só não entendi por que não houve preocupação alguma ao longo da temporada com o figurino dos companions. passei raiva toda vez (e foi toda vez) que eles não se vestiram de acordo com a época/local que visitaram.
A série é muito bem produzida, original e fechadinha, mas acho que a maioria dos episódios falha em engajar quem assiste. Há pequenas linhas narrativas que permeiam a história principal que até têm temáticas criativas mas não são elaboradas o suficiente para que nos interessemos por elas.
É complicado esse tipo de situação em que você tem roteiro e direção de arte tão discrepantes em qualidade. O roteiro aqui não é de todo mal, mas só mediano. Fica a questão: o que faz um filme? Eu tô na mesma situação que estive diante de Star Wars ou de Kubo; adianta a produção excepcional se o roteiro é fraco? O cinema é sobre qualidade visual? Talvez seja para a indústria cultural, mas enquanto arte, acho que deva ir além... Tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, e a telona grande não compensou o lugar-comum da narrativa. É isso.
Dentro da literatura, nós chamamos de "fantástica" (quanto ao gênero) a narrativa que apresenta eventos estranhos/anormais dos quais não conseguimos discernir a causa - se real ou sobrenatural; permitindo que decidamos no que acreditar. Um excelente exemplo desse tipo de narrativa no cinema é O Labirinto do Fauno. Creio que esse seja o caso desta série, pelo menos nesta temporada, e gosto disso.
Você descobre se abraçou ou não a história quando é impelido a escolher, justamente nos momentos finais, no que acreditar. É como se a série pusesse nossa crença (e mesmo nossa compaixão) à prova como pôs a dos cinco ajudantes de OA.
Não gostei muito da estilização das outras dimensões; mas, fora isso, me deleitei sinceramente com a narrativa. Afinal, o que importa mais é o processo, já que o fim cabe à subjetividade do telespectador.
os closes, que conferem certa gravidade aos diálogos (principalmente) e às impressões das personagens; o enquadramento (como no momento em que Jodie primeiro vê Hanny, e ele parece estar atrás de um batente, como que a convidando para entrar); a visão na perspectiva das personagens, muito útil para o clima de suspense na cena de "perseguição" na casa do assassino, e por aí vai. Creio que a atuação é tão exaltada por ter sido captada da melhor forma possível, totalmente dentro da proposta do filme.
A séria é obviamente voltada ao público adolescente, com intrigas amorosas e agilidade no desenvolvimento do enredo. O que pode ser decepcionante (foi um pouco para mim), mas divertido ainda e gostoso de assistir. É difícil lidar com o ambiente industrial, mas a ideia é interessante e bem estilizada. As referência à Lenda de Aang são inúmeras e um tanto nostálgicas. Gosto das críticas sociais, embora eles pudessem desenvolvê-las de forma mais madura. Há dilemas em que você fica tentando se posicionar e não é tão simples, até porque política não é; o que é interessante por fugir da simplicidade maniqueista da lenda de Aang. Essa temporada foi pouquíssimo espiritual, o que pode desagradar os apreciadores do Aang, mas creio que isso vá melhorar. Enfim, embora contenha deficiências, é ainda um deleite.
Ó, eu fiquei com vontade de expor o que achei que aconteceu no final, então é só pra quem tiver visto o filme (inclusive, pra quem não viu, vai lá, o filme é do caralho).
O que eu acho é que a mulher que é morta pela Em também não é daquela realidade originalmente, já que a moça original liga para o marido no dia seguinte. Penso que a Em que fez a ligação não chegou a ir para a festa, até porque o telefone dela não quebrou (já que ligou para o marido do próprio número). Acho que uma Em de uma realidade mais adiantada (do que a Em que acompanhamos) foi checar as casas e escolheu aquela porque não tinha a "outra" ela, e ficou lá de boa até a Em que acompanhamos aparecer e matá-la.
Aí fica a pergunta: por que então a Em morta desapareceu daquela realidade e a Em que acompanhamos não? Acho que a Em morta desaparece para que não haja o paradoxo de duas versões da mesma pessoa nessa realidade e que a Em assassina não desaparece porque o meteoro só atingiu dessa forma uma pequena região (os exemplos que eles deram de outros meteoros também foram com poucas pessoas, numa área específica). Como a Em que liga para o marido estava longe daquela parte, o meteoro não a considerou, por assim dizer; porque naquela realidade e -naquela região- não haviam duas Em's, permitindo que a Em assassina permanecesse.
Abril Despedaçado
4.2 673É difícil passar por ele, justamente porque cumpre com a proposta. Bom de verdade.
Doctor Who (11ª Temporada)
3.8 71só não entendi por que não houve preocupação alguma ao longo da temporada com o figurino dos companions. passei raiva toda vez (e foi toda vez) que eles não se vestiram de acordo com a época/local que visitaram.
