Achei legal a crítica social e tal, e gosto da cena que eles tomam uma atitude e tentam mudar o sistema, bons minutos.
Contudo, a forma como é levado te prende no começo mas se torna cansativo, mal-explicado e aposta mais na tecla do lacre do que roteiro do filme.
Essa proposta me lembra um pouco aquele filme O Sistema (2013), com a Ellen Page, ambos têm uma mensagem mas entregam de forma forçada e, no caso do Poço, minha opinião é que se perdem no roteiro. Me deu a sensação de uma peça de teatro mal-adaptada.
Ia dar 2 estrelas mas deixei fermentar um pouco e acho que tem seus méritos.
Não indicaria como um bom filme, mas é um experimento sobre luto, solidão e crenças, com um plot paralelo que achei bem legal e se tivesse sido melhor explorado, poderia ter me conquistado
(o crime do Ingo, que se aproveita da fragilidade da personagem para enquadrá-la no assassinato através das mensagens "do além")
Mas o diretor claramente não tinha esse interesse em amarrar o roteiro, e sim levantar uma reflexão sobre a vida já fantasma da personagem. Não acho que fez isso super bem, o final tão aberto pra mim parece mais preguiçoso do que interativo com o público, mas achei uma proposta honesta de inovação, com boas sutilezas no filme como o contraste entre o metafísico e materialismo do mundo da moda.
Não acho que um filme que se baseia em um livro tem que seguir o mesmo roteiro. No entanto, acho que as mudanças feitas para esse filme feriram o feminismo da obra original.
O livro traz a reflexão que senhorinhas de hoje, as quais convivemos e nunca nem nos perguntamos sobre a profundidade da vida delas, muitas vezes foram mulheres fodas superando um mundo que as ofereceu diversas dificuldades.
Eurídice e Guida não íam à rua protestar por direitos e talvez sequer tivessem consciência da classe política que ocupavam, mas mesmo assim foram símbolos de resistência, não aceitaram o que as foi imposto, faziam diversas curvas no sistema para alcançar qualquer autonomia, para fazer de suas vidas realmente suas. No final da obra, são personagens as quais nos orgulhamos e que inspiram como mulheres.
As irmãs do filme são grandes vítimas desse mundão cruel: olha só os abusos dos homens, pobres mulheres de antigamente sua vida foi uma bosta, todos os seus sonhos frustrados, elas não podiam ser de forma alguma protagonistas de suas vidas.
Acho a cena com a Fernanda Montenegro a parte alta do filme e deviam ter feito uma história a partir desse enredo.
Triste, tristinha, e segurando muito pra não soltar "isso é o que dá pôr macho pra dirigir filme feminista" porque o Karim tem meu respeito em outros filmes (nesse não :(.
Como filme, é um ótimo ASMR kkkkk. Tem uma fotografia linda, um figurino com quê de cosplay e uma historinha enfadonha que só posso criticar até o primeiro cochilinho que eu dei. Talvez eu não seja espectadora pra esse filme, talvez ele só seja pedante mesmo. Nunca saberemos.
Como ninguém queria dar um papel complexo desse pro Bradley Cooper, ele mesmo se deu: e arrasou, se provando um puta ator. Agora, convenhamos: historinha clichê de garota que conhece um príncipe encantado que muda sua vida feat. cara problemático e solitário que se esforça para mudar graças a uma moçoila. Só porque o final não dá o que esse tipo de roteiro costuma prometer, não significa que fugiu disso.
Quanto a personagem da Gaga: Cooper devia estar tão focado em seu personagem que não quis dar uma personalidade esférica pra sua protagonista feminina. A garota parece ter uma série de convicções e críticas sobre o estrelato, mas depois esquecem disso e ela vira outra pessoa e fica por isso mesmo, não mostram nenhum desenvolvimento sobre o que passou na perspectiva dela. No final ela tá ally (rs) só pra ser sidekick de macho, esposa benevolente que perdoa e apoia até o fim, mas que nunca sua história é sobre ela.
As músicas de quando o filme tá na fase country rock n roll são show, dps você até esquece que é um filme musical com aqueles pop zoados.
Gente, onde encontro legendas em português sincronizadas?? Uma amiga minha quer mostrar pra mãe e n consegue de jeito nenhum com legendas em português. Poderia ser inline inclusive.
O roteiro é bom e os personagens muito interessantes. Cada protagonista tem uma personalidade diferenciada e desenvolvem relações afetivas muito distintas entre si.
Laura ama cegamente Fabrizio, sua falta de orgulho próprio faz com que ela aceite todas as humilhações para não ficar longe do menino . Fabrizio sente desprezo por Laura, a submissão da menina o irrita e ele a reage a torturando, mas não sente muito prazer nisso, costuma se arrepender depois, até porque inicialmente ela é sua única companhia feminina, com quem pode descarregar os desejos de sua puberdade. O aparecimento de Silvia muda a situação, ela,verdadeiramente sádica e egoísta, estimula uma maior crueldade em Fabrizio para com Laura.Silvia claramente não corresponde aos sentimentos de Fabrizio com mesma intensidade, gosta mais do sentimento de superioridade em relação a outra menina, que por sua vez a admira apesar dos ciúmes e das constantes agressões que sofre.
