Não a toa o personagem do William Defoe é chamado de "God".
Fala a respeito de liberdade sob a ótica da não aceitação da convenção social. Quem somos nós, senão meros bonecos das etiquetas e dos salamaleques sociais, recheados de deveres (o que dizer; como agir; etc).
Quem somos nós, senão pobres criaturas?
Sem dúvidas a Emma Stone mereceu o Oscar que recebeu por interpretar a Bella.
Eu gostei muito e tem todos os elementos de um filme do gênero, embora as músicas não sejam assim tão boas. Figurino, efeitos especiais, maquiagem e direção muito boas. É um filme lúdico... poético... mas ao mesmo com todas reviravoltas de um roteiro redondamente clichê.
Eu sou apaixonado pelo Timothée Chalamet e ele mais uma vez arrasou na pele do Wily Wonka. Muito bom (embora tenha sido estranhíssimo ver o Hugh Grant na pele de um Oompa-Loompa). Olivia Colman maravilhosa também.
O filme tem muitos pontos positivos: a interpretação do Joaquin Phoenix, as difíceis cenas das batalhas (que foram feitas com um realismo que tira seu fôlego numa direção mais uma vez primorosa do Scott), sem falar na maquiagem/figurino e outros aspectos técnicos como iluminação e continuidade.
Mas, o filme também tem problemas: senti falta de atores franceses falando francês; acho que a edição "apressada" deixou passar fatos históricos importantes e se aprofundou muito pouco em aspectos políticos que são essenciais para a compreensão da figura do Napoleão, em detrimento de um romance igualmente pouco explorado com a Josephine.
Napoleão é uma figura épica demais para ser contada em apenas 2h40 (se fosse um filme dirigido pelo Scorsese teria umas 4h facilmente), até porque o eventos políticos franceses naquele período mereciam ser contados direito. Talvez a história fosse devidamente contada se fosse uma série.
Bem dirigido, bem colorido, com boas atuações e um roteiro que tenta passar uma mensagem super importante de empoderamento feminino sem necessariamente colocar o masculino num lugar desagradável. Faltou um pouco de profundidade na abordagem, mas esse não era o objetivo do filme, que tinha a função de ser divertido, entreter e nos levar para a Barbieland.
Senti que existiram alguns trechos confusos e até desnecessários,
Eu já havia assistido "O Sacrifício do Cervo Sagrado" do mesmo diretor, então já esperava uma história esquisita. É difícil fazer uma avaliação minimamente assertiva de um filme com um roteiro desses.
"O Lagosta" é um mix de drama e comédia que deságua na bizarrice. A premissa do filme é realmente original e ele vai se desenvolvendo bem até determinado ponto. E é preciso entender que o que acontece a partir de certa altura da trama é, tão somente, resultado das escolhas que as personagens fazem para simplesmente sobreviver ao sistema. Tem um "quê" de "O Conto da Aia", da de Margaret Atwood.
O final diz muito mais sobre nós mesmos e o que teríamos feito naquela situação do que sobre as personagens em si.
Mesmo assim, ainda acho "O Sacrifício do Cervo Sagrado" bem melhor.
Que filme difícil. Eu fiquei tenso, angustiado, frustrado, irritado, com medo, piedade e tantos outros sentimentos que é difícil descrever. Acho que carregaram muito no realismo do longa. A cena do acidente, em si, é de longe uma das melhores e mais terríveis que eu já vi fazerem no cinema, mas aquilo era apenas o início...
Afinal, quando você pensa que todos os eventos ruins já haviam acontecido, uma nova sequência de acontecimentos trágicos te deixa sem fôlego e você é obrigado a aceitar, resignado, que aquela foi a realidade daquelas pessoas sujeitas às intempéries das montanhas geladas dos andes. A cada morte (lenta ou rápida) registrada na tela meu estômago dava uma revirada...
E o pior de tudo isso é pensar que, apesar da dose cavalar de drama que o cinema impõe, o filme não é de um roteiro ficcional. Que aquilo realmente aconteceu.
