“Se você tiver algum problema, deve rezar para Orunmilá. Orunmilá é o espírito da sabedoria. Todas as divindades que Deus criou foram criadas para nos ajudar. Xangô e Ogum são divindades que ajudam todos nós a termos força e coragem. E Iemanjá é uma mulher compassiva. E existe também uma divindade chamada Oxum, a orixá das crianças. A divindade dos filhos abundantes. Quem é infértil reza para Oxum. Lembre – se disso. Não quero que se esqueça.”
Particularmente, admiro muito os longas de Guillermo del Toro e inclusive tenho ‘’A forma da Água’’ como o meu favorito. Del Toro consegue trazer personagens preenchidos e possíveis de serem entendidos, seja seus objetivos ou dilemas internos. Em “A Forma da Água”, Guillermo entrega uma harmonia substancial e sofisticada no sentido de linguagem cinematográfica, com maestria e de maneira poética, porém, não consegue repetir isso em “O Beco do Pesadelo”. Fui assisti-lo sem expectativa alguma (não assisti ao trailer), sabendo bem pouco sobre o longa e confesso que queria ter gostado mais.
Final de ano é tempo de estreia dos filmes do chamado “Oscar bait” (ou em português, “Isca de Oscar”), o termo nomeia as produções que têm a intenção de ganhar indicações para a premiação. E em tempos de antivacina, terraplanismo e descrença nas mudanças climáticas a Netflix lança “Não Olhe para Cima”, uma sátira política com um super elenco que provavelmente custou o cancelamento de algumas séries. Adam McKay, vencedor do Oscar de “Melhor Roteiro Adaptado” por “A Grande Aposta” dirigiu, escreveu e produziu o longa estrelado por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence.
“Não Olhe para Cima” é sobre dois astrônomos que tentam alertar o mundo sobre um enorme cometa em rota de colisão direta com a Terra e que pode acabar com toda a humanidade. O filme ridiculariza de forma irônica sobre o que tem acontecido em nossa civilização nos últimos tempos: negacionismo e negligência de autoridades. O início do filme mostra bastidores científicos da descoberta do cometa até a sinalização para a Presidente dos EUA que ignora totalmente a situação.
Alguns filmes nacionais retratam como o Brasil ainda não superou completamente a escravidão, como “Que Horas Ela Volta” que mostra a representação do simulacro da senzala adaptado aos dias de hoje, os “quartos de empregada”. E não é diferente com “7 Prisioneiros”. Semana passada, a Netflix lançou mais um longa nacional premiado em seu catálogo, desta vez protagonizado por Rodrigo Santoro e Christian Malheiros.
“Eternos” foge do padrão e do espetáculo midiático constante, assim estabelecendo uma inovação do subgênero podendo inspirar os filmes dos próximos anos. Ele se distingue pois impõe dilemas morais nos heróis (que são expostos como deuses) e os coloca em situações obscuras. Diferente de outros filmes do estúdio, esse te deixa pensar, respirar e se questionar junto aos protagonistas; e nem pense em desligar o cérebro para assistir.
“Peçanha contra o animal” pretende realizar uma trama policial protagonizado por Antonio Tabet fazendo um PM bruto e corrupto; o “sargento-tenente-major” que recorre a métodos não convencionais para conseguir seus objetivos. O elenco tem a presença de Pedro Benevides, Rafael Portugal, Estevam Nabote, Gabriel Totoro, Evelyn Castro, Fabio De Luca e entre outros membros do Porta e claro, participação especial de Valesca Popozuda e Diogo Defante.
"Sound of Metal" conta a história de um baterista que perde a sua audição e após isso entra em uma jornada de auto aceitação em uma comunidade de surdos. Para um músico profissional que tem como seu principal instrumento de trabalho a audição, a frustração é ainda maior por conta da dependência financeira.
Um ponto que vale muito a pena ser destacado é o design de som que é um dos principais destaques do filme. O som não se destaca em si na complexidade técnica, mas sim na complexidade de sua sensibilidade, uma vez que este acaba sendo mais que uma ferramenta invisível e passa a ser um personagem.
A identificação catártica é garantida graças a grande experiência imersiva que o longa propõe, fica fácil ser empatia pelo protagonista, pois através de simulações sonoras de como seria o ouvido surdo ou como seria ter um implante auditivo foi criado para ter as mesmas sensações que Ruben. Então os sentimentos de angústia após a perda da audição, o estágio de negação depois de cair a ficha da situação e até o estado de quietude são amplamente sentidos pelo espectador.
Além disso, o filme passa longe de ser capacitista, já que o roteiro passou a ser desenvolvido há 13 anos atrás e esses detalhes foram bem cuidados e abandonam estigmas e estereótipos de uma pessoa surda.
