É bobinho, mas divertido. Definitivamente voltado mais para as crianças do que pros adultos. Meu problema com a Dreamworks é que ela raramente abraçava o lado emocional de seus filmes, como a Pixar e Disney, sempre ficando na sua zona de conforto, fazendo filmes lotados de piadas e referencias à cultura pop, mas com pouca emoção envolvida. Com o tempo o estúdio foi aprendendo a dosar o humor com sentimento (Como Treinar Seu Dragão é uma das maiores provas desse amadurecimento). Capitão Cueca volta à fórmula antiga, sendo mais um filme engraçado e despretensioso do que qualquer outra coisa (não que isso seja um problema, Shrek está aí para provar que pode se fazer uma boa animação sendo 99% comédia), e arranca algumas risadas no caminho. Não é nenhuma obra prima, mas não há nada de errado com isso contanto que nos entretenha, o que o filme sabe fazer.
Amei demais, mesmo não tendo entendido bulhufas do final. Adoro como as animações japonesas conseguem ser tão imaginativas e cheias de personalidade, diferente da maioria das hollywoodianas que muitas vezes seguem uma fórmula típica e batida.
Esteticamente esse filme é muito bonito, o que já era de se esperar, sendo a primeira animação a ser inteiramente feita à tinta à óleo. O problema é que, em comparação com o primor que é a parte técnica do filme, a história deixa a desejar em alguns momentos, sendo, algumas vezes, arrastada. Ainda assim, não deixa de ser bonita a jornada de um homem que nunca conheceu Van Gogh aprendendo sobre sua vida ouvindo as histórias de terceiros que conviveram com ele, e se tocando com todo o seu sofrimento, mesmo que os dois nunca tenham se encontrado. Não deixa de ser interessante notar que um homem que hoje é considerado um dos grandes nomes da arte era um mero zé ninguém enquanto vivia, sendo tratado com desrespeito e pena por boa parte das pessoas ao seu redor. Enquanto o protagonista le a carta do pintor no final do filme, voltando para casa, é notável que todas as pessoas que já se sentiram insignificantes e consumidas por sentimentos negativos podem se identificar com a história de Van Gogh, e que ninguém, mesmo os grandes gênios, estão imunes a esses tipos de sentimentos.
Como um grande fã da Pixar minhas expectativas para esse filme não podiam ser menores. Carros 2, lá em 2011, foi a primeira, e, sem sombra de dúvidas, a maior grande falha do estúdio, dando início a uma série de filmes indo de ruins para apenas ok na lista da Pixar, que até então nos presenteava todos os anos com filmes estelares. Então, quando foi anunciado que o estúdio lançaria o terceiro carros, continuando a chutar cachorro morto apenas para rolar na grana, só me restava revirar os olhos. Agora, depois de um tempo da estreia do filme, eu finalmente resolvi sentar minha bunda no sofá para assistir, e, felizmente, fui surpreendido para o melhor (para o pior não podia ser também, porque minha expectativa estava abaixo de zero). É perceptível que, reconhecendo os erros do filme anterior, a Pixar fez o possível para distanciar este de seu antecessor, diminuindo significativamente o papel de Mate na história e voltando a sua forma de apostar na emoção, coisa que, pela primeira vez em toda sua história, faltava em Carros 2. O primeiro ato de Carros 3 é ótimo, trazendo inclusive semelhanças à Toy Story 3 (possivelmente a melhor sequencia já produzida pelo estúdio), com Relâmpago Mcqueen relutantemente tendo que lidar com sua eminente velhice e aceitar que seus dias de glória haviam passado, assim como os brinquedos do terceiro Toy Story viviam a dura realidade de que Andy havia crescido e não havia mais espaço para eles em sua vida. Infelizmente, depois de uma entrada muito boa ao filme, ele vai entregando os pontos, cedendo à pequenos clichês do “gênero” da animação, como alívios cômicos, que, neste caso, não são tão engraçados assim e acabam nos afastando dos momentos em que o filme realmente brilha, que é quando ele aposta no seu emocional, abordando a aposentadoria eminente de Relâmpago e como ele lida com ela. Nestes momentos nós podemos reconhecer o brilho da Pixar na história, e o que a diferencia dos outros grandes estúdios de animação hollywoodiana. Mesmo assim, há algo em Carros 3 que o impede de abraçar todo o seu potencial, e ele fica em um limbo, com momentos em que ele é inegavelmente um filme da Pixar, e outros onde ele se perde em pequenas bobeiras. No fim, o terceiro Carros é até um filme muito bom, tendendo a ótimo, mas, como aconteceu com Universidade Monstros, Procurando Dory e até mesmo com o primeiro Carros, o brilhantismo da Pixar vai contra a própria, e este filme, que, mesmo bom, parecem fracos em comparação aos grandes clássicos do estúdio.
