Sinceramente fiquei em dúvida se achei o filme bom ou ruim. Teve partes legais e engraçadas, sim. Um elenco bem escolhido, com atuações consideravelmente boas, sim (em especial, McAvoy, Evan Peters, Michael Fassbender e Sophie Turner <3). Mas o time dos vilões estragaram tudo, sim, estragaram.
Filme bastante difícil de se ver, o que torna mais agoniante é saber que é baseado na vida de alguém. Não li o livro autobiográfico, porém o filme não é de todo ruim, ele traz alguns pontos interessantes, a fotografia é um ponto forte, desde o sufocante ambiente do quarto improvisado da protagonista e da casa do sequestrador como um todo até quando ela consegue fugir e há uma imensidão, um contrastante mundo que foi perdido em 10 anos. Outro ponto positivo é a atuação de ambas as atrizes que fizeram Natascha (Amelia Pidgeon e Antonia Campbell-Hughes), elas estão realmente incríveis. A forma como Antonia Campbell emagreceu para o papel me aterrorizou muito e o olhar dela de agonia é espetacular. Não achei ruim o papel dúbio do sequestrador, já que a natureza humana não é maniqueísta e deve ter sido isso que o diretor quis passar. Não é um filme revolucionário, é mediano, existem filmes bastante semelhantes a ele (como Room, 2015), além disso, possui suas falhas,
mas nada tão grande que prejudique o andamento do filme. É apenas ok se deixar de considerar que isto realmente aconteceu com alguém. Um daqueles filmes para se ver uma única vez.
Não li o livro de David Mitchell, o que me deixou um pouco limitada criticamente, mas penso que se ao assistir um filme baseado num livro e no final dele fica a vontade de ler o livro-base, podemos dizer que o filme concluiu pelo menos um de seus objetivos. As irmãs Wachowski juntamente com Tykwer realmente pegaram em suas mãos um desafio roteirístico, isto está mais do que claro. Sendo a marca registrada dos Wachowski os efeitos visuais e fotografias futuristas incríveis, era de se esperar que a fotografia deste filme fosse igualmente bela e que não cansa, mesmo em quase 3 horas de filme. Ao começar a assistir, confesso que fiquei um pouco confusa, não sei se foi pelo roteiro complexo (com 6 narrativas temporais) ou a sequência não cronológica, mas não foi um empecilho durante o filme todo, pareceu como se eu tivesse me ajustando a ideia até acostumar a ela (coisa que sempre me incomodou em filmes, com exceção deste, não faço ideia do porquê). As histórias de cada protagonista são excelentes, com exceção a do velho editor na narrativa de 2012 (desculpa!). Achei o elenco maravilhoso e a introdução de diferentes personagens em diferentes anos para cada ator/atriz bastante audaciosa, o que tornou bastante interessante para história central desenvolvida, numa visão mais profunda, podemos perceber que o intuito seria de acompanhar o caminho percorrido por cada alma e suas ascensões ou declínios ao longo do tempo. Primeira vez que assisti a um filme que trazem não apenas um momento futurístico, mas dois (são esses elementos ousados cinematográficos/roteiro que me ganham facilmente). Com relação à maquiagem e vestuário, só fiquei um pouco incomodada com os olhos dos personagens da Seul futurística e a pintura estilo Mad Max no Havaí pós-apocalíptico, mas nada que desfavoreça o filme em seu todo (um adendo, o personagem de Halle Berry em Seul está impecável). Para quem gosta dos trabalhos das irmãs Wachowski ou do Tom Tykwer, ou a procura de um bom entretenimento, recomendo muito.
Perdi a conta de quantos "como fizeram esta cena?" eu disse durante o filme. Fico impressionada de como inovador deve ter sido este filme para a época. Fico mais impressionada pois se tivesse assistido tempos atrás, nunca teria a mentalidade de vê-lo criticamente como um marco importantérrimo para o cinema. O uso de closes e sequências com Efeito Kuleshov foi bastante inteligente e incrivelmente convincente. Difícil não tirar o chapeu pela trilha sonora nas cenas de clímax. Tudo foi muito bem encaixado com um roteiro audacioso para a época de pós revolução. Não só a estrutura estética é incrível como também as metáforas (como no enquadramento da estátua de leão) e questões sociais abordadas em seu enredo. Eisenstein foi bastante genial ao abordar uma ideologia histórica de uma forma que não é maçante sequer cansativa.
