Um filme genial, com um roteiro e produção incríveis, que realmente me tocou profundamente. Com uma sutileza incrível, permeada por tiradas cômicas vindas de Moonee e da mãe, o longa consegue mostrar o outro lado de Orlando, a cidade dos sonhos de toda criança. A montagem está incrível e as atuações simplesmente impecáveis, Brooklynn Prince (Moone) realmente merecia ter sido incluída nas premiações, assim como o filme num todo merecia mais indicações.
A cena final, com Moonee e Jancey, encerrou o filme com chave de ouro. Foi simplesmente sublime apreciar. Entrou para os meus favoritos, sem dúvida.
Apesar de muito bom, a sensação de "esperava mais" foi algo que não consegui deixar de lado ao terminar o filme, talvez pelos nomes de peso que naturalmente criaram expectativa, talvez porque realmente falte algo, mas farei aqui minha humilde análise de leiga.
A trama central gira em torno de uma questão polêmica que, por si só, já faz muito pelo filme, mas a maneira como optou-se por apresentá-la ao público não foi das melhores, entregando um início parado e confuso, com muitos personagens e pouco desenvolvimento, que levou mais tempo que o esperado para realmente me prender enquanto expectadora. Apontar as dificuldades que a mídia enfrenta para cumprir seu papel na sociedade foi interessante, mas o ponto alto do filme para mim foram as dificuldades enfrentadas por Kay, uma mulher ordinária que, até então, limitava-se a seu papel de esposa em uma sociedade patriarcal, e se viu arrancada de sua zona de conforto e atirada num espaço machista, onde é frequentemente desacreditada e pressionada e precisa encontrar meios para se adaptar e "sobreviver". As questões morais que ela enfrenta no decorrer do longa levam a gente a refletir, e assisti-la crescendo e encontrando sua voz para enfim fazer o que precisa ser feito é sublime.
Também é válido ressaltar o questionamento importante que o filme levanta a respeito das mídias e do seu compromisso com a verdade, especialmente em uma era digital como a que vivemos, mas há uma clara parcialidade intencionando exaltar a imprensa, o que tira um pouco a honestidade e a qualidade do filme, a meu ver. Com o tema proposto, eles poderiam ter optado por fazer um trabalho mais próximo do real, mas sendo uma produção tipicamente estadunidense, não se pode esperar que eles digam a verdade nua e crua e exponham todo o lixo que se esconde por trás do governo e da imprensa norte-americanos.
Meryl Streep entregou uma atuação excelente, mas está longe de ser o melhor trabalho dela, ou de ser a melhor atuação da temporada, e Tom Hanks, com todo o respeito, não foi um diferencial. Quanto ao Spielberg, The Post está bem aquém do que ele já mostrou que é capaz de fazer.
Se é permitido fazer esse tipo de alegação, Lady Bird é o que eu chamaria de "comédia cult", ao estilo de Amelie Poulain, por exemplo. Não é um filme tolo e cheio de piadas forçadas, o humor se constrói de forma mais elaborada, permeado por um pouquinho de drama. Greta fez um bom trabalho e conseguiu retratar de maneira realista, mas também artística, a adolescência e o amadurecimento de Lady Bird. A protagonista se mostra forte, pretensiosa, e cheia de qualidades e defeitos que levam todo mundo que é ou já foi adolescente a se identificar com ela, mas também a odiá-la um pouquinho em alguns pontos, e isso, a meu ver, foi o que tornou a obra ainda mais realista e, consequentemente, melhor. As cenas entre mãe e filha são brilhantes, especialmente pela excelente atuação entregue pelas duas atrizes. Elogios à parte, o roteiro guia a um final previsível, e isso passa a impressão de que faltou um pouco mais de ousadia ou confiança por parte da direção/produção. Acredito que eles entregaram o que pretendiam entregar, e é um trabalho que merece e vale muito a pena ser apreciado, mas falta um pouco mais de personalidade e impacto para que mereça levar para casa o Oscar de melhor filme ou direção, aos quais foi indicado.
