Não sei o que sentir por esse filme. Ele se diz "romance", mas não o caracterizaria como tal. O início é meio chato, depois a história vai se desenrolando e fica mais interessante. A personagem Effy dá o tom humorístico da trama, entretanto ainda assim não consegue segurá-lo completamente. Típico filme para ver numa tarde despropositada de domingo, ao lado dx namoradx, sem nada melhor pra fazer.
O filme começa com certo mistério, mas se perde por completo ao desenrolar da trama. Não há argumentação plausível para o desfecho e simplesmente muita coisa ficou solta sobre o motivo de tais coisas acontecerem. Não percam seus preciosos tempos!
Esse é um exemplo claro de que não adianta ter um bom roteiro em mãos se não souberem executá-lo. O filme é TODO problemático, desde as atuações, passando pela continuidade até a montagem. A impressão que temos é que a diretora, sem qualquer experiência, queria brincar de fazer cinema e "cagou" o filme todinho. Destaque apenas para Whilelmina Green, a pequena Boonie, que ainda consegue salvar o filme um pouquinho. 2 estrelas apenas.
O mais interessante desse filme é que a gente vai vê-lo sem muitas expectativas e quando saímos do cinema, de repente nos deparamos com sorrisos e olhares surpresos entre uns e outros. O novato aposta na fórmula adolescentes + situações inusitadas para gerar boas risadas e algumas doses de reflexão. Quem já viveu a adolescência sabe bem o que Benoit e seus amigos estão vivenciando: as descobertas maravilhosas dessa fase fervilhante. Apesar de um elenco jovem, as atuações não são dantescas e no fim ainda temos uma "moral da história" a ser revelada. 3 estrelas e meia.
Uma reflexão incrível sobre nossos potenciais, nossas certezas e incertezas, o ego do ser humano. Marguerite é desses filmes que começam sem muita pretensão e nos arrebatam assustadoramente até o fim. O filme se estende em demasia, por um dado momento, mas ainda assim não perde o caráter lúcido de sua proposta, que transita entre a "loucura" da personagem central e a hipocrisia de quem a cerca. No entanto, me incomodou um pouco o fato do diretor ter optado por alongar o filme sem necessidade, caricaturando a protagonista sem necessidade, em alguns momentos. O exagero burlesco nos faz perceber que o objetivo deveras era provocar a risada automatizada no público, o que não foi nada engraçado pra mim, em muitas situações. 3 estrelas e meia.
Que filme angustiante de ver. A tensão no olhar do Saul o tempo inteiro faz a gente se sentir tão mal de ver tudo aquilo e saber que tudo aconteceu, de fato, em um passado não muito distante. É questão de empatia, ou você ou você não tem. Não vi os demais concorrentes à Oscar estrangeiro, mas esse filme tem seu merecimento sim, em especial pela investida da direção em fazer algo diferente e utilizar uma história relativamente simples para nos emocionar. 4 estrelas!
O que me incomodou profundamente nesse filme foi a montagem. De fato, a proposta de Fontes não é toda mal executada, vide a produção e seleção do elenco. No entanto, após 40 min de filme exibido comecei a me questionar sobre o motivo de terem realizado uma montagem tão problemática, com furos absurdos e costuras mal feitas de uma cena a outra. Não conheço a personalidade de Chateaubriand o suficiente para saber ao certo se foi retratado fielmente ou, apenas, construiu-se uma caricatura rasa de um personagem tão importante da cultura brasileira, mas o que posso afirmar é que após 15 anos tentando, Fontes não conseguiu realizar uma obra em sua completude, que nos enchesse de orgulho. Uma pena para o nosso "Boyhood" brasileiro. 2 estrelas e meia.
Emocionante do começo ao fim. O quarto de Jack comprova por A + B que um bom roteiro ainda vale mais que mil produções mirabolantes. O que dizer do pequeno Jack, interpretado por Jacob Tremblay? Fantástico! Do mesmo modo devemos aplaudir de pé Brie Larson, que interpreta a dedicada Ma. Quão lindo e sofrido é esse filme. Façam um favor a si mesmos e assistam-no! 5 estrelas.
