Esse filme é um espetáculo dos menores detalhes ao roteiro, onde o real e os devaneios oníricos das personagens constroem a narrativa. As situações são surpreendes e reflexivas sobre o estilo de classe média - que é atemporal ao contexto histórico do filme e os dias de hoje, deve-se ressaltar.
Na cena da marijuana, em que autoridades policiais fazem uso da droga enquanto a burguesia conservadora trata com naturalidade, mas repulsa, é uma perfeita exemplificação da questão das drogas entre os mais ricos. Fingem ser contra, mas compartilham o uso.
Ou quando um dos burgueses pede o empregado do outro emprestado para fazer uma demonstração que o inferioriza - o lance de como beber champanhe e dry martini. Ainda a respeito da criadagem, a maneira robótica e sempre atenta da empregada. Nestes dois últimos momentos, Buñuel trata a relação burguês-criado de uma forma bastante alegórica.
O alegorismo, que remete a Gil Vicente, também está presente em outros recortes do filme. A relação da trindade clero, burguesia e plebeu, a partir do momento em que o clérigo se veste de jardineiro, é de uma criticidade fenomenal.
Filmaço. Obrigatório para quem quer entender a perspicácia única de Buñuel, que sempre traz um fervor de cutucadas aos ricos e religiosos, em meio a várias tentativas de jantares frustrados.
É um verdadeiro experimento social em formato cinematográfico. Aonde as consequências do surgimento de uma mini-sociedade são cruéis. Perturbador, sádico e violento.
Achei meio "por cima" do que foi o movimento, e alguns artistas que fizeram a Tropicália foram, de certa forma, diminuídos. Não sei se por falta de material ou porque preferiram dar palco aos famosos de verdade. É bom para mostrar para alguém que não sabe nada de Tropicália, como material introdutório. Adianto que as melhores falas do doc são do Jorge Mautner e Sérgio Dias.
Não tenho nem palavras para dizer o que é esse filme, que nesse viés semi-documental nos leva a confundir o real e o imaginário. As incursões sobre as consequências da construção da estrada, o retrato da pobreza marginal do norte e a diminuição da mulher são apenas alguns do pontos.
Algumas cenas chamam atenção pela completa desumanidade das pessoas, que, acredito eu, ainda é uma realidade. Os caminhoneiros, por exemplo, que usufruem das nativas o quanto querem e depois as abandonam, sem dó ou piedade, no meio da estrada.
A atriz que interpreta a Iracema parece interpretar ela mesma, mas aí que está a coisa. Não sei se ela atuou tão bem por ter vivido situações parecidas ou se foi um baita laboratório. Vendo que esse foi o único filme dela - infelizmente - acho que a primeira assertiva faz mais sentido.
Em todo caso, uma experiência incrível poder assistir a esse filme. É um universo completamente a fim aos surtos "civilizatórios" por qual o mundo tem passado, que derruba o social em nome do progresso.
Iracema - Uma Transa Amazônica é Filme com F maiúsculo. Apesar do tema "difícil" e da narrativa interpretativa, prende o espectador logo nos primeiros minutos, naquela introdução por rios e estradas do norte.
Como assim os dois gêmeos tem aquele poder de petrificar as pessoas e não acabaram com o pessoal do mal na hora que estavam todos juntos? E a forçação da menina que tem a boca na cabeça para usar o poder dela contra aquela mulher ruim?
Fraquíssimo. O homoerotismo - a parte indutiva do sexo, não o feito propriamente dito -, presente nas forçadas cenas de banhos coletivos, mictórios e outros estereótipos dos chamados "cruises" soa forçado demais. Mirou no Derek Jarman e acertou no erro.
Curti bastante! Não chega aos pés do original, mas é ótimo para ver com as amigas que dão escândalo no cinema. Tá, Sam Drade? Contei mais de dois gritos, bee.
