Um contraposto de "Azul é a Cor Mais Quente". Belíssimo filme francês abordando a temática LGBT e o emponderamento feminino. E o mais importante: sem a hipersexualização da mulher.
Torço o nariz pra esses filmes com temática LGBT que reafirmam comportamentos heteronormativos. A princípio, fiquei bastante apreensiva com o relacionamento da Carole e seu esposo, já estava destilando veneno no meu pensamento:
"POR QUE RAIOS UM RELACIONAMENTO HÉTERO TEM SEMPRE QUE SER DESTRUÍDO POR UMA LÉSBICA NOS FILMES?", mas depois parei, ponderei, e enxerguei a descontrução aí também. Considero isso um problema nos demais filmes, porque coloca a mulher homossexual em uma posição de vilã, destruidora de lares e deturpadora de valores, onde entra a dualidade de caminhos, o caminho da virtude e o caminho da perversão. Mas, por mais que Carole possuísse um relacionamento heterossexual, ela era feminista, a desconstrução está justamento nesse estereótipo de que feminista é lésbica ou necessariamente sente atração por mulheres. É um conceito errôneo, mas muito comum e difundido por pessoas leigas (eufemismo de ignorante). Além do mais, pelo fato da Delphine ter um trabalho braçal e a Carole intelectual, pensei que teria um "homem da relação", mas não, mesmo com as diferenças, ambas ficam no mesmo patamar.
Vi alguém levantando a problemática da Delphine se mostrar independente e destemida no começo e logo em seguida se retrair, ser mais conservadora e se acovardar. Achei super plausível, visto que no começo, quando ela vai pra cidade, ela está inserida em um núcleo que dá suporte à emancipação, à ruptura da submissão feminina e a apresenta ao novo, além da mentalidade das pessoas da cidade ser mais aberta, e ela estar longe da família. É óbvio que quando voltasse para o campo, se deparasse com pessoas conservadoras, com pensamentos retrógrados, isso mudaria! Sem contar o peso das responsabilidades e do vínculo afetivo com os pais, que a aprisiona.
"Não podemos voltar atrás. Só podemos avançar", essa citação da carta se encaixa perfeitamente no contexto histórico em que elas estão vivendo, é uma alusão à luta das mulheres, sempre em frente, nunca para trás. Lindo! Carole teve suas conquistas, anos depois, mesmo tardando um pouco, Delphine também teve a sua.
Pisa menos em dramas hollywoodianos, doramas coreanos (sim, sempre farei questão de lembrar que Hollywood não é a única e hegemônica produtora de cinema). Chorei até quando eles estavam felizes, de ver a simplicidade do amor, de como é fácil construir algo bonito quando há reciprocidade e comprometimento. Chorei tanto que deu até dor de cabeça. É bom pegar o amor dos outros emprestado, de vez em quando. É bom lembrarmos que amor não é essas migalhas que nos oferecem por aí.
Pensei que a Hana não conseguiria cuidar dos filhos sem o marido, mas ela se mostrou uma mulher incrível. Fiquei apreensiva, pois costumo subestimar mães jovens e que não têm o apoio da família, mas ela, mesmo com toda sua fragilidade e limitações humanas, buscou o melhor para os filhos e deu duro por isso, soube criá-los da melhor maneira possível e sem ajuda de ninguém, lidou muito bem frente ao novo e ao desconhecido. Lindo filme! <3 Uma metáfora muito linda sobre a vida real. Animações japonesas sempre uma caixinha de surpresas maravilhosas.
Pensei que nunca me decepcionaria assistindo uma animação, mas "O Poderoso Chefinho" tava aí pra provar o contrário. Fraco! O que me segurou no banco do cinema foi o dinheiro que eu paguei pela entrada.
O filme mudo deixa um leque de interpretações aberto ao espectador. Não senti a falta de diálogos hora nenhuma, pois a trilha sonora impecável se encarrega de narrar toda a história e nuance de sentimentos do personagem de forma suave, tal como a marola das ondas. Como sempre, as paisagens dos filmes do Studio Ghibli são impecáveis! Valorizo muito esse apelo estético para retratar a grandeza da natureza, o que podemos observar em todos os filmes do estúdio; a natureza é sempre retratada com imponência frente ao homem.
