Assistir Microhabitat dá uma depressão gostosa, delicada, gentil. O final é uma facada no peito. Esse drama sul-coreano conta a vida de Mi-So (Esom), uma mulher jovem que vê seu custo de vida aumentar, comprometendo assim seus maiores prazeres: fumar e beber uísque. Como solução pra continuar tendo acesso a isso, ela devolve o pequeno apartamento alugado e vai em busca de uma nova morada, de favor, na casa de amigos. Esses amigos fizeram parte da vida dela na universidade, que ela não concluiu. Eles tinham uma banda e nesse gancho o filme vai narrando um pouco a história de cada um deles e como a vida mudou. (ri bastante com o amigo que chora ao contar que faltam vinte anos para quitar o apartamento financiado.) Mi-So é uma doce presença, num momento massageando as dores e cuidando dos amigos, em outros momentos criando problemas e dificultando o convívio. Seu namorado fracassado também é sua fonte de afeto e a gente fica aqui sentado no sofá julgando a protagonista e suas escolhas de merda, mas num mundo cada vez mais solitário e hostil, como julgar os prazeres simples da vida de quem não tem nada?
Assistir Microhabitat dá uma depressão gostosa, delicada, gentil. O final é uma facada no peito. Esse drama sul-coreano conta a vida de Mi-So (Esom), uma mulher jovem que vê seu custo de vida aumentar, comprometendo assim seus maiores prazeres: fumar e beber uísque. Como solução pra continuar tendo acesso a isso, ela devolve o pequeno apartamento alugado e vai em busca de uma nova morada, de favor, na casa de amigos. Esses amigos fizeram parte da vida dela na universidade, que ela não concluiu. Eles tinham uma banda e nesse gancho o filme vai narrando um pouco a história de cada um deles e como a vida mudou. (ri bastante com o amigo que chora ao contar que faltam vinte anos para quitar o apartamento financiado.) Mi-So é uma doce presença, num momento massageando as dores e cuidando dos amigos, em outros momentos criando problemas e dificultando o convívio. Seu namorado fracassado também é sua fonte de afeto e a gente fica aqui sentado no sofá julgando a protagonista e suas escolhas de merda, mas num mundo cada vez mais solitário e hostil, como julgar os prazeres simples da vida de quem não tem nada?
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