Sim, o roteiro é batido mesmo, mas a forma como ele foi desenvolvido em cada cena me encantou muito. Quando pegamos um filme com essa temática, geralmente é aquela paixão avassaladora ou aquela mulher sem coração que não ama ninguém e só quer destruir a família pra satisfazer a diversão dela. Com esse filme não foi assim. Pela maneira como a paixão se desenvolveu entre os dois, pela tristeza da Sophie - muito bem interpretada pela Fely - por estar sentindo aquilo e destruindo a família, a gente vê que é diferente, a gente vê o quanto os dois hesitam, e o quanto cada toque mínimo já é difícil e valioso pra eles. A paixão deles não começa explícita, começa aos poucos, começa nos mínimos detalhes, e eu acho isso incrível em um filme, que não é fácil de ser passado. Outra coisa que adorei foi o significado do título em inglês. Aquela cena em que a Sophie o aconselha a "inspirar", e depois disso, fazer a ligação entre o título e as demais cenas do filme, assistir os protagonistas tendo que respirar fundo pra seguir adiante a cada nova cena, foi tocante e bastante interessante. Infelizmente, tudo isso se perde quando pegamos o título em português, tristemente adaptado para "Paixão inocente".
No mais, pra quem consegue ver além do óbvio e se atentar aos pormenores, é um excelente filme.
Não é o que eu diria um filme ruim, o filme é bom, e tem a bela da Emily Blunt pra ajudar, mas não é o tipo de coisa que dá vontade de assistir de novo. Acho que se alguém me perguntasse o que eu achei, diria que é "ok".
Bryan Singer voltou, colocou a franquia nos trilhos e arrumou boa parte do fiasco completo que foi The Last Stand. Jennifer Lawrence, Hugh Jackman, James McAvoy e Michael Fassbender com atuações brilhantes (destaque pro Michael que, na minha opinião, foi o mais incrível dos quatro e me fez amar o Magneto - ainda mais). E um destaque pro Peter Maximoff que foi muito bem introduzido, especialmente com aquela cena em "câmera lenta".
Ficaram pontas soltas que nunca vão ser amarradas, mas isso acontece nos quadrinhos também, então ok.
Não dou cinco estrelas apenas porque a Vampira não estava no filme (aqueles três segundos não contam pra mim, desculpem) e até agora a franquia não conseguiu se redimir pela decadência na qual vem colocando uma das personagens mais incríveis da Marvel desde o segundo filme.
É um filme bonito, melancólico, sombrio, com umas pitadas de romance, loucura e realidade que nos deixam meio desconsertados, angustiados, mas a gente simplesmente não consegue não adorar esse sentimento enquanto se sente dentro do filme. Entrou pra minha lista de favoritos com certeza. E um destaque pra atuação brilhante da Eva Green que conseguiu me fazer amar e odiar a Rebecca em diversos pontos do filme, e que trabalhou o envelhecimento da personagem com a atuação, muito mais do que com a make. Consegui sentir ela envelhecendo ao longo do filme, e isso é algo que muitas vezes nem as melhores maquiagens do mundo conseguem.
É um bom filme, tem uma história legal sobre superação, quebra de preconceitos e momentos bem tocantes, mas de fato, o que o faz são as atuações brilhantes de McConaughey e Leto. Não seria metade do que é sem o trabalho perfeito e de total entrega aos personagens dos dois.
Confesso que quando fui ao cinema ano passado assistir um filme qualquer e passaram um teaser desse filme, eu pensei "Tá, mas que porcaria é essa? Não acontece nada no filme?". Três minutos e dois traileres depois, eles começaram a passar de fato o trailer de Gravidade e eu pensei "Okay, agora sim vão mostrar o que acontece no filme", mas de novo, no trailer, não aconteceu NADA, era só a Sandra Bullock no espaço e fim. Por isso mesmo, quando fui colocar o filme pra assistir, dei graças aos deuses por ser só uma hora e meia e apertei o play com a certeza de que seria um saco. E o filme me surpreendeu maravilhosamente.