Sônia Braga é ou não é a personificação da elegância? Filme impecável, direção precisa e um show de fotografia, apesar da "banalidade" do cotidiano. O enredo é muito bacana e prende o espectador sutilmente, ao ponto de nem perceber que são mais de duas horas de vídeo. Melhor filme lançado este ano que tive a oportunidade de ver.
Esperava mais do filme. Senti um tom homoerótico entre os dois, ao mesmo tempo que notei que o Tomás está no filme apenas para passar constrangimento. Achei comédia dramática (existe esse gênero?).
O filme trata bem a família tradicional brasileira, que acha que o tempo da senzala não passou e que empregado doméstico, ainda mais nordestino, é subgente.
Mas não concordei da menina ter pego o sorvete do outro, metido a colher, colocado na boca e depois ter metido no sorvete e na boca de novo. Isso não se faz nem em casa se você não mora sozinho, avalie quando hóspede na morada alheia.
O Discreto Charme da Burguesia
4.1 284 Assista AgoraEsse filme é um espetáculo dos menores detalhes ao roteiro, onde o real e os devaneios oníricos das personagens constroem a narrativa. As situações são surpreendes e reflexivas sobre o estilo de classe média - que é atemporal ao contexto histórico do filme e os dias de hoje, deve-se ressaltar.
Na cena da marijuana, em que autoridades policiais fazem uso da droga enquanto a burguesia conservadora trata com naturalidade, mas repulsa, é uma perfeita exemplificação da questão das drogas entre os mais ricos. Fingem ser contra, mas compartilham o uso.
Ou quando um dos burgueses pede o empregado do outro emprestado para fazer uma demonstração que o inferioriza - o lance de como beber champanhe e dry martini. Ainda a respeito da criadagem, a maneira robótica e sempre atenta da empregada. Nestes dois últimos momentos, Buñuel trata a relação burguês-criado de uma forma bastante alegórica.
O alegorismo, que remete a Gil Vicente, também está presente em outros recortes do filme. A relação da trindade clero, burguesia e plebeu, a partir do momento em que o clérigo se veste de jardineiro, é de uma criticidade fenomenal.
Filmaço. Obrigatório para quem quer entender a perspicácia única de Buñuel, que sempre traz um fervor de cutucadas aos ricos e religiosos, em meio a várias tentativas de jantares frustrados.
X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraApesar de não ser um filme ruim, acabaram com o Apocalipse.
A Porta da Loucura
2.7 25 Assista AgoraMuito louco! É tão absurdo que chega a ser cômico!
O Senhor das Moscas
3.7 271 Assista AgoraÉ um verdadeiro experimento social em formato cinematográfico. Aonde as consequências do surgimento de uma mini-sociedade são cruéis. Perturbador, sádico e violento.
Querelle
3.6 128Estética interessante permeada em um erotismo estupendo. No entanto, não me prendeu. É desses filmes para assistir conversando.
A Gangue
3.8 134Uma palavra: fantástico. Será que tem com legenda?
Tropicália
4.1 289Achei meio "por cima" do que foi o movimento, e alguns artistas que fizeram a Tropicália foram, de certa forma, diminuídos. Não sei se por falta de material ou porque preferiram dar palco aos famosos de verdade. É bom para mostrar para alguém que não sabe nada de Tropicália, como material introdutório. Adianto que as melhores falas do doc são do Jorge Mautner e Sérgio Dias.
Iracema - Uma Transa Amazônica
3.9 74Não tenho nem palavras para dizer o que é esse filme, que nesse viés semi-documental nos leva a confundir o real e o imaginário. As incursões sobre as consequências da construção da estrada, o retrato da pobreza marginal do norte e a diminuição da mulher são apenas alguns do pontos.
Algumas cenas chamam atenção pela completa desumanidade das pessoas, que, acredito eu, ainda é uma realidade. Os caminhoneiros, por exemplo, que usufruem das nativas o quanto querem e depois as abandonam, sem dó ou piedade, no meio da estrada.
