Revisto agora junto com Fantasmas. Narrativa genial sem nenhuma palavra dita, só com a força das imagens. As cores/luzes e o contexto que esse curta se constroem são lindos demais
Tortura tao grande quanto Ilha das flores, horroso. Nao sei porque ainda me submeto a isso. Varias comparações racistas, escrotas, homofobicas, tudo pra supostamente passar uma mensagem “critica”, a mesma coisa que ja tinha acontecido la e por isso não me surpreende
Os enquandramentos sao lindos mas não sei porque eu esparava que fosse trancender o sentimento burgues e as reflexões burguesas da epoca - como o bergman fazia kkkkkk Me lembrou de alguma forma A casa das belas adormecidas mas acho que foi por certas reflexoes que fiz quando lia o livro e via o filme
surfando na onda de lucy e limitless e essas bizarices que dizem que temos que usar 100% do nosso cerebro e ainda abandona os “superpoderes” depois sem mais nem menos
Legal para mostrar a parte que a imprensa liberal não diz, principalmente para introduzir o tema dessa lei de segurança nacional ma coreia do sul, que me fez lembrar da lei antiterrorismo aqui no brasil e como as vezes ela é usada contra movimentos sociais e estudantis( aloalo livro incrivel Marrom e Amarelo)
o tanto que o homelander estava se sentindo,porque de fato foi, castrado no final da segunda temporada. Assim a temporada inteira mostrou como ele não podia fazer tudo que queria e como os atos dele tinham consequências e essa busca por ser amado nunca podia ser dar independente de algum tipo de castração/contraparte vinda do outro. Assim, tanto a Becca, quanto a Stormfront, quanto a Starlight e a Maeve no final da temporada, alem do proprio filho imporam em algum momento essa castração para ele. Culminando nele tentando deixar o membro ereto, mas não conseguindo, enquanto dizia para si mesmo: “ que podia tudo” - grande ironia
o monge carrega o mundo em suas costas, essa lentidão que reflete tão brm o propriio cinema do Tsai e ao mesmo tempo que convoca a uma introspecção e meditação. A jornada parece tudo tera sua recompensa no fim, um pão que lhe espera. O contraste monge x rapidez da modernidade é interessante, e mais interessante ainda é como todo mundo se engloba em volta dessa lentidão, ,como se isso de certa forma também se transmitisse
algumas cenas como aquela que ela conversa com o aluno/amigo me pareceram claramente cenas escritas. E essas subtramas com o aluno e depois c a irma mais nova de melhor amiga n ficaram bem inseridas, apesar dessa irma ser radiante e eu ter ficado absolutamente encantade por ela. Eu adorei todo o sentimento de vazio e de busca, me senti de alguma forma representado porque sinto que procuro um sentido agora na minha vida. Apesar disso queria que as partes de ficção tivesse ficado melhor colocadas junto as partes documentais. O Ramon, assim como o a mae da Romina, sao um encanto so. Mas serio esse menino é radiante e isso me deixou mt feliz.Alem disso fiquei pensanfo em toda a estetica e se me distancia c filmes latinos não brasileiros mainstream é essa vontade de ser/parecer europeu
Eu confesso que eu fiquei com dor de cabeça durante uma parte da sessão de tanta solidão e errância que o filme traz(talvez tenha sido so fome porque depois que comi a dor de cabeca diminuiu).