retrato muito fiel da clandestinidade. em termos de ritmo, nota-se que o kechiche evoluiu muito em seus filmes seguintes. mas, de qualquer forma, sua forma peculiar de transformar uma história simples e rotineira em cinema real é sempre maravilhosa.
a vontade do kechiche de nos torturar com longas e agoniantes cenas em close dos olhos tristes, desesperados e, ainda assim, resignados de saartjie frente a todas as atrocidades é enorme. o que me chocou verdadeiramente, como outras pessoas comentaram aqui, é a situação humilhante em que uma mulher negra se encontra perante as outras mulheres de uma sociedade que já não respeitava a mulher EM NADA -- ou seja: as mulheres, que deviam se sentir em constante estado opressão, replicam esse estupro psicológico e emocional quando deveriam combate-lo. e por isso se tornam pior do que os homens.
a maravilhosa atriz yahima torres merece todo o destaque.
poucas pessoas retratam de maneira tão fiel esse sofrimento.
A filmagem tosca, a superficialidade nas atuações do elenco e os efeitos caricatos de transição/corte das cenas parecem ser escolhas conscientes da diretora. Apesar da linguagem, Baise-Moi cria verdadeiras anti-heroínas enfurecidas como poucas vezes pudemos ver no cinema. O filme não é bom ou agradável, mas permanece sendo um belo exemplar do cinema (s)exploitation. http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/10/09/baise-moi-franca-2000/
Entre sexta e hoje, novas entrevistas com a Léa e a Adèle saíram. Atualizei meu post: http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/10/05/a-polemica-de-la-vie-dadele-em-5-momentos/
Fiz um compilado (em português) das principais entrevistas e declarações dadas pelo Kechiche e as atrizes: http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/10/05/a-polemica-de-la-vie-dadele-em-5-momentos/
Pessoal, la no grupo de cinema francês do fb eu posto quase todo dia uma informação ou entrevista sobre o filme :P https://www.facebook.com/groups/cinemafrances/
37.2 Le Matin causou frisson nos anos 80 e desde então só Deus sabe quantos rapazes colocariam fogo em suas casas e correriam atrás de Betty sem olhar pra trás: a única mulher da história do cinema que consegue ser indecentemente sexy usando calcinhas de algodão. http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/09/30/37-2-le-matin-betty-blue-1986/
Sempre imaginei qual seria o lado menos glamouroso (o que sempre é mostrado nos filmes)de estar internado numa instituição psiquiátrica. Graças ao Bruno Dumont, agora eu sei. Cansativo, agonizante e melancólico, mas isso não significa que é ruim, muito pelo contrário. O filme se propõe a ser incomodo e é exatamente o que ele é. Juliette Binoche, um monstro do cinema francês (e mundial) nos deixa sempre à beira da dúvida de quão louca Camille Claudel (dessa vez, mais comedida que a de Adjani - eterna) pode realmente ser, enquanto os que estão ao seu redor, dentro e fora do manicômio, parecem ser tão ou mais perturbados.
Amour não me parece ter a pretensão de ser sentimental. Haneke não é nem um pouco sentimentalista. Schubert não é trilha sonora pra fazer você chorar de emoção. Pelo contrário: os longos takes, o silêncio, os gemidos de dificuldade e closes nos rostos enrrugados de Trintignant e Riva (ídolos da minha adolescência trancada no quarto com VHS empoeirados) pretendem ser os mais crus e realistas retratos de uma inevitabilidade desesperadora.
deixando de lado toda a controversa discussão sobre a visão política da diretora, a hora mais escura faz uma incrível reflexão -- não (apenas) sobre o momento atual dos EUA ou sobre o terrorismo, mas principalmente a respeito de uma inevitável renovação no mais aguçado serviço de inteligência do mundo. jessica chastain está anos-luz à frente da jennifer lawrence nesse ano.
existe uma linha tênue entre referência e clichê -- infelizmente o lado bom da vida se encaixa no segundo quesito. as (boas) atuações acabaram fisgando a atenção da Academia mas, sem isso, o longa não é tão diferente do que já vimos Sandra Bullocks e Meg Ryans fazerem nas últimas 2 décadas.
Bertrand Blier faz Lolita parecer filme de MARICAS. Inimaginável a concepção desse filme nos dias de hoje, e por isso (também) ele se torna tão forte e desafiador.
Lindo, melancólico, sutil e triste. Que saudade que eu tava de me apaixonar por um filme! O roteiro tem algumas falhas de ritmo, é verdade... É um pouco arrastado demais. Mas depois da transição dos personagens, o filme encorpa e encanta. A trilha sonora é uma delícia a parte. Estou escutando todos os dias desde que vi o filme. Não sou uma grande seguidora do cinema do Honoré e por isso não posso rebater quem diz que ele fez mais do mesmo, mas Les Bien-Aimés é um filme pra digerir, certamente. Quando terminei de ver não achei nada demais e com o tempo acabei me apaixonando. Ansiosíssima pra ver no cinema!
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Alabama Monroe
4.3 1,4Kque dor.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraMeryl Streep Merylstreepeando e um elenco que anda por si só. Faltou um diretor do caralho pra fazer de um filme muito bom um filme brilhante.
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraO porquê da demora:
http://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2013/11/01/vencedor-de-cannes-ainda-nao-passou-no-brasil-do-elenco-diz-distribuidor.htm
Acho válido esperar até dezembro, viu ;)
A Culpa é de Voltaire
3.5 18retrato muito fiel da clandestinidade. em termos de ritmo, nota-se que o kechiche evoluiu muito em seus filmes seguintes. mas, de qualquer forma, sua forma peculiar de transformar uma história simples e rotineira em cinema real é sempre maravilhosa.