Fica aqui só a referência da mãe que levou um tiro (a mesma que perdeu o carrinho na cena da escadaria) e agonizou por mil anos para morrer. Sim, mesmo que o propósito tenha sido dar importância sentimental a cena, nunca consigo levar a sério atuações exageradas assim (mesmo que propositais).
Fui assistir sabendo de que se trataria de um clichê, o que realmente é. Porém não vejo como algo negativo, apesar de haver problemas de roteiro bem superficial, o filme não pretendia ser algo revolucionário como é deixado bem claro. O intuito, talvez, tenha sido apenas para entreter o espectador e tirar uma fagulha do sentimento que Rocky nos fazia sentir. É inegável a superioridade de Rocky, mas ver Gyllenhaal em filmes que não sejam estranhos é um grande marco.
Todo mundo deveria ter uma opinião sobre este filme e não sei o porquê levei tanto tempo para assisti-lo. A complexidade do relacionamento é tão vasta quanto o lugar em que eles trabalhavam. A luta pelo amor que os protagonistas não queriam sentir foi muito bem representada e a discussão permanece tão atual, mesmo que abordada de forma "maquiada" quase que no estilo de tragédia shakespeariana ao invés de dois pés no peito que hoje em dia pode-se ver em diversos filmes sobre preconceito. Não é a toa que recebeu centenas de prêmios...
A parte em que aparece uma passagem do tempo em forma de acontecimentos e tragédias em uma tela preta foi tão metaforicamente inteligente por demonstrar que existiram tantas outras matanças marcadas pela época e que não deveriam ser esquecidas.
Sempre que assisto a um filme de David Fincher fico com a impressão de ter perdido alguns detalhes relevantes. Mesmo que bastante denso, o filme é daqueles que você vê até o final para saber o que acontece, mesmo já conhecendo a história real em que ele foi embasado.
Não é um filme revolucionário, mas capta uma doçura incrível. Por um tempo fui muito obcecada pelos trabalhos do Craig Roberts, ele é aquele ator que desvirtua todos os estereótipos de protagonista. A simplicidade que permeia todo o filme, sua trilha sonora e a dinâmica do roteiro envolvendo os diferentes pais possuem um sentimento tão agridoce quanto bonita.
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X-Men: Apocalipse
3.5 2,1K Assista AgoraSinceramente fiquei em dúvida se achei o filme bom ou ruim. Teve partes legais e engraçadas, sim. Um elenco bem escolhido, com atuações consideravelmente boas, sim (em especial, McAvoy, Evan Peters, Michael Fassbender e Sophie Turner <3). Mas o time dos vilões estragaram tudo, sim, estragaram.
3096 Dias
3.7 627 Assista AgoraFilme bastante difícil de se ver, o que torna mais agoniante é saber que é baseado na vida de alguém. Não li o livro autobiográfico, porém o filme não é de todo ruim, ele traz alguns pontos interessantes, a fotografia é um ponto forte, desde o sufocante ambiente do quarto improvisado da protagonista e da casa do sequestrador como um todo até quando ela consegue fugir e há uma imensidão, um contrastante mundo que foi perdido em 10 anos. Outro ponto positivo é a atuação de ambas as atrizes que fizeram Natascha (Amelia Pidgeon e Antonia Campbell-Hughes), elas estão realmente incríveis. A forma como Antonia Campbell emagreceu para o papel me aterrorizou muito e o olhar dela de agonia é espetacular. Não achei ruim o papel dúbio do sequestrador, já que a natureza humana não é maniqueísta e deve ter sido isso que o diretor quis passar. Não é um filme revolucionário, é mediano, existem filmes bastante semelhantes a ele (como Room, 2015), além disso, possui suas falhas,
principalmente no reencontro com os pais,
A Viagem
3.7 2,5K Assista AgoraNão li o livro de David Mitchell, o que me deixou um pouco limitada criticamente, mas penso que se ao assistir um filme baseado num livro e no final dele fica a vontade de ler o livro-base, podemos dizer que o filme concluiu pelo menos um de seus objetivos. As irmãs Wachowski juntamente com Tykwer realmente pegaram em suas mãos um desafio roteirístico, isto está mais do que claro. Sendo a marca registrada dos Wachowski os efeitos visuais e fotografias futuristas incríveis, era de se esperar que a fotografia deste filme fosse igualmente bela e que não cansa, mesmo em quase 3 horas de filme. Ao começar a assistir, confesso que fiquei um pouco confusa, não sei se foi pelo roteiro complexo (com 6 narrativas temporais) ou a sequência não cronológica, mas não foi um empecilho durante o filme todo, pareceu como se eu tivesse me ajustando a ideia até acostumar a ela (coisa que sempre me incomodou em filmes, com exceção deste, não faço ideia do porquê). As histórias de cada protagonista são excelentes, com exceção a do velho editor na narrativa de 2012 (desculpa!). Achei o elenco maravilhoso e a introdução de diferentes personagens em diferentes anos para cada ator/atriz bastante audaciosa, o que tornou bastante interessante para história central desenvolvida, numa visão mais profunda, podemos perceber que o intuito seria de acompanhar o caminho percorrido por cada alma e suas ascensões ou declínios ao longo do tempo. Primeira vez que assisti a um filme que trazem não apenas um momento futurístico, mas dois (são esses elementos ousados cinematográficos/roteiro que me ganham facilmente). Com relação à maquiagem e vestuário, só fiquei um pouco incomodada com os olhos dos personagens da Seul futurística e a pintura estilo Mad Max no Havaí pós-apocalíptico, mas nada que desfavoreça o filme em seu todo (um adendo, o personagem de Halle Berry em Seul está impecável). Para quem gosta dos trabalhos das irmãs Wachowski ou do Tom Tykwer, ou a procura de um bom entretenimento, recomendo muito.