Em relação à interpretação do filme, podemos enxergar nitidamente na parte dos violinistas um prelúdio à loucura. O homem como ser social, muitos dias de isolamento o leva a extremos, buscando uma válvula de escape. O fato das embarcações sempre naufragarem, não acho que tenha sido provocado pela tartaruga, e sim pela falta de estrutura e força da água, tanto é que nas primeiras vezes ele procura com a cabeça dentro da água e não encontra nada, e na vez que avistou a tartaruga, ela só estava no lugar errado e na hora errada, e no anseio de sair da ilha e toda pressão do isolamento social, ele desconta na pobre coitada sua ira e frustração. Quando percebeu que ficaria só caso a tartaruga morresse, ele busca desesperadamente desvirá-la, o romper do casco acho que significa o rompimento da resistência dele, o rompimento da raiva, e a transformação em mulher, o início do arrependimento, da possibilidade de convívio, do afeto, do amor e por isso ela é personificada e retratada como mulher. Com certeza tudo é fantasia da cabeça dele, mas, de fato, acredito que ele conseguiu conquistar a tartaruga para que eles convivessem tantos anos até sua morte. A parte que a mulher o alimenta com aquele molusco de dentro das conchas, é como ele vai aprendendo com os hábitos da tartaruga, visto que estava só se alimentando de água e jaca (?) Por isso também não vemos a participação da mulher em ajudá-lo a construir um abrigo, sempre ele, ela e o filho dormiam ao relento no mato. O filho vai embora sozinho porque é uma tartaruguinha, assim como acontece na desova e na vida das tartarugas filhotes, inclusive, deve ser por isso, que a mulher não o deixa ir salvar o filho quando ele cai na fenda das pedras, porque as tartarugas filhotes aprendem e percorrem seus caminhos sozinhas.
Muito obrigada, Park-Chan-Wook (I), por nos presentear com um filme dessa qualidade! O que é "azul é a cor mais quente" perto desse filme, mores? Inteligente, intenso, profundo, envolvente, erótico, um deleite de drama e suspense, carregado de plot twist maravilhosos!
Procure filmes hollywoodianos com a mesma qualidade, abordando o mesmo tema e falhe esmagadora e miseravelmente!
Há muito tempo eu buscava por um filme que me cativasse de tal maneira e me fizesse refletir. Perdi horas preciosas de sono, no entanto, ganhei uma pitadinha de felicidade plena e um breve abraço da compreensão. Quando critico o sistema, não é sobre posicionamento político, inclusive, sempre fui muito alheia a isso. É sobre os valores que cultivamos nessa sociedade tão avançada tecnologicamente, mas tão selvagem e truculenta.
Esse filme é simplesmente genial! Nunca fui boa em sociologia, mas pensei em Durkheim o tempo todo, na ação coercitiva do fato social. Ben, por criar os filhos de maneira isolada da sociedade, acabou privando-os das experiências empíricas e do convívio social, seus conhecimentos adivinham somente dos livros e ensinamentos dos pais, e por mais que o essencial fosse ensinado de maneira não convencional e perfeitamente assimilada, por sermos naturalmente sociais, o conhecimento dos filhos acabou se limitando nesse sentido, o que prejudicaria os filhos quando tivessem que ser reinseridos na sociedade.
Gostei bastante da crítica que o filme fez ao modo de vida contemporâneo, quando as crianças se deparam com pessoas gordas e questionam se elas estão doentes. Sim, de fato, o sobrepeso, a obesidade, é um produto do meio social. No filme, todos os dias o pai estimula os filhos a se exercitarem, logo, desde pequenos eles cultivam um modo de vida saudável, desenvolvem suas musculaturas, sem contar nos inúmeros benefícios que os exercícios físicos proporcionam. Mas exercícios não faz parte das nossas prioridades cotidianas! Alimentar o sistema é mais importante. E quando fazem, nosso estímulo geralmente se inicia por vaidade, pela busca de padrões estéticos. A sociedade produz porcarias entupidas de açúcar e/ou componentes que agem diretamente no nosso cérebro, nos faz viciar e nos entupirmos desses venenos que nos dão prazer e nos adoecem gradativamente.
É muito interessante como o equilíbrio é abordado no filme. Não podemos ser extremos e tentar fugir de todas as convenções sociais, porque também é prejudicial. E o problema de tudo isso não é a tecnologia, mas sim aonde a deturpação dos valores sociais e morais estão nos levando, para que futuro estamos caminhando.