É realmente um exercicio de descolonização das expectativas imageticas e reaprendizado do olhar. Também confesso que minha atenção se desviou durante uma parte do filme, nos 40 minutos exatamente,para outras coisas, mas depois voltou, acredito que ainda estou nesse processo de desaprender. Tendo dito tudo isso, essa solidão e errancia era o que eu tava procurando e por isso não posso reclamar. Os filmes do Tsai de alguma forma me acolhem nesse sentimento de solitude e as imagens que ele constroi de alguma forma aumentam o vazio e diluem um pouco ele. Eu terminei o filme menos ansioso do que comecei mas existiu uma angustia no processo de desaprender, de me concentrar, uma inquetude que é tanto provocada pela lentidão do filme quanto pelo processo de descolonização, o que foi muito bom. Definitivamente, é um filme que precisarei rever daqui ha um tempo(3 ou 5 anos?) para aprecia-lo melhor, e me reencantar com toda essa construção. Mas vou deixar um registro aqui sobre o que eu achei do filme e o que me incomodou também
- Esse processo de mostrar a brutalizaçao causada pelo neoliberalismo e de certa forma trazer a tona a ideia de animalidade e humanização , esse questionamento de como o neoliberalismo torna tudo uma miseria me incomodou da forma como foi feito. O filme de certo modo despersonaliza totalmente a protagonista e os paralelos de animalização remetem também a uma logica colonial, uma logica da dor perpertua.Nao que se deva amenizar a situação ou romantiza-la,o que seria muito pior, mas o processo de desumanização que o filme incute me incomoda,porque parece engessar em um primeiro momento(preciso rever pra confirmar) essa brutalizaçao, como se não houvesse saida para ela.Ate daria para se esperar que o painel que os protagonistas encaram forneceria algum tipo de redenção a toda essa animalização e brutalização, mas não, as imagens do Tsai se mostram justamente na direção oposta. Como se o painel,que é talvez uma alegoria pra arte e pro proprio filme do Tsai( que assim como um painel tem longos takes, quase estáticos, como se fossem imagens congeladas e em que nos seriamos como os protagonistas olhando aquelas imagens estáticas/congeladas, esperando que algo aconteça ), não pudesse de alguma forma transformar não so aqueles protagonistas, mas nao pudesse transformar o telespectador que assiste ao painel/filme, assim como os protagonistas olham para o painel.O painel/filme não fornecem assim nenhum mecanismo para redenção de quem quer seja, ou para a transformação da realidade. Parece que a unica possibilidade é que nos,assim como os protagonistas, so possamos encarar o painel/filme, observa-lo, de algum modo nos aproveitarmos do caráter catártico que ele abre espaço- o tempo pra se refletir sobre si como cartase muito mais do que a obra em si- e continuar a vida. Ate certo ponto entendo o niilismo do Tsai para com a propria obra, como um reconhecimento dos limites de transformação do cinema, mas ele parece se resignar a essa condição e perpetua-la. A cena na qual a protagonista faz xixi enquanto olha o painel foi a cena que mais me incomodou nesse sentido, nessa resignação ao neoliberalismo e a retomada de ideais como a animalização e a impossibilidade do cinema e da arte pra transformar isso.( as cenas na qual o protagonista come também de certa forma passam essa mensagem). -A cena do protagonista matando e depois comendo o repolho da filha pra mim simbolizou o desejo que ele tinha de matar a propria filha, desejo esse que apesar de não dito chegou ate a filha e por isso ele grita o nome dela em 2 outras ocasiões enquanto ela tenta ir embora. Na primeira naquela cena da chuva,quando ela foge com o dinheiro,na segunda quando ela realmente abandona ele, tambem em uma cena de chuva, apos eles sairem do barco e ela pisar na mão dele, impedindo que ele subisse na arvore junto a ela e o irmão. - o Tsai é realmente muito bom em mostrar como o ambiente pode expressar os sentimentos dos protagonistas
Acho que o mais me chamou atenção nesse filme não foram os conflitos de classe entre adultos,as hipocrisiass e os medos da classe media pelos discursos da Mecha e tudo que isso envolve.
