o filme em pelo menos 2/3 do seu tempo passa-se sendo banal e tedioso, até que a trama começa a se revelar (plot twist) e se torna levemente interessante.
tem um pé de Primal Fear (1996), A Perfect Murder (1998), Gladiator (2000), Bufo & Spallanzani (2001), Shutter Island (2010) mas queria-se ser North By Northwest (1959).
a qualidade porém é variável, o filme começa mal, tem um bom desenvolvimento e termina novamente ruim, formando umas espécie de parábola com a concavidade para baixo.
do mesmo modo que Star Wars, Battlestar Galactica, Serial Experiments Lain (série), Matrix, Tenet, Exterminador do Futuro, Lost (série), Continuum (série), Vampire - The Masquerade (jogo de pc), e alguns obras do Constantine, o universo é maior do que obra.
o que fica de bom é um novo universo de fantasia para novas histórias, e talvez seja isso que seja lembrado e que faz parecer que o filme é melhor do que é pela lembrança.
as lutas de espada são muito pouco convincentes (o que não tem qualquer relevância para a história, mas prejudica o filme no gênero de ação), os personagens são caricaturais na maior parte (apesar d'eu gostar do Ramirez e Rachel Ellenstein), e o filme talvez seja até contraditório - refiro-me, como exemplo, sobre a capacidade de reprodução dos highlanders.
por muito tempo recomendei o filme. e depois de hoje, me sinto hesitante.
prefiro recomendar: Lucky Number Slevin (2006), Looper (2012), Star Trek Into Darkness (2013), Oblivion (2013), X-Men - Days of Future Past (2014) e Live Die Repeat - Edge of Tomorrow (2014).
ainda mais porque a obra dá elementos de que o personagem principal seja louco. e não apenas incapaz de formar novas memórias.
quem gostar deste filme, provavelmente gostará de:
Pulp Fiction (1994), Fear and Loathing in Las Vegas (1998), Fight Club (1999), The Matrix (1999), Amores Perros (2000), Waking Life (2001), A Scanner Darkly (2006), Inception (2010), Limitless (2011), Source Code (2011).
o filme provavelmente só será compreendido após a primeira ou segunda reprise.
tem os temas recorrentes de loucura e homicídio do cinema com uma pitadinha de terror.
infelizmente após a revelação da trama (plot twist) o filme não tem muito mais a oferecer que a cena final - a qual, como já dito, só deverá ser compreendida na reprise. ou dito de outra forma, o filme conta apenas com uma cena ou frase memorável.
entretanto, se consegue prender a atenção do início até o final mesmo na reprise e o que mais se pode desejar de um filme?
é um bom filme mas sem elementos para torná-lo um clássico.
quis parar de ver o filme 2 ou 3 vezes durante a sua execução.
em sua defesa: assisti recentemente "The Booth at the End" e o filme parece se situar numa régua de qualidade entre a primeira e a segunda temporada da série.
tendo a considerar juvenil o tema moralista. no sentindo que é a faixa de idade adequada para ruminar reflexões afins, e sem o mesmo efeito naqueles que já experimentaram os dilemas morais durante a juventude.
o formato da narração talvez seja hostil para o cinema, talvez a narração não permita preservar a atenção ou interesse numa obra de 2 horas ininterruptas e além disso apresentar muitos dilemas ao mesmo tempo diminui o apelo reflexivo dos mesmos.
talvez não seja possível fazer um bom filme com esta história, apenas uma boa série.
ao ruminantes, como eu, prefiro recomendar "Serial Experiments Lain" e a trilogia "Infernal Affairs", pois parecem que deixam mais assunto a mastigar.
Revi o filme ontem após vários anos de intervalo entre a primeira e a segunda visualização. Fique absurdamente surpreendido com a qualidade do filme. Ele é muito melhor do que me lembrava. Ou dito de outra forma, os pequenos problemas do filme não superam as inúmeras vantagens.
TL;DR: filme bem feito sobre livre-arbítrio
a) história muito bem contada, tanto na ordem quanto na clareza. dificilmente alguém precisaria assistir mais que 2 vezes para compreensão completa do filme.
b) o filme é levemente longo, mas é difícil de afirmar que possuí cenas desnecessárias, visto que é um filme de ação, cenas intensas de fuga ou luta não podem ser removidas sem prejuízo ao estilo e as demais cenas são conduções moderadas e suficientes para o entendimento;
c) a forma de encerrar o filme pode ser questionada, porém, entre o final que tivemos e o contrário dele, o final oficial me parece vantajoso.