De fato, a maior parte do filme é basicamente o que mostra no trailer: a Sandra Bullock no espaço enquanto "nada" acontece. Mas o desenrolar do filme, os eventos tão sutis, mas tão marcantes que acontecem nele, te prendem e te trazem uma adrenalina indescritível! A atuação da Sandra foi incrível, a fotografia, a montagem e os efeitos - tanto de imagem quanto de som - fazem qualquer um que assiste esse filme achar que está no espaço, a deriva junto à Dra Ryan, e o conjunto tornam o trabalho do Cuaron brilhante e digno do prêmio que recebeu. Foi uma ideia ousada, inovadora, mas ao mesmo tempo de uma simplicidade que encanta, justamente pela ousadia de uma produção desse tipo, que à primeira vista parece maçante e monótona.
O roteiro é simples, e acredito que por isso, não injustamente, perdeu Oscar de melhor filme pra "12 anos de escravidão", mas no geral, uma obra de arte pra ser vista e revista.
Um adjetivo que eu vi muitas pessoas usando para definir o filme é "futurista", mas o que é engraçado é que, para mim, ele não é futurista, é atual.
Chamam de futurista porque ele traz um sistema operacional com uma voz sexy (Scarlett Johansson consegue seduzir no filme inteiro sem aparecer nele uma vez que seja) que faz com que o protagonista se apaixone por ele, e mostra uma sociedade em que as pessoas param de interagir entre si para interagir com seus aparelhos eletrônicos. Tem inclusive uma cena no metrô que me chamou muito a atenção na qual o Theodore se senta na escada e começa a observar todas as pessoas ao redor falando "sozinhas". Bom, a questão é: o filme não é futurista e isso tudo que ele mostra, nós estamos vivenciando hoje. Entrem em um metrô e olhem ao redor, vejam quantas pessoas vocês vão ver dedicando sua atenção inteira a interagir com seus celulares (e eu me incluo nesse grupo de pessoas, infelizmente). E até mesmo nos apaixonar por nossos computadores, nós já estamos nos apaixonando.
Okay, podemos dizer que não nos apaixonamos pelos nossos computadores, mas sim pelas pessoas que conhecemos nos nossos computadores. E quantas pessoas já não se apaixonaram por alguém que conheceram através da tela de um pc, não é mesmo? Mas a verdade é que, no fim das contas, não é algo diferente do que acontece com o Theodore. Ele se apaixona por um sistema operacional por causa da personalidade que esse sistema mostra a ele enquanto interagem, pelas coisas que ele diz, pelo que o sistema operacional mostra a ele através dos meios que tem, que no caso são as palavras. É exatamente assim que nos apaixonamos por alguém "virtualmente" também, pelo que a pessoa conversa conosco no bate-papo, pelo que ela nos diz quando trocamos telefones ou nas conversas com vídeo. É uma situação diferente, mas que no fim, acaba sendo também muito igual.
No fim, acho que eu classifico o filme como um atual reflexivo e gostoso de assistir, com um roteiro incrível e detalhes de comportamentos e relacionamentos que nos levam a nos divertir e também a pensar um pouco sobre nos mesmos e sobre os relacionamentos nos quais nós temos nos inserido. Oscar de roteiro original merecidíssimo e brilhante atuação do Joaquín, como sempre.
Não é o melhor filme do Allen, mas é divertido, gostoso de assistir e, como de costume, traz a crítica irônica e engraçada a situações banais. E os atores estão fantásticos!
Allen é meu diretor favorito, então sou deveras suspeita pra falar, mas achei o filme simplesmente perfeito! Com o toque de humor refinado e sarcástico característicos do velho Woody, o filme nos leva a refletir sobre uma situação que, acredito eu, todos nós vivenciamos, mas acaba dando uma conclusão bastante interessante ao filme. Realmente muito bom e com um elenco ótimo!