- Primeiro so existe entre a familia uma cena de afeto que não é em nenhum momento cortada por algum tipo de repressão ou de agressão subjacente.É aquela cena linda da dança, que o filho de Mecha começa a dançar com Mariana e Momi; essa foi ao meu ver a unica cena de genuino afeto trocado entre a familia.Poder-se-ia dizer que a cena na qual a prima da Mecha passa pomada em suas feridas também é uma cena de afeto,mas essa cena é cortada pela gritaria que Mecha despeja contra uma das mais novas, quando essa diz que ela estava bebada. -Segundo, a Isabel cumpre um papel central na trama, tudo parece girar ao redor dela. Ela é a pessoa a qual Momi sempre busca para de algum modo pedir afeto. A Isabel é de algum modo uma referencia erotica para Momi, que busca explorar, dentro dos interstícios possiveis da heteronormatividade burguesa, esse desejo que delimita tanto como homoerotico como um desejo de poder,explorado por meio das relações desiguais de classe.O fato do homoerotismo de algum modo não estar inscrito na norma burguesa, passa em um primeiro instante uma ideia de suavização das relações que ali se compõem, como se não se estabelecessem de algum modo relações de poder ali,uma falsa ideia de sororidade, de afeto possivel.Essa ideia fica claramente quebrada quando Momi chama Isabel de “carnavalesca” ,na tradução, em algum momento da trama. Um xingamento racista e classista também que de alguma forma mostra que a vigilância e o desejo que Momi tem para com Isabel não pode ser também não moldado por suas expectativas de classe e de hierarquia social.Alem disso a hierarquia de genero tambem aparece para Isabel dentro do seu relacionamento. Quando o seu amigo/namorado(?) pede para ela ir buscar a cerveja na festa, o papel subalterno dela é reencenado.Quando ele manda ela buscar a cerveja para ele, ele explora ela de modo servil, como se ela precisasse fazer de algum modo performat o mesmo papel pra ele que ela performa na vasa dos burgueses - Em determinado momento uma das criancas burguesas diz- “ não toque no cachorro se não ela ficara manso” - e essa frase pode ser interpretada também para relacoes que se desenvolvem no seio da familia, uma mensagem de que aquelas crianças não foram criadas no seio do afeto e por isso de algum modo reproduzem tanto com tanta violência ja que as crianças que tocam no cachorro dizem “ tocar não vai deixa-los mais mansos”. Ou seja, talvez as reproduções em uma família burguesa na qual o afeto é o principal sentimento, nao impedissem que aquelas crianças se brutalizassem de algum modo,porque as relações de classe fariam isso ema alguma medida,mas talvez elas seriam menos violentas e teriam mais cuidado com as reproduções. -outra coisa é o fato de terem apontado duas vezes as armas para aquele menino mais novo, primeiro quando iriam matar aquela vaca. Segundo quando as primas votam e brincam de atirar nele
Alguns pontos sobre o filme que queria comentar: -Primeiro e mais obvio porque dito - o medo de An-Kuei de ser abandonada e por isso também a dificuldade de abandonar. Em determinado momento ela diz que se sente a pessoa mais azarada do mundo por ter conhecido Ah Tze, talvez se referindo também a essa dificuldade de partir frente a uma relação que não lhe corresponde ou não lhe da nunca a satisfação que ela deseja. Parece que existe um ciclo que se repete,um ciclo que significa a impossibilidade de sua partida da vida do Ah Tze.Primeiro, queria dizer sobre como as situações nas quais ela é abandonada pelo Ah Tze, mesmo que naquela cena do hotel tenha sido de forma não proposital, se repetem de certa forma.São 3 cenas nas quais esse abandono se consuma, pelo menos da forma como ela se sente frente as lentes do Tsai(não estou colocando crivos morais sobre isso). A primeira delas é após a cena do bar, na qual ela encontra-se inconsciente. A fragilidade e a tensão da cena na qual não sabemos se ocorrera um estupro ou não( fiquei muito tenso achando que ia rolar uma cena de estupro, essa iminência foi claramente proposital pelo Tsai tanto que isso é trazido na cena seguinte) pode obliterar a fragilidade que ela se encontra na cena seguinte;na qual ela acorda e liga pra Tze perguntando onde está e porque acordou sozinha em um hotel que não conhece. A vunerabilidade que ela se encontra nessa cena é tao evidente que a primeira coisa que ela pergunta ao telefone é se foi ou não estuprada.