A tediosa maldade e a ambivalência das amizades desconstrói a mitificação idílica da infância como algo angelical, mas não deixa de retratar esses aspectos de forma pura e sincera, ou melhor dizendo, crua. Porém, apesar da riqueza da história, o filme em si não é muito bom, não há nada de muuuito especial na fotografia nem na trilha sonora.E o que achei pior foi realmente a questão das crianças. Não estou nem falando das questões éticas, que pelas cenas de sexo e de tortura aos animais nota-se um grande choque com os ideais da atualidade, me refiro à péssima atuação do filme. As crianças(com exceção de Lara Wendel) não são lá talentos mirins nas cenas comuns, e nas de sexo, embora estejam claramente confortáveis com a nudez, todos mostram que não têm familiaridade com o assunto e que é alguém atrás da câmera que havia dado instruções e notavelmente buscava sensualizar demais essas ações, perdendo a sinceridade da descoberta sexual que o roteiro parecia propor. Acho que daria um ótimo livro ou uma história em quadrinhos fantástica, mas como filme, realmente, foi muito pouco apreciável.
Para falar a verdade, poderia ter sido bem melhor. Primeiramente, a atriz tem não só o semblante como o jeito muito feminino, sendo impossível confundi-la com um homem. Oscar deveria ser uma personagem mais estoica e menos meiga. Um segundo ponto é que faltou um melhor desenvolvimento afetivo entre ela e a rainha, que tecnicamente é a relação mais importante da serie original... Me decepcionou na parte que mais me importava, porém não tenho queixas acerca do resto, principalmente do figurino.
Desinteressante. Não possui sequer um personagem cativante, e o belo figurino não compensa nem é dado a devida atenção. Não culpo as atuações de Seydoux ou de Kruger, o maior defeito do filme deve estar no roteiro. Em plena Revolução Francesa, temos uma Maria-Antonieta, não aterrorizada pela sua provável decapitação ou pelo destino de seus filhos, mas sim envolvida demais em sua paixonite lésbica pela personagem de Virginie Ledoyen, que aparece muda e sai calada, por sinal. Extremamente insatisfatório, sendo bem eclética, digo que o maior proveito que se pode ter do filme são o peito da Léa e o full view multiangular do corpo de Ledoyen, que tava lá só pra fazer isso mesmo...
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraAchei legal a crítica social e tal, e gosto da cena que eles tomam uma atitude e tentam mudar o sistema, bons minutos.
Contudo, a forma como é levado te prende no começo mas se torna cansativo, mal-explicado e aposta mais na tecla do lacre do que roteiro do filme.
Essa proposta me lembra um pouco aquele filme O Sistema (2013), com a Ellen Page, ambos têm uma mensagem mas entregam de forma forçada e, no caso do Poço, minha opinião é que se perdem no roteiro. Me deu a sensação de uma peça de teatro mal-adaptada.
Personal Shopper
3.1 384 Assista AgoraIa dar 2 estrelas mas deixei fermentar um pouco e acho que tem seus méritos.
Não indicaria como um bom filme, mas é um experimento sobre luto, solidão e crenças, com um plot paralelo que achei bem legal e se tivesse sido melhor explorado, poderia ter me conquistado
(o crime do Ingo, que se aproveita da fragilidade da personagem para enquadrá-la no assassinato através das mensagens "do além")
Mas o diretor claramente não tinha esse interesse em amarrar o roteiro, e sim levantar uma reflexão sobre a vida já fantasma da personagem. Não acho que fez isso super bem, o final tão aberto pra mim parece mais preguiçoso do que interativo com o público, mas achei uma proposta honesta de inovação, com boas sutilezas no filme como o contraste entre o metafísico e materialismo do mundo da moda.
A Vida Invisível
4.3 645Não acho que um filme que se baseia em um livro tem que seguir o mesmo roteiro. No entanto, acho que as mudanças feitas para esse filme feriram o feminismo da obra original.
O livro traz a reflexão que senhorinhas de hoje, as quais convivemos e nunca nem nos perguntamos sobre a profundidade da vida delas, muitas vezes foram mulheres fodas superando um mundo que as ofereceu diversas dificuldades.
Eurídice e Guida não íam à rua protestar por direitos e talvez sequer tivessem consciência da classe política que ocupavam, mas mesmo assim foram símbolos de resistência, não aceitaram o que as foi imposto, faziam diversas curvas no sistema para alcançar qualquer autonomia, para fazer de suas vidas realmente suas. No final da obra, são personagens as quais nos orgulhamos e que inspiram como mulheres.
As irmãs do filme são grandes vítimas desse mundão cruel: olha só os abusos dos homens, pobres mulheres de antigamente sua vida foi uma bosta, todos os seus sonhos frustrados, elas não podiam ser de forma alguma protagonistas de suas vidas.
Acho a cena com a Fernanda Montenegro a parte alta do filme e deviam ter feito uma história a partir desse enredo.
