Últimas opiniões enviadas
-
Menina Má.Com
1,2K
-
Trata-se de uma crítica social muito bem construída sobre objetificação - de tudo, especialmente relacionamentos.
O "amor" de Jon e Barbara é extremamente superficial - eles próprios são extremamente superficiais, objetificando tudo, inclusive o amor objetificado que Barbara vê nos filmes românticos dela -, tratando-se apenas de um tratando o outro como um objeto, moldando-o do jeito que eles gostariam que fosse. Eles não se gostam de verdade, eles gostam da imagem que fazem um do outro, o que fica claro em cenas como Barbara proibindo o Jon de limpar a própria casa, coisa que ele aprecia e não tem nada de errado, diferentemente do porn, ou a cena dela questionando-o por ele rezar enquanto faz exercícios. Claramente, quanto mais juntos eles estão, menos o Jon é o Jon, e nem ele tem consciência disso; ele tenta explicar a situação mentindo para os amigos e pra si mesmo, tentando fugir da realidade nada agradável. A presença da Esther na história é crucial pra mostrar o outro lado da história, o lado não objetificador, o lado que não é uma mentira. Ela conhece o Jon verdadeiro, que fica irritado com pequenas coisas, que é viciado em porn, e gosta dele assim, como o Jon. Eventualmente ele sente o mesmo por ela, espontaneamente, mostrando como é um amor não objetificado: sem rótulos, sem cobranças, sem pressão, com espaço pra cada um ser o que realmente é, sem necessidade de mudança ou fingimento.
Jon termina como um cara maduro, que consegue ver como Barbara objetifica "seus homens" (em antítese a "my girl" do Jon), pára de malhar seu corpo pela aparência e decide se envolver em algo mais prazeroso como o basquete, questiona a superficialidade de sua igreja (note que eu estou falando da igreja em especial, não da religião), prefere comer uma pizza com os amigos à caçar garotas em baladas, enfim, pára de viver pela superficialidade de objetificar e começa a perceber do que realmente tem vontade.
Joseph Gordon-Levitt escreveu um filme bastante maduro e crítico. Não é uma comédia romântica, mas sem dúvida a primeira metade do filme é de arrancar risadas com tamanha escrotidão dos personagens. Para ver esse filme a partir do senso comum, é preciso deixar descontruir-se.
Últimos recados
-
Filmow
O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!
Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)
Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
Boa sorte! :)* Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/
Excelente filme, com certeza o melhor da Ellen Page, mas não é para todo mundo. É um filme infinitamente crítico, mas só é bem entendido se você já faz ideia do quão machista a sociedade é. Se você não sabe quem é Hayley, de onde ela vem, porque quer vingar Donna, recomendo uma boa dose de feminismo pra entender.