"E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas." - Gênesis 1:6
Durante o início do livro de gênesis, deus está separando a criação e julgando positiva a separação. Religião e Ciência são conhecimentos humanos separados e é positiva esta separação.
Em Religião, dogma e fé podem surgir, ao mesmo tempo que são celebrados. Em Ciência, evidência, falseabilidade, testes, replicação, racionalização, demonstração e abandono são desejados. Há coisas para abandonar em ciência. Há coisas para abandonar em religião?
É um sinal de pouca fé na palavra de deus, ao meu ver, esperar que a ciência valide ou testifique aquilo que está escrito num texto que se quer sagrado. Pior do que isto, me parece corrupção mútua. Me parece destruição da verdade-religiosa e destruição da verdade-científica.
Ciência precisa partir de uma explicação sem deus para construir seu corpo de teses, e justamente por isso Ciência e Religião não são antagônicos, ou opostos, ou conflituosos. São corpos que não querem ocupar o mesmo espaço, logo, podem coexistir e é bom assim.
O documentário tem as mesmas falhas de "Expelled: No Intelligence Allowed" (2008), ambos tentam unir, sem propósito maior que capricho e insegurança, aquilo que desassociada funciona bem e de modo pacífico. É uma pena.
Deixe Religião ser Religião e Ciência ser Ciência.
Uma mistura de They Live (1988), Calvary (2014) e Captain Fantastic (2016).
Não forma um grande filme, mas atende bem determinado público. Assistível, com diálogos na maioria superficiais, quando não simplesmente errados, e que funcionam como fanservices para seguidores de uma determinada tradição econômica sugerida logo no início do filme! Bom filme para quem gosta de falar mal de políticos e banqueiros.
E olha que não gosto de ambos. Mas o filme não convence.
Melhor assistir: Big Fish (2003), Little Nicholas (2009) ou The Lobster (2015)!
Propaganda comunista básica. "Não é não. É um filme sobre alienígena". Ok, um metafilme de contra-cultura anticomercial, de denúncia do controle midiático, autocrítico do consumismo, e desvelador de relações de poder históricas muito determinadas sobre exploração por uma elite extra-terrestres.
Filmão trash que ao invés de seguir a realidade fantástica tentou se manifestar como uma alegoria econômica na defesa do lado errado do muro. Mais fantasia e menos realidade seriam as receitas para a correção da obra.
O filme é meio obrigatório e não por ser bom, mas por ser aclamado, por retratar uma estética de discurso que se pensou datada, esquecível, mas que continua convincentemente atual. Nós envelhecemos, é verdade, mas agarrados às mesmas idéias. Envelhecer não é o mesmo que aprender, superar, evoluir, compreender. Envelhecer muitas vezes é só depreciar-se, auto-obsolescer, perder a validade, vencer-se. Eles vivem, nós... apodrecemos, putrefazemos, como cadáveres ex-sólidos em pó nos desmanchamos pelo ar.
Não conheço a história de Alan Turing a fundo, mas acredito que o filme tenha o retratado falsamente, e de modo depreciativo, ao tentar tratá-lo como gênio-insensível, isolado e pouco nacionalista. Que eu saiba Alan foi muito reconhecido pelo seu valor acadêmico, pela sua capacidade intelectual e foi convidado a viver fora do próprio país, não abandonando-o por senso de dever cívico.
Os diálogos são ruins, superficiais, genéricos, aplicáveis em qualquer contexto mas pouco apropriados para um dos pais da computação. É verdade, que a mente não pode ser vista, mas é percebível. Imagino que o Alan tenha enfrentado e sofrido muito mais com suas decisões, em especial, durante a guerra do que o filme tenta revelar. Ao contrário, ora parece querer insinuar que Alan fosse alguém frio, maquinista, e em conflito de encontrar o próprio coração humano. Quando tal personagem parece nem mesmo ser verdadeiro, mas uma versão mais antropomorfizada do Homem-de-Lata do Mágico de Oz.
Este filme precisa ser refeito, para que se conheça o "humano Alan" ao invés do "gênio clichê Turing". A história real me parece ainda mais triste por ele ter sido traído pelo país que ele amou e quis defender. Ele foi genial, não há dúvida, mas ele foi ao mesmo tempo sentimental, apaixonado, querido, respeitado pela elite intelectual de seu tempo e mesmo assim decidiu viver e morrer em seu país.
O filme parece tentar ser quase uma versão secular de uma história religiosa. Não dá para ser sagrado e profano ao mesmo tempo. O filme ficou no meio do caminho, nota 7.0.