É interessante notar que essa situação, de acordar sozinha abandonada em um hotel que não conhece vai se repetir no terceiro abandono.nA segunda cena de abandono se refere ao encontro não ido por Tze, que preferiu roubar as placas com seu amigo.Dito isso, sobre as 3 cenas de abandono, existem 2 cenas de tentativa de fuga,de dar um fim nisso pela parte Kuei. Na primeira ela foge, sai com raiva de Tze e ele a persegue, a convencendo no fim de que eles deveriam ficar juntos.A segunda cena é a final na qual ela tenta acabar com o relacionamento dos dois, diz que esta presa a ele como em uma maldição e sai dela. Ele percebemdo que ira perde-la, como naquele primeiro tentetiva que ela teve de sair da vida dele, corre para beija-la, para tentar traze-la de volta. Depois disso ela da um breve choro como se percebesse mais um vez que caiu no feitiço da torre, no feitiço que impede que ela fuja dele,e que ja de alguma forma antecipa o proximo abandono que ele realizara para com ela -Achei interessante que o que mais incomodou Tze, o que realmente fez ele se sentir “um merda” não foi a surra que ele levou, não foi o fato de seu amigo quase morrer por causa de umas placas roubadas, não foi o fato de ter sido pego roubando placas, não foi nada disso. O que leva ele a dizer isso é ter reconhecido o “motorista de taxi que eu quebrei o retrovisor” e perceber que ele recebeu ajuda desse motorista, o pai de Kang, em seu pior momento. Talvez o que ele mais desejasse ali fosse que o motorista o reconhecesse( e eu tenho quase certeza que reconheceu e lhe punisse, para que todo o seu “karma” ficasse quitado.Mas não foi usso que aconteceu e é justamente essa não punição, que é sugerida também pela pergunta de Kuei, que lhe faz sentir do que jeito que ele se sente.Alias tanto Tzei,quanto Kang, quanto o pai de Kang carregam em algum momento culpa. -O pai de Kang tentando se aproximar dele quando por exemplo entrega as frutas para Kang comer ou diz para eles irem no cinema mais tarde, tenta de alguma forma demonstrar,sem falar, que estava interessado em criar algum laço com o filho. E é interessante perceber como esse interesse se perde ao longo do filme, por meio das brigas e por meio dessa atitude meio narcisista de nunca admitir os erros. Kang percebe que algo se quebrou entre ele e o pai quando acontece a quebra do retrovisor(talvez essa seja a metafora ou assim Kang acredita), apesar de haver indicios que isso poderia se quebrar antes ou depois. A partir dai,como de impulso Kang corre atras de Tzei para tentar de alguma forma se vingar disso. A vingança acontece e apos um breve momento de alegria, Kang percebe(apos a dor de bater a cabeça no teto- você não pode pular de alegria por causa de uma vingança sem se machucar, perceber algo de alguma forma)que aquilo não iria fazer ele se reconectar com o pai ou que o proposito dele, que era até então a vingança, tinha acabado e ele se percebeu desnorteado por estar agora sem proposito.Isso causa culpa em Kang , que com olhar de arrependimento se oferece para ajudar Tzei e este recusa a ajuda. - A cena que faz Kang sair de casa por alguns dias é precedida por uma conversa entre a mãe e o pai de Kang. Antes dele começar aquela dança, quando ele fica parado sem entrar no quarto, ha a sugestão de que ele teria começado a chorar(o contrair e expandir as costas como em um choro um pouco convulsivo.). Depois disso o pai dele joga o prato de novo indicando uma segunda quebra entre eles, simbolizada pela quebra do prato/tijela. Talvez essas duas quebras se conectem na cabeça de Kang da forma como escrevi aqui em cima como se a segunda fosse diretamente causada pela primeira e por isso a busca pela vingança.
Achei pelo poster que ia ser uma mistura de Finisterrae com a Bruxa, mas não foi. Não é um filme ruim não, mas acho que vou precisar rever pra dar um veredicto
A Felicidade Delas
3.6 5Revisto agora junto com Fantasmas. Narrativa genial sem nenhuma palavra dita, só com a força das imagens. As cores/luzes e o contexto que esse curta se constroem são lindos demais
Fantasmas
3.9 22Revisto agora um ano depois(curso de roteiro) e virou um favorito com certeza
-Camilia cara...
Camila
Camila
Camila
Ave
1.5 1não foi pra mim...
Afronautas
4.2 3lindimais
O Dia em que Dorival Encarou a Guarda
4.2 79 Assista AgoraTortura tao grande quanto Ilha das flores, horroso. Nao sei porque ainda me submeto a isso. Varias comparações racistas, escrotas, homofobicas, tudo pra supostamente passar uma mensagem “critica”, a mesma coisa que ja tinha acontecido la e por isso não me surpreende
Brasil
3.8 8Acho que eu n gostei tanto assim...