Enfim, filme sensacional! Dá pra extrair e divagar sobre inúmeras vertentes! E tudo nele é perfeito, desde fotografia à trilha sonora, onde toca nada mais e nada menos do que SIGUR RÓS, que caiu como uma luva com o contexto abordado no filme e com os sentimentos que devem transcender à tela e despertar no telespectador.
"Quanto você é uma criança pobre, de uma família pobre, religião conta muito. E quando um padre lhe dá atenção, isso é um grande negócio. Ele pede para você coletar doações, ou tirar o lixo, e você se sente especial. É como se Deus lhe pedisse para ajudar. Talvez seja um pouco estranho quando ele conta uma piada suja, mas agora vocês têm um segredo juntos. E assim vai. Em seguida, mostra uma revista pornográfica. E assim você vai, e assim você vai... e assim continua. Até que um dia lhe pede para masturbá-lo ou chupá-lo. E você aceita porque se sente preso, porque ele prendeu você. É difícil dizer não a Deus, certo? Veja, é importante compreender que isto não é apenas o abuso físico, mas também é um abuso espiritual. Quando um padre faz isso com você, rouba-lhe a sua fé, então você vai pro álcool ou pras drogas. E se você não trabalha, você pula de uma ponte."
Coincidentemente havia assistido "O ABUTRE" dias atrás e perdido a fé no jornalismo, vendo o quão se tornou uma ferramenta parasitária e sensacionalista, o quão manipulada são as informações que chegam até nós. Sempre há o interesse maior de que alguém se beneficie. Mas, seguindo a lista do Oscar, cheguei em "SPOTLIGHT", e suspirei aliviada. Sei que não é mais o tipo de jornalismo comum, pois, como disse anteriormente, alguém tem que se beneficiar, o lucro é visado, e enfrentar instituições poderosas, como, no filme, a Igreja Católica, não é fácil. Você arrisca sua carreira, sua vida e às vezes até mesmo a vida dos seus familiares ou pessoas que amam. Estamos vivendo uma época em que a ignorância é uma dádiva, temos memórias curtas e covardia de sobra. Não queremos ser "desagradáveis", porque há um culto do banalismo, do supérfluo, do leviano. Esse filme toca na ferida da Igreja Católica e dos que se deixam alienar pela fé cega. Expõe crimes hediondos de padres que abusam de crianças. É indigesto, imoral, ninguém quer falar sobre essas coisas, afinal, são só laranjas podres no meio das boas. Uma vez ouvi dizer que quem cala, consente. É todo um sistema! Esses casos são "calados", varridos pra debaixo do tapete, e o filme ainda nos mostra mais, são consentidos pela Igreja. Sim, consentidos porque os padres tiram "licenças" e simplesmente depois de um tempo, retornam. As autoridades religiosas sabem, mas não punem, elas "tratam". Só me pergunto quem trata o trauma que essas crianças carregarão pro resto da vida. Algumas que nunca chegam a falar, se silenciam por toda a vida, porque possuem medo, são oprimidas, são aterrorizadas psicologicamente, é um tabu falar de abuso sexual cometidos por padres ou qualquer autoridade tida como "divina". O filme fala da Igreja Católica, mas sabemos que não é a única. Isso ocorre sim em outras instituições, não podemos simplesmente negar e fazer vista grossa. Tem coisa pior do que alguém usar da sua crença, da sua fé, como instrumento para alcançar meios sórdidos? Tem jogo mais sujo? A Igreja, de fato, promove muitas coisas boas ainda, mas não deveria fechar os olhos e acobertar o que acontece dentro delas, não devem usar as boas ações para justificarem as más, como se estivessem colocando a questão na balança, pra ver qual pesa mais. E se vocês pensam que é uma realidade distante, saibam de numerosos casos que ocorreram em Franca - SP, Arapiraca - AL, Mariana - MG e Rio de Janeiro - RJ, que aposto que a maioria de nós nunca nem ficamos sabendo.
"De modo nenhum acalente sua má ação. Rolar na sujeira não é o melhor meio de se limpar." ─ Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
E se você se sentiu ofendido, a porta da rua é serventia da casa!