Assim como "Que horas ela volta?", o filme Casa Grande traz à tona uma discussão pertinente à realidade da "tradicional família brasileira de classe média alta", com toda sua hipocrisia e preconceito embutidos. A relação patrões x empregados é também abordada aqui de forma satisfatória, mesmo que pouco mais superficial do que na proposta de Ana Muylaert. Jean serve aqui como elemento que busca sua "válvula de escape" em situações não permitidas e depois segue rumo a novas descobertas, especialmente após conhecer Luiza. A narrativa é agradável, não cansa, apesar de conter quase 120 min de duração. Espero que Gamarano Barbosa desponte ainda mais em 2016 com novas produções. 3 estrelas e meia.
Muito mais sensorial do que narrativo, amor, plástico e barulho é desses filmes que nos entorpece com tanta informação que depois precisamos filtrá-las. A ambientação do cotidiano periférico das ruas de Recife é simplesmente magnífica! Por vezes, parece que nos deparamos com um doc. ao invés de um filme de ficção. As atuações, especialmente da Maeve, não deixam em nada a desejar, a trilha casa perfeitamente com a proposta e a direção da Renata Pinheiro é de uma responsabilidade que até assusta. Não vá esperando mais um filme fácil de deglutir, de digerir. A proposta aqui é outra. Vá de peito aberto e mergulhe no universo particular do tecnobrega, aliado à vida noturna dessas artistas, que muitos não conhecem e aqui nos é apresentado de forma nua e crua. Amor, plástico e barulho só reitera o que temos presenciado do cinema contemporâneo de Pernambuco: a lucidez no cinema brasileiro.
O filme deixa a desejar em relação ao roteiro. Podia ter sido conduzido de uma forma mais interessante, sem tantos furos. O que salva mesmo é a atuação da Binoche, que como sempre faz tudo muito bem, quando faz. Entretanto, não rola empatia com a personagem, não torcemos por ela, não sentimos nada próximo do que ela sente. Ficou chato do meio para o fim. Somente 2 estrelas e meia.
O filme nos arremata e conduz para a década de 80, desde o primeiro momento. Estela, uma adolescente dessa época que vivencia uma montanha russa de emoções e divide conosco um pouco de cada situação. A gente volta no tempo, dança com a trilha, sorri das bobagens adolescentes (as quais muitas vezes também fizemos), enfim é uma delícia de ver esse filme da Marina Person, nos encanta. É para entreter, não pra "quebrar a cabeça", essa é a proposta dela. Não sejam tão exigentes, ok? A figura do gay aqui é tratada de forma muito próxima a como era vista na época, afinal ser gay era sinônimo de "pegar aids". Caio Blat nos presenteia com sua interpretação, mais uma vez estupenda. Enfim, Califórnia vale seus quase 90 min de pura nostalgia, seja pelos anos 80, seja pelas vivências de uma das nossas melhores e mais conturbadas fases: a adolescência. 3 estrelas e meia.
Com um roteiro fraco e atuações que não convencem, Cidades de papel está longe de nos encantar como A culpa é das estrelas. A todo momento a situação vivida pelo protagonista, aqui interpretado por Nat Wolff, não nos envolve, e muito menos criamos simpatia por Margot, vivida pela enfadonha Cara Delevingne, a qual na verdade nos faz sentir ainda mais repulsa pela trama. Segundo os leitores da obra de John Green, a película está muito aquém da substancialidade da história em si (coisa a qual também tenho minhas dúvidas, já que não consigo ver qualquer substancialidade nessa história). Ao meu ver as atuações se tornaram o ponto mais frágil do filme e isso não se deve ao fato de termos um elenco jovem como núcleo central (vide As vantagens de ser invisível e Bling Ring, por exemplo), mas sim do elenco não provocar o espectador de modo a enredá-lo emocionalmente. O uso de recursos como slow motion em demasia também empobrece tecnicamente o filme, que não traz nada de interessante em sua direção. Por essas falhas citadas e outras não citadas, apenas 1 estrela e meia.
Perturbador e de um mergulho visceral. Depois de Lúcia é desses filmes que nos levam a ficar pensando e pensando após vê-lo, de forma angustiante e o pior, sabendo que isso acontece por aí o dia todo, todos os dias, em diversas partes do mundo. Incomodou-me profundamente o comportamento da protagonista em relação a tudo que acontecia, mas se formos analisar de acordo com a maioria dos casos que se assemelham, de fato é assim que as vítimas reagem. O final é estúpido, brutal, violento e nos divide entre torcer para ele ser do jeito que foi ou recuar no último minuto. Michel Franco nos deixa de boca aberta com o desfecho e, sobretudo, com a forma de como a película foi tão bem conduzida, mesmo que apresente seus altos e baixos durante o desenrolar da trama. 4 estrelas com louvor!