E ainda há espaço para um debate filosófico acerca da sobrevivência e do quão forte pode ser o homem na busca por manter-se vivo a qualquer custo.
Olha... Dos filmes na corrida pelo Oscar esse foi o melhor que eu já vi até agora.
Acho que o filme tem coisas muito boas. Não vi defeito algum na interpretação do Bradley Cooper que de fato encarnou o Leonard Bernstein. Apesar disso, acho que a Carey Mulligan merece ainda mais créditos pela Felícia Montealegre, mesmo que o longa não tenha se aprofundado assim nos seus dramas.
A cena em que eles discutem no quarto, no dia do desfile de ação de graças, é uma das melhores do filme. Senão a melhor e mais profunda dele.
Acho também que o figurino e fotografia estão excelentes. Na parte noir dá pra ver que o diretor tentou imprimir um tom meio "belle époque" ou "golden era" do cinema estadunidense. Tudo ali parece ter sido feito de forma meticulosa para agradar à academia - e ele realmente conseguiu chamar a atenção, não é mesmo?
Se você consegue sobreviver aos primeiros 30 minutos, percebe uma melhora da narrativa na última hora e meia, mas eu endosso o coro de que faltou profundidade e uma dose de emoção em um bocado de tomadas.
Scorsese e seus filmes de mais de 3h de duração. Já estamos acostumados.
O roteiro é muito bom. Muito profundo. Relata o estadunidense do oeste e sua sanha por dinheiro. A duração do filme nos faz mergulhar detalhadamente naquela realidade e nos identificamos (com indignação, pena ou resignação) com o povo Osage.
As cenas de ação são muito bem feitas e, ao contrário do que me aconteceu em 2019 com "O Irlandês" do mesmo diretor, eu em nenhum momento senti a narrativa lenta ou cansativa. Em outras palavras: não fiquei com vontade de dormir - e isso significa muito para qualquer espectador.
Destaque para um trio de atuações impecáveis: Leonardo DiCaprio mais que convincente, Robert De Niro num de seus melhores momentos no cinema, mas principalmente Lily Gladstone em um papel que parece dificílimo de interpretar.
Tanto a Olivia Colman, a Emma Stone e a Rachel Weisz estão irrepreensíveis em seus papéis e entregam tudo numa história envolvente e que te deixa muitas vezes confuso e desconfortável (e talvez por isso mesmo o longa seja tão genial).
Figurino e direção igualmente impecáveis. Valeu a pena todas as indicações recebidas pelo Oscar, e a vitória da Olivia Colman foi muito justa.
Pra quem é fã de música e do legado do Michael Jackson, como eu, assistir a esse documentário só deixa claro o quão profunda era a sua criatividade e como houve um alinhamento interplanetário com outras estrelas da música pop durante aquela que, pra mim, foi a melhor década da música mundial.
O documentário vai fundo em detalhes que nunca mais me farão assistir o videoclipe de We Are The World com os mesmos olhos: me refiro ao Al Jarreau bêbado; a Cyndi Lauper tendo que tirar os seus adereços; o nervosismo do Bob Dylan e a expectativa para a chegada do Prince (que não se confirmou), entre outras coisas...
Eu confesso não ter visto outros documentários a respeito dessa que foi uma verdadeira epopeia do pop. Todo mundo em algum momento da vida ouviu algum daqueles artistas e vê-los todos juntos naquela iniciativa só mostra que a música é aquela coisa intangível mas de uma profundidade ímpar, que nos traz sensações difíceis de descrever.
No fim do documentário eu me emocionei com as declarações do Lionel Richie, que gravou o documentário dentro do estúdio onde tudo aconteceu, indicando a posição de cada um daquelas lendas da música, mas sobretudo com a lista dos artistas creditados "em memória".
O tempo não retrocede, é cruel e implacável, mas felizmente os registros ficarão para a posteridade e serão remasterizados uma centena de vezes para que a humanidade nunca se esqueça da noite de 29 de janeiro de 1985.
Esse é o tipo de documentário que eu quero reassistir, inclusive, de tão fantástico que é.