O Encouraçado Potemkin
4.2 342 Assista AgoraPerdi a conta de quantos "como fizeram esta cena?" eu disse durante o filme. Fico impressionada de como inovador deve ter sido este filme para a época. Fico mais impressionada pois se tivesse assistido tempos atrás, nunca teria a mentalidade de vê-lo criticamente como um marco importantérrimo para o cinema. O uso de closes e sequências com Efeito Kuleshov foi bastante inteligente e incrivelmente convincente. Difícil não tirar o chapeu pela trilha sonora nas cenas de clímax. Tudo foi muito bem encaixado com um roteiro audacioso para a época de pós revolução. Não só a estrutura estética é incrível como também as metáforas (como no enquadramento da estátua de leão) e questões sociais abordadas em seu enredo. Eisenstein foi bastante genial ao abordar uma ideologia histórica de uma forma que não é maçante sequer cansativa.
Fica aqui só a referência da mãe que levou um tiro (a mesma que perdeu o carrinho na cena da escadaria) e agonizou por mil anos para morrer. Sim, mesmo que o propósito tenha sido dar importância sentimental a cena, nunca consigo levar a sério atuações exageradas assim (mesmo que propositais).
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraSentimento pós-créditos: Obrigada, Proerd.
Nocaute
3.8 688 Assista AgoraFui assistir sabendo de que se trataria de um clichê, o que realmente é. Porém não vejo como algo negativo, apesar de haver problemas de roteiro bem superficial, o filme não pretendia ser algo revolucionário como é deixado bem claro. O intuito, talvez, tenha sido apenas para entreter o espectador e tirar uma fagulha do sentimento que Rocky nos fazia sentir. É inegável a superioridade de Rocky, mas ver Gyllenhaal em filmes que não sejam estranhos é um grande marco.
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraTodo mundo deveria ter uma opinião sobre este filme e não sei o porquê levei tanto tempo para assisti-lo. A complexidade do relacionamento é tão vasta quanto o lugar em que eles trabalhavam. A luta pelo amor que os protagonistas não queriam sentir foi muito bem representada e a discussão permanece tão atual, mesmo que abordada de forma "maquiada" quase que no estilo de tragédia shakespeariana ao invés de dois pés no peito que hoje em dia pode-se ver em diversos filmes sobre preconceito. Não é a toa que recebeu centenas de prêmios...
Zodíaco
3.7 1,3K Assista AgoraSim, é um filme bastante longo, mas ele apresenta algumas cenas muito boas, o que era de se esperar de um elenco tão bem escolhido.
A parte em que aparece uma passagem do tempo em forma de acontecimentos e tragédias em uma tela preta foi tão metaforicamente inteligente por demonstrar que existiram tantas outras matanças marcadas pela época e que não deveriam ser esquecidas.
Amizades Improváveis
3.8 785 Assista AgoraNão é um filme revolucionário, mas capta uma doçura incrível. Por um tempo fui muito obcecada pelos trabalhos do Craig Roberts, ele é aquele ator que desvirtua todos os estereótipos de protagonista. A simplicidade que permeia todo o filme, sua trilha sonora e a dinâmica do roteiro envolvendo os diferentes pais possuem um sentimento tão agridoce quanto bonita.