Eddie Redmayne um forte candidato ao oscar pela excelente atuação, mas quem roubou a cena mesmo foi a Alicia Vikander. O que era essa LEALDADE da Gerda?
Empregado(a) bom é empregado(a) condizente, que assente com a cabeça e responde "sim, senhor(a)", empregado(a) que não contesta, simplesmente abraça a servidão e se põe no seu lugar.
Pobre que é pobre tem que continuar pobre, ascensão social incomoda, ameaça o sangue azul da high society. Pobre não pode entrar em faculdade renomada, afinal, lá não é lugar de pobre.
Pobre rato.
Um filme carregado de críticas sociais que ficam ainda mais evidentes com o desenrolar da trama, no entanto, singelo e cativante. Quem é que não se encanta com a simplicidade e a ingenuidade de Val?
— Que horas ela volta? Quando o ciclo vicioso se quebrar. Talvez a hora que essa sociedade louca desacelerar. Talvez a hora em que a cegueira passar, e o supérfluo e fútil se dissipar.
Que filme do ##$@#$@#%#$%#$@! Apesar de ser ficção científica, adorei a maneira como ele levanta questões metafísicas que talvez serão questionadas em toda "eternidade" humana. Essa dualidade "Deus x Ciência" e como foi o desfecho de tudo, sem nenhuma teoria refutar uma a outra completamente, criando um cenário harmônico. O filme não se trata só de reafirmar a razão científica ou teológica, mas humana. Como o amor e lembranças podem transcender o mundo empírico. E pô, sempre achei olhos fascinantes, mas depois desse filme meu fascínio aumentou abruptamente. Fica aí uma questão legal de se refletir: "Os olhos são as janelas da alma".
Admiro professores como o Keating que tentam formar algo a mais nos alunos, despertar consciência para a essência e desafiar a mente a sair do seu estado de inércia; além de reproduzirem conteúdos maçantes incessantemente. Esse tradicionalismo obsoleto está até hoje arraigado na maioria dos sistemas acadêmicos, acredito que essa seja a maior causa da formação de profissionais vazios; pessoas vazias. O sucesso de um colégio é dado pela quantidade de aprovações no vestibular, quanto maior o prestígio dos cursos então... Isso é evidenciado em várias partes no filme,
quando o pai do Neil impõe que ele se forme em medicina pela Universidade de Harvard, quando em um diálogo do Mr. Nolan com o Keating ele diz que o importante é que os alunos passem no vestibular.
O melhor de tudo é como o Keating ensina o “CARPE DIEM”, não é de maneira inconsequente,
Pressionado, Cameron se volta contra Keating e os demais integrantes da Sociedade Dos Poetas Mortos se veem obrigados a assinar o termo atribuindo a responsabilidade pela atitude do Neil de se suicidar a Keating. Keating incitou uma nova forma de pensar, como vemos na oposição de alguns alunos a sua demissão, mas o sistema venceu
Se tivesse assistido antes, com certeza teria acertado a categoria de melhor atriz. Julianne Moore está um espetáculo! Conseguiu transferir e exteriorizar perfeitamente os sentimento de Alice pra gente. E esse final? Que vazio é esse que ficou?
"Lydia: Mom, can you tell me what the story was about? Alice: Love! Lydia: That's right mom... it was about love."
Um Belo Verão
3.9 115 Assista AgoraUm contraposto de "Azul é a Cor Mais Quente". Belíssimo filme francês abordando a temática LGBT e o emponderamento feminino. E o mais importante: sem a hipersexualização da mulher.
Torço o nariz pra esses filmes com temática LGBT que reafirmam comportamentos heteronormativos. A princípio, fiquei bastante apreensiva com o relacionamento da Carole e seu esposo, já estava destilando veneno no meu pensamento:
"POR QUE RAIOS UM RELACIONAMENTO HÉTERO TEM SEMPRE QUE SER DESTRUÍDO POR UMA LÉSBICA NOS FILMES?", mas depois parei, ponderei, e enxerguei a descontrução aí também. Considero isso um problema nos demais filmes, porque coloca a mulher homossexual em uma posição de vilã, destruidora de lares e deturpadora de valores, onde entra a dualidade de caminhos, o caminho da virtude e o caminho da perversão. Mas, por mais que Carole possuísse um relacionamento heterossexual, ela era feminista, a desconstrução está justamento nesse estereótipo de que feminista é lésbica ou necessariamente sente atração por mulheres. É um conceito errôneo, mas muito comum e difundido por pessoas leigas (eufemismo de ignorante). Além do mais, pelo fato da Delphine ter um trabalho braçal e a Carole intelectual, pensei que teria um "homem da relação", mas não, mesmo com as diferenças, ambas ficam no mesmo patamar.