* Ele não apresenta bem a história para quem a desconhece e este me parece um dos piores defeitos do filme.
o segredo da felicidade só pode ser casar-se com um matemático! Ele ama a mulher (1), o primeiro filho (2), o segundo filho (3) e o que está por vir! (3,dízima não-periódica em gestação). Faz muito sentido.
O filme poderia ser muito melhor se fosse um pouco mais cínico, um pouco mais poeticamente coerente e menos auto-motivacional mas mais provocador.
o uso das canetas foi absurdamente mal aproveitado. a história seria muito mais interessante se a vida dos donos das canetas moldassem a vida do escritor ao escrever em seu diário. há parte disto no filme. parte. seria tão mais belo se fosse um padrão consciente, constante e coerente na obra. e outra: rodar o mundo para descobrir que aquilo que mais ama é o atua companheiro, hum... não dá mais para contar esta história. ela já foi contada num episódio de A Ilha da Fantasia (1978-1984) e bem melhor que neste filme.
Faltou ao filme ser mais como The Lobster (2015), ou mesmo mais engraçado como Wes Anderson. Faltou um dose de ironia de A vida de Brian (1979) e The Meaning of Life (1983). Faltou ser um pouco mais ríspido mantendo a graça como Calvary (2014) e Antonia's Line (1995). Poderia ser um grande filme. Ficou auto-ajuda de tv aberta.
Um documentário um pouco confuso por tratar ao mesmo tempo de duas situações diferentes, que se tocam mas são diferentes.
Em princípio o documentário apresenta-se como a denúncia de uma suposta atividade de censura e intimidação acadêmica nos USA contrária aos críticos do evolucionismo e aos defensores do ID - "desenho inteligente", hipótese exposta como uma crença não-religiosa, uma hipótese científica plausível, sem vinculação à crença em divindades.
Apesar da aparente nobre intenção inicial do filme - defender um grupo minoritário de uma agressão de um grupo majoritário por algum tipo de preconceito intelectual - o filme peca em demonizar - ao invés de criticar - a visão darwinista, tornando assim o discurso mais religioso e menos acadêmico ao mesmo tempo que não esclarece ou introduz a visão ID sobre os mesmos fenômenos.
Ao terminar, o documentário abandona o combate à censura acadêmica inicial e passa a defender um reconciliamento entre religião e ciência, e, sendo assim, ID, em contradição, se torna a bandeira não da liberdade acadêmica mas a bandeira da união da crença sobrenatural, metafísica ou divina com a ciência.
O documentário contou com a participação de pensadores incríveis, de ambos os lados da discussão, de forma desperdiçada, contraditória e superficial. A dificuldade em separar ID de um novo nome para o Criacionismo Judaico-Cristão permanece neste vídeo, pois ainda que se negue a relação durante o início do filme, ao longa da obra o ID que conta é o ID cujo responsável original pela criação da vida seja apenas o Deus hebreu.
Cara, eu gostei deste filme. A história tem um bom ritmo, prende atenção e tem a cara do personagem principal. Muitas vezes o filme soa como uma auto-ajuda barata, mas obviamente não é o caso. É apenas a evidenciação do personagem principal, suas crenças e seu jeito.
Não há muito floreio, há conflito e uma certa frieza. A obra tem muita cara de biografia e pouca ficção. E neste sentido, não é um filme para se apegar aos personagens mas para se conhecer suas histórias.
Um diretora de arte revivendo sua própria história ao ler um livro ficcional não publicado do ex-marido.
Qual o resultado? Um filme perfeito. Meta arte. A discussão sempre esquecida por ser tida como superada do que é arte. Arte é o choque? Há qualquer choque a não ser no delírio de quem tem a pretensão de chocar?
Arte é a linguagem não verbal das emoções? A capacidade de produzir um efeito no espectador? Um meio de comunicar sem evidenciar a mensagem por meio de palavras, mas através da estética, da possibilidade de surpreender o espectador com a descoberta de mensagens ocultas por trás de toda forma de aparência? Uma fórmula de produção de emoção em terceiros?
Ou será arte aquilo que preenche um vida vazia, que dá sentido, emociona e se comunica até com aqueles já banalizados pelo intenso comércio de obras que possuem muito preço e pouco valor? Um filme belíssimo!
O filme é lindo! E além disso não vi qualquer defeito, o que faz do filme lindo e perfeito!
