto que via a completa estupidez e cegueira do personagem principal eu me irritava. Difícil eu desistir de assistir um filme, mas esse não teve jeito.
Um documentário que nos leva a inúmeras reflexões, meio ambiente, desigualdade social, marginalização, preconceito, mas pra mim, sobretudo, sobre o papel da arte e do artista.
Nos minutos iniciais Vik narra o turning point da sua vida. "Sorte". Quantas pessoas talentosas não conseguem meios para explorar sua arte e audiência para garantir reconhecimento. Artista consagrado, ciente disso, anseia retribuir à sociedade o privilégio que tem, nem que seja uma provocação, jogando luz em uma questão insalubre em quase todos os aspectos.
Interessante como o documentário mantém o pensamento estigmatizado do próprio artista sobre o lugar e as pessoas que lá trabalham quando ele ainda estava em fase de pesquisa. Mas no desenvolvimento da narrativa isso muda. Mas é preciso não romantizar a centelha de esperança que persevera em meio a tanta desgraça.
Inegável o impacto de envolver os personagens na criação das obras. Afetar e ser afetado pelo afeto. Impactar e ser impactado. Isso é o que da sentido a nossa existência. E o raio de alcance é particular. Acredito que quem pode mais, oferta mais. Sejam sentimentos, ensinamentos, recursos, acessos ou visibilidade.
Importante dizer que solução da problemática apresentada no filme é de responsabilidade do poder público. Hoje, praticamente 13 anos depois o cenário é ainda mais triste. Para quem se interessar recomendo a matéria do site Pública "Gramacho: a cidade do lixo parada no tempo a 30 quilômetros da praia de Copacabana".
- Destaque para o depoimento de Ísis. Profundamente visceral e triste.
Não sou familiarizada com o universo do Jiu Jitsu e não conhecia a história de Fernando Tererê até assistir o filme, então minha impressão é mais limitada a seu drama pessoal, especialmente em relação a dependência química, a esquizofrenia e a depressão.
O estalo de consciência que se transforma em decisão é sempre interno. A "sorte" de Tererê foi estar cercado de pessoas que nunca desistiram até esse momento acontecer. História inspiradora. Sobre sempre ainda ser tempo.
Estética dos anos 90/2000 tem meu coração. Mas particularmente não gostei da escolha das fontes e do visual dos créditos.
Destaque pra atuação de Raphael Logan que entregou uma interpretação tão natural em cenas tão intensas. FODAAAAA.
Filmes sutis que pegam profundo são os mais especiais. Destaque para a fotografia, um deleite. O plano fechadíssimo em 90% do filme, a trilha sonora mínima e os diálogos que chegavam como sussurros me fizeram ficar tão íntima das emoções vividas pelos personagens... Conectada. Confesso que imaginei que seria um filme que abordasse mais abertamente sobre o tema LGBTQIA+, mas o que vi foi um filme sobre amizade, sobre troca de afeto entre pessoas do sexo masculino (que deveria ser naturalizada), sobre transtorno depressivo, sobre luto e preconceito... Acho que além da sexualidade dos personagens, que o filme deixa em aberto, o foco seja exatamente esse: o preconceito e como ele repercute. Talvez Leo nutrisse sentimentos românticos por Remi e não sabendo lidar o afastou. Remi que já demonstrava ser mais frágil emocionalmente não suportou a ruptura do laço com o melhor amigo. Talvez, ainda, ambos nutrissem sentimentos românticos. Mas independentemente do tipo de amor, ele foi interrompido pelo olhar externo superficial e preconceituoso. Lindo e triste. Um filme com muitas camadas, desses que dizem muito, sem dizer tanto.
Bar Doce Lar
3.5 132 Assista AgoraSem relação direta, mas me fez lembrar de um trecho da entrevista da Vera Iaconelli no Provoca em que ela diz que é "menos pior" você aspirar que seu filho seja um "advogado", do que simplesmente dizer "seja feliz". Porque ser advogado é algo palpável. Realizável. Concreto. Depois o jovem adulto decide se aquilo o satisfaz. O SER feliz é muito abstrato. Um imperativo irreal. Daí gera a angústia e tantos outros problemas psicológicos da nova geração.
O sonho da mãe deu direcionamento pra ele. Mas ele, por si só (e munido do amor e segurança que sempre teve em sua família materna) foi em busca do que o realizaria.
Destaque pra cena do último encontro com o pai dele em que fica gritante como ele foi na verdade privilegiado por não ter convivido com o mesmo.
Único filme que gostei da atuação do Ben Affleck.
AIR: A História Por Trás do Logo
3.6 244 Assista AgoraÉ bom. Mediano. Destaque pro Matt Damon. Mas me incomodou demais a pessoa central da história (Michael Jordan) ser totalmente ocultada, principalmente na cena da reunião com a Nike, com o jogo de câmeras ficou gritante que o ator que o "interpretou" não poderia aparecer.