Noite Vazia
4.1 88Os enquandramentos sao lindos mas não sei porque eu esparava que fosse trancender o sentimento burgues e as reflexões burguesas da epoca - como o bergman fazia kkkkkk
Me lembrou de alguma forma A casa das belas adormecidas mas acho que foi por certas reflexoes que fiz quando lia o livro e via o filme
Além da Morte
2.6 497 Assista Agorakkkkkkkkkkkk vei
surfando na onda de lucy e limitless e essas bizarices que dizem que temos que usar 100% do nosso cerebro e ainda abandona os “superpoderes” depois sem mais nem menos
Os Óculos do Vovô
3.5 15legal pra epoca
Os Cidadãos Leais de Pyongyang em Seul
4.1 5Legal para mostrar a parte que a imprensa liberal não diz, principalmente para introduzir o tema dessa lei de segurança nacional ma coreia do sul, que me fez lembrar da lei antiterrorismo aqui no brasil e como as vezes ela é usada contra movimentos sociais e estudantis( aloalo livro incrivel Marrom e Amarelo)
O Projeto Desejo
4.0 2A grada é tudo
The Boys (2ª Temporada)
4.3 647 Assista AgoraA ultima cena pra mim significa:
o tanto que o homelander estava se sentindo,porque de fato foi, castrado no final da segunda temporada. Assim a temporada inteira mostrou como ele não podia fazer tudo que queria e como os atos dele tinham consequências e essa busca por ser amado nunca podia ser dar independente de algum tipo de castração/contraparte vinda do outro. Assim, tanto a Becca, quanto a Stormfront, quanto a Starlight e a Maeve no final da temporada, alem do proprio filho imporam em algum momento essa castração para ele. Culminando nele tentando deixar o membro ereto, mas não conseguindo, enquanto dizia para si mesmo: “ que podia tudo” - grande ironia
America
3.0 2 Assista Agoralindin
Walker
4.0 14Realmente os filmes do Tsai sao meditação diante da tela.Gostei muito e senti profundamente nesse curta que
o monge carrega o mundo em suas costas, essa lentidão que reflete tão brm o propriio cinema do Tsai e ao mesmo tempo que convoca a uma introspecção e meditação. A jornada parece tudo tera sua recompensa no fim, um pão que lhe espera. O contraste monge x rapidez da modernidade é interessante, e mais interessante ainda é como todo mundo se engloba em volta dessa lentidão, ,como se isso de certa forma também se transmitisse
De Novo Outra Vez
3.8 4Eu gostei mt, mt mesmo. Mas algumas coisas me incomodaram
algumas cenas como aquela que ela conversa com o aluno/amigo me pareceram claramente cenas escritas. E essas subtramas com o aluno e depois c a irma mais nova de melhor amiga n ficaram bem inseridas, apesar dessa irma ser radiante e eu ter ficado absolutamente encantade por ela. Eu adorei todo o sentimento de vazio e de busca, me senti de alguma forma representado porque sinto que procuro um sentido agora na minha vida. Apesar disso queria que as partes de ficção tivesse ficado melhor colocadas junto as partes documentais. O Ramon, assim como o a mae da Romina, sao um encanto so. Mas serio esse menino é radiante e isso me deixou mt feliz.Alem disso fiquei pensanfo em toda a estetica e se me distancia c filmes latinos não brasileiros mainstream é essa vontade de ser/parecer europeu
Carne
4.4 10Tinha esquecido o tanto que esse doc é lindo
Os Fuzis
4.1 72Alguem poderia me dizer se essa minutagem está certa? São 110 minutos mesmo ou 84 minutos?
A Falecida
4.1 106Detalhe que não vi ninguém comentando aqui, Coutinho ajudou no roteiro kkkk
A Falecida
4.1 106Aquela cena da chuva...
Fernanda Montenegro, o que seria o Brasil sem vocee???