Nao tem palavras pra descrever minha felicidade desse filme. PIXAR é o meu estúdio do coração, quase como se fosse minha filha. Quando ela erra (como ela vinha fazendo muito nos últimos anos) eu fico triste, mas quando ela acerta não tem ninguém mais orgulhoso e comemorando como eu, coisa que, felizmente, aconteceu com Coco. A coisa que eu sempre gostei na PIXAR é como eles sempre se esforçaram para levar a animação para outro nível, não apenas fazer um filme qualquer pra arrancar dinheiro dos pais das crianças. A PIXAR conta histórias, passa mensagens, mexe com a gente, e é por isso que eu amo tanto. Ela mostra que animações podem ser sim significativas e ter seu valor, tanto para os pequenos quanto para os grandes. Se Divertida Mente falou sobre o valor das emoções e como não devemos suprimi-las, Coco fala sobre a morte, mostrando a vida como um ritual de passagem, e que mesmo quando partirmos, vamos continuar vivos dentro das pessoas com quem nos conectamos na nossa jornada. Filme primoroso, com a qualidade técnica já esperada do estúdio, mas também acompanhada do valor emocional que estava em falta. Espero que dessa vez a PIXAR se reerga de vez e não me venha mais com Carros 3 e Bons Dinossauros da vida. Eu quero aquele estúdio que mexe com a gente, que nos deixa boquiabertos com a qualidade de um mero filme "infantil" no final da sessão. E se Coco mostrou alguma coisa, é que a magia ainda está dentro da casa de Ed Catmull e companhia, é só se empenhar em usá-la.
Meu Malvado Favorito 3
3.4 404 Assista AgoraEu odeio os Minions e vou matá-los.
As Aventuras do Capitão Cueca: O Filme
2.9 86 Assista AgoraÉ bobinho, mas divertido. Definitivamente voltado mais para as crianças do que pros adultos. Meu problema com a Dreamworks é que ela raramente abraçava o lado emocional de seus filmes, como a Pixar e Disney, sempre ficando na sua zona de conforto, fazendo filmes lotados de piadas e referencias à cultura pop, mas com pouca emoção envolvida. Com o tempo o estúdio foi aprendendo a dosar o humor com sentimento (Como Treinar Seu Dragão é uma das maiores provas desse amadurecimento). Capitão Cueca volta à fórmula antiga, sendo mais um filme engraçado e despretensioso do que qualquer outra coisa (não que isso seja um problema, Shrek está aí para provar que pode se fazer uma boa animação sendo 99% comédia), e arranca algumas risadas no caminho. Não é nenhuma obra prima, mas não há nada de errado com isso contanto que nos entretenha, o que o filme sabe fazer.
Neste Canto do Mundo
4.3 29Er... achei o filme OK. Meio arrastado em alguns momentos, o que diminui o peso emocional que ele podia ter e nos desprende dos personagens.
Hirune Hime: Shiranai Watashi no Monogatari
3.2 2Amei demais, mesmo não tendo entendido bulhufas do final. Adoro como as animações japonesas conseguem ser tão imaginativas e cheias de personalidade, diferente da maioria das hollywoodianas que muitas vezes seguem uma fórmula típica e batida.
Com Amor, Van Gogh
4.3 1,0K Assista AgoraEsteticamente esse filme é muito bonito, o que já era de se esperar, sendo a primeira animação a ser inteiramente feita à tinta à óleo. O problema é que, em comparação com o primor que é a parte técnica do filme, a história deixa a desejar em alguns momentos, sendo, algumas vezes, arrastada. Ainda assim, não deixa de ser bonita a jornada de um homem que nunca conheceu Van Gogh aprendendo sobre sua vida ouvindo as histórias de terceiros que conviveram com ele, e se tocando com todo o seu sofrimento, mesmo que os dois nunca tenham se encontrado. Não deixa de ser interessante notar que um homem que hoje é considerado um dos grandes nomes da arte era um mero zé ninguém enquanto vivia, sendo tratado com desrespeito e pena por boa parte das pessoas ao seu redor. Enquanto o protagonista le a carta do pintor no final do filme, voltando para casa, é notável que todas as pessoas que já se sentiram insignificantes e consumidas por sentimentos negativos podem se identificar com a história de Van Gogh, e que ninguém, mesmo os grandes gênios, estão imunes a esses tipos de sentimentos.