Sempre tive curiosidade em saber o que é que se discutiu atrás das portas, nos bunkers e nos gabinetes do alto escalão do governo americano durante os eventos do 11 de setembro.
Esse documentário foi a oportunidade perfeita para sanar as minhas dúvidas. Em resumo ninguém sabia direito o que fazer, reclamavam da falta de informação e o bunker de crise da Casa Branca ainda era da época da Guerra Fria.
Deixa claro que a realidade é infinitamente distante dos filmes ou séries de Hollywood, onde há todo um protocolo rígido e que tudo fica bem no final.
Os depoimentos foram límpidos e ninguém fez questão de esconder as dificuldades e os erros cometidos naquele dia. Não teve passada de pano. Muito bom.
Água com açúcar, sim, mas imagine ter a Rainha da Dinamarca ajudando no figurino e ambientação? (Que, aliás, são os pontos fortes do filme). E precisamos admitir que o ator que faz o Cazotte se esforçou ao máximo para tentar cair nas graças de quem assiste - não deu muito certo, mas que ele tentou, tentou.
O primeiro é melhor porque trata-se de uma ambientação. Ali nós somos apresentados à colônia espiritual de Nosso Lar e descobrimos tudo junto com o espírito André Luiz.
Esse Nosso Lar 2 é mais denso e tenta trazer para as telas do cinema aquilo que se aprende ao ler as obras básicas do Espiritismo. Para quem tem alguma familiaridade com a doutrina, há uma compreensão maior sobre a mensagem que o filme gostaria de passar e ele é até bastante assertivo nos ensinamentos.
Não se trata de entretenimento puro e simples aqui, "Nosso Lar" é um filme à luz de uma determinada doutrina que, apesar de muito famosa no Brasil sobretudo por causa do Chico Xavier, ainda é minoritária em adeptos/praticantes, por isso o espanto da maioria das pessoas e as críticas negativas.
Apesar da belíssima mensagem e de o filme nos levar a conhecer mais profundamente a doutrina espírita, em certos momentos dá-se a impressão de que o telespectador já é conhecedor das leis de causa e efeito e de outros ensinamentos kardecistas. Para quem vai ao cinema e tem contato com o espiritismo a partir do filme, talvez pela primeira vez, e se depara com algo não tão "mastigado" assim, pode causar estranhamento. Mas, também penso que nem caberia ao filme ser excessivamente didático, porque se trata de uma continuação - e o primeiro filme já faz esse papel de ensinar, também.
Uma coisa que eu concordo é que os efeitos especiais diminuíram mesmo. A impressão que dá é de que o orçamento do filme diminuiu. Mesmo assim é um lindo filme e tem se revelado um verdadeiro sucesso de bilheteria. Nos faz refletir profundamente sobre a nossa existência e o que esperar depois de desencarnarmos (para quem acredita na doutrina, claro).
Ele é recheado de camadas e vai desde a luta dos mineiros, passando pela luta pelos direitos civis LGBT em um momento particularmente difícil da história por causa do HIV/AIDS, além de todas as questões envolvendo a relação entre comunidades e famílias. Apesar de todas essas coisas, tudo flui magnificamente bem.
O filme não é nem de longe cansativo ou enfadonho, e a narrativa é contada de um jeito ágil e divertido. Apesar de todas as dificuldades, o filme sempre tenta nos passar uma visão otimista, também, e acho que isso fez toda a diferença.
Tem política, humor e drama na medida certa.
Muito bom ver, também, o Dominic West e a Imelda Staunton juntos fora dos papéis de Príncipe Charles e Rainha Elizabeth.
O que mais me encanta nesses filmes é a fotografia. Que linda! Ao contrário dos dois anteriores, esse tem um tom muito mais voltado para o thriller. Curti muito.
Senti falta de músicas durante o filme, mas a dinâmica é bem boa. Mesmo assim, me pareceu que fizeram esse filme às pressas e não deram a ele o devido reconhecimento.