Filme delicado e comovente que conta a trajetória de uma família latina após o abandono do pai. Gostei bastante do modo como é conduzida a história e de como as personagens ficaram convincentes. Destaque para a personagem do Gabi, que é um fofo, lindo, uma ternura. O mais triste é saber que esta é a dura realidade de diversas famílias por aí. Acontece o tempo todo em vários lugares. 4 estrelas, recomendo.
O filme satisfaz os entusiastas da geração sexo, drogas e rock and roll ou "paz e amor", talvez por isso tenha uma cotação alta por aqui, entretanto não vejo com bons olhos algumas passagens da película, em especial como trata a relação entre Eik e Iben, conduzindo o olhar do espectador a percebê-la como "vilã" da história. Por se tratar de uma história verídica, creio que o exagero foi de encontro à construção do protagonista, o qual não se sabe exatamente se realmente finalizou daquela forma. Pela tentativa do diretor e boa atuação do Joachim Ronning, 3 estrelas.
Quando terminei de ver o filme, tomou conta de mim um misto de decepção e angústia por ver mais de 1h30 desperdiçados assim, à toa. Essa presunção do Xavier Dolan em querer ser um dos diretores mais jovens do mundo a realizar um filme, parece coisa de menino mimado que não apanhou na infância. Infeliz esse roteiro, muito mal conduzido (podemos perceber isso ainda pela má qualidade da montagem e da pseudo construção de personagens, que aparentam ser complexas e motivadoras de discussões, mas no entanto soa como algo artificial e caricato, por vezes). De uma estranheza nata, ainda consegui dar um crédito ao filme pela inexperiência do diretor em contraponto a sua audácia. Foi corajoso, mas não soube aproveitar a oportunidade. As cenas "gays" são ridículas, forçadas ao extremo (em especial a cena da pintura). Os toques surrealistas, muito mal empregados por sinal, só fazem com que eu consolide meu parecer sobre essa obra dantesca e mal elaborada. Lamentável, mas talvez sirva de exercício para Dolan fazer algo melhor, no futuro. Quem sabe? 2 estrelas.
O filme me deixou perturbada, especialmente por não saber ao certo se entendi o final. A personagem da Christian Redl está muito bem composta, magistral! Uma crítica ao capitalismo através de outro olhar. Cinema alemão dos bons, vale a pena conferir.
Um filme para ser visto com cuidado, Azul y no tan rosa fala sobre dualidades. Não se trata apenas de questões de gênero e sexualidade, mas sobretudo a dualidade entre uma geração e outra, entre um pai e um filho, entre pessoas do mesmo sexo com "gostos" diferentes. Já nutria simpatia pelo filme, por conta do tema e por ser uma produção venezuelana (a Venezuela tem se destacado ultimamente no cinema com produções muito interessantes). Depois de tê-lo visto fiquei ainda mais fascinada e muito satisfeita ao ver o rumo que o filme tomou, decisões acertadas de um bom roteiro e uma direção excelente.
Fico realmente decepcionada quando vejo filmes como esse que tinha tudo para ser maravilhoso, ir ladeira abaixo, descambando num rumo sem propósito. Nada justifica a péssima escolha do diretor em praticamente tudo nesta película (exceto pela bela fotografia, mas enfim...). Nem mesmo as atuações estão salvando os 77 min desse resultado dantesco. Somente 2 estrelas, nada mais.
Não percam tempo com esse filme. Completamente desnecessário, roteiro mal construído, bem como as atuações fracas (até mesmo da Huppert). Decepção define, pois o tema tinha tudo para explorar uma história interessante, mas infelizmente fizeram escolhas infelizes. Apenas a fotografia se salva, mas não é suficiente para tornar o filme interessante. Somente 2 estrelas.
Copenhagen
3.4 189 Assista AgoraNão sei o que sentir por esse filme. Ele se diz "romance", mas não o caracterizaria como tal. O início é meio chato, depois a história vai se desenrolando e fica mais interessante. A personagem Effy dá o tom humorístico da trama, entretanto ainda assim não consegue segurá-lo completamente.
Típico filme para ver numa tarde despropositada de domingo, ao lado dx namoradx, sem nada melhor pra fazer.
Boneco do Mal
2.7 1,2K Assista AgoraO filme começa com certo mistério, mas se perde por completo ao desenrolar da trama. Não há argumentação plausível para o desfecho e simplesmente muita coisa ficou solta sobre o motivo de tais coisas acontecerem.