Como todos os bons filmes espaciais de ficção científica, o que está em jogo não tem nada de ficção, nada de espaço, nada de tecnologia. O filme discuti exclusivamente problemas humanos. Discute dilemas morais e a viagem espacial é apenas um colírio ao olhos, uma distração, um enfeite sobre um história que lhe leva a perguntar: o personagem principal é herói ou vilão? O que você faria no lugar deles? Um lindo filme!
Finalmente um filme no qual o comunismo funciona! Há comida bio-orgânica livre de transgênicos, livre de produtos químicos, livre do controle das grandes corporações e educação gratuita publica de qualidade, igualzinho na realidade, só que ao contrário.
O filme é muito engraçado dentro e fora da telinha. É lindo ver soças alimentando seus sonhos diante da prova irrefutável da inevitável revolução comunista. E é lindo ver os reaças grilados com medo de que o alguém possa se sentir convencido a lutar contra as propriedade privada, as liberdades individuais e decidir socializar suas próprias posses e de seus familiares.
O filme é completamente absurdo e esta é sua forma de humor. O filme é inteligente, feito por alguém que ao contrário da vasta maioria leu um livro ou dois sobre economia ou política, de alguém que decidiu tirar sarro, pois sabe que estamos fudidos, sempre.
Divirta-se! O filme não quer lhe convencer de nada. O filme apenas quer fazer graça do absurdo dos discursos ideológicos, de ambos os lados, que sugerem uma espécie de conflito numa bipolaridade.
Não quero dar uma nota antes de rever o filme. Porém, mesmo assim ele merece pertencer a lista dos bons filmes ou mesmo favoritos.
O filme é sobre uma realidade fantástica, com bom humor - ou seja, humor negro! - e incríveis semelhanças com a realidade. O filme é surpreendente em vários aspectos. Me deixou com a sensação de não ter apresentado toda a história que deveria e digo isso sem me queixar sobre o final. O filme parece ter apresentado apenas 2/3 do que se espera do universo fantástico, falta uma terceira parte e repito não é o final, mas uma sequência lógica do que é apresentado no filme - sem querer dar nenhum spoiler.
O filme ao terminar me deixou com a vontade de falar sobre ele, o que no meu entendimento sobre artes é sempre um bom sinal, um sinal de qualidade, um sinal de que a obra fala de algo humano pois provoca alguma sensação, seja empatia, desconforto, alegria, o que se queira.
O que será que eu gostaria de ser? Um lobo, um tatu, uma baleia. Nah, não é sobre isso que o filme trata. Os animais não são importantes. São apenas uma distração de quem quer lhe surpreender mostrando um comportamento corriqueiramente humano. Assista!
Um filme confuso de suspense sobre a vida de três mulheres e um desaparecimento.
Como muitas vezes são os filmes do gênero, o diretor se esforça para lhe confundir seja com o alcoolismo da personagem ou com sua narrativa de tempo não linear para no final lhe dizer: "ráh, te peguei!".
Para quem gosta do estilo, assista Before I Go To Sleep (2014) que é quase igualzinho. O final é aceitável, mas muito longe de ser reveladoramente empolgante. É assistível, vale um 7.
Vamos falar o português correto: a última cena destrói o filme. O filme vai muito bem obrigado até a última cena. Daria 10 sem o final, mas 8 do jeito que foi feito.
Xeque-Mate
3.9 510 Assista Agorao filme em pelo menos 2/3 do seu tempo passa-se sendo banal e tedioso, até que a trama começa a se revelar (plot twist) e se torna levemente interessante.
tem um pé de Primal Fear (1996), A Perfect Murder (1998), Gladiator (2000), Bufo & Spallanzani (2001), Shutter Island (2010) mas queria-se ser North By Northwest (1959).
Highlander: O Guerreiro Imortal
3.6 409 Assista Agorao filme é bem pior do que me lembro =]
a qualidade porém é variável, o filme começa mal, tem um bom desenvolvimento e termina novamente ruim, formando umas espécie de parábola com a concavidade para baixo.
do mesmo modo que Star Wars, Battlestar Galactica, Serial Experiments Lain (série), Matrix, Tenet, Exterminador do Futuro, Lost (série), Continuum (série), Vampire - The Masquerade (jogo de pc), e alguns obras do Constantine, o universo é maior do que obra.
o que fica de bom é um novo universo de fantasia para novas histórias, e talvez seja isso que seja lembrado e que faz parecer que o filme é melhor do que é pela lembrança.
as lutas de espada são muito pouco convincentes (o que não tem qualquer relevância para a história, mas prejudica o filme no gênero de ação), os personagens são caricaturais na maior parte (apesar d'eu gostar do Ramirez e Rachel Ellenstein), e o filme talvez seja até contraditório - refiro-me, como exemplo, sobre a capacidade de reprodução dos highlanders.
por muito tempo recomendei o filme. e depois de hoje, me sinto hesitante.
prefiro recomendar: Lucky Number Slevin (2006), Looper (2012), Star Trek Into Darkness (2013), Oblivion (2013), X-Men - Days of Future Past (2014) e Live Die Repeat - Edge of Tomorrow (2014).