Não li os livros, não me considero fã da saga ainda por isso e, sou obrigada a confessar, só quis, de fato, ver esse filme por causa do Jonathan Rhys Meyers. Entrei no cinema sem ter ideia do que veria, porque nunca li nem sinopse da série pra saber, no muito sabia que havia um vilão chamado Valentine. Mas devo confessar que me surpreendeu e muito. Ao menos pra mim, que não li os livros, o filme é muito bom! Meio confuso em algumas partes que me levam a crer que eu devia ter lido antes, mas afora isso, realmente me agradou. Os atores estavam ótimos, Collins surpreendeu, Jonathan como vilão é algo de outro mundo! Jace, devo concordar com o que já foi dito, é um pouco deprimente, mas ainda assim, dá pra aceitar. Mas o que eu mais gostei, indiscutivelmente, é porque o filme tem ação do começo ao fim. Muitas dessas adaptações de livros, como é o caso de Crepúsculo e Harry Potter, quando são passados para a tela, acabam tendo partes um pouco massantes (Okay, Crepúsculo é massante por completo, mas enfim), mas esse não! Os personagens principais são apresentados e na cena seguinte nós já vemos a ação e a emoção do filme, isso é algo que prende a atenção e muito me agrada. Enfim, curti mesmo e quero ver os próximos (Não mais apenas por causa do JRM :P ).
Fato que fazia um bom tempo que um filme de terror tão bom quanto este não era lançado. Sustos na medida, surpresas, uma trama que realmente prende a atenção do começo ao fim e um final bastante razoável, que não nos deixa de modo nenhum com aquela revolta que a maioria dos filmes de terror ultimamente despertavam que era o "Não acredito que o final é essa porcaria". Gostei mesmo.
Aquele filme leve e fofo que você termina de assistir e tem vontade de colocar play de novo, e assistir mais umas três vezes seguidas. E eu assistiria sem problema algum. <3
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Projeto Flórida
4.1 1,0KO outro lado do "Projeto Disney".
Um filme genial, com um roteiro e produção incríveis, que realmente me tocou profundamente. Com uma sutileza incrível, permeada por tiradas cômicas vindas de Moonee e da mãe, o longa consegue mostrar o outro lado de Orlando, a cidade dos sonhos de toda criança. A montagem está incrível e as atuações simplesmente impecáveis, Brooklynn Prince (Moone) realmente merecia ter sido incluída nas premiações, assim como o filme num todo merecia mais indicações.
A cena final, com Moonee e Jancey, encerrou o filme com chave de ouro. Foi simplesmente sublime apreciar. Entrou para os meus favoritos, sem dúvida.
The Post: A Guerra Secreta
3.5 607 Assista AgoraApesar de muito bom, a sensação de "esperava mais" foi algo que não consegui deixar de lado ao terminar o filme, talvez pelos nomes de peso que naturalmente criaram expectativa, talvez porque realmente falte algo, mas farei aqui minha humilde análise de leiga.
A trama central gira em torno de uma questão polêmica que, por si só, já faz muito pelo filme, mas a maneira como optou-se por apresentá-la ao público não foi das melhores, entregando um início parado e confuso, com muitos personagens e pouco desenvolvimento, que levou mais tempo que o esperado para realmente me prender enquanto expectadora. Apontar as dificuldades que a mídia enfrenta para cumprir seu papel na sociedade foi interessante, mas o ponto alto do filme para mim foram as dificuldades enfrentadas por Kay, uma mulher ordinária que, até então, limitava-se a seu papel de esposa em uma sociedade patriarcal, e se viu arrancada de sua zona de conforto e atirada num espaço machista, onde é frequentemente desacreditada e pressionada e precisa encontrar meios para se adaptar e "sobreviver". As questões morais que ela enfrenta no decorrer do longa levam a gente a refletir, e assisti-la crescendo e encontrando sua voz para enfim fazer o que precisa ser feito é sublime.
Também é válido ressaltar o questionamento importante que o filme levanta a respeito das mídias e do seu compromisso com a verdade, especialmente em uma era digital como a que vivemos, mas há uma clara parcialidade intencionando exaltar a imprensa, o que tira um pouco a honestidade e a qualidade do filme, a meu ver. Com o tema proposto, eles poderiam ter optado por fazer um trabalho mais próximo do real, mas sendo uma produção tipicamente estadunidense, não se pode esperar que eles digam a verdade nua e crua e exponham todo o lixo que se esconde por trás do governo e da imprensa norte-americanos.