Cães Errantes
3.8 42Eu confesso que eu fiquei com dor de cabeça durante uma parte da sessão de tanta solidão e errância que o filme traz(talvez tenha sido so fome porque depois que comi a dor de cabeca diminuiu).É realmente um exercicio de descolonização das expectativas imageticas e reaprendizado do olhar. Também confesso que minha atenção se desviou durante uma parte do filme, nos 40 minutos exatamente,para outras coisas, mas depois voltou, acredito que ainda estou nesse processo de desaprender. Tendo dito tudo isso, essa solidão e errancia era o que eu tava procurando e por isso não posso reclamar. Os filmes do Tsai de alguma forma me acolhem nesse sentimento de solitude e as imagens que ele constroi de alguma forma aumentam o vazio e diluem um pouco ele. Eu terminei o filme menos ansioso do que comecei mas existiu uma angustia no processo de desaprender, de me concentrar, uma inquetude que é tanto provocada pela lentidão do filme quanto pelo processo de descolonização, o que foi muito bom. Definitivamente, é um filme que precisarei rever daqui ha um tempo(3 ou 5 anos?) para aprecia-lo melhor, e me reencantar com toda essa construção. Mas vou deixar um registro aqui sobre o que eu achei do filme e o que me incomodou também
- Esse processo de mostrar a brutalizaçao causada pelo neoliberalismo e de certa forma trazer a tona a ideia de animalidade e humanização , esse questionamento de como o neoliberalismo torna tudo uma miseria me incomodou da forma como foi feito. O filme de certo modo despersonaliza totalmente a protagonista e os paralelos de animalização remetem também a uma logica colonial, uma logica da dor perpertua.Nao que se deva amenizar a situação ou romantiza-la,o que seria muito pior, mas o processo de desumanização que o filme incute me incomoda,porque parece engessar em um primeiro momento(preciso rever pra confirmar) essa brutalizaçao, como se não houvesse saida para ela.Ate daria para se esperar que o painel que os protagonistas encaram forneceria algum tipo de redenção a toda essa animalização e brutalização, mas não, as imagens do Tsai se mostram justamente na direção oposta. Como se o painel,que é talvez uma alegoria pra arte e pro proprio filme do Tsai( que assim como um painel tem longos takes, quase estáticos, como se fossem imagens congeladas e em que nos seriamos como os protagonistas olhando aquelas imagens estáticas/congeladas, esperando que algo aconteça ), não pudesse de alguma forma transformar não so aqueles protagonistas, mas nao pudesse transformar o telespectador que assiste ao painel/filme, assim como os protagonistas olham para o painel.O painel/filme não fornecem assim nenhum mecanismo para redenção de quem quer seja, ou para a transformação da realidade. Parece que a unica possibilidade é que nos,assim como os protagonistas, so possamos encarar o painel/filme, observa-lo, de algum modo nos aproveitarmos do caráter catártico que ele abre espaço- o tempo pra se refletir sobre si como cartase muito mais do que a obra em si- e continuar a vida. Ate certo ponto entendo o niilismo do Tsai para com a propria obra, como um reconhecimento dos limites de transformação do cinema, mas ele parece se resignar a essa condição e perpetua-la. A cena na qual a protagonista faz xixi enquanto olha o painel foi a cena que mais me incomodou nesse sentido, nessa resignação ao neoliberalismo e a retomada de ideais como a animalização e a impossibilidade do cinema e da arte pra transformar isso.( as cenas na qual o protagonista come também de certa forma passam essa mensagem).
-A cena do protagonista matando e depois comendo o repolho da filha pra mim simbolizou o desejo que ele tinha de matar a propria filha, desejo esse que apesar de não dito chegou ate a filha e por isso ele grita o nome dela em 2 outras ocasiões enquanto ela tenta ir embora. Na primeira naquela cena da chuva,quando ela foge com o dinheiro,na segunda quando ela realmente abandona ele, tambem em uma cena de chuva, apos eles sairem do barco e ela pisar na mão dele, impedindo que ele subisse na arvore junto a ela e o irmão.
- o Tsai é realmente muito bom em mostrar como o ambiente pode expressar os sentimentos dos protagonistas
O Pântano
3.8 94 Assista AgoraAcho que o mais me chamou atenção nesse filme não foram os conflitos de classe entre adultos,as hipocrisiass e os medos da classe media pelos discursos da Mecha e tudo que isso envolve.
