Yukisada tem um olhar sensível ao transformar imaginação em imagens, e mostra uma maneira tão caprichosa de retratar juventude e puberdade que até mesmo piadas visuais que poderiam ser sujas se tornam ingênuas e adoráveis. Maravilhoso o clima vívido daquela vila e seus habitantes peculiares. Como o comentário abaixo diz, é um mundo de sangramento nasal e vilões que parecem saídos de Lupin III. Conto que aquece o coração, se você tiver imaginação suficiente.
Bastante seguro para um filme supostamente erótico logo do Terayama. Softcore insosso com uma fantasia anti-imperialista como pano de fundo (que parece durar apenas 5 minutos). Tudo que ele se propõe aqui ele já fez melhor antes, mas o controle de imagens e cores é sempre impecável.
Ter um pensar sobre a cor das unhas de uma personagem que aparece numa cena apenas me esclareceu muito do porquê eu gostar tanto de um determinado segmento do cinema japônes. Um filme sobre amizade parece muito mais real quando a amizade é real. Muito legal ver um pouco do Noboru Shinoda na frente das câmeras, que infelizmente faleceu alguns meses depois da estreia. Fazia muita diferença e a presença dele no set deixa claro o motivo. Esse making of me tornou ainda mais fã do Iwai.
"— Yu smiles even when in pain." "— I'm screaming inside." <3
Os filmes do Shinji Aoyama são sempre sobre almas perdidas em fuga, tanto vitimados quanto reprodutores de violência e abandono. Dos que vi até agora, todos me deixaram com um gosto ruim na boca. Os "pulos" são uma escolha consciente. Os personagens são sempre opacos e tomados pelo vazio. O que me encanta é como Aoyama nunca apela para clichês de gênero, uma busca por finalidade e de resposta ao “porquê”; a vida na ficção dele é injusta, traumática, e conclusões são, frequentemente, inconclusivas.
'Sad Vacation' faz parte da "Kitakyushu Saga", uma trilogia junto de 'Helpless' (1996) e 'Eureka' (2000). Apesar de todos os três funcionarem independente, creio que muito de Sad Vacation se perde sem os outros dois antes.
Bom para expor que dentro da própria cena hardcore/emocore BR tava cheio de marmanjo que surfava na onda mas era (e ainda é) cheio de preconceito, tentando porcamente disfarçar a homofobia na frente das câmeras. Chega a ser engraçado ver o Badauí falando do visual dos caras usando um moletom dos Misfits. Noutro documentário (‘Nem Tudo Que Acaba Tem Final’) fica ainda mais claro como caras tipo o Luringa e o Japinha são uns merdas, e que as acusações que surgiram recentemente não surpreendem nada. O Koala literalmente manda um ""inclusive tenho vários amigos gays"... Ainda bem que as bandas com esses caras foram as que eu nunca gostei mesmo, alá Strike que é uma bosta (assim como o Marcelo Mancini).
A Fresno, que era talvez a mais zuada por essa galera, foi a que melhor soube se virar de volta para o underground e se mantém tanto musicalmente, quanto reconhecendo aquele contexto e abraçando sua importância.
Fico imaginando o que era o roteiro original do Kaufman antes de ser assassinado pelo Clooney. Se dum livro sobre orquídeas ele fez 'Adaptation.', imagino o que faria com essa história já naturalmente maluca. Uma pena. O filme é fraco e só o que segura é o Sam Rockwell.
É um filme muito esquisito, parece que uma pintura do Salvador Dalí ganhou vida e uma história distópica de fundo. Sendo o herdeiro do Osamu Tezuka, consigo entender porque alguém tentaria abandonar convenções na sua criação artística dessa forma. Começa como um conto lento e depressivo e se transforma em uma erupção surrealista pop-lisérgica. O final me lembrou muito Paprika.
Dos filmes mais esteticamente bonitos que já vi, mas não é para todos. Especialmente para quem não gosta de ficar sem saber o que absorveu de um filme. Eu ainda não sei, mas amei.