Tenet
3.4 1,3K Assista Agoradiálogos insuportáveis, intencionalmente confuso.
veja North By Northwest (1959) ou Predestination (2014).
Amnésia
4.2 2,2K Assista Agoranão confundir com Trainspotting (1996).
exageradamente confuso. revi após muitos anos. não lembrava muita coisa, e continuarei a esquecer.
desnecessariamente confuso. a história é contada de modo eventualmente não-linear, porém, na maior parte do tempo é linearmente reversa.
e infelizmente não acredito que a história se sustente.
ainda mais porque a obra dá elementos de que o personagem principal seja louco. e não apenas incapaz de formar novas memórias.
quem gostar deste filme, provavelmente gostará de:
Pulp Fiction (1994), Fear and Loathing in Las Vegas (1998), Fight Club (1999), The Matrix (1999), Amores Perros (2000), Waking Life (2001), A Scanner Darkly (2006), Inception (2010), Limitless (2011), Source Code (2011).
mas prefiro recomendar:
Son of the Bride (2001)
Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004)
Predestination (2014)
Constantine: Cidade dos Demônios
3.8 99 Assista Agoraa liberdade do desenho não tornou a trama mais interessante.
apenas fez o protagonista overpower. (pls, nerf)
sua história não será lembrada!
Ilha do Medo
4.2 4,0K Assista Agorao filme provavelmente só será compreendido após a primeira ou segunda reprise.
tem os temas recorrentes de loucura e homicídio do cinema com uma pitadinha de terror.
infelizmente após a revelação da trama (plot twist) o filme não tem muito mais a oferecer que a cena final - a qual, como já dito, só deverá ser compreendida na reprise. ou dito de outra forma, o filme conta apenas com uma cena ou frase memorável.
entretanto, se consegue prender a atenção do início até o final mesmo na reprise e o que mais se pode desejar de um filme?
é um bom filme mas sem elementos para torná-lo um clássico.
Oportunistas
3.8 45 Assista Agoraquis parar de ver o filme 2 ou 3 vezes durante a sua execução.
em sua defesa: assisti recentemente "The Booth at the End" e o filme parece se situar numa régua de qualidade entre a primeira e a segunda temporada da série.
tendo a considerar juvenil o tema moralista. no sentindo que é a faixa de idade adequada para ruminar reflexões afins, e sem o mesmo efeito naqueles que já experimentaram os dilemas morais durante a juventude.
o formato da narração talvez seja hostil para o cinema, talvez a narração não permita preservar a atenção ou interesse numa obra de 2 horas ininterruptas e além disso apresentar muitos dilemas ao mesmo tempo diminui o apelo reflexivo dos mesmos.
talvez não seja possível fazer um bom filme com esta história, apenas uma boa série.
ao ruminantes, como eu, prefiro recomendar "Serial Experiments Lain" e a trilogia "Infernal Affairs", pois parecem que deixam mais assunto a mastigar.
Minority Report: A Nova Lei
3.7 750 Assista AgoraRevi o filme ontem após vários anos de intervalo entre a primeira e a segunda visualização. Fique absurdamente surpreendido com a qualidade do filme. Ele é muito melhor do que me lembrava. Ou dito de outra forma, os pequenos problemas do filme não superam as inúmeras vantagens.
TL;DR: filme bem feito sobre livre-arbítrio
a) história muito bem contada, tanto na ordem quanto na clareza. dificilmente alguém precisaria assistir mais que 2 vezes para compreensão completa do filme.
b) o filme é levemente longo, mas é difícil de afirmar que possuí cenas desnecessárias, visto que é um filme de ação, cenas intensas de fuga ou luta não podem ser removidas sem prejuízo ao estilo e as demais cenas são conduções moderadas e suficientes para o entendimento;
c) a forma de encerrar o filme pode ser questionada, porém, entre o final que tivemos e o contrário dele, o final oficial me parece vantajoso.
Filmes recomendados:
A Clockwork Orange (1971), Twelve Monkeys (1995), Predestination (2014)
Is Genesis History?