Vi alguém levantando a problemática da Delphine se mostrar independente e destemida no começo e logo em seguida se retrair, ser mais conservadora e se acovardar. Achei super plausível, visto que no começo, quando ela vai pra cidade, ela está inserida em um núcleo que dá suporte à emancipação, à ruptura da submissão feminina e a apresenta ao novo, além da mentalidade das pessoas da cidade ser mais aberta, e ela estar longe da família. É óbvio que quando voltasse para o campo, se deparasse com pessoas conservadoras, com pensamentos retrógrados, isso mudaria! Sem contar o peso das responsabilidades e do vínculo afetivo com os pais, que a aprisiona.
"Não podemos voltar atrás. Só podemos avançar", essa citação da carta se encaixa perfeitamente no contexto histórico em que elas estão vivendo, é uma alusão à luta das mulheres, sempre em frente, nunca para trás. Lindo! Carole teve suas conquistas, anos depois, mesmo tardando um pouco, Delphine também teve a sua.
Um Momento para Recordar
4.3 157Pisa menos em dramas hollywoodianos, doramas coreanos (sim, sempre farei questão de lembrar que Hollywood não é a única e hegemônica produtora de cinema).
Chorei até quando eles estavam felizes, de ver a simplicidade do amor, de como é fácil construir algo bonito quando há reciprocidade e comprometimento. Chorei tanto que deu até dor de cabeça. É bom pegar o amor dos outros emprestado, de vez em quando. É bom lembrarmos que amor não é essas migalhas que nos oferecem por aí.
Crianças Lobo
4.4 339Pensei que a Hana não conseguiria cuidar dos filhos sem o marido, mas ela se mostrou uma mulher incrível. Fiquei apreensiva, pois costumo subestimar mães jovens e que não têm o apoio da família, mas ela, mesmo com toda sua fragilidade e limitações humanas, buscou o melhor para os filhos e deu duro por isso, soube criá-los da melhor maneira possível e sem ajuda de ninguém, lidou muito bem frente ao novo e ao desconhecido. Lindo filme! <3 Uma metáfora muito linda sobre a vida real. Animações japonesas sempre uma caixinha de surpresas maravilhosas.
Seu Nome
4.5 1,4K Assista AgoraQue filmão da porra!
O Poderoso Chefinho
3.4 521 Assista AgoraPensei que nunca me decepcionaria assistindo uma animação, mas "O Poderoso Chefinho" tava aí pra provar o contrário. Fraco! O que me segurou no banco do cinema foi o dinheiro que eu paguei pela entrada.
Um Homem Chamado Ove
4.2 383 Assista AgoraNa vida eu sou o Ove.
Below Her Mouth
2.9 162Enredo paupérrimo! Poderiam ter explorado mais. Mas não tenho o que reclamar da química das protagonistas haha
A Tartaruga Vermelha
4.1 392 Assista AgoraO filme mudo deixa um leque de interpretações aberto ao espectador. Não senti a falta de diálogos hora nenhuma, pois a trilha sonora impecável se encarrega de narrar toda a história e nuance de sentimentos do personagem de forma suave, tal como a marola das ondas.
Como sempre, as paisagens dos filmes do Studio Ghibli são impecáveis! Valorizo muito esse apelo estético para retratar a grandeza da natureza, o que podemos observar em todos os filmes do estúdio; a natureza é sempre retratada com imponência frente ao homem.