Um primor. Estilo Almodóvar na veia. Esse tem um "quê" a mais de falta de nexo salpicado de muito bom humor e loucura, mas as interpretações, fotografia e direção... Ah, cara, eu gosto demais dele.
É um bom thriller/suspense. Evidente que o Francis tem um problema seríssimo com a sua orientação sexual. Direção - e atuação - sempre muito boa do Dolan.
Assisti a esse filme ocasionalmente, zapeando pela Netflix. Curti muito o trailer e fui ver qual era. É um filme com doses certas de humor e drama. Superou minhas expectativas e abordou temas sensíveis de um jeito inteligente e inovador. Recomendo demais.
Linda fotografia, efeitos especiais simplesmente sensacionais e atuações incríveis - principalmente da Halle Bailey, que me surpreendeu, e da Melissa McCarthy, que eu gostei muito na pele da Úrsula - sem falar que as músicas nostálgicas nos levam diretamente à infância. Mas o filme tem defeitos. O fim da Ursula é bobo (a cena em si é péssima) e em alguns momentos o filme chega a ser enfadonho. E eu não gostei do Javier Bardem como Tritão. rs
Pobres Criaturas
4.2 1,1K Assista AgoraUma fábula de estilo "Frankenstein", mas com discussões morais/filosóficas/psicossociais profundas.
Não a toa o personagem do William Defoe é chamado de "God".
Fala a respeito de liberdade sob a ótica da não aceitação da convenção social. Quem somos nós, senão meros bonecos das etiquetas e dos salamaleques sociais, recheados de deveres (o que dizer; como agir; etc).
Quem somos nós, senão pobres criaturas?
Sem dúvidas a Emma Stone mereceu o Oscar que recebeu por interpretar a Bella.
Wonka
3.4 385 Assista AgoraEu gostei muito e tem todos os elementos de um filme do gênero, embora as músicas não sejam assim tão boas. Figurino, efeitos especiais, maquiagem e direção muito boas. É um filme lúdico... poético... mas ao mesmo com todas reviravoltas de um roteiro redondamente clichê.
Eu sou apaixonado pelo Timothée Chalamet e ele mais uma vez arrasou na pele do Wily Wonka. Muito bom (embora tenha sido estranhíssimo ver o Hugh Grant na pele de um Oompa-Loompa). Olivia Colman maravilhosa também.
Napoleão
3.1 321 Assista AgoraO filme tem muitos pontos positivos: a interpretação do Joaquin Phoenix, as difíceis cenas das batalhas (que foram feitas com um realismo que tira seu fôlego numa direção mais uma vez primorosa do Scott), sem falar na maquiagem/figurino e outros aspectos técnicos como iluminação e continuidade.
Mas, o filme também tem problemas: senti falta de atores franceses falando francês; acho que a edição "apressada" deixou passar fatos históricos importantes e se aprofundou muito pouco em aspectos políticos que são essenciais para a compreensão da figura do Napoleão, em detrimento de um romance igualmente pouco explorado com a Josephine.
Napoleão é uma figura épica demais para ser contada em apenas 2h40 (se fosse um filme dirigido pelo Scorsese teria umas 4h facilmente), até porque o eventos políticos franceses naquele período mereciam ser contados direito. Talvez a história fosse devidamente contada se fosse uma série.
Jogos de Amor
2.9 46 Assista AgoraÉ uma boa comédia romântica acima da média. É bom pra passar o tempo.
Barbie
3.9 1,6K Assista AgoraÉ um filme ok.
Bem dirigido, bem colorido, com boas atuações e um roteiro que tenta passar uma mensagem super importante de empoderamento feminino sem necessariamente colocar o masculino num lugar desagradável. Faltou um pouco de profundidade na abordagem, mas esse não era o objetivo do filme, que tinha a função de ser divertido, entreter e nos levar para a Barbieland.
Senti que existiram alguns trechos confusos e até desnecessários,
como a dança dos Kens
Ao fim e ao cabo é uma grande propaganda da Mattel.