2.8 16"E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas." - Gênesis 1:6
Durante o início do livro de gênesis, deus está separando a criação e julgando positiva a separação. Religião e Ciência são conhecimentos humanos separados e é positiva esta separação.
Em Religião, dogma e fé podem surgir, ao mesmo tempo que são celebrados.
Em Ciência, evidência, falseabilidade, testes, replicação, racionalização, demonstração e abandono são desejados. Há coisas para abandonar em ciência. Há coisas para abandonar em religião?
É um sinal de pouca fé na palavra de deus, ao meu ver, esperar que a ciência valide ou testifique aquilo que está escrito num texto que se quer sagrado. Pior do que isto, me parece corrupção mútua. Me parece destruição da verdade-religiosa e destruição da verdade-científica.
Ciência precisa partir de uma explicação sem deus para construir seu corpo de teses, e justamente por isso Ciência e Religião não são antagônicos, ou opostos, ou conflituosos. São corpos que não querem ocupar o mesmo espaço, logo, podem coexistir e é bom assim.
O documentário tem as mesmas falhas de "Expelled: No Intelligence Allowed" (2008), ambos tentam unir, sem propósito maior que capricho e insegurança, aquilo que desassociada funciona bem e de modo pacífico. É uma pena.
Deixe Religião ser Religião e Ciência ser Ciência.
As Confissões
3.2 27 Assista AgoraUma mistura de They Live (1988), Calvary (2014) e Captain Fantastic (2016).
Não forma um grande filme, mas atende bem determinado público. Assistível, com diálogos na maioria superficiais, quando não simplesmente errados, e que funcionam como fanservices para seguidores de uma determinada tradição econômica sugerida logo no início do filme! Bom filme para quem gosta de falar mal de políticos e banqueiros.
E olha que não gosto de ambos. Mas o filme não convence.
Melhor assistir: Big Fish (2003), Little Nicholas (2009) ou The Lobster (2015)!
Juízo
Eles Vivem
3.7 730 Assista AgoraPropaganda comunista básica. "Não é não. É um filme sobre alienígena". Ok, um metafilme de contra-cultura anticomercial, de denúncia do controle midiático, autocrítico do consumismo, e desvelador de relações de poder históricas muito determinadas sobre exploração por uma elite extra-terrestres.
Filmão trash que ao invés de seguir a realidade fantástica tentou se manifestar como uma alegoria econômica na defesa do lado errado do muro. Mais fantasia e menos realidade seriam as receitas para a correção da obra.
O filme é meio obrigatório e não por ser bom, mas por ser aclamado, por retratar uma estética de discurso que se pensou datada, esquecível, mas que continua convincentemente atual. Nós envelhecemos, é verdade, mas agarrados às mesmas idéias. Envelhecer não é o mesmo que aprender, superar, evoluir, compreender. Envelhecer muitas vezes é só depreciar-se, auto-obsolescer, perder a validade, vencer-se. Eles vivem, nós... apodrecemos, putrefazemos, como cadáveres ex-sólidos em pó nos desmanchamos pelo ar.
O Jogo da Imitação
4.3 3,0K Assista AgoraNão conheço a história de Alan Turing a fundo, mas acredito que o filme tenha o retratado falsamente, e de modo depreciativo, ao tentar tratá-lo como gênio-insensível, isolado e pouco nacionalista. Que eu saiba Alan foi muito reconhecido pelo seu valor acadêmico, pela sua capacidade intelectual e foi convidado a viver fora do próprio país, não abandonando-o por senso de dever cívico.
Os diálogos são ruins, superficiais, genéricos, aplicáveis em qualquer contexto mas pouco apropriados para um dos pais da computação. É verdade, que a mente não pode ser vista, mas é percebível. Imagino que o Alan tenha enfrentado e sofrido muito mais com suas decisões, em especial, durante a guerra do que o filme tenta revelar. Ao contrário, ora parece querer insinuar que Alan fosse alguém frio, maquinista, e em conflito de encontrar o próprio coração humano. Quando tal personagem parece nem mesmo ser verdadeiro, mas uma versão mais antropomorfizada do Homem-de-Lata do Mágico de Oz.
Este filme precisa ser refeito, para que se conheça o "humano Alan" ao invés do "gênio clichê Turing". A história real me parece ainda mais triste por ele ter sido traído pelo país que ele amou e quis defender. Ele foi genial, não há dúvida, mas ele foi ao mesmo tempo sentimental, apaixonado, querido, respeitado pela elite intelectual de seu tempo e mesmo assim decidiu viver e morrer em seu país.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraNão dá para reclamar, porém, também não dá para elogiar o filme.