Em relação à interpretação do filme, podemos enxergar nitidamente na parte dos violinistas um prelúdio à loucura. O homem como ser social, muitos dias de isolamento o leva a extremos, buscando uma válvula de escape. O fato das embarcações sempre naufragarem, não acho que tenha sido provocado pela tartaruga, e sim pela falta de estrutura e força da água, tanto é que nas primeiras vezes ele procura com a cabeça dentro da água e não encontra nada, e na vez que avistou a tartaruga, ela só estava no lugar errado e na hora errada, e no anseio de sair da ilha e toda pressão do isolamento social, ele desconta na pobre coitada sua ira e frustração. Quando percebeu que ficaria só caso a tartaruga morresse, ele busca desesperadamente desvirá-la, o romper do casco acho que significa o rompimento da resistência dele, o rompimento da raiva, e a transformação em mulher, o início do arrependimento, da possibilidade de convívio, do afeto, do amor e por isso ela é personificada e retratada como mulher. Com certeza tudo é fantasia da cabeça dele, mas, de fato, acredito que ele conseguiu conquistar a tartaruga para que eles convivessem tantos anos até sua morte. A parte que a mulher o alimenta com aquele molusco de dentro das conchas, é como ele vai aprendendo com os hábitos da tartaruga, visto que estava só se alimentando de água e jaca (?) Por isso também não vemos a participação da mulher em ajudá-lo a construir um abrigo, sempre ele, ela e o filho dormiam ao relento no mato. O filho vai embora sozinho porque é uma tartaruguinha, assim como acontece na desova e na vida das tartarugas filhotes, inclusive, deve ser por isso, que a mulher não o deixa ir salvar o filho quando ele cai na fenda das pedras, porque as tartarugas filhotes aprendem e percorrem seus caminhos sozinhas.
Lion: Uma Jornada para Casa
4.3 1,9K Assista AgoraEu tô desidratada depois desse filme! Tô até bebendo água agora pra ver se repõe.
A Criada
4.4 1,3K Assista AgoraMuito obrigada, Park-Chan-Wook (I), por nos presentear com um filme dessa qualidade! O que é "azul é a cor mais quente" perto desse filme, mores? Inteligente, intenso, profundo, envolvente, erótico, um deleite de drama e suspense, carregado de plot twist maravilhosos!
Procure filmes hollywoodianos com a mesma qualidade, abordando o mesmo tema e falhe esmagadora e miseravelmente!
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraDa série de filmes que expandem sua compreensão do silêncio e sua profundidade.
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraHá muito tempo eu buscava por um filme que me cativasse de tal maneira e me fizesse refletir. Perdi horas preciosas de sono, no entanto, ganhei uma pitadinha de felicidade plena e um breve abraço da compreensão. Quando critico o sistema, não é sobre posicionamento político, inclusive, sempre fui muito alheia a isso. É sobre os valores que cultivamos nessa sociedade tão avançada tecnologicamente, mas tão selvagem e truculenta.
Esse filme é simplesmente genial! Nunca fui boa em sociologia, mas pensei em Durkheim o tempo todo, na ação coercitiva do fato social. Ben, por criar os filhos de maneira isolada da sociedade, acabou privando-os das experiências empíricas e do convívio social, seus conhecimentos adivinham somente dos livros e ensinamentos dos pais, e por mais que o essencial fosse ensinado de maneira não convencional e perfeitamente assimilada, por sermos naturalmente sociais, o conhecimento dos filhos acabou se limitando nesse sentido, o que prejudicaria os filhos quando tivessem que ser reinseridos na sociedade.
Gostei bastante da crítica que o filme fez ao modo de vida contemporâneo, quando as crianças se deparam com pessoas gordas e questionam se elas estão doentes. Sim, de fato, o sobrepeso, a obesidade, é um produto do meio social. No filme, todos os dias o pai estimula os filhos a se exercitarem, logo, desde pequenos eles cultivam um modo de vida saudável, desenvolvem suas musculaturas, sem contar nos inúmeros benefícios que os exercícios físicos proporcionam. Mas exercícios não faz parte das nossas prioridades cotidianas! Alimentar o sistema é mais importante. E quando fazem, nosso estímulo geralmente se inicia por vaidade, pela busca de padrões estéticos. A sociedade produz porcarias entupidas de açúcar e/ou componentes que agem diretamente no nosso cérebro, nos faz viciar e nos entupirmos desses venenos que nos dão prazer e nos adoecem gradativamente.
É muito interessante como o equilíbrio é abordado no filme. Não podemos ser extremos e tentar fugir de todas as convenções sociais, porque também é prejudicial. E o problema de tudo isso não é a tecnologia, mas sim aonde a deturpação dos valores sociais e morais estão nos levando, para que futuro estamos caminhando.
