Curiosamente, quando o narrador expõe a história de Adaline, misturada com a história da cidade nos noticiários antigos, eu me vi assistindo ao filme "O fabuloso destino de Amélie Poulain".
Onde uma maioria de filmes - com enredos que abrangem relacionamentos homoafetivos femininos - possuem finais tristes [Circumstance], catastróficos [Assunto de meninas] ou até mesmo insanos [Almas Gêmeas], Carol e Therese além de lançadas em uma boa hora, são estritamente necessárias. Representatividade importa, porque assim como eu, acredito que outras mulheres com a mesma identidade sexual buscam ver algo a mais do que dramas mal resolvidos [Azul é a cor mais quente] e tragédias intragáveis [Entre Elas], aliás, queremos ver nas telas do cinema, que é possível todas as formas de amor, inclusive a nossa. <3 [Filmes em colchetes só para exemplificar, já que a lista é bastante longa...] Me sinto imensa e irrevogavelmente apaixonada por este filme.
Esperava protagonismo feminino, encontrei Ashitaka. Um protagonista fraco em meio a duas mulheres muito fortes e pouco exploradas pelo enredo. Me fez sentir saudades de NausicaA. :(
Vocês pagam muito pra certos filmes só porque são produções de diretor x e adaptações de livro y. A história é óbvia, antes da metade já fica na cara o que aconteceu. O roteiro é cheio de reviravoltas rocambolescas, o final é um absurdo de tão improvável. As cores do filme são bonitas, mas a história não convence, o roteiro, os diálogos e as atuações são absolutamente falhas (o que é aquela voz de "sou sexy" da Rosamund? Ficou parecendo propaganda do Lux Luxo, uma coisa meio "Seja poderosa. Sinta-se poderosa" ). Enfim, mais um filme ruim pra passar no supercine.
Gostei do fato de que parte do elenco do filme é composta por homens gays. Representatividade importa, e muito! The normal Heart, é outro daquela lista de filmes "Vi, gostei, mas não quero assistir nunca mais"... Chorei muito assistindo ao filme, chorei porque se passaram mais de trinta anos e a homofobia ainda não foi criminalizada, chorei porque apesar dos avanços médicos para tratar e controlar a doença, a AIDS ainda não tem cura.
Después de Lucía é um filme forte, é um filme para aquelas listas que faltam no filmow, "Vi mas não quero ver nunca mais", sabe? É tão repugnante acreditar que a sociedade é em sua grande maioria os vilões desse filme, que as pessoas realmente acreditam que o filme é sobre bullying. Mas não, não é. O filme é sobre uma violência que antecede o bullying, é sobre o machismo na sua forma mais cru e cruel. É sobre o machismo que nos permeia, que nos censura e nos flagela. É sobre slut-shaming, sobre a culpabilização da vítima e a falta de amparo legal da mesma. É sobre vergonha, sobre dor.
O filme não é tão triste assim, o problema é que ele te "derruba" do nada. Você está lá esperando um Karate Kid em que o protagonista vai apanhar tanto, mas tanto, mas tanto e quando ele estiver quase morrendo vai ter o seu insight, levantar, revidar e ganhar a luta. SQN
É incrível como o contexto do filme se parece muito com o nosso contexto (ocidental) no que diz respeito à assédio sexual. Li vários comentários sobre como o Egito, por ser um país fundamentalista religioso, é machista. Será que não conseguimos enchergar a nós próprios? Como vamos entender o Outro sem antes entedermos a nós próprios? Várias mulheres passam por assédio sexual e verbal todos os dias. No Brasil não é diferente, a unica discrepância, de fato, é que no Egito a grande maioria de mulheres vestem-se com burcas, ou seja, cobrem-se por completo (com sorte o rosto fica de fora). E nem por isso escapam do assédio/abuso sexual. Isso só confirma o que feministas vêm gritando há um bom tempo "A culpa nunca é da vítima".
