Robert Downey Jr. e Robert Duvall, para variar, magníficos! Atuações emocionantes. E assim como, todas as cartas de amor são ridículas, todos os dramas familiares são clichês. E não seriam dramas familiares se não fossem clichês. Nos créditos finais, as lágrimas ao ouvir “The Scientist” da banda Coldplay foram inevitáveis.
"O Grande Hotel Budapeste" mistura uma comédia sofisticada a um thriller policial que de forma inteligente e perspicaz conta uma bela história de amizade. Destaque para a nostálgica fotografia e a participação de um elenco surpreendente de estrelas...Edward Norton, Jude Law, Ralph Fiennes...
Achei "Nebraska" um filme incrível! Roteiro,fotografia e trilha sonora impecáveis. Alexander Payne desmistifica a concepção de que a velhice está associada à sabedoria e experiência. E que sonhos, manias e crenças continuam os mesmos. Questões sensíveis são abordadas ... Como a dificuldade em demonstrar afeto nas relações familiares, a difícil convivência com os demais e a constatação de um amor incondicional e puro.
Gostei, mas acho que passa longe de ser o melhor filme do ano. Ainda prefiro Ela, Gravidade e Clube de Compras de Dallas. Li alguns trechos do livro, como a parte em que ele se descobre acorrentado ao acordar e achei muito mais emocionante que o filme. Como um roteiro adaptado acho que poderia ter sido explorada outras poéticas, uma trilha sonora mais intensa, atemporalidade das cenas e contrastes já que o propósito era tocar o espectador...Achei as mais de duas horas entediantes, com uma narrativa lenta e muitoooo fragmentada. Prefiro muito mais "Django Livre" do Tarantino que deve ter a mesma duração e não te deixa piscar os olhos!! Mas tenho que tirar o chapéu para Lupita Nyong'o que atua muito bem e fez por merecer o Oscar de atriz coadjuvante.
Parece que Thomas Vinterberg finalmente conseguiu realizar uma obra dentro dos padrões do movimento Dogma 95. “A Caça” causa agonia, raiva e um nó na garganta que demora a passar...Uma "mentirinha" de criança que revela o quão vulneráveis podemos ser. E como a vida de um homem pode desmoronar de uma hora para outra. Condenado a um estigma que nunca será esquecido...Mads Mikkelsen (Lucas) merecia um Oscar só por causa da imensa dor e verdade que consegue transmitir em seu olhar.
Tive a felicidade, ou melhor, a sorte de me deparar com um filme incrível chamado “Ela” – Her (2013) - dirigido pelo louquíssimo e genial Spike Jonze, também diretor do filme “Quero Ser John Malkovich” (ou seja, espere tudo de mais bizarro!). Embora ainda não tenha assistido a todos os filmes indicados, esse já é o meu favorito para o Oscar de melhor filme. Conhecendo a Academia, creio que não levará nenhuma estatueta, o que não diminui em nada a beleza e complexidade de um filme tão sensível capaz de captar o quanto somos vulneráveis e não sabemos enfrentar relações reais, ficando presos à pseudo felicidade que as redes sociais nos oferecem.
Por que generalizo tal afirmação? Na verdade não sou eu quem o faço. Essa foi uma das notícias do dia 22 de janeiro de 2014: “Pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo revela que cerca de 8 milhões de brasileiros são viciados em internet”. Sem questionar os instrumentos de medida de tal pesquisa, reflito... Será que essa dependência cibernética é causada pelo medo de uma relação frente a frente e olho no olho? Pelo comodismo de não ter que sair do lugar para encarar o mundo fora da nossa bolha? Ou será fruto de uma sociedade de consumo desenfreado onde pessoas e coisas são descartáveis? Não sei. Mas há tempos pesquisas, relatos e fatos demonstram que vivemos em um mundo de pessoas solitárias numa multidão de solitários.
E se nos deixamos viciar por uma internet que ainda não alcançou nem ao menos uma conexão decente, imagine então o que aconteceria se tivéssemos acesso a “Ela”? Um sistema operacional que organiza a sua vida, cuida não só dos seus compromissos, mas de suas necessidades diárias. É programado para atende-lo quando você precisa se alimentar, dormir, sorrir, e principalmente, consolá-lo nos momentos de solidão. Além disso, capta suas preferências, seu tom de voz, sua personalidade e suas manias. Te redime da culpa de relacionamentos fracassados. E ainda assim, demonstra amor, carinho e empolgação pelo mundo que você apresenta, sussurando no seu ouvido com a voz da Scarlett Johansson (ou a nível de imaginação, para quem preferir, com a voz do Javier Bardem) todas as impressões diárias de forma inteligente, divertida e suave.