Enfim, filme sensacional! Dá pra extrair e divagar sobre inúmeras vertentes! E tudo nele é perfeito, desde fotografia à trilha sonora, onde toca nada mais e nada menos do que SIGUR RÓS, que caiu como uma luva com o contexto abordado no filme e com os sentimentos que devem transcender à tela e despertar no telespectador.
Confissões
4.2 855Quando assisto um filme com uma atuação e roteiro desses, só consigo pensar: "PAREM DE SUPERESTIMAR HOLLYWOOD".
Spotlight - Segredos Revelados
4.1 1,7K Assista Agora"Quanto você é uma criança pobre, de uma família pobre, religião conta muito. E quando um padre lhe dá atenção, isso é um grande negócio. Ele pede para você coletar doações, ou tirar o lixo, e você se sente especial. É como se Deus lhe pedisse para ajudar. Talvez seja um pouco estranho quando ele conta uma piada suja, mas agora vocês têm um segredo juntos. E assim vai. Em seguida, mostra uma revista pornográfica. E assim você vai, e assim você vai... e assim continua. Até que um dia lhe pede para masturbá-lo ou chupá-lo. E você aceita porque se sente preso, porque ele prendeu você. É difícil dizer não a Deus, certo? Veja, é importante compreender que isto não é apenas o abuso físico, mas também é um abuso espiritual. Quando um padre faz isso com você, rouba-lhe a sua fé, então você vai pro álcool ou pras drogas. E se você não trabalha, você pula de uma ponte."
Coincidentemente havia assistido "O ABUTRE" dias atrás e perdido a fé no jornalismo, vendo o quão se tornou uma ferramenta parasitária e sensacionalista, o quão manipulada são as informações que chegam até nós. Sempre há o interesse maior de que alguém se beneficie. Mas, seguindo a lista do Oscar, cheguei em "SPOTLIGHT", e suspirei aliviada. Sei que não é mais o tipo de jornalismo comum, pois, como disse anteriormente, alguém tem que se beneficiar, o lucro é visado, e enfrentar instituições poderosas, como, no filme, a Igreja Católica, não é fácil. Você arrisca sua carreira, sua vida e às vezes até mesmo a vida dos seus familiares ou pessoas que amam. Estamos vivendo uma época em que a ignorância é uma dádiva, temos memórias curtas e covardia de sobra. Não queremos ser "desagradáveis", porque há um culto do banalismo, do supérfluo, do leviano.
Esse filme toca na ferida da Igreja Católica e dos que se deixam alienar pela fé cega. Expõe crimes hediondos de padres que abusam de crianças. É indigesto, imoral, ninguém quer falar sobre essas coisas, afinal, são só laranjas podres no meio das boas. Uma vez ouvi dizer que quem cala, consente. É todo um sistema! Esses casos são "calados", varridos pra debaixo do tapete, e o filme ainda nos mostra mais, são consentidos pela Igreja. Sim, consentidos porque os padres tiram "licenças" e simplesmente depois de um tempo, retornam. As autoridades religiosas sabem, mas não punem, elas "tratam". Só me pergunto quem trata o trauma que essas crianças carregarão pro resto da vida. Algumas que nunca chegam a falar, se silenciam por toda a vida, porque possuem medo, são oprimidas, são aterrorizadas psicologicamente, é um tabu falar de abuso sexual cometidos por padres ou qualquer autoridade tida como "divina".
O filme fala da Igreja Católica, mas sabemos que não é a única. Isso ocorre sim em outras instituições, não podemos simplesmente negar e fazer vista grossa.
Tem coisa pior do que alguém usar da sua crença, da sua fé, como instrumento para alcançar meios sórdidos? Tem jogo mais sujo?
A Igreja, de fato, promove muitas coisas boas ainda, mas não deveria fechar os olhos e acobertar o que acontece dentro delas, não devem usar as boas ações para justificarem as más, como se estivessem colocando a questão na balança, pra ver qual pesa mais.
E se vocês pensam que é uma realidade distante, saibam de numerosos casos que ocorreram em Franca - SP, Arapiraca - AL, Mariana - MG e Rio de Janeiro - RJ, que aposto que a maioria de nós nunca nem ficamos sabendo.
"De modo nenhum acalente sua má ação. Rolar na sujeira não é o melhor meio de se limpar." ─ Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)
E se você se sentiu ofendido, a porta da rua é serventia da casa!