Não percam seus preciosos tempos!
Estranhos Poderes
2.6 24Esse é um exemplo claro de que não adianta ter um bom roteiro em mãos se não souberem executá-lo. O filme é TODO problemático, desde as atuações, passando pela continuidade até a montagem. A impressão que temos é que a diretora, sem qualquer experiência, queria brincar de fazer cinema e "cagou" o filme todinho.
Destaque apenas para Whilelmina Green, a pequena Boonie, que ainda consegue salvar o filme um pouquinho.
2 estrelas apenas.
O Novato
3.8 42O mais interessante desse filme é que a gente vai vê-lo sem muitas expectativas e quando saímos do cinema, de repente nos deparamos com sorrisos e olhares surpresos entre uns e outros.
O novato aposta na fórmula adolescentes + situações inusitadas para gerar boas risadas e algumas doses de reflexão. Quem já viveu a adolescência sabe bem o que Benoit e seus amigos estão vivenciando: as descobertas maravilhosas dessa fase fervilhante.
Apesar de um elenco jovem, as atuações não são dantescas e no fim ainda temos uma "moral da história" a ser revelada.
3 estrelas e meia.
Marguerite
3.7 68 Assista AgoraUma reflexão incrível sobre nossos potenciais, nossas certezas e incertezas, o ego do ser humano. Marguerite é desses filmes que começam sem muita pretensão e nos arrebatam assustadoramente até o fim. O filme se estende em demasia, por um dado momento, mas ainda assim não perde o caráter lúcido de sua proposta, que transita entre a "loucura" da personagem central e a hipocrisia de quem a cerca.
No entanto, me incomodou um pouco o fato do diretor ter optado por alongar o filme sem necessidade, caricaturando a protagonista sem necessidade, em alguns momentos. O exagero burlesco nos faz perceber que o objetivo deveras era provocar a risada automatizada no público, o que não foi nada engraçado pra mim, em muitas situações.
3 estrelas e meia.
As Sufragistas
4.1 778 Assista Agora"Eu não trairei a minha causa, você trairia a sua?"
O Filho de Saul
3.7 254 Assista AgoraQue filme angustiante de ver. A tensão no olhar do Saul o tempo inteiro faz a gente se sentir tão mal de ver tudo aquilo e saber que tudo aconteceu, de fato, em um passado não muito distante. É questão de empatia, ou você ou você não tem.
Não vi os demais concorrentes à Oscar estrangeiro, mas esse filme tem seu merecimento sim, em especial pela investida da direção em fazer algo diferente e utilizar uma história relativamente simples para nos emocionar.
4 estrelas!
Hot Girls Wanted
3.3 196 Assista Agoranão percam seu precioso tempo com esse pseudo documentário, uma verdadeira mentira!
A Grande Aposta
3.7 1,3KEsse filme conseguiu me deixar zonza, confusa, pirada!
Chatô - O Rei do Brasil
2.8 182 Assista AgoraO que me incomodou profundamente nesse filme foi a montagem. De fato, a proposta de Fontes não é toda mal executada, vide a produção e seleção do elenco. No entanto, após 40 min de filme exibido comecei a me questionar sobre o motivo de terem realizado uma montagem tão problemática, com furos absurdos e costuras mal feitas de uma cena a outra.
Não conheço a personalidade de Chateaubriand o suficiente para saber ao certo se foi retratado fielmente ou, apenas, construiu-se uma caricatura rasa de um personagem tão importante da cultura brasileira, mas o que posso afirmar é que após 15 anos tentando, Fontes não conseguiu realizar uma obra em sua completude, que nos enchesse de orgulho. Uma pena para o nosso "Boyhood" brasileiro.
2 estrelas e meia.
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraEmocionante do começo ao fim. O quarto de Jack comprova por A + B que um bom roteiro ainda vale mais que mil produções mirabolantes. O que dizer do pequeno Jack, interpretado por Jacob Tremblay? Fantástico!
Do mesmo modo devemos aplaudir de pé Brie Larson, que interpreta a dedicada Ma.
Quão lindo e sofrido é esse filme. Façam um favor a si mesmos e assistam-no!
5 estrelas.
Casa Grande
3.5 575 Assista AgoraAssim como "Que horas ela volta?", o filme Casa Grande traz à tona uma discussão pertinente à realidade da "tradicional família brasileira de classe média alta", com toda sua hipocrisia e preconceito embutidos.
