Louise

Eu tô deslumbrada

Nos primeiros dez minutos de filme fiquei reclamando mentalmente achando que ele manteria a forma até o fim... e manteve, mas pra minha surpresa me peguei completamente apaixonada.
Quando parei de tentar entender as coisas no sentido lógico de 90% dos roteiros que conheço, o filme me embalou. Até mesmo o ritmo, que sei que é lento, ajudou na atmosfera.
Pelo que eu via nos filmes de terror até então, o principal elemento de um filme era a imagem, e o som tinha função complementar, por mais icônico e estupendo que fosse. Esse filme me fez passar 1h40 com os olhos fixos na tela, mas com foco quase total na minha audição.
Ele subverte também a lógica clássica do terror: geralmente, constrói-se uma tensão a partir da trilha, que caminha contigo até o clímax. Aqui, a trilha musicada estava presente apenas nos momentos mais leves, com o som da TV. Os momentos realmente aterrorizantes eram precedidos apenas por ruídos ou absolutamente nada.
Fazia tempo que um filme me desafiava assim e me apresentava algo tão original.

Adorei a