Livia Cohen

eu não tenho palavras pra explicar o quanto esse filme me destruiu.
 
eu precisava escolher um filme para atingir a minha marca de 1000° filme assistido, e eu queria muito que fosse algo especial, porque sempre gosto de dar importância pra momentos, seja quais eles forem. já havia escutado sobre o filme e sempre tive interesse em vê-lo, então escolhi ele para realizar o que era, pra mim, relevante.
já vi diversos filmes sobre adolescência. mas pela primeira vez, me senti vendo algo que realmente me fez lembrar e sentir na pele o que foi ser adolescente. e do que é ter sua adolescência e sua inocência destruída. seja por um deslize, por sua culpa, seja por um momento mal pensado ou por algo que alguém causou sem você ter culpa. você só estava lá e só sofreu as consequências. podia ter sido qualquer um. 
a singularidade desse filme é o que me pegou da forma mais profunda. ele era confuso, difícil de entender, quase picotado em certos momentos. é, ironicamente, como eu me sinto ao pensar sobre essa fase da minha vida. e na mesma fase, também usava a internet (e idolos, pessoas que não me conheciam) como salvação. é sobre querer se encontrar em algo, em algum lugar, sobre a busca constante de algo que você não sabe o que é, mas sabe que já teve um dia. é um filme sobre perda, sobre querer se encontrar, sobre o desespero que é, simplesmente, ser. 
nunca senti um vazio tão grande depois de acabar algo. 

a última postagem na sala de bate-papo que encerra o filme talvez resuma tudo – Talvez eu esteja escrevendo isso porque… quero gritar – estou aqui!

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