Meryl Streep entregou uma atuação excelente, mas está longe de ser o melhor trabalho dela, ou de ser a melhor atuação da temporada, e Tom Hanks, com todo o respeito, não foi um diferencial. Quanto ao Spielberg, The Post está bem aquém do que ele já mostrou que é capaz de fazer.
Lady Bird: A Hora de Voar
3.8 2,1K Assista AgoraSe é permitido fazer esse tipo de alegação, Lady Bird é o que eu chamaria de "comédia cult", ao estilo de Amelie Poulain, por exemplo. Não é um filme tolo e cheio de piadas forçadas, o humor se constrói de forma mais elaborada, permeado por um pouquinho de drama. Greta fez um bom trabalho e conseguiu retratar de maneira realista, mas também artística, a adolescência e o amadurecimento de Lady Bird. A protagonista se mostra forte, pretensiosa, e cheia de qualidades e defeitos que levam todo mundo que é ou já foi adolescente a se identificar com ela, mas também a odiá-la um pouquinho em alguns pontos, e isso, a meu ver, foi o que tornou a obra ainda mais realista e, consequentemente, melhor. As cenas entre mãe e filha são brilhantes, especialmente pela excelente atuação entregue pelas duas atrizes. Elogios à parte, o roteiro guia a um final previsível, e isso passa a impressão de que faltou um pouco mais de ousadia ou confiança por parte da direção/produção. Acredito que eles entregaram o que pretendiam entregar, e é um trabalho que merece e vale muito a pena ser apreciado, mas falta um pouco mais de personalidade e impacto para que mereça levar para casa o Oscar de melhor filme ou direção, aos quais foi indicado.
Paixão Inocente
3.1 175 Assista AgoraTalvez eu não consiga dar uma avaliação imparcial porque sou apaixonada pela Felicity, mas eu realmente gostei desse filme.
Sim, o roteiro é batido mesmo, mas a forma como ele foi desenvolvido em cada cena me encantou muito. Quando pegamos um filme com essa temática, geralmente é aquela paixão avassaladora ou aquela mulher sem coração que não ama ninguém e só quer destruir a família pra satisfazer a diversão dela. Com esse filme não foi assim. Pela maneira como a paixão se desenvolveu entre os dois, pela tristeza da Sophie - muito bem interpretada pela Fely - por estar sentindo aquilo e destruindo a família, a gente vê que é diferente, a gente vê o quanto os dois hesitam, e o quanto cada toque mínimo já é difícil e valioso pra eles. A paixão deles não começa explícita, começa aos poucos, começa nos mínimos detalhes, e eu acho isso incrível em um filme, que não é fácil de ser passado.
Outra coisa que adorei foi o significado do título em inglês. Aquela cena em que a Sophie o aconselha a "inspirar", e depois disso, fazer a ligação entre o título e as demais cenas do filme, assistir os protagonistas tendo que respirar fundo pra seguir adiante a cada nova cena, foi tocante e bastante interessante. Infelizmente, tudo isso se perde quando pegamos o título em português, tristemente adaptado para "Paixão inocente".
No mais, pra quem consegue ver além do óbvio e se atentar aos pormenores, é um excelente filme.
No Limite do Amanhã
3.8 1,5K Assista AgoraNão é o que eu diria um filme ruim, o filme é bom, e tem a bela da Emily Blunt pra ajudar, mas não é o tipo de coisa que dá vontade de assistir de novo. Acho que se alguém me perguntasse o que eu achei, diria que é "ok".
X-Men: Dias de um Futuro Esquecido
4.0 3,7K Assista AgoraBryan Singer voltou, colocou a franquia nos trilhos e arrumou boa parte do fiasco completo que foi The Last Stand. Jennifer Lawrence, Hugh Jackman, James McAvoy e Michael Fassbender com atuações brilhantes (destaque pro Michael que, na minha opinião, foi o mais incrível dos quatro e me fez amar o Magneto - ainda mais). E um destaque pro Peter Maximoff que foi muito bem introduzido, especialmente com aquela cena em "câmera lenta".
Ficaram pontas soltas que nunca vão ser amarradas, mas isso acontece nos quadrinhos também, então ok.
