É um belo representante dos "filmes de natal". Leve, engraçado, romântico e com um final feliz. Interessante notar o bom trabalho do roteiro que apresenta um a um os clichês da família margarina, para ao final desnudar cada personagem como aquilo que realmente são: imperfeitos. Não é inovador em termos de storytelling, mas é eficiente. Um bom filme para relaxar e sentir-se feliz - se você não for homofóbico.
Talvez um dos retratos mais verdadeiros sobre a vida de uma mulher lésbica, pobre, embrutecida e invisibilizada no século XIX, em contraste com a de uma mulher rica, que apesar do patriarcado tem direito a alguma "liberdade" (vide o beijo diante da empregada nos minutos finais). É um filme onde a atmosfera é pesada por tudo que não é dito, mas que quando é saem em palavras duras, secas, diretas. Um filme feito para sentir. Cada olhar, expressão e gesto feito ou reprimido grita algo sobre as personagens e sobre sua relação. Não diria que é um filme espetacular. Mas é poético, verdadeiro e até surpreendentemente otimista em seu final.
Filme plasticamente bonito e bem feito, porém sem alma. O roteiro não consegue incluir o expectador na jornada da personagem. Liu Yifei é uma atriz inexpressiva, que não entrega quase nenhuma emoção. O filme passa pelo expectador sem despertar nada, nem sequer ódio pela produção.
Como filme, "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" daria um ótimo livro. J.K Rowling é uma excelente escritora, mas não boa roteirista. Há várias cenas e diálogos que para o cinema são mais do que desnecessários, especialmente nos primeiros 30min iniciais. O filme parece estar sempre a começar, sem nunca de fato ingressar. Nem a primorosa e confortável direção de David Yates conseguem fazer algo pelo roteiro monótono, até os minutos finais. Guardadas para até o último minuto, as reviravoltas e revelações são vomitadas pelos personagens uma atrás da outra, sem tempo para que o espectador as processe direito. O filme só não é de todo ruim porque os personagens são carismáticos e bem interpretados e o mundo bruxo construído por J.K Rowling continua atraente. O saudosismo a Harry Potter garante uma nostalgia capaz de acalentar o coração dos fãs e manter seu interesse. Mas essa virtude é também seu grande defeito.
Mas temos aqui dois filmes em um (o telespectador sabe exatamente onde termina um e começa o outro filme). A progressão narrativa do primeiro é melhor que a do segundo, que passa a recorrer a seguidos plot twist para tentar manter o público engajado com a obra. A repetição apesar de cansar, funciona. Falta também para a segunda parte uma sensação maior de perigo para as personagens. É um filme leve, divertido, com um ótimo elenco e uma história dentro do esperado.
Definitivamente Sebastián Lelio tem sensibilidade para dirigir histórias femininas! Este filme é tecnicamente impecável - o roteiro tem diálogos precisos para cada cena; trilha sonora astuciosamente utilizada (destaque para "Lovesong"); a atmosfera desconfortante e claustrofóbica; termina na nota certa. Tanto a Rachel McAdams quanto Weisz estão ótimas, mas o filme é, sem dúvida, da McAdams. Ela faz um excelente trabalho de transmitir toda a emoção de uma mulher agonizando sobre sua situação existencial, mesmo quando não faz uso da fala.
A história do professor Marston é instigante e desperta curiosidade. Mas a direção teve medo de pesar um pouco a mão e com isso criou um filme raso. Que mergulha superficialmente na história e na repercussão do que deseja contar, mesmo tendo a seu dispor um trio de atores afinado e entregues a proposta. Tecnicamente esquecível, cronologicamente confuso, repleto de cortes secos.
O diretor finalmente acerta no ritmo do filme – é definitivamente um filme de resgate -, mas peca em todos os demais aspecto. Trata-se de um filme extremamente cansativo e previsível pela quantidade de casualidades, conveniências e clichês que acontecem e se avolumam, especialmente, no ato final. As atuações são mais que esquecíveis. O desfecho por sua vez é patético e nada verossímil (e mesmo no campo da ficção requer-se um pouco de verossimilhança). A trilogia termina fingindo que está tudo bem com o planeta terra, quando evidentemente não está e não pode ficar. Quem puder, apenas, evite.
