Eis aqui mais um filme abordando o tão horripilante tema 'desastre natural'. Como a maioria dos do gênero, esse é ruim, beirando ao péssimo pra não dizer coisa pior.
De início somos apresentados a uma família sem o menor laço afetivo. A atuação é a pior possível, e isso contribui para a falta de ligação entre os personagens. Os atores não conseguem demonstrar nenhum tipo emoção, carisma e nem mesmo conseguem chorar. São ''interrompidos'' dezenas de vezes por cortes grotescos; um pavoroso trabalho de edição.
Explicações rasas e sacadas idiotas estão presentes a todo momento, tudo para alimentar o perigo eminente. Quando bate uma onda forte (não no sentido da água) na cabeça do protagonista, é que a "ameaça" se desenrola. Começa aí o poder do protagonismo... (ele deve ter poderes)
Ao passar das cenas chegamos ao ponto do título, A Onda, onde a catástrofe natural é alimentanda por diálogos fracos e depois de uma anomalia - já esperada - começa a se formar, amedrontando os habitantes de Geiranger, na Noruega. Ou pelo menos tinha tal intenção.
Fato é que quando uma onda de 80 metros de altura ganha forma, o sentimento de apreensividade toma conta dos personagens. Coerente. O problema aí é que fica evidente que a maioria deles não tem ciência do tamanho do perigo que estão diante, soam extremamente burros (MUITO BURROS) a ponto de parar em frente a onda e analisá-la (momento reflexão): ''Será que eu vou morrer? O que eu faço agora? Corro? Acho melhor não... Vou ficar aqui e quem sabe sobrevivo". Horrendo.
A fotografia do filme consegue ser satisfatória, muito em decorrência do local onde o filme estava inserido, o que acabou deixando ele relativamente bonito. O único ponto alto.
O que decepciona aqui, de novo, e muito, são os efeitos visuais colocados no atrativo do filme, a onda. Essa se parece mais com uma montanha de fumaça com respingos de água, e que de forma alguma é párea para os protagonistas.
O protagonista, que sobreviveu inexplicavelmente à onda (é importante ressaltar isso), parte em busca de sua família que está cercada pela devastação e por muita água.
Água que por sinal não apaga o fogo. Em todos esses anos da indústria vital, isso é inédito.
Daí para o encerramento, o longa cai em mais um dos muitos clichês e ao final o personagem principal, vazio que só ele, é visto como um herói
. Tudo termina bem. Os efeitos da destruição não são sentidos, a família que passou por diversas situações permanece sem sequelas e a onda nem rastro deixa.
Filmes estrangeiros são em maioria despercebidos pelo público, por N motivos. Esse aqui tinha uma proposta parecida com quase todos os filmes de desastres naturais que já vimos, não era promissor, mas ainda sim falhou miseravelmente.
A Onda consegue ser mais catastrófico do que o tema nele apresentado.
Não é novidade que o Thor é um dos personagens menos simpáticos do MCU, seja por seu humor um tanto quanto ofensivo aos mais fiéis fãs dos quadrinhos do herói, ou por sua falta de profundidade. Os dois filmes anteriores falam por si só, com seu irmão sempre roubando a cena e caindo nas graças do público, ao invés do protagonista. Mas o Ragnarok veio para mudar isso, ou pelo menos tinha tal intenção.
O diretor Taika Waititi teve aqui uma total liberdade criativa para "reformular" o Deus do Trovão, e fez isso de maneira inesperada, com muito humor. Thor: Ragnarok nada mais é que um blockbuster que combina comédia, cores e efeitos visuais mirabolantes.
O filme já se inicia com diálogos cômicos, deixando o espectador a partir dali, ciente de que a narrativa seria escrachada ao máximo. A interação entre Hulk e Thor é algo harmonioso, muito graças a Chris Hemsworth que é perito no ramo comédia e a inocência do verdão, que proporciona muitos momentos divertidos. Loki novamente rouba a cena com Tom Hiddleston dando um show de carisma junto a Jeff Goldblum que entrega um divertido Grão Mestre ainda que vazio.
Em diversos momentos do filme você se lembra de Shrek, onde tudo soa muito engraçado e sem peso, o que pra uma animação é algo completamente compreensível, mas para um filme que alimenta tanta destruição, não. Até mesmo o teatro de Shrek 3 pode ser percebido e assemelhado em Thor: Ragnarok, na cena onde Matt Damon faz uma participação especial.
A premissa de trazer um Thor mais descontraído e tornar o entretenimento acessível é o atrativo, mas ao mesmo tempo é o principal problema do filme. Tais piadas funcionam em determinados pontos da trama – menção para o mestre Stan Lee, que tem um de seus melhores cameos – mas com o passar do tempo, se torna desgastante. Elas estão presentes em quase todos os momentos da narrativa, o que acabou prejudicando determinadas cenas que necessitavam de uma real dramaticidade ou certo peso. Isso inclui as cenas de ação.