Na boa...Acho que o relacionamento amoroso entre o homem e a máquina seria mais comum que cinco pessoas numa mesa de bar digitando ininterruptamente no whatsapp sem trocar um olhar ou terminar uma frase.
Após ver o filme fui buscar uma explicação no sociólogo Zygmunt Bauman (mais bambambam no tema) que afirma que: “Os contatos online têm uma vantagem sobre os offline, pois são mais fáceis e menos arriscados. Eles tornam mais fácil se conectar e se desconectar. Casos as coisas fiquem “quentes” demais para o conforto, você pode simplesmente desligar, sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, sem censuras ou culpa. Atrás do seu laptop ou iPhone, com fones no ouvido, você pode se cortar fora dos desconfortos do mundo offline […] O problema é que, quanto mais você busca fugir dos inconvenientes da vida offline, maior será a tendência a se desconectar”.
A afirmação de Baumam fica evidente quando em uma das cenas do filme, a ex-mulher do personagem principal, desabafa: “Você sempre quis que eu fosse uma pessoa equilibrada, feliz, leve. Que sempre acha que está tudo bem. Essa não sou eu […] Você sempre quis ter uma esposa sem ter os desafios de lidar com coisas reais”.
Realmente o filme inspira longas discussões, principalmente se abordarmos a estética “clean” que mescla valores tradicionais, contemporaneos e futuristas. Um local culturamente híbrido (impressionante o número de orientais no filme) onde, aparentemente, diversas questões já foram resolvidas (preconceito, meio ambiente, economia...). Além disso, a trilha sonora e a fotografia são impecáveis!
Sem dúvida é um filme que verei inúmeras vezes com as pessoas que amo, pois a sensibilidade de Spike Jonze nos monstra claramente que temos que enfrentar os desafios reais e não há como lutar contra as adversidades da vida sozinho, sem a ajuda de amigos fiéis, sem um companheiro de vida, pronto para compartilhar os altos e baixos.
Parafraseando a frase final do filme “Into the Wild”: “A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
Woody Allen ressurge em plena forma na sua crítica social, ou melhor, tragicomédia "Blue Jasmine", debochando das ilusões e futilidades de quem se sente superior pelo seu poder aquisitivo ou pelo seu "status" (embora muitas vezes nem os tenha!). Como é bom ver o talento que só ele tem para retratar tão perfeitamente personagens cotidianos (neuróticos, nervosos, enfim...comuns!). Afinal quem não conhece uma "Jasmine" que tira onda por muito menos sem dar-se conta do quanto seu universo é banal? A brilhante atuação de Cate Blanchertt domina todas as cenas com oscilações incríveis de suas emoções e ilusões. Enfim...um encontro de MONSTROS do cinema contemporâneo.
Literalmente alucinante! Não sei porque demorei tanto para ver esse filme... É simplesmente genial e perturbador! Fiquei horas lendo as curiosidades e críticas, até descobrir que o remake de Spike Lee será lançado ainda esse ano. Eu gosto do Lee, mas para que um remake americano ao invés de preservar a ótica criativa de Chanwook sobre o mangá original? Diante disso, não posso deixar de mencionar os comentários de Érico Borgo (Omelete) em maio de 2005:
"Curiosamente, Chanwook era estudante de filosofia antes de seguir carreira como cineasta. A opção prévia se esconde no fundo de seu pesadelo pop numa discussão subversiva sobre moral e responsabilidade. E pensar que a puritana Hollywood planeja refilmá-lo... ha!" (ha 2x)
Estou lendo o mangá original e achei bem diferente, mas não menos interessante. Quem quiser conferir, aí vai o link: http://centraldemangas.com.br/online/old-boy/001#1
Um filme comovente e absolutamente necessário! A trama é inspirada numa história real de um casal (prefiro não usar rótulos), que toma conta de um adolescente com síndroma de down, após ter sido abandonado e negligenciado pela sua mãe viciada em drogas. Emocionante, sensível e com ótimas atuações, esse filme é uma "lente de aumento" para quem não tenta entender o exercício dos direitos humanos e mistura esferas religiosas e civis.