Eu diria que o primeiro ato é irretocável. Sunny Pawar além de fofo consegue do alto dos seus 8 anos leva a primeira metade do filme nas costas. Garth Davis é um diretor que precisamos ficar de olho. Ele demonstra potencial, já que o primeiro ato tem ritmo e é envolvente. Mas peca demais no segundo ato. O filme fica confuso, atropelado - o engajamento do personagem na busca pela família passa de 0 a 100 em um estalo. Rooney Mara - ótima atriz, digo de passagem - é totalmente desperdiçada pelo roteiro. Se não estivesse ali nem sentiríamos sua falta. O bom ritmo e envolvimento só retornam nas cenas finais, onde litros de lágrimas são derramadas de um lado e do outro da tela.
Eita filme que soube trabalhar a nostalgia. "How does a moment last forever", nova canção de Celine Dion para essa produção é a descrição perfeita do que o espectador sente do começo ao fim. As cenas parecem voar na tela enquanto nosso desejo é sempre que elas durem um pouco mais. Ao mesmo tempo, o diretor brinca com nossa ansiedade - os segundos para o início de "bonjour" parecem nesse filme uma eternidade. Fiel ao desenho e adaptado na medida para nosso tempo. As atuações são, ok. A computação talvez seja o grande problema desse filme - Emma nitidamente olha para o nada na cena do jantar preparado por Lumière, entre outras coisas. Recomendo.
Mel Gibson podia produzir filmes com mais frequência. Ele realmente é bom nisso. Um diretor que sabe conduzir seus atores, dar ritmo a narrativa e que não tem mão leve, seus filmes são sempre realísticos. Quem não tem estômago, nem assista. Há bastante tripas voando nas sequências de batalha. Andrew Garfield me surpreendeu, sua indicação ao óscar é merecida. Quanto a história que é contada, uma única palavra a respeito: impressionante.
Que filme! Todo mundo sabe que a Julianne Moore é uma excelente atriz e aqui ela não decepciona. Diante da presença dela até a sempre apática atuação de Kristen Stewart ganha vida. A história não há nem o que falar, emocionante e trágica.
Ação não é meu gênero preferido, mas esse filme é sem dúvida um dos meus favoritos. Não sei como esse filme não ganhou o oscar de melhor filme, acho que foi a única categoria que ele não levou. O roteiro eu não achei nada demais, mas o ritmo é frenético e envolvente. A trilha e os efeitos completam toda a experiência. Arrependo-me de não tê-lo visto nos cinemas, portanto, quem for assistir, assista na maior tela a seu alcance.
Que direção precisa e delicada da Anna Muylaert. Coloca o dedo na ferida sem ser massante e arrastado. Regina Casé está brilhante, me surpreendeu. Recomendo, recomendo e recomendo.
Finalmente um diretor que sobre extrair de Keira Knightley uma interpretação verdadeira. A prova de que tudo que alguns artistas precisam é de um bom diretor.
Sandra Bullock provou que é uma atriz séria. Um filme que precisa ser assistido numa sala escura, com som alto, de preferência. Se assim for, a sensação que você sentirá é a mesma da personagem, certeza.
Usou ficção científica como desculpa para filosofar. Sacada inteligente! Filme intrigante, prende o espectador. Amy Adams é uma ótima atriz, ainda bem que os diretores começaram a perceber isso.
Natalie Portman mais uma vez mostra que é uma atriz de primeira. Estudou cada milímetro da personagem. O diretor, contudo, não deixa o espectador entrar na história. Quando finalmente nos envolvemos com os flashbacks, o filme retorna para um presente onde Jackie dá uma entrevista enfadonha e tediosa a um jornalista.
Alguém Avisa?
3.5 340 Assista AgoraÉ um belo representante dos "filmes de natal". Leve, engraçado, romântico e com um final feliz. Interessante notar o bom trabalho do roteiro que apresenta um a um os clichês da família margarina, para ao final desnudar cada personagem como aquilo que realmente são: imperfeitos. Não é inovador em termos de storytelling, mas é eficiente. Um bom filme para relaxar e sentir-se feliz - se você não for homofóbico.
Ammonite
3.6 244 Assista AgoraTalvez um dos retratos mais verdadeiros sobre a vida de uma mulher lésbica, pobre, embrutecida e invisibilizada no século XIX, em contraste com a de uma mulher rica, que apesar do patriarcado tem direito a alguma "liberdade" (vide o beijo diante da empregada nos minutos finais). É um filme onde a atmosfera é pesada por tudo que não é dito, mas que quando é saem em palavras duras, secas, diretas. Um filme feito para sentir. Cada olhar, expressão e gesto feito ou reprimido grita algo sobre as personagens e sobre sua relação. Não diria que é um filme espetacular. Mas é poético, verdadeiro e até surpreendentemente otimista em seu final.