As grandes cenas de ação, que no geral são poucas, são satisfatórias. O uso excessivo de CGI aqui não é o problema, já que estamos falando de Ragnarok, mas a falta de cuidado com o mesmo na pós-produção é evidente.
E por falar em ação, aqui temos a tão promissora Hela, interpretada por Cate Blanchet. A atriz tira de letra o papel, exalando ameaça e muita sensualidade, desde seu traje até seu modo de falar. Diferente da maioria dos vilões que já passaram pelo MCU, Hela tem presença, imponência e uma índole inabalável, demonstrando frieza em todas as cenas em que aparece, mas não passa disso. Falta desenvolvimento e profundidade para que seus interesses sejam levados em conta.
No entanto, o subtítulo ‘Ragnarok’ fica só no papel. Em nenhum momento é transmitida a urgência sobre o real perigo que ameaça Asgard. Piadas são inseridas novamente em meias explicações, ressaltando que nem mesmo os protagonistas estavam preocupados com a destruição que estava por vir. Tudo soa divertido demais, e sério de menos. Ao final temos um Thor ainda apático, e definido como alívio cômico.
O humor com certeza foi algo que marcou Thor: Ragnarok, sendo ele bom ou incomodo. Mas o fato aqui é que Thor: Ragnarok não marcou. É só mais uma aventura descontraída, descompromissada e infelizmente, esquecível.
Se a meta do filme era se ridicularizar, conseguiu com maestria.
O filme começa te passando uma sensação desconfortante, parece que foi pego da metade para frente e, portanto, o contexto de início não é nada esclarecedor. A história permanece sem sentido por um bom tempo, até que temos o momento em que o protagonista descobre algo surpreendente e daí em diante se autoafirma como herói.
O único ponto alto do filme é a relação entre o protagonista e a jovem robô, que é bem estruturada fazendo com que o espectador crie empatia por tal situação. Mas não passa disso.
Por ser de 2015, o filme deixa a desejar bastante na parte visual e principalmente em cenas que envolvem um cuidado melhor, como as mortes sangrentas, que quando são vistas, parecem nos passar a sensação de que há suco de morango jorrando para todos os lados.
Já que por ser algo meio descompromissado, não vale a pena analisar detalhadamente a profundidade dada aos personagens secundários, que estão ali por estar, e até mesmo para a história, que é visivelmente incompleta.
Se por meio do ''trash'' a tentativa do longa foi passar um entretenimento medíocre e exagerado, houve falha. Esse termo por sinal é muito recorrente em filmes de terror, que são tão toscos, que chegam a ser engraçados, como A Centopeia Humana. Mas em Turbo Kid existe mais incomodo do que prazer e diversão, seja com história, seja com as cenas mal elaboradas ou com o todo.
O primeiro filme digno de uma heroína nos cinemas! Gal Gadot dá um show de carisma aqui junto com todo o elenco de apoio que cumpre bem os papéis de personagens secundários. Tendo um passado rico ou não, eles dão um imenso suporte para Diana que trilha o caminho nunca já visto pelas Amazonas.
A narrativa é ótima e simples, o que facilita um entendimento perfeito da trama, diferente de Batman vs Superman. Todo aspecto visual definido por Jenkins também é muito competente e as cenas na ilha encantam, assim como as personagens 'badass' que lá vivem. As cenas de ação são sim muito boas apesar do uso exagerado de slow motion... isso até o final segundo o ato.
O grande problema do filme é cair no dilema Hollywoodiano que se caracteriza por explosões e raio azul em direção ao céu. É o terceiro ato. O vilão Ares, com frases de efeito alá Street Fighter: ''Eu vou destruir você'', definitivamente não convenceu. O tão ameaçador Deus da Guerra perdeu ainda mais significado e peso com a reviravolta final e no fim das contas não demonstrou real perigo para o mundo.
Ps: O Coringa instiga mais a treta do que o Ares instigou a guerra, isso é fato.
O show de efeitos visuais no terceiro ato não era o necessário visto que o filme estava bastante contido até tal ponto, portanto destoou do restante apresentado e não soou agradável... não mesmo.
Representatividade é o sobrenome desse filme. Ele sim trouxe uma mensagem para as mulheres de que elas podem ser mais, não sendo necessariamente uma Deusa superpoderosa. Elevou ainda mais o grau de importância que a Mulher Maravilha tem entre as mulheres, homens e amantes da cultura pop.
Eis aqui um filme que a famosa fórmula Marvel destruiu. Um personagem tão misterioso e complexo merecia mais, muito mais que um show de efeitos visuais.