Está aí reflexões profundas sobre a disparidade socieconômica e o esnobismo social (assuntos bem tratados no cinema sul coreano assim como o "Invasão Zumbi"), uma película honesta, com intenção artística. É belo como uma coreográfica de dança, impecável como uma composição fotográfica, lindo como uma melodia musical e magnifico como um poema cheio de rimas e métrica. Com alma e essência, cheio de camadas. Não atoa recebeu Oscar de de Melhor Roteiro Original e Melhor filme estrangeiro como já era previsto, é totalmente imprevisível e cheio de metáforas. Em execução e técnica despensa apresentações: edição, corte, montagem fotografia, planos, trilha sonora, tudo feito com talento e aptidão assim como um maestro regendo uma orquestra. No início uma comédia que passa para um suspense, um toque de terror e acaba com um drama, e isso como com bastante fluidez (realmente uma boemia), Bong Joon-ho inventou um novo gênero cinematográfico. Uma obra com uma critica social com intuído de falar sobre as malezas da Coreia e acabou de comunicando com o mundo, trata de invisibilidade e contextualiza a desigualdade social. Uma das melhores experiencias cinematográficas da minha vida, inesquecível. "Sabe qual o tipo de plano nunca falha? Não fazer plano nenhum."
Difícil de Engolir
2.8 6 Assista Agora“Se você tiver algum problema, deve rezar para Orunmilá. Orunmilá é o espírito da sabedoria. Todas as divindades que Deus criou foram criadas para nos ajudar. Xangô e Ogum são divindades que ajudam todos nós a termos força e coragem. E Iemanjá é uma mulher compassiva. E existe também uma divindade chamada Oxum, a orixá das crianças. A divindade dos filhos abundantes. Quem é infértil reza para Oxum. Lembre – se disso. Não quero que se esqueça.”
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraParticularmente, admiro muito os longas de Guillermo del Toro e inclusive tenho ‘’A forma da Água’’ como o meu favorito. Del Toro consegue trazer personagens preenchidos e possíveis de serem entendidos, seja seus objetivos ou dilemas internos. Em “A Forma da Água”, Guillermo entrega uma harmonia substancial e sofisticada no sentido de linguagem cinematográfica, com maestria e de maneira poética, porém, não consegue repetir isso em “O Beco do Pesadelo”. Fui assisti-lo sem expectativa alguma (não assisti ao trailer), sabendo bem pouco sobre o longa e confesso que queria ter gostado mais.
Texto completo no Canal Claquete!
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraFinal de ano é tempo de estreia dos filmes do chamado “Oscar bait” (ou em português, “Isca de Oscar”), o termo nomeia as produções que têm a intenção de ganhar indicações para a premiação. E em tempos de antivacina, terraplanismo e descrença nas mudanças climáticas a Netflix lança “Não Olhe para Cima”, uma sátira política com um super elenco que provavelmente custou o cancelamento de algumas séries. Adam McKay, vencedor do Oscar de “Melhor Roteiro Adaptado” por “A Grande Aposta” dirigiu, escreveu e produziu o longa estrelado por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence.
“Não Olhe para Cima” é sobre dois astrônomos que tentam alertar o mundo sobre um enorme cometa em rota de colisão direta com a Terra e que pode acabar com toda a humanidade. O filme ridiculariza de forma irônica sobre o que tem acontecido em nossa civilização nos últimos tempos: negacionismo e negligência de autoridades. O início do filme mostra bastidores científicos da descoberta do cometa até a sinalização para a Presidente dos EUA que ignora totalmente a situação.
Texto completo no Canal Claquete!
7 Prisioneiros
3.9 318Alguns filmes nacionais retratam como o Brasil ainda não superou completamente a escravidão, como “Que Horas Ela Volta” que mostra a representação do simulacro da senzala adaptado aos dias de hoje, os “quartos de empregada”. E não é diferente com “7 Prisioneiros”. Semana passada, a Netflix lançou mais um longa nacional premiado em seu catálogo, desta vez protagonizado por Rodrigo Santoro e Christian Malheiros.
Texto completo no Canal Claquete
Eternos
3.4 1,1K Assista Agora“Eternos” foge do padrão e do espetáculo midiático constante, assim estabelecendo uma inovação do subgênero podendo inspirar os filmes dos próximos anos. Ele se distingue pois impõe dilemas morais nos heróis (que são expostos como deuses) e os coloca em situações obscuras. Diferente de outros filmes do estúdio, esse te deixa pensar, respirar e se questionar junto aos protagonistas; e nem pense em desligar o cérebro para assistir.