"Ninguém quer adotar um baixinho gordo com deficiência mental. Ninguém no mundo inteiro o quer! Exceto nós. Nós o queremos. Nós o amamos. Vamos cuidar dele e educá-lo. Mantê-lo seguro e torná-lo um bom homem. Não é o que ele merece? Não é o que toda criança merece?"
Única coisa a dizer depois de um belíssimo filme de Radu Mihaileanu com Mélanie Laurent, Aleksei Guskov e um magnífico concerto de Tchaikovsky: "Bravo! Bravo! Bravíssimo!"
Ótimas atuações, fotografia e roteiro. Curti muito a adaptação e posso dizer que o filme superou as minhas expectativas. Rene Sampaio se saiu muitíssimo bem em seu primeiro longa.Tecnicamente impecável! A cena inspirada em “Janela Indiscreta” de Hitchcock tb é alucinante! Mas não dá pra deixar comentar que o Fabrício Boliveira tá a cara do Django!rsrs
O filme é sublime! Conta a história da fotógrafa Diane Arbus e a sua paixão pelo grotesco e pelo belo, mostrando como descobrir o outro e a si mesmo além da "pele que habitamos". Fiquei emocionada com a atuação e o olhar de Robert Downey Jr. no papel de Lionel. Como não conhecia essa fotógrafa, fui pesquisar e fiquei ainda mais surpresa com a qualidade do seu trabalho. Um marco para a fotografia contemporânea. Outra coisa bem legal, foi descobrir que o gênio Stanley Kubrick inspirou-se numa fotografia de Diane Arbus, chamada "Identical Twins, Roselle, N. J. 1967", para compor as gêmeas idênticas e "sinistras" do filme O Iluminado.
"...sublime é tudo o que é grandioso e exalta a alma, seja belo ou feio. Assim, enquanto alguns procuram retratar o belo, outros buscam o sublime em suas criações". Fonte:
Sou suspeita para falar, pois não via a hora de ver o terceiro filme...Robert Downey Jr. sempre é incrível! Amo o Tony Stark! Sem dúvida assistirei de novo!
Amo rever a trilogia e mesmo que não ache a parte III no mesmo nível dos outros, ainda assim, é um filme espetacular! A sequencia ao som da ópera Cavalleria Rusticana foi a única que me fez chorar. Além disso, a clássica cena de Tony cantando o tema do The Godfather é uma das melhores do cinema!
Fiquei completamente apaixonada pelo filme e pelo casal Tiffany e Pat. Ouso dizer que em raros momentos um diretor conseguiu se aproximar tanto de histórias reais - pessoas comuns com depressão, bipolaridade...carência sexo afetiva...frustrações, medos - sem tornar-se caricata. O "lado bom da vida" é que no fundo todo mundo deseja amar e ser feliz. Excelsior!
A produção é muito boa, o acabamento, os detalhes e as cenas finais do show são ótimas! O difícil é chegar até lá, pois a "história" é bem fraquinha. Cenas arrastadas, longas e se nenhuma graça ou sentido. Mas se conseguir aguentar, valerá a pena para ouvir "Going up" que virou minha trilha sonora! Vale todo filme!
Vencedor do Oscar e Globo de Ouro 2012 na categoria Melhor Ator Coadjuvante por seu personagem nesse filme, Christopher Plummer está no auge da sua performance e maturidade. Ele consegue fugir dos clichês de personagens gays, sendo simples, leve e profundamente sensível. Em meio a flashbacks e um roteiro não linear, Mills consegue comover e encantar abordando temas centrais como liberdade, felicidade e amor, encarando a dor e a tristeza como parte desse processo. O olhar profundo de Ewan McGregor e o cachorrinho em quase todas as cenas são um show a parte. E ainda, amei o roteiro e a trilha sonora!
El Camino: Um Filme de Breaking Bad
3.7 843 Assista AgoraDesnecessário. A série, por si só, já é brilhante. O filme, não acrescenta nada.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraPara variar...Alejandro González Iñárritu brilhante!
Cássia Eller
4.5 308Uma única palavra. A mais difícil para Cássia, mas a que melhor a define: ternura!
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraSensacional! Saí do cinema "adrenalizada" com todas as histórias e a mil pensando em cada detalhe primoroso do filme.
