Como sempre, consegue tirar de fatos tão pequenos uma carga emocional arrebatadora. Enquanto assistia, alternava momentos em que sorria feito um bobo e outros segurava as lágrimas.
Uma das melhores coisas desse filme é que em alguns momentos consegue ser perturbador (As alucinações no metrô e no hospital são dignas de inspirar pesadelos)... mas não consigo gostar completamente desse filme.
Um filme que se perde um pouco no caminho... às vezes parece que está tentando desmistificar todos os ideais de movimentos revolucionários, às vezes parece que está tentando transformar essas pessoas em heróis.
Um filme que merece ser recomendado pela história curiosa. Uma pena que no decorrer da narrativa ele vá se tornando um pouco "histérico". Apesar de forçado, o final é coerente com o discurso do resto do filme.
O discurso do filme talvez até seja um pouco batido... mas o mérito é a naturalidade com que ele é apresentado. Cada vez que vejo saio convencido que ser feliz não é difícil e para isso nem se precisa negar a realidade do mundo, que às vezes é muito ruim.
Um filme bem diferente, mas... pra mim, Tim Burtom raramente se salva sem um pouco de boa vontade. Mesmo quando se trata de cinema, visual não é tudo, sabe?
O fim dos anos 80, começo dos 90, devem ter sido muito mais assustadores do que posso imaginar ou lembrar. Às vezes, a impressão que dá, é que o filme foi feito só pra dizer ao grande público que "gay também é gente". Filme que em alguns aspectos envelheceu muito mal, mas ainda é um bom drama.
Lucas, o sexo não é problema nenhum. O problema é vender um filme que diz que os personagens são infelizes porque tem problemas sexuais - quando o contrário talvez seja o mais correto. Reciclar um discurso mais velho que eu e tentar vender como coisa nova... seria melhor mostrar só o sexo e não ter a presunção de tentar ser mais profundo que uma comédia pornográfica. Os momentos de crise dos personagens não me convencem de realidade alguma, em momento algum fui capaz de sentir simpatia com qualquer uma daquelas pessoas e o filme seria até melhor se não tentasse ser nada além de pornografia, porque não tem fôlego pra outra coisa.
Um pouco de provocação contra a "burguesia", como em Sitcom, mas nesse filme um pouco melhor realizada, aliada a um filme que envereda por diversos gêneros sem levar a sério nenhum e ainda ótimas atuações de atrizes veteranas/famosas do cinema francês rende um dos filmes mais divertidos já dirigidos pelo Ozon. Peca um pouco pelo roteiro esquemático e os números musiciais um tanto frouxos. Mas quanto a estes últimos, a fraqueza talvez até seja um pouco questionável, levando em consideração a qualidade das músicas e o tom geral bastante despretensioso do filme.
Darlene Glória, melhor que ninguém, dando vida a uma musa suburbana de Nelson Rodrigues. Ótima adaptação que não afrouxa nem barateia a visão obsessiva do autor a respeito de sexo, família e decadência.
Na época do lançamento já houve quem dizia que era um clássico e na época eu pensei que era um exagero. Mas hoje, acabo de rever o filme e vi as qualidades que, então, me escaparam. Para me restringir ao horror, será fácil. Poucos filmes são tão eficientes em criar uma atmosfera claustrofóbica e imprevisível como a desse filme. Mesmo antes de os monstros aparecerem, o filme já atinge um nível de angústia que poucos conseguem com os piores assassinos. Depois que os monstros aparecem, há algo de incomum, para o gênero, na forma como são mostrados como vilões. São animais. O ataque deles é feroz, mas muitas vezes, a ferocidade das próprias heroínas, apenas com as mãos e equipamentos ridículos, consegue derrotá-los. Monstros indestrutíveis, assassinos de nove vidas, estão fora de questão aqui. É o medo apenas do escuro, do desconhecido, e de nunca mais encontrar o caminho para casa. Fora o papel, quase tão ameaçador quanto o dos monstros, que as paixões das protagonistas exercem durante o filme, principalmente em seus minutos finais. Um filme de monstro que, com velocidade surpreendente e sem diluir nenhum dos aspectos de um bom filme de terror, consegue ir muito além do superficial, ao abordar o caráter de seus personagens.
Uma experiência interessante pra ver até onde as pessoas conseguem falhar. Tão ruim que é fascinante, tóxico, capaz de derreter nosso cérebro e deixar a gente babando com o olho grudado na frente da TV, esperando, quase com medo, o que mais vêm. E daí, putz, aparece a Regina Casé nua. É um lixo, mas ao mesmo tempo, fascinante. Só o bom e velho Neville consegue ser assim.