Carros 3
3.6 316 Assista AgoraComo um grande fã da Pixar minhas expectativas para esse filme não podiam ser menores. Carros 2, lá em 2011, foi a primeira, e, sem sombra de dúvidas, a maior grande falha do estúdio, dando início a uma série de filmes indo de ruins para apenas ok na lista da Pixar, que até então nos presenteava todos os anos com filmes estelares. Então, quando foi anunciado que o estúdio lançaria o terceiro carros, continuando a chutar cachorro morto apenas para rolar na grana, só me restava revirar os olhos.
Agora, depois de um tempo da estreia do filme, eu finalmente resolvi sentar minha bunda no sofá para assistir, e, felizmente, fui surpreendido para o melhor (para o pior não podia ser também, porque minha expectativa estava abaixo de zero).
É perceptível que, reconhecendo os erros do filme anterior, a Pixar fez o possível para distanciar este de seu antecessor, diminuindo significativamente o papel de Mate na história e voltando a sua forma de apostar na emoção, coisa que, pela primeira vez em toda sua história, faltava em Carros 2.
O primeiro ato de Carros 3 é ótimo, trazendo inclusive semelhanças à Toy Story 3 (possivelmente a melhor sequencia já produzida pelo estúdio), com Relâmpago Mcqueen relutantemente tendo que lidar com sua eminente velhice e aceitar que seus dias de glória haviam passado, assim como os brinquedos do terceiro Toy Story viviam a dura realidade de que Andy havia crescido e não havia mais espaço para eles em sua vida.
Infelizmente, depois de uma entrada muito boa ao filme, ele vai entregando os pontos, cedendo à pequenos clichês do “gênero” da animação, como alívios cômicos, que, neste caso, não são tão engraçados assim e acabam nos afastando dos momentos em que o filme realmente brilha, que é quando ele aposta no seu emocional, abordando a aposentadoria eminente de Relâmpago e como ele lida com ela. Nestes momentos nós podemos reconhecer o brilho da Pixar na história, e o que a diferencia dos outros grandes estúdios de animação hollywoodiana.
Mesmo assim, há algo em Carros 3 que o impede de abraçar todo o seu potencial, e ele fica em um limbo, com momentos em que ele é inegavelmente um filme da Pixar, e outros onde ele se perde em pequenas bobeiras. No fim, o terceiro Carros é até um filme muito bom, tendendo a ótimo, mas, como aconteceu com Universidade Monstros, Procurando Dory e até mesmo com o primeiro Carros, o brilhantismo da Pixar vai contra a própria, e este filme, que, mesmo bom, parecem fracos em comparação aos grandes clássicos do estúdio.
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraNao tem palavras pra descrever minha felicidade desse filme. PIXAR é o meu estúdio do coração, quase como se fosse minha filha. Quando ela erra (como ela vinha fazendo muito nos últimos anos) eu fico triste, mas quando ela acerta não tem ninguém mais orgulhoso e comemorando como eu, coisa que, felizmente, aconteceu com Coco. A coisa que eu sempre gostei na PIXAR é como eles sempre se esforçaram para levar a animação para outro nível, não apenas fazer um filme qualquer pra arrancar dinheiro dos pais das crianças. A PIXAR conta histórias, passa mensagens, mexe com a gente, e é por isso que eu amo tanto. Ela mostra que animações podem ser sim significativas e ter seu valor, tanto para os pequenos quanto para os grandes.
Se Divertida Mente falou sobre o valor das emoções e como não devemos suprimi-las, Coco fala sobre a morte, mostrando a vida como um ritual de passagem, e que mesmo quando partirmos, vamos continuar vivos dentro das pessoas com quem nos conectamos na nossa jornada. Filme primoroso, com a qualidade técnica já esperada do estúdio, mas também acompanhada do valor emocional que estava em falta. Espero que dessa vez a PIXAR se reerga de vez e não me venha mais com Carros 3 e Bons Dinossauros da vida. Eu quero aquele estúdio que mexe com a gente, que nos deixa boquiabertos com a qualidade de um mero filme "infantil" no final da sessão. E se Coco mostrou alguma coisa, é que a magia ainda está dentro da casa de Ed Catmull e companhia, é só se empenhar em usá-la.