O Lagosta
3.8 1,4K Assista AgoraEu já havia assistido "O Sacrifício do Cervo Sagrado" do mesmo diretor, então já esperava uma história esquisita. É difícil fazer uma avaliação minimamente assertiva de um filme com um roteiro desses.
"O Lagosta" é um mix de drama e comédia que deságua na bizarrice. A premissa do filme é realmente original e ele vai se desenvolvendo bem até determinado ponto. E é preciso entender que o que acontece a partir de certa altura da trama é, tão somente, resultado das escolhas que as personagens fazem para simplesmente sobreviver ao sistema. Tem um "quê" de "O Conto da Aia", da de Margaret Atwood.
O final diz muito mais sobre nós mesmos e o que teríamos feito naquela situação do que sobre as personagens em si.
Mesmo assim, ainda acho "O Sacrifício do Cervo Sagrado" bem melhor.
A Sociedade da Neve
4.2 713 Assista AgoraQue filme difícil. Eu fiquei tenso, angustiado, frustrado, irritado, com medo, piedade e tantos outros sentimentos que é difícil descrever. Acho que carregaram muito no realismo do longa. A cena do acidente, em si, é de longe uma das melhores e mais terríveis que eu já vi fazerem no cinema, mas aquilo era apenas o início...
Afinal, quando você pensa que todos os eventos ruins já haviam acontecido, uma nova sequência de acontecimentos trágicos te deixa sem fôlego e você é obrigado a aceitar, resignado, que aquela foi a realidade daquelas pessoas sujeitas às intempéries das montanhas geladas dos andes. A cada morte (lenta ou rápida) registrada na tela meu estômago dava uma revirada...
E o pior de tudo isso é pensar que, apesar da dose cavalar de drama que o cinema impõe, o filme não é de um roteiro ficcional. Que aquilo realmente aconteceu.
E ainda há espaço para um debate filosófico acerca da sobrevivência e do quão forte pode ser o homem na busca por manter-se vivo a qualquer custo.
Olha... Dos filmes na corrida pelo Oscar esse foi o melhor que eu já vi até agora.
Maestro
3.1 260Acho que o filme tem coisas muito boas. Não vi defeito algum na interpretação do Bradley Cooper que de fato encarnou o Leonard Bernstein. Apesar disso, acho que a Carey Mulligan merece ainda mais créditos pela Felícia Montealegre, mesmo que o longa não tenha se aprofundado assim nos seus dramas.
A cena em que eles discutem no quarto, no dia do desfile de ação de graças, é uma das melhores do filme. Senão a melhor e mais profunda dele.
Acho também que o figurino e fotografia estão excelentes. Na parte noir dá pra ver que o diretor tentou imprimir um tom meio "belle époque" ou "golden era" do cinema estadunidense. Tudo ali parece ter sido feito de forma meticulosa para agradar à academia - e ele realmente conseguiu chamar a atenção, não é mesmo?
Se você consegue sobreviver aos primeiros 30 minutos, percebe uma melhora da narrativa na última hora e meia, mas eu endosso o coro de que faltou profundidade e uma dose de emoção em um bocado de tomadas.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 608 Assista AgoraScorsese e seus filmes de mais de 3h de duração. Já estamos acostumados.
O roteiro é muito bom. Muito profundo. Relata o estadunidense do oeste e sua sanha por dinheiro. A duração do filme nos faz mergulhar detalhadamente naquela realidade e nos identificamos (com indignação, pena ou resignação) com o povo Osage.
As cenas de ação são muito bem feitas e, ao contrário do que me aconteceu em 2019 com "O Irlandês" do mesmo diretor, eu em nenhum momento senti a narrativa lenta ou cansativa. Em outras palavras: não fiquei com vontade de dormir - e isso significa muito para qualquer espectador.
Destaque para um trio de atuações impecáveis: Leonardo DiCaprio mais que convincente, Robert De Niro num de seus melhores momentos no cinema, mas principalmente Lily Gladstone em um papel que parece dificílimo de interpretar.
Filmaço. Valeu cada minuto.
A Favorita
3.9 1,2K Assista AgoraDifícil escolher quem está melhor no filme.