Mulan
3.2 1,0K Assista AgoraFilme plasticamente bonito e bem feito, porém sem alma. O roteiro não consegue incluir o expectador na jornada da personagem. Liu Yifei é uma atriz inexpressiva, que não entrega quase nenhuma emoção. O filme passa pelo expectador sem despertar nada, nem sequer ódio pela produção.
Animais Fantásticos - Os Crimes de Grindelwald
3.5 1,1K Assista AgoraComo filme, "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" daria um ótimo livro. J.K Rowling é uma excelente escritora, mas não boa roteirista. Há várias cenas e diálogos que para o cinema são mais do que desnecessários, especialmente nos primeiros 30min iniciais. O filme parece estar sempre a começar, sem nunca de fato ingressar. Nem a primorosa e confortável direção de David Yates conseguem fazer algo pelo roteiro monótono, até os minutos finais. Guardadas para até o último minuto, as reviravoltas e revelações são vomitadas pelos personagens uma atrás da outra, sem tempo para que o espectador as processe direito. O filme só não é de todo ruim porque os personagens são carismáticos e bem interpretados e o mundo bruxo construído por J.K Rowling continua atraente. O saudosismo a Harry Potter garante uma nostalgia capaz de acalentar o coração dos fãs e manter seu interesse. Mas essa virtude é também seu grande defeito.
Oito Mulheres e um Segredo
3.6 1,1K Assista AgoraMas temos aqui dois filmes em um (o telespectador sabe exatamente onde termina um e começa o outro filme). A progressão narrativa do primeiro é melhor que a do segundo, que passa a recorrer a seguidos plot twist para tentar manter o público engajado com a obra. A repetição apesar de cansar, funciona. Falta também para a segunda parte uma sensação maior de perigo para as personagens. É um filme leve, divertido, com um ótimo elenco e uma história dentro do esperado.
Desobediência
3.7 721 Assista AgoraDefinitivamente Sebastián Lelio tem sensibilidade para dirigir histórias femininas! Este filme é tecnicamente impecável - o roteiro tem diálogos precisos para cada cena; trilha sonora astuciosamente utilizada (destaque para "Lovesong"); a atmosfera desconfortante e claustrofóbica; termina na nota certa. Tanto a Rachel McAdams quanto Weisz estão ótimas, mas o filme é, sem dúvida, da McAdams. Ela faz um excelente trabalho de transmitir toda a emoção de uma mulher agonizando sobre sua situação existencial, mesmo quando não faz uso da fala.
Professor Marston e as Mulheres Maravilhas
3.9 172 Assista AgoraA história do professor Marston é instigante e desperta curiosidade. Mas a direção teve medo de pesar um pouco a mão e com isso criou um filme raso. Que mergulha superficialmente na história e na repercussão do que deseja contar, mesmo tendo a seu dispor um trio de atores afinado e entregues a proposta. Tecnicamente esquecível, cronologicamente confuso, repleto de cortes secos.
Maze Runner: A Cura Mortal
3.3 564 Assista AgoraO diretor finalmente acerta no ritmo do filme – é definitivamente um filme de resgate -, mas peca em todos os demais aspecto. Trata-se de um filme extremamente cansativo e previsível pela quantidade de casualidades, conveniências e clichês que acontecem e se avolumam, especialmente, no ato final. As atuações são mais que esquecíveis. O desfecho por sua vez é patético e nada verossímil (e mesmo no campo da ficção requer-se um pouco de verossimilhança). A trilogia termina fingindo que está tudo bem com o planeta terra, quando evidentemente não está e não pode ficar. Quem puder, apenas, evite.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraEu diria que o primeiro ato é irretocável. Sunny Pawar além de fofo consegue do alto dos seus 8 anos leva a primeira metade do filme nas costas. Garth Davis é um diretor que precisamos ficar de olho. Ele demonstra potencial, já que o primeiro ato tem ritmo e é envolvente. Mas peca demais no segundo ato. O filme fica confuso, atropelado - o engajamento do personagem na busca pela família passa de 0 a 100 em um estalo. Rooney Mara - ótima atriz, digo de passagem - é totalmente desperdiçada pelo roteiro. Se não estivesse ali nem sentiríamos sua falta. O bom ritmo e envolvimento só retornam nas cenas finais, onde litros de lágrimas são derramadas de um lado e do outro da tela.