A Garota Dinamarquesa
4.0 2,2K Assista AgoraEddie Redmayne um forte candidato ao oscar pela excelente atuação, mas quem roubou a cena mesmo foi a Alicia Vikander.
O que era essa LEALDADE da Gerda?
Que Horas Ela Volta?
4.3 3,0K Assista AgoraEmpregado(a) bom é empregado(a) condizente, que assente com a cabeça e responde "sim, senhor(a)", empregado(a) que não contesta, simplesmente abraça a servidão e se põe no seu lugar.
Pobre que é pobre tem que continuar pobre, ascensão social incomoda, ameaça o sangue azul da high society. Pobre não pode entrar em faculdade renomada, afinal, lá não é lugar de pobre.
Pobre
rato.
Um filme carregado de críticas sociais que ficam ainda mais evidentes com o desenrolar da trama, no entanto, singelo e cativante. Quem é que não se encanta com a simplicidade e a ingenuidade de Val?
— Que horas ela volta?
Quando o ciclo vicioso se quebrar. Talvez a hora que essa sociedade louca desacelerar. Talvez a hora em que a cegueira passar, e o supérfluo e fútil se dissipar.
O Universo No Olhar
4.2 1,3KQue filme do ##$@#$@#%#$%#$@!
Apesar de ser ficção científica, adorei a maneira como ele levanta questões metafísicas que talvez serão questionadas em toda "eternidade" humana. Essa dualidade "Deus x Ciência" e como foi o desfecho de tudo, sem nenhuma teoria refutar uma a outra completamente, criando um cenário harmônico. O filme não se trata só de reafirmar a razão científica ou teológica, mas humana. Como o amor e lembranças podem transcender o mundo empírico.
E pô, sempre achei olhos fascinantes, mas depois desse filme meu fascínio aumentou abruptamente. Fica aí uma questão legal de se refletir: "Os olhos são as janelas da alma".
Um Momento Pode Mudar Tudo
4.0 527 Assista grátisHilary Swank ganhando meu coração desde Boys Don't Cry. Ela e Emmy Rossum estão maravilhosas!
Sociedade dos Poetas Mortos
4.3 2,3K Assista AgoraAdmiro professores como o Keating que tentam formar algo a mais nos alunos, despertar consciência para a essência e desafiar a mente a sair do seu estado de inércia; além de reproduzirem conteúdos maçantes incessantemente. Esse tradicionalismo obsoleto está até hoje arraigado na maioria dos sistemas acadêmicos, acredito que essa seja a maior causa da formação de profissionais vazios; pessoas vazias. O sucesso de um colégio é dado pela quantidade de aprovações no vestibular, quanto maior o prestígio dos cursos então... Isso é evidenciado em várias partes no filme,
quando o pai do Neil impõe que ele se forme em medicina pela Universidade de Harvard, quando em um diálogo do Mr. Nolan com o Keating ele diz que o importante é que os alunos passem no vestibular.
pois ele reprime sutilmente a atitude do Charlie (Nuwanda) sobre atender “Deus” e dizer que é para permitir garotas no Welton.
Pressionado, Cameron se volta contra Keating e os demais integrantes da Sociedade Dos Poetas Mortos se veem obrigados a assinar o termo atribuindo a responsabilidade pela atitude do Neil de se suicidar a Keating. Keating incitou uma nova forma de pensar, como vemos na oposição de alguns alunos a sua demissão, mas o sistema venceu
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraSe tivesse assistido antes, com certeza teria acertado a categoria de melhor atriz. Julianne Moore está um espetáculo! Conseguiu transferir e exteriorizar perfeitamente os sentimento de Alice pra gente. E esse final? Que vazio é esse que ficou?
"Lydia: Mom, can you tell me what the story was about?
Alice: Love!
Lydia: That's right mom... it was about love."
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraMeu coração está em frangalhos!
Selma: Uma Luta Pela Igualdade
4.2 793"Ninguém vence a guerra sozinho, são necessários a sabedoria dos mais velhos e a energia dos jovens"
Impossível não criar/reforçar um sentimento de empatia com a luta desse povo durante séculos.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraFraco! Christian Bale desperdiçado.
Operação Big Hero
4.2 1,9K Assista AgoraTadashi ç_ç