O filme é completamente assistível, porém, não empolga ou o convence a revê-lo.
Uma história verossímil e talvez só isso.
O filme não é pesado como Christiane F. (1981) ou In the Name of the Father (1993).
Não é equilibrado como Ran (1985), Antonia's Line (1995) ou The Judge (2014).
Não é leve como Son of the Bride (2001) ou Big Fish (2003).
Lady Bird? Nah, prefiro Ladyhawke (1985).
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraO filme parece tentar ser quase uma versão secular de uma história religiosa. Não dá para ser sagrado e profano ao mesmo tempo. O filme ficou no meio do caminho, nota 7.0.
* Ele não apresenta bem a história para quem a desconhece e este me parece um dos piores defeitos do filme.
Hector e a Procura da Felicidade
3.9 228Pi*egas (3,1415...*(egos-femininos))
o segredo da felicidade só pode ser casar-se com um matemático! Ele ama a mulher (1), o primeiro filho (2), o segundo filho (3) e o que está por vir! (3,dízima não-periódica em gestação). Faz muito sentido.
O filme poderia ser muito melhor se fosse um pouco mais cínico, um pouco mais poeticamente coerente e menos auto-motivacional mas mais provocador.
o uso das canetas foi absurdamente mal aproveitado. a história seria muito mais interessante se a vida dos donos das canetas moldassem a vida do escritor ao escrever em seu diário. há parte disto no filme. parte. seria tão mais belo se fosse um padrão consciente, constante e coerente na obra. e outra: rodar o mundo para descobrir que aquilo que mais ama é o atua companheiro, hum... não dá mais para contar esta história.
ela já foi contada num episódio de A Ilha da Fantasia (1978-1984) e bem melhor que neste filme.
Faltou ao filme ser mais como The Lobster (2015), ou mesmo mais engraçado como Wes Anderson. Faltou um dose de ironia de A vida de Brian (1979) e The Meaning of Life (1983). Faltou ser um pouco mais ríspido mantendo a graça como Calvary (2014) e Antonia's Line (1995). Poderia ser um grande filme. Ficou auto-ajuda de tv aberta.
Expelled: No Intelligence Allowed
3.2 7Um documentário um pouco confuso por tratar ao mesmo tempo de duas situações diferentes, que se tocam mas são diferentes.
Em princípio o documentário apresenta-se como a denúncia de uma suposta atividade de censura e intimidação acadêmica nos USA contrária aos críticos do evolucionismo e aos defensores do ID - "desenho inteligente", hipótese exposta como uma crença não-religiosa, uma hipótese científica plausível, sem vinculação à crença em divindades.
Apesar da aparente nobre intenção inicial do filme - defender um grupo minoritário de uma agressão de um grupo majoritário por algum tipo de preconceito intelectual - o filme peca em demonizar - ao invés de criticar - a visão darwinista, tornando assim o discurso mais religioso e menos acadêmico ao mesmo tempo que não esclarece ou introduz a visão ID sobre os mesmos fenômenos.
Ao terminar, o documentário abandona o combate à censura acadêmica inicial e passa a defender um reconciliamento entre religião e ciência, e, sendo assim, ID, em contradição, se torna a bandeira não da liberdade acadêmica mas a bandeira da união da crença sobrenatural, metafísica ou divina com a ciência.
O documentário contou com a participação de pensadores incríveis, de ambos os lados da discussão, de forma desperdiçada, contraditória e superficial. A dificuldade em separar ID de um novo nome para o Criacionismo Judaico-Cristão permanece neste vídeo, pois ainda que se negue a relação durante o início do filme, ao longa da obra o ID que conta é o ID cujo responsável original pela criação da vida seja apenas o Deus hebreu.
Fome de Poder
3.6 830 Assista AgoraCara, eu gostei deste filme. A história tem um bom ritmo, prende atenção e tem a cara do personagem principal. Muitas vezes o filme soa como uma auto-ajuda barata, mas obviamente não é o caso. É apenas a evidenciação do personagem principal, suas crenças e seu jeito.
Não há muito floreio, há conflito e uma certa frieza. A obra tem muita cara de biografia e pouca ficção. E neste sentido, não é um filme para se apegar aos personagens mas para se conhecer suas histórias.
Animais Noturnos
4.0 2,2K Assista AgoraUm diretora de arte revivendo sua própria história ao ler um livro ficcional não publicado do ex-marido.