Isso é uma pérola escondida, não devendo nada a nenhum coming of age aclamado; é do calibre de Stand by Me para mais. Coloquei "Comédia" quando cadastrei porque era o que constava no IMDB, mas não faz jus: o humor visual do Ōbayashi é maravilhoso, mas 'The Rocking Horsemen' tem um pouco de tudo, é um slice of life escolar, mas é musical, é drama, é comédia, é romance. É um filme dos anos 90, mas que se passa nos anos 60, então ele se despe de todo o cinismo e abraça sua ingenuidade. Os personagens são distintos e carismáticos, até quem pouco aparece, familiares e professores, parecem importantes. A música (pelo lendário Joe Hisaishi, de tantas parcerias com Miyazaki) é uma grande homenagem ao rock e jazz sessentista; partindo de The Ventures e passeando dos Beatles até Chuck Berry.
São poucos filmes que conseguem ter o poder de não só me fazer desejar estar dentro dele, mas sentir como se de fato estivesse. Era como se eu tomasse parte na amizade daqueles cinco garotos, embaixo da chuva, no acampamento, na beira da fogueira, na noite de natal, na noite do festival escolar. E foi muito comfy estar lá. Os 15 minutos finais encapsulam com perfeição aquele sentimento (que eu não tenho idade suficiente ainda para saber quando ou se acaba) de que não se é mais criança e também não se sente um adulto; de incerteza e insegurança, de ter que deixar coisas e pessoas para trás porque é hora de crescer. É melancólico, de uma nostalgia que incomoda, mas é estranhamente otimista ao mesmo tempo. Assim como o Takeyoshi ao ouvir 'Pipeline', esse filme para mim foi uma 'liberação elétrica'. Daqueles que dá vontade de tirar o violão da bag, de ter amigos por perto, de viver.
Clichê de fuga da Yakuza cheio de personagens caricatos que parecem coisa do Takashi Miike, não duvido ter influenciado Kill Bill em algum nível. O ritmo não é tão frenético quanto eu esperava, mas os personagens, violência e principalmente o humor seguram. Realmente deixa desejando mais daquele universo.
Essa sinopse é muito enganadora. Utsushimi é um filme sobre corpos e, acho eu, principalmente um romance. Entendi o correr como tentar alcançar o ritmo de outra pessoa, mesmo que isso signifique mudar a si mesmo. O cozinheiro só se apaixonou depois de "se conectar" com o corpo da garota através do sexo — um "corpo oco" que virou um "corpo real", — e teve que se transformar, transformar seu corpo físico, para alcançar o tempo dela; para que fosse capaz de acompanhá-la. No final quando ele pula do carro, o cozinheiro questiona que ela corria por algo real, enquanto ele só o fazia por ela; por 'romance'. Ele quer continuar correndo, e ela o carrega nas costas.
Admito não ter entendido a presença do mestre em butô e o designer de moda, se é que há algum sentido. A parte do filme dentro do filme, no entanto, é bastante clara ao falar sobre os corpos e ficção/realidade (corpo oco/ corpo real). Tudo isso envelopado num visual amador de baixo orçamento, que pessoalmente me agrada. É um bom filme, não tivesse eu recém assistido Love & Pop, talvez tivesse me arrebatado ainda mais.
eu não resisto a um filme oriental do final dos 90' ~ início dos anos 00'. Go é bem ligado ao zeitgeist da época e provável que se perca muito se não conhecer pelo menos um pouco dessa cultura zainichi e a relação japão-coréia. esperava uma abordagem mais forte em alguns temas como bullying e xenofobia, mas de qualquer forma a mistura de gêneros funciona e o cerne do filme, — que se autodefine como uma história de amor, — é universal.
gosto do estilo do Isao Yukisada, que parece uma mistura de Shinji Iwai (de quem ele era diretor assistente) e o cinema caricato do Sion Sono.
rei do camarote: extended edition se a intenção do Mascaro era ridicularizar essa galera com recortes estratégicos tá + do que certo gente como o Oscar Maroni tem que ser ridicularizada mesmo, não tem nada de sábio a dizer dá literalmente vontade de socar todo mundo que abre a boca nesse documentário não tem grana que acabe com a pobreza de espírito
Tira reações, atuações e auto-encenações mais naturais e genuínas do que muito diretor "conceituado" com elenco de atores globais. Surpreendentemente engraçado (principalmente pelo Neguinho), e tem uma baita trilha sonora.