- Primeiro so existe entre a familia uma cena de afeto que não é em nenhum momento cortada por algum tipo de repressão ou de agressão subjacente.É aquela cena linda da dança, que o filho de Mecha começa a dançar com Mariana e Momi; essa foi ao meu ver a unica cena de genuino afeto trocado entre a familia.Poder-se-ia dizer que a cena na qual a prima da Mecha passa pomada em suas feridas também é uma cena de afeto,mas essa cena é cortada pela gritaria que Mecha despeja contra uma das mais novas, quando essa diz que ela estava bebada.
-Segundo, a Isabel cumpre um papel central na trama, tudo parece girar ao redor dela. Ela é a pessoa a qual Momi sempre busca para de algum modo pedir afeto. A Isabel é de algum modo uma referencia erotica para Momi, que busca explorar, dentro dos interstícios possiveis da heteronormatividade burguesa, esse desejo que delimita tanto como homoerotico como um desejo de poder,explorado por meio das relações desiguais de classe.O fato do homoerotismo de algum modo não estar inscrito na norma burguesa, passa em um primeiro instante uma ideia de suavização das relações que ali se compõem, como se não se estabelecessem de algum modo relações de poder ali,uma falsa ideia de sororidade, de afeto possivel.Essa ideia fica claramente quebrada quando Momi chama Isabel de “carnavalesca” ,na tradução, em algum momento da trama. Um xingamento racista e classista também que de alguma forma mostra que a vigilância e o desejo que Momi tem para com Isabel não pode ser também não moldado por suas expectativas de classe e de hierarquia social.Alem disso a hierarquia de genero tambem aparece para Isabel dentro do seu relacionamento. Quando o seu amigo/namorado(?) pede para ela ir buscar a cerveja na festa, o papel subalterno dela é reencenado.Quando ele manda ela buscar a cerveja para ele, ele explora ela de modo servil, como se ela precisasse fazer de algum modo performat o mesmo papel pra ele que ela performa na vasa dos burgueses
- Em determinado momento uma das criancas burguesas diz- “ não toque no cachorro se não ela ficara manso” - e essa frase pode ser interpretada também para relacoes que se desenvolvem no seio da familia, uma mensagem de que aquelas crianças não foram criadas no seio do afeto e por isso de algum modo reproduzem tanto com tanta violência ja que as crianças que tocam no cachorro dizem “ tocar não vai deixa-los mais mansos”. Ou seja, talvez as reproduções em uma família burguesa na qual o afeto é o principal sentimento, nao impedissem que aquelas crianças se brutalizassem de algum modo,porque as relações de classe fariam isso ema alguma medida,mas talvez elas seriam menos violentas e teriam mais cuidado com as reproduções.
-outra coisa é o fato de terem apontado duas vezes as armas para aquele menino mais novo, primeiro quando iriam matar aquela vaca. Segundo quando as primas votam e brincam de atirar nele
Rebeldes do Deus Neón
4.0 43Alguns pontos sobre o filme que queria comentar:
-Primeiro e mais obvio porque dito - o medo de An-Kuei de ser abandonada e por isso também a dificuldade de abandonar. Em determinado momento ela diz que se sente a pessoa mais azarada do mundo por ter conhecido Ah Tze, talvez se referindo também a essa dificuldade de partir frente a uma relação que não lhe corresponde ou não lhe da nunca a satisfação que ela deseja. Parece que existe um ciclo que se repete,um ciclo que significa a impossibilidade de sua partida da vida do Ah Tze.Primeiro, queria dizer sobre como as situações nas quais ela é abandonada pelo Ah Tze, mesmo que naquela cena do hotel tenha sido de forma não proposital, se repetem de certa forma.São 3 cenas nas quais esse abandono se consuma, pelo menos da forma como ela se sente frente as lentes do Tsai(não estou colocando crivos morais sobre isso). A primeira delas é após a cena do bar, na qual ela encontra-se inconsciente. A fragilidade e a tensão da cena na qual não sabemos se ocorrera um estupro ou não( fiquei muito tenso achando que ia rolar uma cena de estupro, essa iminência foi claramente proposital pelo Tsai tanto que isso é trazido na cena seguinte) pode obliterar a fragilidade que ela se encontra na cena seguinte;na qual ela acorda e liga pra Tze perguntando onde está e porque acordou sozinha em um hotel que não conhece. A vunerabilidade que ela se encontra nessa cena é tao evidente que a primeira coisa que ela pergunta ao telefone é se foi ou não estuprada.