O Juiz
3.8 783 Assista AgoraRobert Downey Jr. e Robert Duvall, para variar, magníficos! Atuações emocionantes. E assim como, todas as cartas de amor são ridículas, todos os dramas familiares são clichês. E não seriam dramas familiares se não fossem clichês. Nos créditos finais, as lágrimas ao ouvir “The Scientist” da banda Coldplay foram inevitáveis.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0K"O Grande Hotel Budapeste" mistura uma comédia sofisticada a um thriller policial que de forma inteligente e perspicaz conta uma bela história de amizade. Destaque para a nostálgica fotografia e a participação de um elenco surpreendente de estrelas...Edward Norton, Jude Law, Ralph Fiennes...
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraAchei "Nebraska" um filme incrível! Roteiro,fotografia e trilha sonora impecáveis. Alexander Payne desmistifica a concepção de que a velhice está associada à sabedoria e experiência. E que sonhos, manias e crenças continuam os mesmos. Questões sensíveis são abordadas ... Como a dificuldade em demonstrar afeto nas relações familiares, a difícil convivência com os demais e a constatação de um amor incondicional e puro.
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KGostei, mas acho que passa longe de ser o melhor filme do ano. Ainda prefiro Ela, Gravidade e Clube de Compras de Dallas. Li alguns trechos do livro, como a parte em que ele se descobre acorrentado ao acordar e achei muito mais emocionante que o filme. Como um roteiro adaptado acho que poderia ter sido explorada outras poéticas, uma trilha sonora mais intensa, atemporalidade das cenas e contrastes já que o propósito era tocar o espectador...Achei as mais de duas horas entediantes, com uma narrativa lenta e muitoooo fragmentada. Prefiro muito mais "Django Livre" do Tarantino que deve ter a mesma duração e não te deixa piscar os olhos!! Mas tenho que tirar o chapéu para Lupita Nyong'o que atua muito bem e fez por merecer o Oscar de atriz coadjuvante.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraFilmaço! Só posso dizer uma coisa...Jared Leto terá seu talento reconhecido e levará o Oscar de melhor ator coadjuvante. Up In The Air!
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraParece que Thomas Vinterberg finalmente conseguiu realizar uma obra dentro dos padrões do movimento Dogma 95. “A Caça” causa agonia, raiva e um nó na garganta que demora a passar...Uma "mentirinha" de criança que revela o quão vulneráveis podemos ser. E como a vida de um homem pode desmoronar de uma hora para outra. Condenado a um estigma que nunca será esquecido...Mads Mikkelsen (Lucas) merecia um Oscar só por causa da imensa dor e verdade que consegue transmitir em seu olhar.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraTive a felicidade, ou melhor, a sorte de me deparar com um filme incrível chamado “Ela” – Her (2013) - dirigido pelo louquíssimo e genial Spike Jonze, também diretor do filme “Quero Ser John Malkovich” (ou seja, espere tudo de mais bizarro!). Embora ainda não tenha assistido a todos os filmes indicados, esse já é o meu favorito para o Oscar de melhor filme. Conhecendo a Academia, creio que não levará nenhuma estatueta, o que não diminui em nada a beleza e complexidade de um filme tão sensível capaz de captar o quanto somos vulneráveis e não sabemos enfrentar relações reais, ficando presos à pseudo felicidade que as redes sociais nos oferecem.
Por que generalizo tal afirmação? Na verdade não sou eu quem o faço. Essa foi uma das notícias do dia 22 de janeiro de 2014: “Pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo revela que cerca de 8 milhões de brasileiros são viciados em internet”. Sem questionar os instrumentos de medida de tal pesquisa, reflito... Será que essa dependência cibernética é causada pelo medo de uma relação frente a frente e olho no olho? Pelo comodismo de não ter que sair do lugar para encarar o mundo fora da nossa bolha? Ou será fruto de uma sociedade de consumo desenfreado onde pessoas e coisas são descartáveis? Não sei. Mas há tempos pesquisas, relatos e fatos demonstram que vivemos em um mundo de pessoas solitárias numa multidão de solitários.
E se nos deixamos viciar por uma internet que ainda não alcançou nem ao menos uma conexão decente, imagine então o que aconteceria se tivéssemos acesso a “Ela”? Um sistema operacional que organiza a sua vida, cuida não só dos seus compromissos, mas de suas necessidades diárias. É programado para atende-lo quando você precisa se alimentar, dormir, sorrir, e principalmente, consolá-lo nos momentos de solidão. Além disso, capta suas preferências, seu tom de voz, sua personalidade e suas manias. Te redime da culpa de relacionamentos fracassados. E ainda assim, demonstra amor, carinho e empolgação pelo mundo que você apresenta, sussurando no seu ouvido com a voz da Scarlett Johansson (ou a nível de imaginação, para quem preferir, com a voz do Javier Bardem) todas as impressões diárias de forma inteligente, divertida e suave.