Uma das coisas que mais me intriga/fascina na história de Marjane Satrapi é a questão da identidade. Marjane tenta se manter fiel à sua identidade ao mesmo tempo em que tenta se adaptar à cultura européia. Ironicamente, quando regressa ao Irã, ela sofre o mesmo problema de adaptação já que se tornou muito ocidentalizada para o Irã, da mesma forma que é muito iraniana para o Ocidente. Persepolis vai muito mais além do que nos mostrar e contar a história do Irã, nos mostra como o Irã conservador de Satrapi pode estar próximo e é similar a nossa sociedade ocidental. Outro ponto que me fascina é o feminismo de Marjane, as questões de gênero estão permeadas em âmbitos como a liberdade de expressão, o uso do véu islâmico, o poder de autonomia sobre o corpo, como por exemplo, o exercício da sexualidade (do uso do anticoncepcional ao sexo antes do casamento). Persépolis é a chave para a desconstrução dos estereótipos da mulher muçulmana.
O nome do filme é realmente uma sacada genial. Frances Ha mexeu com as incertezas que me rodeiam. O que fica é o clima otimista, a espontaneidade e o preto e branco esteticamente cuidadoso!
Adorei a humanidade como as personagens são apresentadas durante o filme, ou seja, não são atrizes hollywoodianas perfeitas e impecáveis e sim meninas que se aproximam do telespectador. Várias vezes Adèle aparece limpando a boca com a mão ao comer, dormindo com a boca aberta, chorando como uma criança com o nariz corizando, erguendo as calças pela cintura. Fui Adéle durante três horas e saí do cinema me sentindo como ela.
Cidade Cinza
4.1 41 Assista AgoraEm tempos de João Doria, esse documentário se faz mais do que necessário...
A Incrível História de Adaline
3.7 1,5K Assista AgoraCuriosamente, quando o narrador expõe a história de Adaline, misturada com a história da cidade nos noticiários antigos, eu me vi assistindo ao filme "O fabuloso destino de Amélie Poulain".
Carol
3.9 1,5K Assista AgoraOnde uma maioria de filmes - com enredos que abrangem relacionamentos homoafetivos femininos - possuem finais tristes [Circumstance], catastróficos [Assunto de meninas] ou até mesmo insanos [Almas Gêmeas], Carol e Therese além de lançadas em uma boa hora, são estritamente necessárias. Representatividade importa, porque assim como eu, acredito que outras mulheres com a mesma identidade sexual buscam ver algo a mais do que dramas mal resolvidos [Azul é a cor mais quente] e tragédias intragáveis [Entre Elas], aliás, queremos ver nas telas do cinema, que é possível todas as formas de amor, inclusive a nossa. <3
[Filmes em colchetes só para exemplificar, já que a lista é bastante longa...]
Me sinto imensa e irrevogavelmente apaixonada por este filme.
Princesa Mononoke
4.4 944 Assista AgoraEsperava protagonismo feminino, encontrei Ashitaka. Um protagonista fraco em meio a duas mulheres muito fortes e pouco exploradas pelo enredo.
Me fez sentir saudades de NausicaA. :(
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraVocês pagam muito pra certos filmes só porque são produções de diretor x e adaptações de livro y. A história é óbvia, antes da metade já fica na cara o que aconteceu. O roteiro é cheio de reviravoltas rocambolescas, o final é um absurdo de tão improvável. As cores do filme são bonitas, mas a história não convence, o roteiro, os diálogos e as atuações são absolutamente falhas (o que é aquela voz de "sou sexy" da Rosamund? Ficou parecendo propaganda do Lux Luxo, uma coisa meio "Seja poderosa. Sinta-se poderosa" ). Enfim, mais um filme ruim pra passar no supercine.
52 Tuesdays
3.5 6Se alguém tiver link pra download... Por caridade, repasse, por favor. Obrigada :D
The Normal Heart
4.3 1,0K Assista AgoraGostei do fato de que parte do elenco do filme é composta por homens gays. Representatividade importa, e muito!
The normal Heart, é outro daquela lista de filmes "Vi, gostei, mas não quero assistir nunca mais"... Chorei muito assistindo ao filme, chorei porque se passaram mais de trinta anos e a homofobia ainda não foi criminalizada, chorei porque apesar dos avanços médicos para tratar e controlar a doença, a AIDS ainda não tem cura.