Triste, tristinha, e segurando muito pra não soltar "isso é o que dá pôr macho pra dirigir filme feminista" porque o Karim tem meu respeito em outros filmes (nesse não :(.
Unicórnio
3.0 50Como filme, é um ótimo ASMR kkkkk. Tem uma fotografia linda, um figurino com quê de cosplay e uma historinha enfadonha que só posso criticar até o primeiro cochilinho que eu dei. Talvez eu não seja espectadora pra esse filme, talvez ele só seja pedante mesmo. Nunca saberemos.
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraComo ninguém queria dar um papel complexo desse pro Bradley Cooper, ele mesmo se deu: e arrasou, se provando um puta ator. Agora, convenhamos: historinha clichê de garota que conhece um príncipe encantado que muda sua vida feat. cara problemático e solitário que se esforça para mudar graças a uma moçoila. Só porque o final não dá o que esse tipo de roteiro costuma prometer, não significa que fugiu disso.
Quanto a personagem da Gaga: Cooper devia estar tão focado em seu personagem que não quis dar uma personalidade esférica pra sua protagonista feminina. A garota parece ter uma série de convicções e críticas sobre o estrelato, mas depois esquecem disso e ela vira outra pessoa e fica por isso mesmo, não mostram nenhum desenvolvimento sobre o que passou na perspectiva dela. No final ela tá ally (rs) só pra ser sidekick de macho, esposa benevolente que perdoa e apoia até o fim, mas que nunca sua história é sobre ela.
As músicas de quando o filme tá na fase country rock n roll são show, dps você até esquece que é um filme musical com aqueles pop zoados.
Cinco Graças
4.3 329 Assista AgoraGente, onde encontro legendas em português sincronizadas?? Uma amiga minha quer mostrar pra mãe e n consegue de jeito nenhum com legendas em português. Poderia ser inline inclusive.
Maladolescenza
2.6 68O roteiro é bom e os personagens muito interessantes. Cada protagonista tem uma personalidade diferenciada e desenvolvem relações afetivas muito distintas entre si.
Laura ama cegamente Fabrizio, sua falta de orgulho próprio faz com que ela aceite todas as humilhações para não ficar longe do menino . Fabrizio sente desprezo por Laura, a submissão da menina o irrita e ele a reage a torturando, mas não sente muito prazer nisso, costuma se arrepender depois, até porque inicialmente ela é sua única companhia feminina, com quem pode descarregar os desejos de sua puberdade. O aparecimento de Silvia muda a situação, ela,verdadeiramente sádica e egoísta, estimula uma maior crueldade em Fabrizio para com Laura.Silvia claramente não corresponde aos sentimentos de Fabrizio com mesma intensidade, gosta mais do sentimento de superioridade em relação a outra menina, que por sua vez a admira apesar dos ciúmes e das constantes agressões que sofre.
Porém, apesar da riqueza da história, o filme em si não é muito bom, não há nada de muuuito especial na fotografia nem na trilha sonora.E o que achei pior foi realmente a questão das crianças. Não estou nem falando das questões éticas, que pelas cenas de sexo e de tortura aos animais nota-se um grande choque com os ideais da atualidade, me refiro à péssima atuação do filme. As crianças(com exceção de Lara Wendel) não são lá talentos mirins nas cenas comuns, e nas de sexo, embora estejam claramente confortáveis com a nudez, todos mostram que não têm familiaridade com o assunto e que é alguém atrás da câmera que havia dado instruções e notavelmente buscava sensualizar demais essas ações, perdendo a sinceridade da descoberta sexual que o roteiro parecia propor. Acho que daria um ótimo livro ou uma história em quadrinhos fantástica, mas como filme, realmente, foi muito pouco apreciável.
Lady Oscar
3.4 3Para falar a verdade, poderia ter sido bem melhor. Primeiramente, a atriz tem não só o semblante como o jeito muito feminino, sendo impossível confundi-la com um homem. Oscar deveria ser uma personagem mais estoica e menos meiga. Um segundo ponto é que faltou um melhor desenvolvimento afetivo entre ela e a rainha, que tecnicamente é a relação mais importante da serie original... Me decepcionou na parte que mais me importava, porém não tenho queixas acerca do resto, principalmente do figurino.
Adeus, Minha Rainha
3.0 168 Assista AgoraDesinteressante. Não possui sequer um personagem cativante, e o belo figurino não compensa nem é dado a devida atenção. Não culpo as atuações de Seydoux ou de Kruger, o maior defeito do filme deve estar no roteiro. Em plena Revolução Francesa, temos uma Maria-Antonieta, não aterrorizada pela sua provável decapitação ou pelo destino de seus filhos, mas sim envolvida demais em sua paixonite lésbica pela personagem de Virginie Ledoyen, que aparece muda e sai calada, por sinal. Extremamente insatisfatório, sendo bem eclética, digo que o maior proveito que se pode ter do filme são o peito da Léa e o full view multiangular do corpo de Ledoyen, que tava lá só pra fazer isso mesmo...