Na boa...Acho que o relacionamento amoroso entre o homem e a máquina seria mais comum que cinco pessoas numa mesa de bar digitando ininterruptamente no whatsapp sem trocar um olhar ou terminar uma frase.
Após ver o filme fui buscar uma explicação no sociólogo Zygmunt Bauman (mais bambambam no tema) que afirma que: “Os contatos online têm uma vantagem sobre os offline, pois são mais fáceis e menos arriscados. Eles tornam mais fácil se conectar e se desconectar. Casos as coisas fiquem “quentes” demais para o conforto, você pode simplesmente desligar, sem necessidade de explicações complexas, sem inventar desculpas, sem censuras ou culpa. Atrás do seu laptop ou iPhone, com fones no ouvido, você pode se cortar fora dos desconfortos do mundo offline […] O problema é que, quanto mais você busca fugir dos inconvenientes da vida offline, maior será a tendência a se desconectar”.
A afirmação de Baumam fica evidente quando em uma das cenas do filme, a ex-mulher do personagem principal, desabafa: “Você sempre quis que eu fosse uma pessoa equilibrada, feliz, leve. Que sempre acha que está tudo bem. Essa não sou eu […] Você sempre quis ter uma esposa sem ter os desafios de lidar com coisas reais”.
Realmente o filme inspira longas discussões, principalmente se abordarmos a estética “clean” que mescla valores tradicionais, contemporaneos e futuristas. Um local culturamente híbrido (impressionante o número de orientais no filme) onde, aparentemente, diversas questões já foram resolvidas (preconceito, meio ambiente, economia...). Além disso, a trilha sonora e a fotografia são impecáveis!
Sem dúvida é um filme que verei inúmeras vezes com as pessoas que amo, pois a sensibilidade de Spike Jonze nos monstra claramente que temos que enfrentar os desafios reais e não há como lutar contra as adversidades da vida sozinho, sem a ajuda de amigos fiéis, sem um companheiro de vida, pronto para compartilhar os altos e baixos.
Parafraseando a frase final do filme “Into the Wild”: “A felicidade só é verdadeira quando compartilhada."
De preferência, com alguém de carne e osso.
Blue Jasmine
3.7 1,7K Assista AgoraWoody Allen ressurge em plena forma na sua crítica social, ou melhor, tragicomédia "Blue Jasmine", debochando das ilusões e futilidades de quem se sente superior pelo seu poder aquisitivo ou pelo seu "status" (embora muitas vezes nem os tenha!). Como é bom ver o talento que só ele tem para retratar tão perfeitamente personagens cotidianos (neuróticos, nervosos, enfim...comuns!). Afinal quem não conhece uma "Jasmine" que tira onda por muito menos sem dar-se conta do quanto seu universo é banal? A brilhante atuação de Cate Blanchertt domina todas as cenas com oscilações incríveis de suas emoções e ilusões. Enfim...um encontro de MONSTROS do cinema contemporâneo.
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraLiteralmente alucinante! Não sei porque demorei tanto para ver esse filme... É simplesmente genial e perturbador! Fiquei horas lendo as curiosidades e críticas, até descobrir que o remake de Spike Lee será lançado ainda esse ano. Eu gosto do Lee, mas para que um remake americano ao invés de preservar a ótica criativa de Chanwook sobre o mangá original? Diante disso, não posso deixar de mencionar os comentários de Érico Borgo (Omelete) em maio de 2005:
"Curiosamente, Chanwook era estudante de filosofia antes de seguir carreira como cineasta. A opção prévia se esconde no fundo de seu pesadelo pop numa discussão subversiva sobre moral e responsabilidade. E pensar que a puritana Hollywood planeja refilmá-lo... ha!" (ha 2x)
Estou lendo o mangá original e achei bem diferente, mas não menos interessante. Quem quiser conferir, aí vai o link: http://centraldemangas.com.br/online/old-boy/001#1
Um Dia Desses
4.3 189Um filme comovente e absolutamente necessário!
A trama é inspirada numa história real de um casal (prefiro não usar rótulos), que toma conta de um adolescente com síndroma de down, após ter sido abandonado e negligenciado pela sua mãe viciada em drogas. Emocionante, sensível e com ótimas atuações, esse filme é uma "lente de aumento" para quem não tenta entender o exercício dos direitos humanos e mistura esferas religiosas e civis.