Não dou cinco estrelas apenas porque a Vampira não estava no filme (aqueles três segundos não contam pra mim, desculpem) e até agora a franquia não conseguiu se redimir pela decadência na qual vem colocando uma das personagens mais incríveis da Marvel desde o segundo filme.
Ventre
3.7 271Em duas palavras: deliciosamente perturbador.
É um filme bonito, melancólico, sombrio, com umas pitadas de romance, loucura e realidade que nos deixam meio desconsertados, angustiados, mas a gente simplesmente não consegue não adorar esse sentimento enquanto se sente dentro do filme. Entrou pra minha lista de favoritos com certeza. E um destaque pra atuação brilhante da Eva Green que conseguiu me fazer amar e odiar a Rebecca em diversos pontos do filme, e que trabalhou o envelhecimento da personagem com a atuação, muito mais do que com a make. Consegui sentir ela envelhecendo ao longo do filme, e isso é algo que muitas vezes nem as melhores maquiagens do mundo conseguem.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraÉ um bom filme, tem uma história legal sobre superação, quebra de preconceitos e momentos bem tocantes, mas de fato, o que o faz são as atuações brilhantes de McConaughey e Leto. Não seria metade do que é sem o trabalho perfeito e de total entrega aos personagens dos dois.
Gravidade
3.9 5,1K Assista AgoraConfesso que quando fui ao cinema ano passado assistir um filme qualquer e passaram um teaser desse filme, eu pensei "Tá, mas que porcaria é essa? Não acontece nada no filme?". Três minutos e dois traileres depois, eles começaram a passar de fato o trailer de Gravidade e eu pensei "Okay, agora sim vão mostrar o que acontece no filme", mas de novo, no trailer, não aconteceu NADA, era só a Sandra Bullock no espaço e fim. Por isso mesmo, quando fui colocar o filme pra assistir, dei graças aos deuses por ser só uma hora e meia e apertei o play com a certeza de que seria um saco. E o filme me surpreendeu maravilhosamente.
De fato, a maior parte do filme é basicamente o que mostra no trailer: a Sandra Bullock no espaço enquanto "nada" acontece. Mas o desenrolar do filme, os eventos tão sutis, mas tão marcantes que acontecem nele, te prendem e te trazem uma adrenalina indescritível! A atuação da Sandra foi incrível, a fotografia, a montagem e os efeitos - tanto de imagem quanto de som - fazem qualquer um que assiste esse filme achar que está no espaço, a deriva junto à Dra Ryan, e o conjunto tornam o trabalho do Cuaron brilhante e digno do prêmio que recebeu. Foi uma ideia ousada, inovadora, mas ao mesmo tempo de uma simplicidade que encanta, justamente pela ousadia de uma produção desse tipo, que à primeira vista parece maçante e monótona.
O roteiro é simples, e acredito que por isso, não injustamente, perdeu Oscar de melhor filme pra "12 anos de escravidão", mas no geral, uma obra de arte pra ser vista e revista.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraUm adjetivo que eu vi muitas pessoas usando para definir o filme é "futurista", mas o que é engraçado é que, para mim, ele não é futurista, é atual.
Chamam de futurista porque ele traz um sistema operacional com uma voz sexy (Scarlett Johansson consegue seduzir no filme inteiro sem aparecer nele uma vez que seja) que faz com que o protagonista se apaixone por ele, e mostra uma sociedade em que as pessoas param de interagir entre si para interagir com seus aparelhos eletrônicos. Tem inclusive uma cena no metrô que me chamou muito a atenção na qual o Theodore se senta na escada e começa a observar todas as pessoas ao redor falando "sozinhas". Bom, a questão é: o filme não é futurista e isso tudo que ele mostra, nós estamos vivenciando hoje. Entrem em um metrô e olhem ao redor, vejam quantas pessoas vocês vão ver dedicando sua atenção inteira a interagir com seus celulares (e eu me incluo nesse grupo de pessoas, infelizmente). E até mesmo nos apaixonar por nossos computadores, nós já estamos nos apaixonando.