Queria ter gostado mais, talvez tenha sido traído pela expectativa. É um bom filme, mas creio que justamente pela ignorância dos tempos atuais algumas ideias tiveram de ser jogadas na cara durante os diálogos em que se perdeu toda a sutileza. Entre os três filmes anti-colonialistas do Kleber, ainda fico com O Som ao Redor, apesar de ser o mais 'amador'. Em algum ponto no meio eu queria continuar com o povo de Bacurau e fui forçado a ver os gringos falando bobagem no que parecia um filme B americano de ficção científica. Fica a coragem, mas a salada de frutas de gêneros não funciona sempre. Esperava também que fosse mais inventivo e/ou recompensador no clímax. Pô, um deles foi morto pelo próprio alemão. O filho da puta que matou a criança só foi alvejado a tiros. Para um filme com tanto sangue, eu torci pela violência. Sorte que o Lunga e o casal peladão fizeram algumas mortes valerem mais.
Bacurau tem bastante a oferecer em alguns aspectos, muito por ser feito em tempos caóticos em que um presidente diz que as minorias tem que se curvar às maiorias, e soa mais como uma peixeira no pescoço do que uma alfinetada medrosa. Mas mesmo com a mensagem política forte, achei A Vida Invisível (também político, à sua maneira) muito mais filme e merecedor de ter sido escolhido representante do país no Oscar.
Realismo mundano de situações cotidianas que transformam uma vida. É um slice of life no sentindo mais puro, com o dedo do diretor quase não sendo notado nos rumos aparentemente banais da história, — despida de clichês ou promessas de grandes reviravoltas. Ao mesmo tempo, a finesse na introspecção psicológica da Mariko e os diálogos verdadeiros constroem um estudo de personagem profundo e realista da protagonista. Sem julgamentos e sem tentar apaziguar o pior de alguns personagens.
Para um filme de 79, estava muito a frente do seu tempo ao confrontar as tradições da sociedade japonesa, e parece ser o tipo de filme que teria inspirado muitos diretores orientais que surgiram nos anos 90/00. Uma pena ter só duas marcações aqui.
Não consigo ver esse "Koreeda menor". O sentimento penoso, de indolência e de vazio, é prova de que ele traduz com excelência a atmosfera que se propõe.
"Dad used to go out to sea. He says when he was out alone, he used to see a beautiful light, shimmering in the distance, calling him. I think it can happen to anyone."
Trabalho de gênio o primeiro episódio inteiro num plano-sequência de 12 minutos, te coloca imediatamente dentro da casa e da convivência daquela família. Preciso de um filme que junte Shunji Iwai + Bae Doona. Obrigado, Nescafé.
Into the Faraway Sky
4.1 2Yukisada tem um olhar sensível ao transformar imaginação em imagens, e mostra uma maneira tão caprichosa de retratar juventude e puberdade que até mesmo piadas visuais que poderiam ser sujas se tornam ingênuas e adoráveis. Maravilhoso o clima vívido daquela vila e seus habitantes peculiares. Como o comentário abaixo diz, é um mundo de sangramento nasal e vilões que parecem saídos de Lupin III. Conto que aquece o coração, se você tiver imaginação suficiente.
Os Frutos da Paixão
3.1 13 Assista AgoraBastante seguro para um filme supostamente erótico logo do Terayama. Softcore insosso com uma fantasia anti-imperialista como pano de fundo (que parece durar apenas 5 minutos). Tudo que ele se propõe aqui ele já fez melhor antes, mas o controle de imagens e cores é sempre impecável.