Qual o resultado? Um filme perfeito. Meta arte. A discussão sempre esquecida por ser tida como superada do que é arte. Arte é o choque? Há qualquer choque a não ser no delírio de quem tem a pretensão de chocar?
Arte é a linguagem não verbal das emoções? A capacidade de produzir um efeito no espectador? Um meio de comunicar sem evidenciar a mensagem por meio de palavras, mas através da estética, da possibilidade de surpreender o espectador com a descoberta de mensagens ocultas por trás de toda forma de aparência? Uma fórmula de produção de emoção em terceiros?
Ou será arte aquilo que preenche um vida vazia, que dá sentido, emociona e se comunica até com aqueles já banalizados pelo intenso comércio de obras que possuem muito preço e pouco valor? Um filme belíssimo!
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraO filme é lindo! E além disso não vi qualquer defeito, o que faz do filme lindo e perfeito!
Como todos os bons filmes espaciais de ficção científica, o que está em jogo não tem nada de ficção, nada de espaço, nada de tecnologia. O filme discuti exclusivamente problemas humanos. Discute dilemas morais e a viagem espacial é apenas um colírio ao olhos, uma distração, um enfeite sobre um história que lhe leva a perguntar: o personagem principal é herói ou vilão? O que você faria no lugar deles? Um lindo filme!
Capitão Fantástico
4.4 2,7K Assista AgoraFinalmente um filme no qual o comunismo funciona! Há comida bio-orgânica livre de transgênicos, livre de produtos químicos, livre do controle das grandes corporações e educação gratuita publica de qualidade, igualzinho na realidade, só que ao contrário.
O filme é muito engraçado dentro e fora da telinha. É lindo ver soças alimentando seus sonhos diante da prova irrefutável da inevitável revolução comunista. E é lindo ver os reaças grilados com medo de que o alguém possa se sentir convencido a lutar contra as propriedade privada, as liberdades individuais e decidir socializar suas próprias posses e de seus familiares.
O filme é completamente absurdo e esta é sua forma de humor. O filme é inteligente, feito por alguém que ao contrário da vasta maioria leu um livro ou dois sobre economia ou política, de alguém que decidiu tirar sarro, pois sabe que estamos fudidos, sempre.
Divirta-se! O filme não quer lhe convencer de nada. O filme apenas quer fazer graça do absurdo dos discursos ideológicos, de ambos os lados, que sugerem uma espécie de conflito numa bipolaridade.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUm homem transtornado. Um homem transtornado faz um bom filme? Talvez. Só um homem transtornado faz um bom filme? Não.
O Lagosta
3.8 1,5K Assista AgoraNão quero dar uma nota antes de rever o filme. Porém, mesmo assim ele merece pertencer a lista dos bons filmes ou mesmo favoritos.
O filme é sobre uma realidade fantástica, com bom humor - ou seja, humor negro! - e incríveis semelhanças com a realidade. O filme é surpreendente em vários aspectos. Me deixou com a sensação de não ter apresentado toda a história que deveria e digo isso sem me queixar sobre o final. O filme parece ter apresentado apenas 2/3 do que se espera do universo fantástico, falta uma terceira parte e repito não é o final, mas uma sequência lógica do que é apresentado no filme - sem querer dar nenhum spoiler.
O filme ao terminar me deixou com a vontade de falar sobre ele, o que no meu entendimento sobre artes é sempre um bom sinal, um sinal de qualidade, um sinal de que a obra fala de algo humano pois provoca alguma sensação, seja empatia, desconforto, alegria, o que se queira.
O que será que eu gostaria de ser? Um lobo, um tatu, uma baleia. Nah, não é sobre isso que o filme trata. Os animais não são importantes. São apenas uma distração de quem quer lhe surpreender mostrando um comportamento corriqueiramente humano. Assista!
A Garota no Trem
3.6 1,6K Assista AgoraUm filme confuso de suspense sobre a vida de três mulheres e um desaparecimento.
Como muitas vezes são os filmes do gênero, o diretor se esforça para lhe confundir seja com o alcoolismo da personagem ou com sua narrativa de tempo não linear para no final lhe dizer: "ráh, te peguei!".
Para quem gosta do estilo, assista Before I Go To Sleep (2014) que é quase igualzinho. O final é aceitável, mas muito longe de ser reveladoramente empolgante. É assistível, vale um 7.
Sete Minutos Depois da Meia-Noite
4.1 992 Assista AgoraVamos falar o português correto: a última cena destrói o filme. O filme vai muito bem obrigado até a última cena. Daria 10 sem o final, mas 8 do jeito que foi feito.