Inicia-se o filme com uma História que parece transmitir algum tipo de crítica social a respeito da realidade do negro como empregado doméstico. Achei que o filme ia tratar disso, mesmo talvez, refletir a realidade de uma mulher negra que fosse sofrer algum tipo de violência física durante seu ofício, coisa do tipo. Quem sabe, o filme poderia falar de algum tipo de invasão ao apartamento, já que a premissa seria o terror. No entanto, de repente de uma crítica social Às questões de gênero e raciais, passa para um filme aventuresco e grotesco. Não faz muito sentido, a proposta do filme. Além disso, piora mais ainda, ao percebermos que o roteiro simplesmente mata a personagem principal para dar vida a uma nova história dentro da história que estava anteriormente. O único diretor capaz de cumprir essa premissa de forma eficaz foi Stanley Kubrick. Acho muito pretensioso da parte do filme. Por fim, minha nota vai ser dois e meio pela atuação das atrizes, sobretudo na maravilhosa cena de sexo. De resto, uma grande porcaria esse filme.
É um filme interessante de se ver pela qualidade técnica apresentada, abusando de planos sequências extraordinários e um sublime preto-e-branco, capaz de nos fazer lembrar do nosso grande Sebastião Salgado. Além das questões técnicas, Roma é um grande exemplo de como a simplicidade pode ser um elemento agigantador das perspectivas estétcas em um enredo. Buscando unicamente uma abordagem a respeito do cotidiano da vida de uma classe média inserida no contexto de um país terceiro-mundista, algo que soaria como lugar comum, dentro de uma realidade já vivenciada por todos os espectadores, Roma vai além e consegue dentro deste mesmo roteiro, inserir subjetividades, identidades, questões referentes ao machismo, desigualdade social, desemprego, e além disso, demonstrar que dentro deste modelo global neoliberal, não só as famílias pobres sofrem. Como também, a classe média. O enredo parece beber da fonte de um clássico brasileiro chamado Que Horas Ela Volta, mas vai além, por que mergulha o espectador em diversos sentimentos não experienciados na obra inspirada. É um excelente filme tanto nos quesitos atuação dos atores, técnica cinematográfica, fotografia, montagem, roteiro. Ficará aquém, se alguém procura algum tipo de literatura cinematográfica inventiva, mesmo um tipo de aventura que transborde o cotidiano, mas este é justamente o sentido do filme.
Um dos quesitos que levo em consideração é a sua capacidade estética de me influenciar. O filme de Godard é pleno de inovações, bem como ações criativas pouco vistas em outros filmes. Inicia o primeiro ato com os personagens estabelecendo um diálogo de costas. Algo interessante de se ver. Criativo e bem sugestivo, possibilitando margens à subjetividade do espectador. Subjetividade, inclusive, é um tema bastante percpetível nesta Obra. A personagem principal é um espetáculo À parte. Uma senhorita doce, incrível e sutil em todas as suas observações, divagações e impressões. É de uma delicadeza sem par as lágrimas caídas durante as cenas de Joana Darc no Cinema. O choque que o diretor nos traz ao levar a ingênua garota ao drama existencial, a partir do momento em que seus sonhos são reduzidos a pó e ela é, enfim, levada ao caminho da prostituição é outro elemento contrapositor do enredo que o faz ser bastante interessante. E o final do filme é, por fim, outro choque. Espetacular. Uma obra prima estética, uma criatividade sem par nas técnicas e, por fim, um filme repleto de diálogos e inserções filosóficas que são capazes de nos fazer refletir sobre a vida. Um sublime show de cinematografia, em minha opinião.
O Filme é interessante por várias premissas. A primeira diz respeito à capacidade de nos entreter, fazer rir e falar de maneira leve a respeito de uma temática extremamente dura que é a Somália. O país vive problemas drásticos desde a queda do governo socialista, apoiado pela URSS. Na década de 90, o país passou a ser governado por clãs de controladores do tráfico do Khat e supostos 'piratas', cujos quais defendem a tese de serem defensores do mar da Somália. C'est la Vie... é importante sabermos que a nação somaliana é uma terra de poetas, escritores e como as várias nações africanas, já teve seu apogeu civilizatório. O filme esclarece muito bem esta questão. A segunda premissa envolvida é a grande capacidade de realizar uma crítica ao modelo civilizatório ocidental. Realizamos críticas ao mundo oriental baseados em nossas crenças morais, muitas vezes preconceituosas. Dentre outros quesitos, é uma produção cinematográfica simples, mas que consegue nos prender, fazer rir, chorar e nos ensina bastantes coisas sobre as dificuldades da vida dos outros e como é possível superar. Acho que é uma grande e espetacular película que deveria constar na mesa de filmes de todo cinéfilo. A simplicidade é elegante.