Filmando Hana e Alice
3.8 1Ter um pensar sobre a cor das unhas de uma personagem que aparece numa cena apenas me esclareceu muito do porquê eu gostar tanto de um determinado segmento do cinema japônes. Um filme sobre amizade parece muito mais real quando a amizade é real. Muito legal ver um pouco do Noboru Shinoda na frente das câmeras, que infelizmente faleceu alguns meses depois da estreia. Fazia muita diferença e a presença dele no set deixa claro o motivo. Esse making of me tornou ainda mais fã do Iwai.
"— Yu smiles even when in pain."
"— I'm screaming inside." <3
Férias Tristes
3.8 2Os filmes do Shinji Aoyama são sempre sobre almas perdidas em fuga, tanto vitimados quanto reprodutores de violência e abandono. Dos que vi até agora, todos me deixaram com um gosto ruim na boca.
Os "pulos" são uma escolha consciente. Os personagens são sempre opacos e tomados pelo vazio. O que me encanta é como Aoyama nunca apela para clichês de gênero, uma busca por finalidade e de resposta ao “porquê”; a vida na ficção dele é injusta, traumática, e conclusões são, frequentemente, inconclusivas.
'Sad Vacation' faz parte da "Kitakyushu Saga", uma trilogia junto de 'Helpless' (1996) e 'Eureka' (2000). Apesar de todos os três funcionarem independente, creio que muito de Sad Vacation se perde sem os outros dois antes.
Do Underground ao Emo
4.0 11Bom para expor que dentro da própria cena hardcore/emocore BR tava cheio de marmanjo que surfava na onda mas era (e ainda é) cheio de preconceito, tentando porcamente disfarçar a homofobia na frente das câmeras. Chega a ser engraçado ver o Badauí falando do visual dos caras usando um moletom dos Misfits. Noutro documentário (‘Nem Tudo Que Acaba Tem Final’) fica ainda mais claro como caras tipo o Luringa e o Japinha são uns merdas, e que as acusações que surgiram recentemente não surpreendem nada. O Koala literalmente manda um ""inclusive tenho vários amigos gays"... Ainda bem que as bandas com esses caras foram as que eu nunca gostei mesmo, alá Strike que é uma bosta (assim como o Marcelo Mancini).
A Fresno, que era talvez a mais zuada por essa galera, foi a que melhor soube se virar de volta para o underground e se mantém tanto musicalmente, quanto reconhecendo aquele contexto e abraçando sua importância.
Confissões de uma Mente Perigosa
3.4 146 Assista AgoraFico imaginando o que era o roteiro original do Kaufman antes de ser assassinado pelo Clooney. Se dum livro sobre orquídeas ele fez 'Adaptation.', imagino o que faria com essa história já naturalmente maluca. Uma pena.
O filme é fraco e só o que segura é o Sam Rockwell.
O Idiota
4.2 2É um filme muito esquisito, parece que uma pintura do Salvador Dalí ganhou vida e uma história distópica de fundo. Sendo o herdeiro do Osamu Tezuka, consigo entender porque alguém tentaria abandonar convenções na sua criação artística dessa forma. Começa como um conto lento e depressivo e se transforma em uma erupção surrealista pop-lisérgica. O final me lembrou muito Paprika.
Dos filmes mais esteticamente bonitos que já vi, mas não é para todos. Especialmente para quem não gosta de ficar sem saber o que absorveu de um filme. Eu ainda não sei, mas amei.
The Rocking Horsemen
4.4 2Isso é uma pérola escondida, não devendo nada a nenhum coming of age aclamado; é do calibre de Stand by Me para mais. Coloquei "Comédia" quando cadastrei porque era o que constava no IMDB, mas não faz jus: o humor visual do Ōbayashi é maravilhoso, mas 'The Rocking Horsemen' tem um pouco de tudo, é um slice of life escolar, mas é musical, é drama, é comédia, é romance. É um filme dos anos 90, mas que se passa nos anos 60, então ele se despe de todo o cinismo e abraça sua ingenuidade. Os personagens são distintos e carismáticos, até quem pouco aparece, familiares e professores, parecem importantes. A música (pelo lendário Joe Hisaishi, de tantas parcerias com Miyazaki) é uma grande homenagem ao rock e jazz sessentista; partindo de The Ventures e passeando dos Beatles até Chuck Berry.