Era uma Vez em Tóquio
4.4 187 Assista Agorauma verdadeira aula de cinema.
Vênus Negra
4.0 159a vontade do kechiche de nos torturar com longas e agoniantes cenas em close dos olhos tristes, desesperados e, ainda assim, resignados de saartjie frente a todas as atrocidades é enorme. o que me chocou verdadeiramente, como outras pessoas comentaram aqui, é a situação humilhante em que uma mulher negra se encontra perante as outras mulheres de uma sociedade que já não respeitava a mulher EM NADA -- ou seja: as mulheres, que deviam se sentir em constante estado opressão, replicam esse estupro psicológico e emocional quando deveriam combate-lo. e por isso se tornam pior do que os homens.
a maravilhosa atriz yahima torres merece todo o destaque.
poucas pessoas retratam de maneira tão fiel esse sofrimento.
As Diabólicas
4.2 208 Assista Agorapalmas, clouzot!
Baise Moi
2.6 74A filmagem tosca, a superficialidade nas atuações do elenco e os efeitos caricatos de transição/corte das cenas parecem ser escolhas conscientes da diretora. Apesar da linguagem, Baise-Moi cria verdadeiras anti-heroínas enfurecidas como poucas vezes pudemos ver no cinema. O filme não é bom ou agradável, mas permanece sendo um belo exemplar do cinema (s)exploitation.
http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/10/09/baise-moi-franca-2000/
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraEntre sexta e hoje, novas entrevistas com a Léa e a Adèle saíram. Atualizei meu post: http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/10/05/a-polemica-de-la-vie-dadele-em-5-momentos/
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraFiz um compilado (em português) das principais entrevistas e declarações dadas pelo Kechiche e as atrizes:
http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/10/05/a-polemica-de-la-vie-dadele-em-5-momentos/
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraPessoal, la no grupo de cinema francês do fb eu posto quase todo dia uma informação ou entrevista sobre o filme :P
https://www.facebook.com/groups/cinemafrances/
Betty Blue
4.1 8137.2 Le Matin causou frisson nos anos 80 e desde então só Deus sabe quantos rapazes colocariam fogo em suas casas e correriam atrás de Betty sem olhar pra trás: a única mulher da história do cinema que consegue ser indecentemente sexy usando calcinhas de algodão.
http://venenodebilheteria.wordpress.com/2013/09/30/37-2-le-matin-betty-blue-1986/
Camille Claudel, 1915
3.7 144Sempre imaginei qual seria o lado menos glamouroso (o que sempre é mostrado nos filmes)de estar internado numa instituição psiquiátrica. Graças ao Bruno Dumont, agora eu sei.
Cansativo, agonizante e melancólico, mas isso não significa que é ruim, muito pelo contrário. O filme se propõe a ser incomodo e é exatamente o que ele é. Juliette Binoche, um monstro do cinema francês (e mundial) nos deixa sempre à beira da dúvida de quão louca Camille Claudel (dessa vez, mais comedida que a de Adjani - eterna) pode realmente ser, enquanto os que estão ao seu redor, dentro e fora do manicômio, parecem ser tão ou mais perturbados.
Dentro da Casa
4.1 554 Assista Agoratodos os méritos para o jovem ernst umhauer, que carrega nas costas sem titubear o delicioso thriller de ozon. incrível.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraAmour não me parece ter a pretensão de ser sentimental. Haneke não é nem um pouco sentimentalista. Schubert não é trilha sonora pra fazer você chorar de emoção. Pelo contrário: os longos takes, o silêncio, os gemidos de dificuldade e closes nos rostos enrrugados de Trintignant e Riva (ídolos da minha adolescência trancada no quarto com VHS empoeirados) pretendem ser os mais crus e realistas retratos de uma inevitabilidade desesperadora.
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista Agoradeixando de lado toda a controversa discussão sobre a visão política da diretora, a hora mais escura faz uma incrível reflexão -- não (apenas) sobre o momento atual dos EUA ou sobre o terrorismo, mas principalmente a respeito de uma inevitável renovação no mais aguçado serviço de inteligência do mundo. jessica chastain está anos-luz à frente da jennifer lawrence nesse ano.
O Lado Bom da Vida
3.7 4,7K Assista Agoraexiste uma linha tênue entre referência e clichê -- infelizmente o lado bom da vida se encaixa no segundo quesito.
as (boas) atuações acabaram fisgando a atenção da Academia mas, sem isso, o longa não é tão diferente do que já vimos Sandra Bullocks e Meg Ryans fazerem nas últimas 2 décadas.
A Filha da Minha Mulher
3.4 23Bertrand Blier faz Lolita parecer filme de MARICAS. Inimaginável a concepção desse filme nos dias de hoje, e por isso (também) ele se torna tão forte e desafiador.
O Monge
3.2 84 Assista Agorasabe amarrar quem está vendo, mas que preguiça de desenvolver o climax direitinho, hein?
Bem Amadas
3.5 254Lindo, melancólico, sutil e triste. Que saudade que eu tava de me apaixonar por um filme! O roteiro tem algumas falhas de ritmo, é verdade... É um pouco arrastado demais. Mas depois da transição dos personagens, o filme encorpa e encanta. A trilha sonora é uma delícia a parte. Estou escutando todos os dias desde que vi o filme. Não sou uma grande seguidora do cinema do Honoré e por isso não posso rebater quem diz que ele fez mais do mesmo, mas Les Bien-Aimés é um filme pra digerir, certamente. Quando terminei de ver não achei nada demais e com o tempo acabei me apaixonando. Ansiosíssima pra ver no cinema!