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As Boas Maneiras
3.5 648 Assista AgoraInicia-se o filme com uma História que parece transmitir algum tipo de crítica social a respeito da realidade do negro como empregado doméstico. Achei que o filme ia tratar disso, mesmo talvez, refletir a realidade de uma mulher negra que fosse sofrer algum tipo de violência física durante seu ofício, coisa do tipo. Quem sabe, o filme poderia falar de algum tipo de invasão ao apartamento, já que a premissa seria o terror. No entanto, de repente de uma crítica social Às questões de gênero e raciais, passa para um filme aventuresco e grotesco. Não faz muito sentido, a proposta do filme. Além disso, piora mais ainda, ao percebermos que o roteiro simplesmente mata a personagem principal para dar vida a uma nova história dentro da história que estava anteriormente. O único diretor capaz de cumprir essa premissa de forma eficaz foi Stanley Kubrick. Acho muito pretensioso da parte do filme. Por fim, minha nota vai ser dois e meio pela atuação das atrizes, sobretudo na maravilhosa cena de sexo. De resto, uma grande porcaria esse filme.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraÉ um filme interessante de se ver pela qualidade técnica apresentada, abusando de planos sequências extraordinários e um sublime preto-e-branco, capaz de nos fazer lembrar do nosso grande Sebastião Salgado. Além das questões técnicas, Roma é um grande exemplo de como a simplicidade pode ser um elemento agigantador das perspectivas estétcas em um enredo. Buscando unicamente uma abordagem a respeito do cotidiano da vida de uma classe média inserida no contexto de um país terceiro-mundista, algo que soaria como lugar comum, dentro de uma realidade já vivenciada por todos os espectadores, Roma vai além e consegue dentro deste mesmo roteiro, inserir subjetividades, identidades, questões referentes ao machismo, desigualdade social, desemprego, e além disso, demonstrar que dentro deste modelo global neoliberal, não só as famílias pobres sofrem. Como também, a classe média. O enredo parece beber da fonte de um clássico brasileiro chamado Que Horas Ela Volta, mas vai além, por que mergulha o espectador em diversos sentimentos não experienciados na obra inspirada. É um excelente filme tanto nos quesitos atuação dos atores, técnica cinematográfica, fotografia, montagem, roteiro. Ficará aquém, se alguém procura algum tipo de literatura cinematográfica inventiva, mesmo um tipo de aventura que transborde o cotidiano, mas este é justamente o sentido do filme.
Viver a Vida
4.2 391Um dos quesitos que levo em consideração é a sua capacidade estética de me influenciar. O filme de Godard é pleno de inovações, bem como ações criativas pouco vistas em outros filmes. Inicia o primeiro ato com os personagens estabelecendo um diálogo de costas. Algo interessante de se ver. Criativo e bem sugestivo, possibilitando margens à subjetividade do espectador. Subjetividade, inclusive, é um tema bastante percpetível nesta Obra. A personagem principal é um espetáculo À parte. Uma senhorita doce, incrível e sutil em todas as suas observações, divagações e impressões. É de uma delicadeza sem par as lágrimas caídas durante as cenas de Joana Darc no Cinema. O choque que o diretor nos traz ao levar a ingênua garota ao drama existencial, a partir do momento em que seus sonhos são reduzidos a pó e ela é, enfim, levada ao caminho da prostituição é outro elemento contrapositor do enredo que o faz ser bastante interessante. E o final do filme é, por fim, outro choque. Espetacular. Uma obra prima estética, uma criatividade sem par nas técnicas e, por fim, um filme repleto de diálogos e inserções filosóficas que são capazes de nos fazer refletir sobre a vida. Um sublime show de cinematografia, em minha opinião.
Os Piratas da Somália
3.5 46 Assista AgoraO Filme é interessante por várias premissas. A primeira diz respeito à capacidade de nos entreter, fazer rir e falar de maneira leve a respeito de uma temática extremamente dura que é a Somália. O país vive problemas drásticos desde a queda do governo socialista, apoiado pela URSS. Na década de 90, o país passou a ser governado por clãs de controladores do tráfico do Khat e supostos 'piratas', cujos quais defendem a tese de serem defensores do mar da Somália. C'est la Vie... é importante sabermos que a nação somaliana é uma terra de poetas, escritores e como as várias nações africanas, já teve seu apogeu civilizatório. O filme esclarece muito bem esta questão.
A segunda premissa envolvida é a grande capacidade de realizar uma crítica ao modelo civilizatório ocidental. Realizamos críticas ao mundo oriental baseados em nossas crenças morais, muitas vezes preconceituosas.
Dentre outros quesitos, é uma produção cinematográfica simples, mas que consegue nos prender, fazer rir, chorar e nos ensina bastantes coisas sobre as dificuldades da vida dos outros e como é possível superar.
Acho que é uma grande e espetacular película que deveria constar na mesa de filmes de todo cinéfilo. A simplicidade é elegante.