A relação patrões x empregados é também abordada aqui de forma satisfatória, mesmo que pouco mais superficial do que na proposta de Ana Muylaert.
Jean serve aqui como elemento que busca sua "válvula de escape" em situações não permitidas e depois segue rumo a novas descobertas, especialmente após conhecer Luiza.
A narrativa é agradável, não cansa, apesar de conter quase 120 min de duração.
Espero que Gamarano Barbosa desponte ainda mais em 2016 com novas produções.
3 estrelas e meia.
Amor, Plástico e Barulho
3.5 75Muito mais sensorial do que narrativo, amor, plástico e barulho é desses filmes que nos entorpece com tanta informação que depois precisamos filtrá-las. A ambientação do cotidiano periférico das ruas de Recife é simplesmente magnífica! Por vezes, parece que nos deparamos com um doc. ao invés de um filme de ficção. As atuações, especialmente da Maeve, não deixam em nada a desejar, a trilha casa perfeitamente com a proposta e a direção da Renata Pinheiro é de uma responsabilidade que até assusta.
Não vá esperando mais um filme fácil de deglutir, de digerir. A proposta aqui é outra. Vá de peito aberto e mergulhe no universo particular do tecnobrega, aliado à vida noturna dessas artistas, que muitos não conhecem e aqui nos é apresentado de forma nua e crua.
Amor, plástico e barulho só reitera o que temos presenciado do cinema contemporâneo de Pernambuco: a lucidez no cinema brasileiro.
4 estrelas!
A Vida de Outra Mulher
3.6 181O filme deixa a desejar em relação ao roteiro. Podia ter sido conduzido de uma forma mais interessante, sem tantos furos. O que salva mesmo é a atuação da Binoche, que como sempre faz tudo muito bem, quando faz.
Entretanto, não rola empatia com a personagem, não torcemos por ela, não sentimos nada próximo do que ela sente. Ficou chato do meio para o fim.
Somente 2 estrelas e meia.
Califórnia
3.5 302O filme nos arremata e conduz para a década de 80, desde o primeiro momento. Estela, uma adolescente dessa época que vivencia uma montanha russa de emoções e divide conosco um pouco de cada situação. A gente volta no tempo, dança com a trilha, sorri das bobagens adolescentes (as quais muitas vezes também fizemos), enfim é uma delícia de ver esse filme da Marina Person, nos encanta. É para entreter, não pra "quebrar a cabeça", essa é a proposta dela. Não sejam tão exigentes, ok?
A figura do gay aqui é tratada de forma muito próxima a como era vista na época, afinal ser gay era sinônimo de "pegar aids". Caio Blat nos presenteia com sua interpretação, mais uma vez estupenda.
Enfim, Califórnia vale seus quase 90 min de pura nostalgia, seja pelos anos 80, seja pelas vivências de uma das nossas melhores e mais conturbadas fases: a adolescência.
3 estrelas e meia.
Cidades de Papel
3.0 1,3K Assista AgoraCom um roteiro fraco e atuações que não convencem, Cidades de papel está longe de nos encantar como A culpa é das estrelas. A todo momento a situação vivida pelo protagonista, aqui interpretado por Nat Wolff, não nos envolve, e muito menos criamos simpatia por Margot, vivida pela enfadonha Cara Delevingne, a qual na verdade nos faz sentir ainda mais repulsa pela trama.
Segundo os leitores da obra de John Green, a película está muito aquém da substancialidade da história em si (coisa a qual também tenho minhas dúvidas, já que não consigo ver qualquer substancialidade nessa história).
Ao meu ver as atuações se tornaram o ponto mais frágil do filme e isso não se deve ao fato de termos um elenco jovem como núcleo central (vide As vantagens de ser invisível e Bling Ring, por exemplo), mas sim do elenco não provocar o espectador de modo a enredá-lo emocionalmente.
O uso de recursos como slow motion em demasia também empobrece tecnicamente o filme, que não traz nada de interessante em sua direção.
Por essas falhas citadas e outras não citadas, apenas 1 estrela e meia.
Depois de Lúcia
3.8 1,1KPerturbador e de um mergulho visceral. Depois de Lúcia é desses filmes que nos levam a ficar pensando e pensando após vê-lo, de forma angustiante e o pior, sabendo que isso acontece por aí o dia todo, todos os dias, em diversas partes do mundo.
Incomodou-me profundamente o comportamento da protagonista em relação a tudo que acontecia, mas se formos analisar de acordo com a maioria dos casos que se assemelham, de fato é assim que as vítimas reagem.