É interessante notar que essa situação, de acordar sozinha abandonada em um hotel que não conhece vai se repetir no terceiro abandono.nA segunda cena de abandono se refere ao encontro não ido por Tze, que preferiu roubar as placas com seu amigo.Dito isso, sobre as 3 cenas de abandono, existem 2 cenas de tentativa de fuga,de dar um fim nisso pela parte Kuei. Na primeira ela foge, sai com raiva de Tze e ele a persegue, a convencendo no fim de que eles deveriam ficar juntos.A segunda cena é a final na qual ela tenta acabar com o relacionamento dos dois, diz que esta presa a ele como em uma maldição e sai dela. Ele percebemdo que ira perde-la, como naquele primeiro tentetiva que ela teve de sair da vida dele, corre para beija-la, para tentar traze-la de volta. Depois disso ela da um breve choro como se percebesse mais um vez que caiu no feitiço da torre, no feitiço que impede que ela fuja dele,e que ja de alguma forma antecipa o proximo abandono que ele realizara para com ela
-Achei interessante que o que mais incomodou Tze, o que realmente fez ele se sentir “um merda” não foi a surra que ele levou, não foi o fato de seu amigo quase morrer por causa de umas placas roubadas, não foi o fato de ter sido pego roubando placas, não foi nada disso. O que leva ele a dizer isso é ter reconhecido o “motorista de taxi que eu quebrei o retrovisor” e perceber que ele recebeu ajuda desse motorista, o pai de Kang, em seu pior momento. Talvez o que ele mais desejasse ali fosse que o motorista o reconhecesse( e eu tenho quase certeza que reconheceu e lhe punisse, para que todo o seu “karma” ficasse quitado.Mas não foi usso que aconteceu e é justamente essa não punição, que é sugerida também pela pergunta de Kuei, que lhe faz sentir do que jeito que ele se sente.Alias tanto Tzei,quanto Kang, quanto o pai de Kang carregam em algum momento culpa.
-O pai de Kang tentando se aproximar dele quando por exemplo entrega as frutas para Kang comer ou diz para eles irem no cinema mais tarde, tenta de alguma forma demonstrar,sem falar, que estava interessado em criar algum laço com o filho. E é interessante perceber como esse interesse se perde ao longo do filme, por meio das brigas e por meio dessa atitude meio narcisista de nunca admitir os erros. Kang percebe que algo se quebrou entre ele e o pai quando acontece a quebra do retrovisor(talvez essa seja a metafora ou assim Kang acredita), apesar de haver indicios que isso poderia se quebrar antes ou depois. A partir dai,como de impulso Kang corre atras de Tzei para tentar de alguma forma se vingar disso. A vingança acontece e apos um breve momento de alegria, Kang percebe(apos a dor de bater a cabeça no teto- você não pode pular de alegria por causa de uma vingança sem se machucar, perceber algo de alguma forma)que aquilo não iria fazer ele se reconectar com o pai ou que o proposito dele, que era até então a vingança, tinha acabado e ele se percebeu desnorteado por estar agora sem proposito.Isso causa culpa em Kang , que com olhar de arrependimento se oferece para ajudar Tzei e este recusa a ajuda.
- A cena que faz Kang sair de casa por alguns dias é precedida por uma conversa entre a mãe e o pai de Kang. Antes dele começar aquela dança, quando ele fica parado sem entrar no quarto, ha a sugestão de que ele teria começado a chorar(o contrair e expandir as costas como em um choro um pouco convulsivo.). Depois disso o pai dele joga o prato de novo indicando uma segunda quebra entre eles, simbolizada pela quebra do prato/tijela. Talvez essas duas quebras se conectem na cabeça de Kang da forma como escrevi aqui em cima como se a segunda fosse diretamente causada pela primeira e por isso a busca pela vingança.
O Jardim
4.2 28Ri bastante na parte do Rousseau
O Jardim
4.2 28Achei pelo poster que ia ser uma mistura de Finisterrae com a Bruxa, mas não foi.
Não é um filme ruim não, mas acho que vou precisar rever pra dar um veredicto