Doutor Estranho tem a receita do bolo de cenoura com chocolate que Homem de Ferro (2008) deixou, mas teve um gosto bem amargo. O roteiro bastante semelhante fez com que o estúdio adaptasse também a personalidade de Tony Stark para um homem arrogante e que precisava cair para a vida ajudá-lo levantar. Até aí nada de inovador.
Já te disseram que efeitos visuais pirotécnicos, por mais belos que sejam, não conseguem tapar um fraco roteiro? Pois eu te digo agora. Doutor Estranho além de pecar na personalidade adotada para o protagonista (Stark 2.0 da Magia), peca no excesso de piadas que fazem do MCU o que ele é atualmente. Cenas importantes e emotivas perdem seu peso por objetos complementares ou por uma referência a Beyoncé ali e aqui.
Os efeitos impressionam, o roteiro não... e muitos menos o vilão (até rimou). Mads Mikkelsen aqui é completamente desperdiçado como um servo de Dormammu, uma espécie de nuvem gigante Galactus evoluída, mas ainda sim sem profundidade.
A apresentação de um dos personagens mais promissores para o futuro do MCU não convenceu. Benedict, como um grande ator que é, consegue passar um Strange visualmente fiel mas nada profundo.
A mescla de horror e comédia é surpreendentemente boa. Um filme que não se preocupa em atingir o ápice do gênero denominado a ele (terror) e que consegue entreter os mais descompromissados espectadores.
Os personagens principais Cole (Judah Lewis) e Bee (Samara Weaving), são o ponto alto do longa que constrói uma bela relação entre ambos. Ambos nos oferecem atuações bastante satisfatórias, colaborando principalmente para a profundidade que o roteiro da aos personagens. Cole consegue ser um personagem tão profundo, que ao final do filme faz com que se importamos com ele e com tudo o que o cerca, do bullying sofrido ao desejo amoroso que fica do outro lado da rua. Destaque aqui para a atuação de Judah, que realiza de forma excepcional o papel ao qual foi designado a fazer. Esse garoto tem futuro!
A narrativa é a mais simples possível, mas ainda sim boa. A direção de McG não deixa a desejar e os momentos de tensão são devidamente repassados ao espectador. Em combo, a trilha sonora é outro fator determinante para o progresso do filme, que só fica melhor ao decorrer das cenas.
Assim como a maioria das sátiras e comédias, o filme traz consigo a abordagem de referências ao mundo nerd, mas não pense que é algo jogado ao vento. Fato é que essas inúmeras referências, que vão dos filmes de faroeste aos de batalhas espaciais, alimentam positivamente a trama e proporciona as melhores cenas do longa, fortificando a relação entre eles os personagens. (vide diálogo final entre os protagonistas).
Personagens secundários altamente estereotipados e esquecíveis? CONFERE! Saídas malucas arranjadas pelo roteiro simplório? TAMBÉM CONFERE! Mas apesar disso, o filme é uma grande diversão e com certeza um ótimo entretenimento para quem fica minutos rolando a tela da Netflix em busca de algo para assistir.
Aqui não há terror, há tensão, que somada à boa e velha sátira, faz com que 'A Babá' seja algo agradável de se assistir.
A Onda
3.2 306 Assista AgoraBATEU UMA ONDA FRACA!
Eis aqui mais um filme abordando o tão horripilante tema 'desastre natural'. Como a maioria dos do gênero, esse é ruim, beirando ao péssimo pra não dizer coisa pior.
De início somos apresentados a uma família sem o menor laço afetivo. A atuação é a pior possível, e isso contribui para a falta de ligação entre os personagens. Os atores não conseguem demonstrar nenhum tipo emoção, carisma e nem mesmo conseguem chorar. São ''interrompidos'' dezenas de vezes por cortes grotescos; um pavoroso trabalho de edição.
Explicações rasas e sacadas idiotas estão presentes a todo momento, tudo para alimentar o perigo eminente. Quando bate uma onda forte (não no sentido da água) na cabeça do protagonista, é que a "ameaça" se desenrola. Começa aí o poder do protagonismo... (ele deve ter poderes)
Ao passar das cenas chegamos ao ponto do título, A Onda, onde a catástrofe natural é alimentanda por diálogos fracos e depois de uma anomalia - já esperada - começa a se formar, amedrontando os habitantes de Geiranger, na Noruega. Ou pelo menos tinha tal intenção.
Fato é que quando uma onda de 80 metros de altura ganha forma, o sentimento de apreensividade toma conta dos personagens. Coerente. O problema aí é que fica evidente que a maioria deles não tem ciência do tamanho do perigo que estão diante, soam extremamente burros (MUITO BURROS) a ponto de parar em frente a onda e analisá-la (momento reflexão): ''Será que eu vou morrer? O que eu faço agora? Corro? Acho melhor não... Vou ficar aqui e quem sabe sobrevivo". Horrendo.