Mulheres na Mídia
4.4 52Links para assistir?
Depois de Lúcia
3.8 1,1KDespués de Lucía é um filme forte, é um filme para aquelas listas que faltam no filmow, "Vi mas não quero ver nunca mais", sabe? É tão repugnante acreditar que a sociedade é em sua grande maioria os vilões desse filme, que as pessoas realmente acreditam que o filme é sobre bullying. Mas não, não é. O filme é sobre uma violência que antecede o bullying, é sobre o machismo na sua forma mais cru e cruel. É sobre o machismo que nos permeia, que nos censura e nos flagela. É sobre slut-shaming, sobre a culpabilização da vítima e a falta de amparo legal da mesma. É sobre vergonha, sobre dor.
Menina de Ouro
4.2 1,8K Assista AgoraO filme não é tão triste assim, o problema é que ele te "derruba" do nada. Você está lá esperando um Karate Kid em que o protagonista vai apanhar tanto, mas tanto, mas tanto e quando ele estiver quase morrendo vai ter o seu insight, levantar, revidar e ganhar a luta. SQN
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraDas lindezas que machucam, A menina que roubava livros, A vida é bela e o Menino do Pijama listrado se fazem presentes!
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista Agora"Au Revoir Shoshanna!"
Cairo 678
4.3 120É incrível como o contexto do filme se parece muito com o nosso contexto (ocidental) no que diz respeito à assédio sexual. Li vários comentários sobre como o Egito, por ser um país fundamentalista religioso, é machista. Será que não conseguimos enchergar a nós próprios? Como vamos entender o Outro sem antes entedermos a nós próprios? Várias mulheres passam por assédio sexual e verbal todos os dias. No Brasil não é diferente, a unica discrepância, de fato, é que no Egito a grande maioria de mulheres vestem-se com burcas, ou seja, cobrem-se por completo (com sorte o rosto fica de fora). E nem por isso escapam do assédio/abuso sexual. Isso só confirma o que feministas vêm gritando há um bom tempo "A culpa nunca é da vítima".
Persépolis
4.5 754Uma das coisas que mais me intriga/fascina na história de Marjane Satrapi é a questão da identidade. Marjane tenta se manter fiel à sua identidade ao mesmo tempo em que tenta se adaptar à cultura européia. Ironicamente, quando regressa ao Irã, ela sofre o mesmo problema de adaptação já que se tornou muito ocidentalizada para o Irã, da mesma forma que é muito iraniana para o Ocidente. Persepolis vai muito mais além do que nos mostrar e contar a história do Irã, nos mostra como o Irã conservador de Satrapi pode estar próximo e é similar a nossa sociedade ocidental. Outro ponto que me fascina é o feminismo de Marjane, as questões de gênero estão permeadas em âmbitos como a liberdade de expressão, o uso do véu islâmico, o poder de autonomia sobre o corpo, como por exemplo, o exercício da sexualidade (do uso do anticoncepcional ao sexo antes do casamento). Persépolis é a chave para a desconstrução dos estereótipos da mulher muçulmana.
L'Apollonide - Os Amores da Casa de Tolerância
3.9 229 Assista Agora"Se nós não nos queimarmos mais, quem iluminará a noite?"
L'Apollonide é, com perdão do trocadilho, um puta filme.
Um Dia
3.9 3,5K Assista AgoraAnne Hathaway me fazendo assistir romances blasés desde "O diário da princesa".
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraO nome do filme é realmente uma sacada genial. Frances Ha mexeu com as incertezas que me rodeiam. O que fica é o clima otimista, a espontaneidade e o preto e branco esteticamente cuidadoso!
Azul é a Cor Mais Quente
3.7 4,3K Assista AgoraAdorei a humanidade como as personagens são apresentadas durante o filme, ou seja, não são atrizes hollywoodianas perfeitas e impecáveis e sim meninas que se aproximam do telespectador. Várias vezes Adèle aparece limpando a boca com a mão ao comer, dormindo com a boca aberta, chorando como uma criança com o nariz corizando, erguendo as calças pela cintura. Fui Adéle durante três horas e saí do cinema me sentindo como ela.