Tanto a Olivia Colman, a Emma Stone e a Rachel Weisz estão irrepreensíveis em seus papéis e entregam tudo numa história envolvente e que te deixa muitas vezes confuso e desconfortável (e talvez por isso mesmo o longa seja tão genial).
Figurino e direção igualmente impecáveis. Valeu a pena todas as indicações recebidas pelo Oscar, e a vitória da Olivia Colman foi muito justa.
A Noite que Mudou o Pop
4.2 156 Assista AgoraPra quem é fã de música e do legado do Michael Jackson, como eu, assistir a esse documentário só deixa claro o quão profunda era a sua criatividade e como houve um alinhamento interplanetário com outras estrelas da música pop durante aquela que, pra mim, foi a melhor década da música mundial.
O documentário vai fundo em detalhes que nunca mais me farão assistir o videoclipe de We Are The World com os mesmos olhos: me refiro ao Al Jarreau bêbado; a Cyndi Lauper tendo que tirar os seus adereços; o nervosismo do Bob Dylan e a expectativa para a chegada do Prince (que não se confirmou), entre outras coisas...
Eu confesso não ter visto outros documentários a respeito dessa que foi uma verdadeira epopeia do pop. Todo mundo em algum momento da vida ouviu algum daqueles artistas e vê-los todos juntos naquela iniciativa só mostra que a música é aquela coisa intangível mas de uma profundidade ímpar, que nos traz sensações difíceis de descrever.
No fim do documentário eu me emocionei com as declarações do Lionel Richie, que gravou o documentário dentro do estúdio onde tudo aconteceu, indicando a posição de cada um daquelas lendas da música, mas sobretudo com a lista dos artistas creditados "em memória".
O tempo não retrocede, é cruel e implacável, mas felizmente os registros ficarão para a posteridade e serão remasterizados uma centena de vezes para que a humanidade nunca se esqueça da noite de 29 de janeiro de 1985.
Esse é o tipo de documentário que eu quero reassistir, inclusive, de tão fantástico que é.
11 De Setembro: No Gabinete De Crise Do Presidente
3.8 5 Assista AgoraSempre tive curiosidade em saber o que é que se discutiu atrás das portas, nos bunkers e nos gabinetes do alto escalão do governo americano durante os eventos do 11 de setembro.
Esse documentário foi a oportunidade perfeita para sanar as minhas dúvidas. Em resumo ninguém sabia direito o que fazer, reclamavam da falta de informação e o bunker de crise da Casa Branca ainda era da época da Guerra Fria.
Deixa claro que a realidade é infinitamente distante dos filmes ou séries de Hollywood, onde há todo um protocolo rígido e que tudo fica bem no final.
Os depoimentos foram límpidos e ninguém fez questão de esconder as dificuldades e os erros cometidos naquele dia. Não teve passada de pano. Muito bom.
Ehrengard: A Ninfa do Lago
2.6 15 Assista AgoraÁgua com açúcar, sim, mas imagine ter a Rainha da Dinamarca ajudando no figurino e ambientação? (Que, aliás, são os pontos fortes do filme). E precisamos admitir que o ator que faz o Cazotte se esforçou ao máximo para tentar cair nas graças de quem assiste - não deu muito certo, mas que ele tentou, tentou.
Nosso Lar 2 - Os Mensageiros
3.1 75O primeiro é melhor porque trata-se de uma ambientação. Ali nós somos apresentados à colônia espiritual de Nosso Lar e descobrimos tudo junto com o espírito André Luiz.
Esse Nosso Lar 2 é mais denso e tenta trazer para as telas do cinema aquilo que se aprende ao ler as obras básicas do Espiritismo. Para quem tem alguma familiaridade com a doutrina, há uma compreensão maior sobre a mensagem que o filme gostaria de passar e ele é até bastante assertivo nos ensinamentos.
Não se trata de entretenimento puro e simples aqui, "Nosso Lar" é um filme à luz de uma determinada doutrina que, apesar de muito famosa no Brasil sobretudo por causa do Chico Xavier, ainda é minoritária em adeptos/praticantes, por isso o espanto da maioria das pessoas e as críticas negativas.