Texto completo no Canal Claquete
Peçanha Contra o Animal
2.6 81“Peçanha contra o animal” pretende realizar uma trama policial protagonizado por Antonio Tabet fazendo um PM bruto e corrupto; o “sargento-tenente-major” que recorre a métodos não convencionais para conseguir seus objetivos. O elenco tem a presença de Pedro Benevides, Rafael Portugal, Estevam Nabote, Gabriel Totoro, Evelyn Castro, Fabio De Luca e entre outros membros do Porta e claro, participação especial de Valesca Popozuda e Diogo Defante.
Como Roubar Um Milhão de Dólares
4.2 153 Assista Agoracomedor de casadas
O Som do Silêncio
4.1 986 Assista Agora"Sound of Metal" conta a história de um baterista que perde a sua audição e após isso entra em uma jornada de auto aceitação em uma comunidade de surdos. Para um músico profissional que tem como seu principal instrumento de trabalho a audição, a frustração é ainda maior por conta da dependência financeira.
Um ponto que vale muito a pena ser destacado é o design de som que é um dos principais destaques do filme. O som não se destaca em si na complexidade técnica, mas sim na complexidade de sua sensibilidade, uma vez que este acaba sendo mais que uma ferramenta invisível e passa a ser um personagem.
A identificação catártica é garantida graças a grande experiência imersiva que o longa propõe, fica fácil ser empatia pelo protagonista, pois através de simulações sonoras de como seria o ouvido surdo ou como seria ter um implante auditivo foi criado para ter as mesmas sensações que Ruben. Então os sentimentos de angústia após a perda da audição, o estágio de negação depois de cair a ficha da situação e até o estado de quietude são amplamente sentidos pelo espectador.
Além disso, o filme passa longe de ser capacitista, já que o roteiro passou a ser desenvolvido há 13 anos atrás e esses detalhes foram bem cuidados e abandonam estigmas e estereótipos de uma pessoa surda.
Evangelion: 1.11 Você (Não) Está Sozinho
4.2 106 Assista Agorase eu fosse resumir em 3 palavras diria: complexo de édipo
Neon Genesis Evangelion
4.5 328 Assista Agorabrabo demais tendi nada e vamos de terapia
Projeto X: Uma Festa Fora de Controle
3.5 2,2K Assista Agorajovem tem que acabar
Vida
3.4 1,2K Assista Agorafilme do Venom ai
Star Wars, Episódio IX: A Ascensão Skywalker
3.2 1,3K Assista Agoramoedor de carne
Quero Ficar com Polly
3.0 425 Assista Agoraeu acho esse filme parecido com "Quem Vai Ficar com Mary?"
Maluca Paixão
2.7 1,0K Assista Agoramelhor comédia romântica já feita na história do cinema norte americano
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraEstá aí reflexões profundas sobre a disparidade socieconômica e o esnobismo social (assuntos bem tratados no cinema sul coreano assim como o "Invasão Zumbi"), uma película honesta, com intenção artística. É belo como uma coreográfica de dança, impecável como uma composição fotográfica, lindo como uma melodia musical e magnifico como um poema cheio de rimas e métrica. Com alma e essência, cheio de camadas. Não atoa recebeu Oscar de de Melhor Roteiro Original e Melhor filme estrangeiro como já era previsto, é totalmente imprevisível e cheio de metáforas. Em execução e técnica despensa apresentações: edição, corte, montagem fotografia, planos, trilha sonora, tudo feito com talento e aptidão assim como um maestro regendo uma orquestra. No início uma comédia que passa para um suspense, um toque de terror e acaba com um drama, e isso como com bastante fluidez (realmente uma boemia), Bong Joon-ho inventou um novo gênero cinematográfico. Uma obra com uma critica social com intuído de falar sobre as malezas da Coreia e acabou de comunicando com o mundo, trata de invisibilidade e contextualiza a desigualdade social. Uma das melhores experiencias cinematográficas da minha vida, inesquecível. "Sabe qual o tipo de plano nunca falha? Não fazer plano nenhum."
Norbit
2.4 1,1K Assista Agorameia estrela por caridade
Watchmen
4.4 562 Assista AgoraImpecável
Arzok
3.8 2https://www.youtube.com/watch?v=LemXc1ZCDGE
Homem-Aranha: No Aranhaverso
4.4 1,5K Assista Agorafilme pra vida
Coringa
4.4 4,1K Assista Agoramaravilhoso
O Menino e o Mundo
4.3 735 Assista Agoraperfeito
Diário de um Compositor em Viagem
3.4 2Harmônico.
Dinheiro Fácil
3.5 1Pensativo.