Últimas opiniões enviadas
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Estreia incrível de Patel na direção. Brinca com referências do gênero e estilos de filmar, usa de neon, de salas iluminadas em cores diferentes, reflexos, e tem de tudo aqui que o cinema de ação pede: perseguição de carro, luta em banheiro, invasão com porradaria, quebra pau com um monte de gente, confronto um a um, luta em ringue, é um verdadeiro prato cheio. Estão chamando de John Wick indiano, com vários motivos pra isso, mas aqui o enredo tem cara própria e uma originalidade muito bem-vinda, usando da cultura hindu e da realidade da sociedade indiana pra trazer uma história de vingança que aborda a forma como a Índia e sua política funcionam, colocando marginalizados tentando atingir os intocáveis. O filme abusa de clichês, ao mesmo tempo em que brinca com eles. A trilha sonora só tem pedradas, e Dev Patel mostra que pode descer a porrada como qualquer grande ator de ação. Tem uma barriga ou outra que me impede de dar uma nota maior, assim como uma lacuna em relação ao teor político da trama e certas conveniências de roteiro típicas do gênero, mas aplausos ao nosso britânico indiano, pois ele realmente aprendeu muito bem a como realizar um filme.
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Só tenho uma palavra pra descrever: espetáculo. O que Cecil B. DeMille faz aqui é mais um daqueles exemplares de uma Hollywood infelizmente morta e enterrada, em que rios de dinheiro resultavam em filmes grandiosos. A transformação de Charlton Heston no decorrer do filme é fascinante, assim como a atuação fria e vingativa de Yul Brynner. A primeira metade é mais lenta, mas a segunda parte e especialmente o ato final são de encher os olhos. Quase 4 horas de uma história que não cansa em momento nenhum, deslumbra em cenários e direção de arte, entrega figurinos perfeitos e efeitos extremamente funcionais para a época. A trilha de Elmer Bernstein também é um espetáculo à parte. Gostaria muito de ter a sensação de ver esse filme à época na estreia. Destaco ainda o quanto o contexto da Guerra Fria fica claro com a intervenção do DeMille antes do início da projeção, possibilitando relacionar o Egito com a União Soviética e a luta do povo judeu por sua terra como um aceno de apoio norte-americano ao estabelecimento do Estado de Israel, o que deixa a obra ainda mais interessante.
Últimos recados
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Rodrigo
Da-lhe Legionarios!
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Julio Cesar
Valeu por me add e por curtir minha lista! Boa semana e um forte abraço! P.S: adorei seus filmes seus favoritos!
Nem fede nem cheira. Perde em relação ao original pela insistência nas cenas musicais, quando quase nenhuma música é digna de nota, com exceção dos momentos em que temos o dueto de Amy Adams e Maya Rudolph e em que Idina Menzel mostra seu talento. As referências aos filmes de princesa da Disney estão mais presentes e claros do que nunca aqui, mas alguns personagens ficam totalmente perdidos nesse filme, como os de Patrick Dempsey e James Marsden (que ainda assim, sempre que aparece, diverte). A Morgan crescida não foi desenvolvida o suficiente para que a frustração dela funcione no filme, da mesma forma que várias outras relações entre os personagens. Amy Adams se sai bem entre a pureza de Giselle e a maldade da madrasta, gerando momentos divertidos, mas no geral é um filme que realmente não faz diferença alguma.