Apesar da belíssima mensagem e de o filme nos levar a conhecer mais profundamente a doutrina espírita, em certos momentos dá-se a impressão de que o telespectador já é conhecedor das leis de causa e efeito e de outros ensinamentos kardecistas. Para quem vai ao cinema e tem contato com o espiritismo a partir do filme, talvez pela primeira vez, e se depara com algo não tão "mastigado" assim, pode causar estranhamento. Mas, também penso que nem caberia ao filme ser excessivamente didático, porque se trata de uma continuação - e o primeiro filme já faz esse papel de ensinar, também.
Uma coisa que eu concordo é que os efeitos especiais diminuíram mesmo. A impressão que dá é de que o orçamento do filme diminuiu. Mesmo assim é um lindo filme e tem se revelado um verdadeiro sucesso de bilheteria. Nos faz refletir profundamente sobre a nossa existência e o que esperar depois de desencarnarmos (para quem acredita na doutrina, claro).
Orgulho e Esperança
4.3 291 Assista AgoraQue filme bom.
Ele é recheado de camadas e vai desde a luta dos mineiros, passando pela luta pelos direitos civis LGBT em um momento particularmente difícil da história por causa do HIV/AIDS, além de todas as questões envolvendo a relação entre comunidades e famílias. Apesar de todas essas coisas, tudo flui magnificamente bem.
O filme não é nem de longe cansativo ou enfadonho, e a narrativa é contada de um jeito ágil e divertido. Apesar de todas as dificuldades, o filme sempre tenta nos passar uma visão otimista, também, e acho que isso fez toda a diferença.
Tem política, humor e drama na medida certa.
Muito bom ver, também, o Dominic West e a Imelda Staunton juntos fora dos papéis de Príncipe Charles e Rainha Elizabeth.
Férias de Verão
2.3 6Bom pra passar o tempo.
A Noite das Bruxas
3.3 185O que mais me encanta nesses filmes é a fotografia. Que linda! Ao contrário dos dois anteriores, esse tem um tom muito mais voltado para o thriller. Curti muito.
Elementos
3.7 467Senti falta de músicas durante o filme, mas a dinâmica é bem boa. Mesmo assim, me pareceu que fizeram esse filme às pressas e não deram a ele o devido reconhecimento.
Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos
4.0 550 Assista AgoraUm primor. Estilo Almodóvar na veia. Esse tem um "quê" a mais de falta de nexo salpicado de muito bom humor e loucura, mas as interpretações, fotografia e direção... Ah, cara, eu gosto demais dele.
Tom na Fazenda
3.7 368 Assista AgoraÉ um bom thriller/suspense. Evidente que o Francis tem um problema seríssimo com a sua orientação sexual. Direção - e atuação - sempre muito boa do Dolan.
Morte no Nilo
3.1 351 Assista AgoraFotografia e atuações lindíssimas.
Loucura de Amor
3.6 126 Assista AgoraAssisti a esse filme ocasionalmente, zapeando pela Netflix. Curti muito o trailer e fui ver qual era. É um filme com doses certas de humor e drama. Superou minhas expectativas e abordou temas sensíveis de um jeito inteligente e inovador. Recomendo demais.
A Pequena Sereia
3.3 526 Assista AgoraLinda fotografia, efeitos especiais simplesmente sensacionais e atuações incríveis - principalmente da Halle Bailey, que me surpreendeu, e da Melissa McCarthy, que eu gostei muito na pele da Úrsula - sem falar que as músicas nostálgicas nos levam diretamente à infância.
Mas o filme tem defeitos. O fim da Ursula é bobo (a cena em si é péssima) e em alguns momentos o filme chega a ser enfadonho. E eu não gostei do Javier Bardem como Tritão. rs
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 297 Assista AgoraMe senti assistindo a uma fanfic daquelas que a galera escrevia antigamente nesses portais por aí, mas os atores são lindos, não há como negar. rs