São poucos filmes que conseguem ter o poder de não só me fazer desejar estar dentro dele, mas sentir como se de fato estivesse. Era como se eu tomasse parte na amizade daqueles cinco garotos, embaixo da chuva, no acampamento, na beira da fogueira, na noite de natal, na noite do festival escolar. E foi muito comfy estar lá.
Os 15 minutos finais encapsulam com perfeição aquele sentimento (que eu não tenho idade suficiente ainda para saber quando ou se acaba) de que não se é mais criança e também não se sente um adulto; de incerteza e insegurança, de ter que deixar coisas e pessoas para trás porque é hora de crescer. É melancólico, de uma nostalgia que incomoda, mas é estranhamente otimista ao mesmo tempo.
Assim como o Takeyoshi ao ouvir 'Pipeline', esse filme para mim foi uma 'liberação elétrica'. Daqueles que dá vontade de tirar o violão da bag, de ter amigos por perto, de viver.
Shark Skin Man and Peach Hip Girl
3.9 4Clichê de fuga da Yakuza cheio de personagens caricatos que parecem coisa do Takashi Miike, não duvido ter influenciado Kill Bill em algum nível.
O ritmo não é tão frenético quanto eu esperava, mas os personagens, violência e principalmente o humor seguram. Realmente deixa desejando mais daquele universo.
The Real Body
3.2 2Essa sinopse é muito enganadora. Utsushimi é um filme sobre corpos e, acho eu, principalmente um romance. Entendi o correr como tentar alcançar o ritmo de outra pessoa, mesmo que isso signifique mudar a si mesmo. O cozinheiro só se apaixonou depois de "se conectar" com o corpo da garota através do sexo — um "corpo oco" que virou um "corpo real", — e teve que se transformar, transformar seu corpo físico, para alcançar o tempo dela; para que fosse capaz de acompanhá-la. No final quando ele pula do carro, o cozinheiro questiona que ela corria por algo real, enquanto ele só o fazia por ela; por 'romance'. Ele quer continuar correndo, e ela o carrega nas costas.
Admito não ter entendido a presença do mestre em butô e o designer de moda, se é que há algum sentido. A parte do filme dentro do filme, no entanto, é bastante clara ao falar sobre os corpos e ficção/realidade (corpo oco/ corpo real). Tudo isso envelopado num visual amador de baixo orçamento, que pessoalmente me agrada.
É um bom filme, não tivesse eu recém assistido Love & Pop, talvez tivesse me arrebatado ainda mais.
Love & Pop
4.1 9Senti que o Hideaki Anno colocou uma câmera até dentro de mim.
Em determinado momento cheguei a pensar que o Tadanobu Asano iria me estuprar.
Apostando no Amor
3.9 47Me deu uma nostalgia esquisita e nunca tinha visto esse filme antes.
Himiko
3.9 7Manipulação, xamanismo, incesto, bizarrices, malícia e fé cega.
Cada frame poderia literalmente virar um quadro. A cena final é sensacional.
O Mimaki e o irmão pareciam os índios do Pica-Pau.
Futuro Brilhante
3.6 9Se pretende assistir evite essa sinopse do Filmow; praticamente descreve a primeira hora do filme.
Go
4.2 4eu não resisto a um filme oriental do final dos 90' ~ início dos anos 00'. Go é bem ligado ao zeitgeist da época e provável que se perca muito se não conhecer pelo menos um pouco dessa cultura zainichi e a relação japão-coréia. esperava uma abordagem mais forte em alguns temas como bullying e xenofobia, mas de qualquer forma a mistura de gêneros funciona e o cerne do filme, — que se autodefine como uma história de amor, — é universal.
gosto do estilo do Isao Yukisada, que parece uma mistura de Shinji Iwai (de quem ele era diretor assistente) e o cinema caricato do Sion Sono.