O final é estúpido, brutal, violento e nos divide entre torcer para ele ser do jeito que foi ou recuar no último minuto.
Michel Franco nos deixa de boca aberta com o desfecho e, sobretudo, com a forma de como a película foi tão bem conduzida, mesmo que apresente seus altos e baixos durante o desenrolar da trama.
4 estrelas com louvor!
Entre Nós
3.9 52Filme delicado e comovente que conta a trajetória de uma família latina após o abandono do pai. Gostei bastante do modo como é conduzida a história e de como as personagens ficaram convincentes. Destaque para a personagem do Gabi, que é um fofo, lindo, uma ternura.
O mais triste é saber que esta é a dura realidade de diversas famílias por aí. Acontece o tempo todo em vários lugares.
4 estrelas, recomendo.
Steppeulven
3.6 11O filme satisfaz os entusiastas da geração sexo, drogas e rock and roll ou "paz e amor", talvez por isso tenha uma cotação alta por aqui, entretanto não vejo com bons olhos algumas passagens da película, em especial como trata a relação entre Eik e Iben, conduzindo o olhar do espectador a percebê-la como "vilã" da história.
Por se tratar de uma história verídica, creio que o exagero foi de encontro à construção do protagonista, o qual não se sabe exatamente se realmente finalizou daquela forma.
Pela tentativa do diretor e boa atuação do Joachim Ronning, 3 estrelas.
Eu Matei Minha Mãe
3.9 1,3KQuando terminei de ver o filme, tomou conta de mim um misto de decepção e angústia por ver mais de 1h30 desperdiçados assim, à toa. Essa presunção do Xavier Dolan em querer ser um dos diretores mais jovens do mundo a realizar um filme, parece coisa de menino mimado que não apanhou na infância.
Infeliz esse roteiro, muito mal conduzido (podemos perceber isso ainda pela má qualidade da montagem e da pseudo construção de personagens, que aparentam ser complexas e motivadoras de discussões, mas no entanto soa como algo artificial e caricato, por vezes).
De uma estranheza nata, ainda consegui dar um crédito ao filme pela inexperiência do diretor em contraponto a sua audácia. Foi corajoso, mas não soube aproveitar a oportunidade.
As cenas "gays" são ridículas, forçadas ao extremo (em especial a cena da pintura). Os toques surrealistas, muito mal empregados por sinal, só fazem com que eu consolide meu parecer sobre essa obra dantesca e mal elaborada.
Lamentável, mas talvez sirva de exercício para Dolan fazer algo melhor, no futuro. Quem sabe?
2 estrelas.
Yella
3.2 30O filme me deixou perturbada, especialmente por não saber ao certo se entendi o final. A personagem da Christian Redl está muito bem composta, magistral! Uma crítica ao capitalismo através de outro olhar. Cinema alemão dos bons, vale a pena conferir.
Azul e Não Tão Rosa
3.7 36Um filme para ser visto com cuidado, Azul y no tan rosa fala sobre dualidades. Não se trata apenas de questões de gênero e sexualidade, mas sobretudo a dualidade entre uma geração e outra, entre um pai e um filho, entre pessoas do mesmo sexo com "gostos" diferentes.
Já nutria simpatia pelo filme, por conta do tema e por ser uma produção venezuelana (a Venezuela tem se destacado ultimamente no cinema com produções muito interessantes). Depois de tê-lo visto fiquei ainda mais fascinada e muito satisfeita ao ver o rumo que o filme tomou, decisões acertadas de um bom roteiro e uma direção excelente.
4 estrelas!
O Ciúme
3.2 76Fico realmente decepcionada quando vejo filmes como esse que tinha tudo para ser maravilhoso, ir ladeira abaixo, descambando num rumo sem propósito. Nada justifica a péssima escolha do diretor em praticamente tudo nesta película (exceto pela bela fotografia, mas enfim...). Nem mesmo as atuações estão salvando os 77 min desse resultado dantesco.
Somente 2 estrelas, nada mais.
A Visitante Francesa
3.2 76Não percam tempo com esse filme. Completamente desnecessário, roteiro mal construído, bem como as atuações fracas (até mesmo da Huppert). Decepção define, pois o tema tinha tudo para explorar uma história interessante, mas infelizmente fizeram escolhas infelizes. Apenas a fotografia se salva, mas não é suficiente para tornar o filme interessante.
Somente 2 estrelas.