Okay, podemos dizer que não nos apaixonamos pelos nossos computadores, mas sim pelas pessoas que conhecemos nos nossos computadores. E quantas pessoas já não se apaixonaram por alguém que conheceram através da tela de um pc, não é mesmo? Mas a verdade é que, no fim das contas, não é algo diferente do que acontece com o Theodore. Ele se apaixona por um sistema operacional por causa da personalidade que esse sistema mostra a ele enquanto interagem, pelas coisas que ele diz, pelo que o sistema operacional mostra a ele através dos meios que tem, que no caso são as palavras. É exatamente assim que nos apaixonamos por alguém "virtualmente" também, pelo que a pessoa conversa conosco no bate-papo, pelo que ela nos diz quando trocamos telefones ou nas conversas com vídeo. É uma situação diferente, mas que no fim, acaba sendo também muito igual.
No fim, acho que eu classifico o filme como um atual reflexivo e gostoso de assistir, com um roteiro incrível e detalhes de comportamentos e relacionamentos que nos levam a nos divertir e também a pensar um pouco sobre nos mesmos e sobre os relacionamentos nos quais nós temos nos inserido. Oscar de roteiro original merecidíssimo e brilhante atuação do Joaquín, como sempre.
Para Roma Com Amor
3.4 1,3K Assista AgoraNão é o melhor filme do Allen, mas é divertido, gostoso de assistir e, como de costume, traz a crítica irônica e engraçada a situações banais. E os atores estão fantásticos!
Meia-Noite em Paris
4.0 3,8K Assista AgoraAllen é meu diretor favorito, então sou deveras suspeita pra falar, mas achei o filme simplesmente perfeito! Com o toque de humor refinado e sarcástico característicos do velho Woody, o filme nos leva a refletir sobre uma situação que, acredito eu, todos nós vivenciamos, mas acaba dando uma conclusão bastante interessante ao filme. Realmente muito bom e com um elenco ótimo!
Crepúsculo dos Deuses
4.5 794 Assista AgoraAbsolutamente sublime! Não tem mais o que dizer sobre ele. Perfeito, apenas.
Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos
3.0 1,4K Assista AgoraNão li os livros, não me considero fã da saga ainda por isso e, sou obrigada a confessar, só quis, de fato, ver esse filme por causa do Jonathan Rhys Meyers. Entrei no cinema sem ter ideia do que veria, porque nunca li nem sinopse da série pra saber, no muito sabia que havia um vilão chamado Valentine. Mas devo confessar que me surpreendeu e muito. Ao menos pra mim, que não li os livros, o filme é muito bom! Meio confuso em algumas partes que me levam a crer que eu devia ter lido antes, mas afora isso, realmente me agradou. Os atores estavam ótimos, Collins surpreendeu, Jonathan como vilão é algo de outro mundo! Jace, devo concordar com o que já foi dito, é um pouco deprimente, mas ainda assim, dá pra aceitar. Mas o que eu mais gostei, indiscutivelmente, é porque o filme tem ação do começo ao fim. Muitas dessas adaptações de livros, como é o caso de Crepúsculo e Harry Potter, quando são passados para a tela, acabam tendo partes um pouco massantes (Okay, Crepúsculo é massante por completo, mas enfim), mas esse não! Os personagens principais são apresentados e na cena seguinte nós já vemos a ação e a emoção do filme, isso é algo que prende a atenção e muito me agrada. Enfim, curti mesmo e quero ver os próximos (Não mais apenas por causa do JRM :P ).
Invocação do Mal
3.8 3,9K Assista AgoraFato que fazia um bom tempo que um filme de terror tão bom quanto este não era lançado. Sustos na medida, surpresas, uma trama que realmente prende a atenção do começo ao fim e um final bastante razoável, que não nos deixa de modo nenhum com aquela revolta que a maioria dos filmes de terror ultimamente despertavam que era o "Não acredito que o final é essa porcaria". Gostei mesmo.
Imagine Eu e Você
3.7 743Aquele filme leve e fofo que você termina de assistir e tem vontade de colocar play de novo, e assistir mais umas três vezes seguidas. E eu assistiria sem problema algum. <3