A Bela e a Fera
3.9 1,6KEita filme que soube trabalhar a nostalgia. "How does a moment last forever", nova canção de Celine Dion para essa produção é a descrição perfeita do que o espectador sente do começo ao fim. As cenas parecem voar na tela enquanto nosso desejo é sempre que elas durem um pouco mais. Ao mesmo tempo, o diretor brinca com nossa ansiedade - os segundos para o início de "bonjour" parecem nesse filme uma eternidade. Fiel ao desenho e adaptado na medida para nosso tempo. As atuações são, ok. A computação talvez seja o grande problema desse filme - Emma nitidamente olha para o nada na cena do jantar preparado por Lumière, entre outras coisas. Recomendo.
Até o Último Homem
4.2 2,0K Assista AgoraMel Gibson podia produzir filmes com mais frequência. Ele realmente é bom nisso. Um diretor que sabe conduzir seus atores, dar ritmo a narrativa e que não tem mão leve, seus filmes são sempre realísticos. Quem não tem estômago, nem assista. Há bastante tripas voando nas sequências de batalha. Andrew Garfield me surpreendeu, sua indicação ao óscar é merecida. Quanto a história que é contada, uma única palavra a respeito: impressionante.
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraQue filme! Todo mundo sabe que a Julianne Moore é uma excelente atriz e aqui ela não decepciona. Diante da presença dela até a sempre apática atuação de Kristen Stewart ganha vida. A história não há nem o que falar, emocionante e trágica.
Mad Max: Estrada da Fúria
4.2 4,7K Assista AgoraAção não é meu gênero preferido, mas esse filme é sem dúvida um dos meus favoritos. Não sei como esse filme não ganhou o oscar de melhor filme, acho que foi a única categoria que ele não levou. O roteiro eu não achei nada demais, mas o ritmo é frenético e envolvente. A trilha e os efeitos completam toda a experiência. Arrependo-me de não tê-lo visto nos cinemas, portanto, quem for assistir, assista na maior tela a seu alcance.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraQue direção precisa e delicada da Anna Muylaert. Coloca o dedo na ferida sem ser massante e arrastado. Regina Casé está brilhante, me surpreendeu. Recomendo, recomendo e recomendo.
Um Método Perigoso
3.5 1,1KFinalmente um diretor que sobre extrair de Keira Knightley uma interpretação verdadeira. A prova de que tudo que alguns artistas precisam é de um bom diretor.
Desejo e Reparação
4.1 1,5K Assista AgoraFilme adaptado da obra de Ian McEwan, um escritor que gosta de manipular o leitor. Logo, a força do filme está na história contada, e que história!
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraSandra Bullock provou que é uma atriz séria. Um filme que precisa ser assistido numa sala escura, com som alto, de preferência. Se assim for, a sensação que você sentirá é a mesma da personagem, certeza.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4KUm filme que fala sobre encontrar a beleza mesmo nas adversidades.
Foi Apenas um Sonho
3.6 1,3K Assista AgoraUm filme inesquecível. Recheado de tensão. Grandes interpretações de Jack e Rose - digo, Kate e Leo.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraAviso: esse filme causa palpitações.
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista AgoraUma ótima pedida para aquele momento "Sessão da Tarde". Leve, gostoso e engaçado.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraUsou ficção científica como desculpa para filosofar. Sacada inteligente! Filme intrigante, prende o espectador. Amy Adams é uma ótima atriz, ainda bem que os diretores começaram a perceber isso.
La La Land: Cantando Estações
4.1 3,6K Assista AgoraUau! O roteiro não tem nada de original, mas esse filme é de uma perfeição técnica! E o melhor, termina na nota certa.
Jackie
3.4 739 Assista AgoraNatalie Portman mais uma vez mostra que é uma atriz de primeira. Estudou cada milímetro da personagem. O diretor, contudo, não deixa o espectador entrar na história. Quando finalmente nos envolvemos com os flashbacks, o filme retorna para um presente onde Jackie dá uma entrevista enfadonha e tediosa a um jornalista.