Um Lugar ao Sol
3.9 168 Assista Agorarei do camarote: extended edition
se a intenção do Mascaro era ridicularizar essa galera com recortes estratégicos tá + do que certo
gente como o Oscar Maroni tem que ser ridicularizada mesmo, não tem nada de sábio a dizer
dá literalmente vontade de socar todo mundo que abre a boca nesse documentário
não tem grana que acabe com a pobreza de espírito
O Império dos Sentidos
3.4 307 Assista Agoracock and ball torture GONE WRONG
A Vizinhança do Tigre
3.9 44Tira reações, atuações e auto-encenações mais naturais e genuínas do que muito diretor "conceituado" com elenco de atores globais. Surpreendentemente engraçado (principalmente pelo Neguinho), e tem uma baita trilha sonora.
Pastoral: Morrer no Campo
4.4 20Se você está nessa página dê upvote no terceiro poster que é o mais bonito.
Obrigado.
Bacurau
4.3 2,8K Assista AgoraQueria ter gostado mais, talvez tenha sido traído pela expectativa. É um bom filme, mas creio que justamente pela ignorância dos tempos atuais algumas ideias tiveram de ser jogadas na cara durante os diálogos em que se perdeu toda a sutileza. Entre os três filmes anti-colonialistas do Kleber, ainda fico com O Som ao Redor, apesar de ser o mais 'amador'. Em algum ponto no meio eu queria continuar com o povo de Bacurau e fui forçado a ver os gringos falando bobagem no que parecia um filme B americano de ficção científica. Fica a coragem, mas a salada de frutas de gêneros não funciona sempre. Esperava também que fosse mais inventivo e/ou recompensador no clímax. Pô, um deles foi morto pelo próprio alemão. O filho da puta que matou a criança só foi alvejado a tiros. Para um filme com tanto sangue, eu torci pela violência. Sorte que o Lunga e o casal peladão fizeram algumas mortes valerem mais.
Bacurau tem bastante a oferecer em alguns aspectos, muito por ser feito em tempos caóticos em que um presidente diz que as minorias tem que se curvar às maiorias, e soa mais como uma peixeira no pescoço do que uma alfinetada medrosa. Mas mesmo com a mensagem política forte, achei A Vida Invisível (também político, à sua maneira) muito mais filme e merecedor de ter sido escolhido representante do país no Oscar.
No More Easy Life
3.7 1Realismo mundano de situações cotidianas que transformam uma vida. É um slice of life no sentindo mais puro, com o dedo do diretor quase não sendo notado nos rumos aparentemente banais da história, — despida de clichês ou promessas de grandes reviravoltas. Ao mesmo tempo, a finesse na introspecção psicológica da Mariko e os diálogos verdadeiros constroem um estudo de personagem profundo e realista da protagonista. Sem julgamentos e sem tentar apaziguar o pior de alguns personagens.
Para um filme de 79, estava muito a frente do seu tempo ao confrontar as tradições da sociedade japonesa, e parece ser o tipo de filme que teria inspirado muitos diretores orientais que surgiram nos anos 90/00. Uma pena ter só duas marcações aqui.
Maborosi, a Luz da Ilusão
3.9 24Não consigo ver esse "Koreeda menor".
O sentimento penoso, de indolência e de vazio, é prova de que ele traduz com excelência a atmosfera que se propõe.
"Dad used to go out to sea.
He says when he was out alone, he used to see a beautiful light, shimmering in the distance, calling him.
I think it can happen to anyone."
Chang-ok’s Letter
4.0 1Trabalho de gênio o primeiro episódio inteiro num plano-sequência de 12 minutos, te coloca imediatamente dentro da casa e da convivência daquela família.
Preciso de um filme que junte Shunji Iwai + Bae Doona.
Obrigado, Nescafé.
Amores Expressos
4.2 355 Assista AgoraAssisti hoje, 1º de Maio, sem saber da data de validade.
Sinto que eu e esse filme estávamos destinados a ser.