"Ninguém quer adotar um baixinho gordo com deficiência mental. Ninguém no mundo inteiro o quer! Exceto nós. Nós o queremos. Nós o amamos. Vamos cuidar dele e educá-lo. Mantê-lo seguro e torná-lo um bom homem. Não é o que ele merece? Não é o que toda criança merece?"
O Concerto
4.1 278 Assista AgoraÚnica coisa a dizer depois de um belíssimo filme de Radu Mihaileanu com Mélanie Laurent, Aleksei Guskov e um magnífico concerto de Tchaikovsky: "Bravo! Bravo! Bravíssimo!"
Faroeste Caboclo
3.2 2,4KÓtimas atuações, fotografia e roteiro. Curti muito a adaptação e posso dizer que o filme superou as minhas expectativas. Rene Sampaio se saiu muitíssimo bem em seu primeiro longa.Tecnicamente impecável! A cena inspirada em “Janela Indiscreta” de Hitchcock tb é alucinante! Mas não dá pra deixar comentar que o Fabrício Boliveira tá a cara do Django!rsrs
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KMorníssimo!!!
A Pele
3.6 264O filme é sublime! Conta a história da fotógrafa Diane Arbus e a sua paixão pelo grotesco e pelo belo, mostrando como descobrir o outro e a si mesmo além da "pele que habitamos". Fiquei emocionada com a atuação e o olhar de Robert Downey Jr. no papel de Lionel. Como não conhecia essa fotógrafa, fui pesquisar e fiquei ainda mais surpresa com a qualidade do seu trabalho. Um marco para a fotografia contemporânea. Outra coisa bem legal, foi descobrir que o gênio Stanley Kubrick inspirou-se numa fotografia de Diane Arbus, chamada "Identical Twins, Roselle, N. J. 1967", para compor as gêmeas idênticas e "sinistras" do filme O Iluminado.
"...sublime é tudo o que é grandioso e exalta a alma, seja belo ou feio. Assim, enquanto alguns procuram retratar o belo, outros buscam o sublime em suas criações". Fonte:
Homem de Ferro 3
3.5 3,4K Assista AgoraSou suspeita para falar, pois não via a hora de ver o terceiro filme...Robert Downey Jr. sempre é incrível! Amo o Tony Stark! Sem dúvida assistirei de novo!
Bonequinha de Luxo
4.1 1,7K Assista Agora"Moon River"...*muitos suspiros
O Poderoso Chefão: Parte III
4.2 1,1K Assista AgoraAmo rever a trilogia e mesmo que não ache a parte III no mesmo nível dos outros, ainda assim, é um filme espetacular! A sequencia ao som da ópera Cavalleria Rusticana foi a única que me fez chorar. Além disso, a clássica cena de Tony cantando o tema do The Godfather é uma das melhores do cinema!
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista AgoraFiquei completamente apaixonada pelo filme e pelo casal Tiffany e Pat. Ouso dizer que em raros momentos um diretor conseguiu se aproximar tanto de histórias reais - pessoas comuns com depressão, bipolaridade...carência sexo afetiva...frustrações, medos - sem tornar-se caricata. O "lado bom da vida" é que no fundo todo mundo deseja amar e ser feliz. Excelsior!
O Pior Trabalho do Mundo
2.8 543 Assista AgoraA produção é muito boa, o acabamento, os detalhes e as cenas finais do show são ótimas! O difícil é chegar até lá, pois a "história" é bem fraquinha. Cenas arrastadas, longas e se nenhuma graça ou sentido. Mas se conseguir aguentar, valerá a pena para ouvir "Going up" que virou minha trilha sonora! Vale todo filme!
Toda Forma de Amor
4.0 1,0K Assista AgoraVencedor do Oscar e Globo de Ouro 2012 na categoria Melhor Ator Coadjuvante por seu personagem nesse filme, Christopher Plummer está no auge da sua performance e maturidade. Ele consegue fugir dos clichês de personagens gays, sendo simples, leve e profundamente sensível. Em meio a flashbacks e um roteiro não linear, Mills consegue comover e encantar abordando temas centrais como liberdade, felicidade e amor, encarando a dor e a tristeza como parte desse processo. O olhar profundo de Ewan McGregor e o cachorrinho em quase todas as cenas são um show a parte. E ainda, amei o roteiro e a trilha sonora!