A atriz que interpreta a Iracema parece interpretar ela mesma, mas aí que está a coisa. Não sei se ela atuou tão bem por ter vivido situações parecidas ou se foi um baita laboratório. Vendo que esse foi o único filme dela - infelizmente - acho que a primeira assertiva faz mais sentido.
Em todo caso, uma experiência incrível poder assistir a esse filme. É um universo completamente a fim aos surtos "civilizatórios" por qual o mundo tem passado, que derruba o social em nome do progresso.
Iracema - Uma Transa Amazônica é Filme com F maiúsculo. Apesar do tema "difícil" e da narrativa interpretativa, prende o espectador logo nos primeiros minutos, naquela introdução por rios e estradas do norte.
Vale muito a pena assistir.
O Lar das Crianças Peculiares
3.3 1,5K Assista AgoraTiming péssimo e furos sofríveis na narrativa.
Como assim os dois gêmeos tem aquele poder de petrificar as pessoas e não acabaram com o pessoal do mal na hora que estavam todos juntos? E a forçação da menina que tem a boca na cabeça para usar o poder dela contra aquela mulher ruim?
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraTemática lésbica é tudo, né? Mas achei longo demais para uma história mediana.
Violência Gratuita
3.8 739 Assista AgoraÉ impressionante! Dos melhores filmes de suspense que já assisti. O que é a atuação da Doris Kunstmann?
Queda Livre
3.6 591Fraquíssimo. O homoerotismo - a parte indutiva do sexo, não o feito propriamente dito -, presente nas forçadas cenas de banhos coletivos, mictórios e outros estereótipos dos chamados "cruises" soa forçado demais. Mirou no Derek Jarman e acertou no erro.
Bruxa de Blair
2.4 1,0K Assista AgoraCurti bastante! Não chega aos pés do original, mas é ótimo para ver com as amigas que dão escândalo no cinema. Tá, Sam Drade? Contei mais de dois gritos, bee.
Alice Através do Espelho
3.4 732 Assista AgoraMuito melhor que o primeiro!
O Homem nas Trevas
3.7 1,9K Assista AgoraInteressante a problematização do patriarcado, ao retratar a mulher como objeto reprodutor do homem.
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraTrilha sonora exuberante, efeitos incríveis e cenas fantásticas. O que faltou na narrativa compensou em bons atributos técnicos.
Boi Neon
3.6 461Gostei pela quebra de estereótipos, mas deveras forçado.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraSônia Braga é ou não é a personificação da elegância? Filme impecável, direção precisa e um show de fotografia, apesar da "banalidade" do cotidiano. O enredo é muito bacana e prende o espectador sutilmente, ao ponto de nem perceber que são mais de duas horas de vídeo. Melhor filme lançado este ano que tive a oportunidade de ver.
Truman
3.9 151 Assista AgoraEsperava mais do filme. Senti um tom homoerótico entre os dois, ao mesmo tempo que notei que o Tomás está no filme apenas para passar constrangimento. Achei comédia dramática (existe esse gênero?).
Amarelo Manga
3.8 543 Assista AgoraAs cenas de retalhação animal me deram náuseas... Fora isso, é um bom filme para passar o tempo.
Verão da Lata
4.1 14É tão surreal que parece mentira! É bizarro essa história não ser tão conhecida
Do Começo ao Fim
3.0 1,3KDas coisas mais forçadas que já vi na vida.
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraO filme trata bem a família tradicional brasileira, que acha que o tempo da senzala não passou e que empregado doméstico, ainda mais nordestino, é subgente.
Mas não concordei da menina ter pego o sorvete do outro, metido a colher, colocado na boca e depois ter metido no sorvete e na boca de novo. Isso não se faz nem em casa se você não mora sozinho, avalie quando hóspede na morada alheia.
Ausência
3.4 71Acho que as personagens não foram aprofundadas de maneira adequada, o que tornaria a narrativa mais rica e interessante caso fosse.