Maniac
3.8 261 Assista AgoraA série é muito bem produzida, original e fechadinha, mas acho que a maioria dos episódios falha em engajar quem assiste. Há pequenas linhas narrativas que permeiam a história principal que até têm temáticas criativas mas não são elaboradas o suficiente para que nos interessemos por elas.
(e há um total de zero motivos para os principais serem retratados como um casal nas narrativas iniciais)
Neon Genesis Evangelion
4.5 330 Assista Agoraos japoneses sempre tão muito à frente do nosso tempo na relação tecnologia+humano
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraÉ complicado esse tipo de situação em que você tem roteiro e direção de arte tão discrepantes em qualidade. O roteiro aqui não é de todo mal, mas só mediano.
Fica a questão: o que faz um filme? Eu tô na mesma situação que estive diante de Star Wars ou de Kubo; adianta a produção excepcional se o roteiro é fraco? O cinema é sobre qualidade visual? Talvez seja para a indústria cultural, mas enquanto arte, acho que deva ir além... Tive a oportunidade de ver esse filme no cinema, e a telona grande não compensou o lugar-comum da narrativa. É isso.
The OA (Parte 1)
4.1 980 Assista AgoraDentro da literatura, nós chamamos de "fantástica" (quanto ao gênero) a narrativa que apresenta eventos estranhos/anormais dos quais não conseguimos discernir a causa - se real ou sobrenatural; permitindo que decidamos no que acreditar. Um excelente exemplo desse tipo de narrativa no cinema é O Labirinto do Fauno. Creio que esse seja o caso desta série, pelo menos nesta temporada, e gosto disso.
Você descobre se abraçou ou não a história quando é impelido a escolher, justamente nos momentos finais, no que acreditar. É como se a série pusesse nossa crença (e mesmo nossa compaixão) à prova como pôs a dos cinco ajudantes de OA.
Não gostei muito da estilização das outras dimensões; mas, fora isso, me deleitei sinceramente com a narrativa. Afinal, o que importa mais é o processo, já que o fim cabe à subjetividade do telespectador.
O Silêncio dos Inocentes
4.4 2,8K Assista AgoraAcho que além da atuação impecável do Hopkins, a direção é excelente no que diz respeito à câmera:
os closes, que conferem certa gravidade aos diálogos (principalmente) e às impressões das personagens; o enquadramento (como no momento em que Jodie primeiro vê Hanny, e ele parece estar atrás de um batente, como que a convidando para entrar); a visão na perspectiva das personagens, muito útil para o clima de suspense na cena de "perseguição" na casa do assassino, e por aí vai.
Creio que a atuação é tão exaltada por ter sido captada da melhor forma possível, totalmente dentro da proposta do filme.
Avatar: A Lenda de Korra (1ª Temporada)
4.2 333 Assista AgoraA séria é obviamente voltada ao público adolescente, com intrigas amorosas e agilidade no desenvolvimento do enredo. O que pode ser decepcionante (foi um pouco para mim), mas divertido ainda e gostoso de assistir.
É difícil lidar com o ambiente industrial, mas a ideia é interessante e bem estilizada.
As referência à Lenda de Aang são inúmeras e um tanto nostálgicas.
Gosto das críticas sociais, embora eles pudessem desenvolvê-las de forma mais madura. Há dilemas em que você fica tentando se posicionar e não é tão simples, até porque política não é; o que é interessante por fugir da simplicidade maniqueista da lenda de Aang.
Essa temporada foi pouquíssimo espiritual, o que pode desagradar os apreciadores do Aang, mas creio que isso vá melhorar.
Enfim, embora contenha deficiências, é ainda um deleite.
Coerência
4.0 1,3K Assista AgoraÓ, eu fiquei com vontade de expor o que achei que aconteceu no final, então é só pra quem tiver visto o filme (inclusive, pra quem não viu, vai lá, o filme é do caralho).
O que eu acho é que a mulher que é morta pela Em também não é daquela realidade originalmente, já que a moça original liga para o marido no dia seguinte. Penso que a Em que fez a ligação não chegou a ir para a festa, até porque o telefone dela não quebrou (já que ligou para o marido do próprio número). Acho que uma Em de uma realidade mais adiantada (do que a Em que acompanhamos) foi checar as casas e escolheu aquela porque não tinha a "outra" ela, e ficou lá de boa até a Em que acompanhamos aparecer e matá-la.
Aí fica a pergunta: por que então a Em morta desapareceu daquela realidade e a Em que acompanhamos não? Acho que a Em morta desaparece para que não haja o paradoxo de duas versões da mesma pessoa nessa realidade e que a Em assassina não desaparece porque o meteoro só atingiu dessa forma uma pequena região (os exemplos que eles deram de outros meteoros também foram com poucas pessoas, numa área específica). Como a Em que liga para o marido estava longe daquela parte, o meteoro não a considerou, por assim dizer; porque naquela realidade e -naquela região- não haviam duas Em's, permitindo que a Em assassina permanecesse.
É isso.