Do jeito que o primeiro filme terminou, pensei que seria difícil fazer uma continuação tão boa quanto. Ou fariam uma repetição de tudo o que teve de bom o primeiro ou então adicionariam elementos absurdos à história. E foi muito triste ver que minhas intuições estavam certas. Repetiram a técnica do primeiro filme, dessa vez com uma desculpa bastante implausível, e jogaram umas besteiras enormes para explicar o que acontecia e o porquê acontecia. O elemento religioso no primeiro filme era algo apenas tocado de forma quase sutil no final do primeiro filme, adicionando ainda mais mistério, mas nesse é um dos elementos principais.
Onde no primeiro a gente acreditava que lidava com uma contaminação, como em Extermínio, aqui a gente é feito de trouxa e descobre que tudo não passa de um caso de Possessão. E ainda por cima tem "mundo das trevas" e "mundo real". Os escritores dessa vez não se contentaram com poucas besteiras e, quando a gente acha que nada mais conseguiria superar, surgem os adolescentes extraordinariamente retardados que se infiltram no prédio e a gente nem entende o motivo.
Espero que essa porcaria lucre muito, pois só isso poderia explicar o motivo que os diretores tiveram em estragar, com tanto gosto, tudo o que era bom no original.
Impressionante. Embora não seja fiel ao pé da letra ao livro, dá a impressão que Suzana Amaral se esforçou o bastante para levar pro cinema um filme que tivesse respeito o bastante pelo livro a ponto de vermos a marca da escritora na tela.
O Anjo Azul
4.2 86 Assista AgoraVale a pena ler o livro do Heinrich Mann também.
O Orfanato
3.7 1,3KÉ um horror que remete mais aos contos de fadas que aos slashers. Muito bom, mas senti falta de alguns calafrios.
Sussurros do Coração
4.3 481 Assista AgoraComo sempre, consegue tirar de fatos tão pequenos uma carga emocional arrebatadora. Enquanto assistia, alternava momentos em que sorria feito um bobo e outros segurava as lágrimas.
A Viagem de Chihiro
4.5 2,3K Assista AgoraImaginação é o que não falta aqui. A qualidade dos desenhos desse filme me deixou de queixo caído em alguns momentos!
Alucinações do Passado
3.9 257Uma das melhores coisas desse filme é que em alguns momentos consegue ser perturbador (As alucinações no metrô e no hospital são dignas de inspirar pesadelos)... mas não consigo gostar completamente desse filme.
O final do filme deixou clara demais a inspiração em Carnival of Souls e com a comparação esse daqui saiu perdendo muito...
O Grupo Baader Meinhof
4.0 174Um filme que se perde um pouco no caminho... às vezes parece que está tentando desmistificar todos os ideais de movimentos revolucionários, às vezes parece que está tentando transformar essas pessoas em heróis.
Pixote: A Lei do Mais Fraco
4.0 449Depois de ver esse filme fiquei com vergonha do meu preconceito com filmes nacionais.
13 Desafios
3.3 97Um filme que merece ser recomendado pela história curiosa. Uma pena que no decorrer da narrativa ele vá se tornando um pouco "histérico". Apesar de forçado, o final é coerente com o discurso do resto do filme.
Perdita Durango
3.5 31Sórdido, malvado e apaixonado. Tenho visto poucos filmes assim...
Simplesmente Feliz
3.4 254O discurso do filme talvez até seja um pouco batido... mas o mérito é a naturalidade com que ele é apresentado. Cada vez que vejo saio convencido que ser feliz não é difícil e para isso nem se precisa negar a realidade do mundo, que às vezes é muito ruim.
A Mosca
3.7 1,1KA maior e mais angustiante obra de Cronemberg.
Marte Ataca!
3.2 657 Assista AgoraUm filme bem diferente, mas... pra mim, Tim Burtom raramente se salva sem um pouco de boa vontade. Mesmo quando se trata de cinema, visual não é tudo, sabe?
Filadélfia
4.2 909 Assista AgoraO fim dos anos 80, começo dos 90, devem ter sido muito mais assustadores do que posso imaginar ou lembrar. Às vezes, a impressão que dá, é que o filme foi feito só pra dizer ao grande público que "gay também é gente". Filme que em alguns aspectos envelheceu muito mal, mas ainda é um bom drama.
O Mistério de Grace
2.0 243Alguém mais percebeu uma boa dose de humor negro nesse filme ou fui só eu?
Shortbus
3.7 547Lucas, o sexo não é problema nenhum. O problema é vender um filme que diz que os personagens são infelizes porque tem problemas sexuais - quando o contrário talvez seja o mais correto. Reciclar um discurso mais velho que eu e tentar vender como coisa nova... seria melhor mostrar só o sexo e não ter a presunção de tentar ser mais profundo que uma comédia pornográfica. Os momentos de crise dos personagens não me convencem de realidade alguma, em momento algum fui capaz de sentir simpatia com qualquer uma daquelas pessoas e o filme seria até melhor se não tentasse ser nada além de pornografia, porque não tem fôlego pra outra coisa.