Mudança de Hábito
3.5 649 Assista AgoraLauryn Hill <3
Clube da Luta
4.5 4,9K Assista AgoraNo fim das contas, o que todo ser humano busca é conexão. Amor.
Caminhos da Memória
2.8 216 Assista AgoraExistem filmes ruins que não tem ambição de serem bons, e eu aprecio. Meu julgamento vai de acordo com a proposta de cada um. Esse filme se propõe a ser bom e por isso achei péssimo. Um desperdício. Amo ficções científicas e a premissa de "voltar no tempo pela memória" é massa, fotografia de alto nível MAS pqp, que lixo de roteiro. A história acaba girando em torno do suposto romance, mas que de romance não teve nada. Não me convenceu. Não sei se meu bode é com a personagem, com a atriz, ou com a superficialidade do casal. A cada minuto que via a completa estupidez e cegueira do personagem principal eu me irritava. Difícil eu desistir de assistir um filme, mas esse não teve jeito.
Lixo Extraordinário
4.3 655Um documentário que nos leva a inúmeras reflexões, meio ambiente, desigualdade social, marginalização, preconceito, mas pra mim, sobretudo, sobre o papel da arte e do artista.
Nos minutos iniciais Vik narra o turning point da sua vida. "Sorte". Quantas pessoas talentosas não conseguem meios para explorar sua arte e audiência para garantir reconhecimento. Artista consagrado, ciente disso, anseia retribuir à sociedade o privilégio que tem, nem que seja uma provocação, jogando luz em uma questão insalubre em quase todos os aspectos.
Interessante como o documentário mantém o pensamento estigmatizado do próprio artista sobre o lugar e as pessoas que lá trabalham quando ele ainda estava em fase de pesquisa. Mas no desenvolvimento da narrativa isso muda. Mas é preciso não romantizar a centelha de esperança que persevera em meio a tanta desgraça.
Inegável o impacto de envolver os personagens na criação das obras. Afetar e ser afetado pelo afeto. Impactar e ser impactado. Isso é o que da sentido a nossa existência. E o raio de alcance é particular. Acredito que quem pode mais, oferta mais. Sejam sentimentos, ensinamentos, recursos, acessos ou visibilidade.
Importante dizer que solução da problemática apresentada no filme é de responsabilidade do poder público. Hoje, praticamente 13 anos depois o cenário é ainda mais triste. Para quem se interessar recomendo a matéria do site Pública "Gramacho: a cidade do lixo parada no tempo a 30 quilômetros da praia de Copacabana".
- Destaque para o depoimento de Ísis. Profundamente visceral e triste.
O Faixa Preta
3.1 10Não sou familiarizada com o universo do Jiu Jitsu e não conhecia a história de Fernando Tererê até assistir o filme, então minha impressão é mais limitada a seu drama pessoal, especialmente em relação a dependência química, a esquizofrenia e a depressão.
O estalo de consciência que se transforma em decisão é sempre interno. A "sorte" de Tererê foi estar cercado de pessoas que nunca desistiram até esse momento acontecer. História inspiradora. Sobre sempre ainda ser tempo.
Estética dos anos 90/2000 tem meu coração. Mas particularmente não gostei da escolha das fontes e do visual dos créditos.
Destaque pra atuação de Raphael Logan que entregou uma interpretação tão natural em cenas tão intensas. FODAAAAA.
Close
4.2 541 Assista AgoraFilmes sutis que pegam profundo são os mais especiais. Destaque para a fotografia, um deleite. O plano fechadíssimo em 90% do filme, a trilha sonora mínima e os diálogos que chegavam como sussurros me fizeram ficar tão íntima das emoções vividas pelos personagens... Conectada. Confesso que imaginei que seria um filme que abordasse mais abertamente sobre o tema LGBTQIA+, mas o que vi foi um filme sobre amizade, sobre troca de afeto entre pessoas do sexo masculino (que deveria ser naturalizada), sobre transtorno depressivo, sobre luto e preconceito... Acho que além da sexualidade dos personagens, que o filme deixa em aberto, o foco seja exatamente esse: o preconceito e como ele repercute. Talvez Leo nutrisse sentimentos românticos por Remi e não sabendo lidar o afastou. Remi que já demonstrava ser mais frágil emocionalmente não suportou a ruptura do laço com o melhor amigo. Talvez, ainda, ambos nutrissem sentimentos românticos. Mas independentemente do tipo de amor, ele foi interrompido pelo olhar externo superficial e preconceituoso. Lindo e triste. Um filme com muitas camadas, desses que dizem muito, sem dizer tanto.