O Castelo de Minha Mãe
4.2 8Uma ótima conclusão para as "aventuras" iniciadas em "A Glória de meu pai".
8 Mulheres
3.8 144PS: Isabelle Huppert cantando Françoise Hardy foi uma das coisas mais saborosas que já vi.
8 Mulheres
3.8 144Um pouco de provocação contra a "burguesia", como em Sitcom, mas nesse filme um pouco melhor realizada, aliada a um filme que envereda por diversos gêneros sem levar a sério nenhum e ainda ótimas atuações de atrizes veteranas/famosas do cinema francês rende um dos filmes mais divertidos já dirigidos pelo Ozon. Peca um pouco pelo roteiro esquemático e os números musiciais um tanto frouxos. Mas quanto a estes últimos, a fraqueza talvez até seja um pouco questionável, levando em consideração a qualidade das músicas e o tom geral bastante despretensioso do filme.
Toda Nudez Será Castigada
3.6 117Darlene Glória, melhor que ninguém, dando vida a uma musa suburbana de Nelson Rodrigues. Ótima adaptação que não afrouxa nem barateia a visão obsessiva do autor a respeito de sexo, família e decadência.
Abismo do Medo
3.2 884 Assista AgoraNa época do lançamento já houve quem dizia que era um clássico e na época eu pensei que era um exagero. Mas hoje, acabo de rever o filme e vi as qualidades que, então, me escaparam. Para me restringir ao horror, será fácil. Poucos filmes são tão eficientes em criar uma atmosfera claustrofóbica e imprevisível como a desse filme. Mesmo antes de os monstros aparecerem, o filme já atinge um nível de angústia que poucos conseguem com os piores assassinos. Depois que os monstros aparecem, há algo de incomum, para o gênero, na forma como são mostrados como vilões. São animais. O ataque deles é feroz, mas muitas vezes, a ferocidade das próprias heroínas, apenas com as mãos e equipamentos ridículos, consegue derrotá-los. Monstros indestrutíveis, assassinos de nove vidas, estão fora de questão aqui. É o medo apenas do escuro, do desconhecido, e de nunca mais encontrar o caminho para casa. Fora o papel, quase tão ameaçador quanto o dos monstros, que as paixões das protagonistas exercem durante o filme, principalmente em seus minutos finais. Um filme de monstro que, com velocidade surpreendente e sem diluir nenhum dos aspectos de um bom filme de terror, consegue ir muito além do superficial, ao abordar o caráter de seus personagens.
Os 7 Gatinhos
3.2 170Uma experiência interessante pra ver até onde as pessoas conseguem falhar. Tão ruim que é fascinante, tóxico, capaz de derreter nosso cérebro e deixar a gente babando com o olho grudado na frente da TV, esperando, quase com medo, o que mais vêm. E daí, putz, aparece a Regina Casé nua. É um lixo, mas ao mesmo tempo, fascinante. Só o bom e velho Neville consegue ser assim.
[REC]² Possuídos
3.1 1,4K Assista AgoraDo jeito que o primeiro filme terminou, pensei que seria difícil fazer uma continuação tão boa quanto. Ou fariam uma repetição de tudo o que teve de bom o primeiro ou então adicionariam elementos absurdos à história. E foi muito triste ver que minhas intuições estavam certas. Repetiram a técnica do primeiro filme, dessa vez com uma desculpa bastante implausível, e jogaram umas besteiras enormes para explicar o que acontecia e o porquê acontecia. O elemento religioso no primeiro filme era algo apenas tocado de forma quase sutil no final do primeiro filme, adicionando ainda mais mistério, mas nesse é um dos elementos principais.
Onde no primeiro a gente acreditava que lidava com uma contaminação, como em Extermínio, aqui a gente é feito de trouxa e descobre que tudo não passa de um caso de Possessão. E ainda por cima tem "mundo das trevas" e "mundo real". Os escritores dessa vez não se contentaram com poucas besteiras e, quando a gente acha que nada mais conseguiria superar, surgem os adolescentes extraordinariamente retardados que se infiltram no prédio e a gente nem entende o motivo.
A Hora da Estrela
3.9 517Impressionante. Embora não seja fiel ao pé da letra ao livro, dá a impressão que Suzana Amaral se esforçou o bastante para levar pro cinema um filme que tivesse respeito o bastante pelo livro a ponto de vermos a marca da escritora na tela.
Três Formas de Amar
3.8 272 Assista AgoraLeve, divertido e ligeiramente safado.