A fotografia do filme consegue ser satisfatória, muito em decorrência do local onde o filme estava inserido, o que acabou deixando ele relativamente bonito. O único ponto alto.
O que decepciona aqui, de novo, e muito, são os efeitos visuais colocados no atrativo do filme, a onda. Essa se parece mais com uma montanha de fumaça com respingos de água, e que de forma alguma é párea para os protagonistas.
De forma espantosa os mesmos conseguem SOBREVIVER a uma onda de 80 metros. Sério, isso tava mesmo no roteiro?
Após a onda vir e devastar parcialmente o vilarejo, o filme muda de forma. Temos agora um daqueles filmes hollywoodiano de salvamento e redenção.
O protagonista, que sobreviveu inexplicavelmente à onda (é importante ressaltar isso), parte em busca de sua família que está cercada pela devastação e por muita água.
Daí para o encerramento, o longa cai em mais um dos muitos clichês e ao final o personagem principal, vazio que só ele, é visto como um herói
por resgatar seus entes queridos
Filmes estrangeiros são em maioria despercebidos pelo público, por N motivos. Esse aqui tinha uma proposta parecida com quase todos os filmes de desastres naturais que já vimos, não era promissor, mas ainda sim falhou miseravelmente.
A Onda consegue ser mais catastrófico do que o tema nele apresentado.
Thor: Ragnarok
3.7 1,9K Assista AgoraO mais fraco filme do Marvel Studios de 2017!
Não é novidade que o Thor é um dos personagens menos simpáticos do MCU, seja por seu humor um tanto quanto ofensivo aos mais fiéis fãs dos quadrinhos do herói, ou por sua falta de profundidade. Os dois filmes anteriores falam por si só, com seu irmão sempre roubando a cena e caindo nas graças do público, ao invés do protagonista. Mas o Ragnarok veio para mudar isso, ou pelo menos tinha tal intenção.
O diretor Taika Waititi teve aqui uma total liberdade criativa para "reformular" o Deus do Trovão, e fez isso de maneira inesperada, com muito humor. Thor: Ragnarok nada mais é que um blockbuster que combina comédia, cores e efeitos visuais mirabolantes.
O filme já se inicia com diálogos cômicos, deixando o espectador a partir dali, ciente de que a narrativa seria escrachada ao máximo. A interação entre Hulk e Thor é algo harmonioso, muito graças a Chris Hemsworth que é perito no ramo comédia e a inocência do verdão, que proporciona muitos momentos divertidos. Loki novamente rouba a cena com Tom Hiddleston dando um show de carisma junto a Jeff Goldblum que entrega um divertido Grão Mestre ainda que vazio.
Em diversos momentos do filme você se lembra de Shrek, onde tudo soa muito engraçado e sem peso, o que pra uma animação é algo completamente compreensível, mas para um filme que alimenta tanta destruição, não. Até mesmo o teatro de Shrek 3 pode ser percebido e assemelhado em Thor: Ragnarok, na cena onde Matt Damon faz uma participação especial.
A premissa de trazer um Thor mais descontraído e tornar o entretenimento acessível é o atrativo, mas ao mesmo tempo é o principal problema do filme. Tais piadas funcionam em determinados pontos da trama – menção para o mestre Stan Lee, que tem um de seus melhores cameos – mas com o passar do tempo, se torna desgastante. Elas estão presentes em quase todos os momentos da narrativa, o que acabou prejudicando determinadas cenas que necessitavam de uma real dramaticidade ou certo peso. Isso inclui as cenas de ação.
As grandes cenas de ação, que no geral são poucas, são satisfatórias. O uso excessivo de CGI aqui não é o problema, já que estamos falando de Ragnarok, mas a falta de cuidado com o mesmo na pós-produção é evidente.
E por falar em ação, aqui temos a tão promissora Hela, interpretada por Cate Blanchet. A atriz tira de letra o papel, exalando ameaça e muita sensualidade, desde seu traje até seu modo de falar. Diferente da maioria dos vilões que já passaram pelo MCU, Hela tem presença, imponência e uma índole inabalável, demonstrando frieza em todas as cenas em que aparece, mas não passa disso. Falta desenvolvimento e profundidade para que seus interesses sejam levados em conta.
No entanto, o subtítulo ‘Ragnarok’ fica só no papel. Em nenhum momento é transmitida a urgência sobre o real perigo que ameaça Asgard. Piadas são inseridas novamente em meias explicações, ressaltando que nem mesmo os protagonistas estavam preocupados com a destruição que estava por vir. Tudo soa divertido demais, e sério de menos. Ao final temos um Thor ainda apático, e definido como alívio cômico.
O humor com certeza foi algo que marcou Thor: Ragnarok, sendo ele bom ou incomodo. Mas o fato aqui é que Thor: Ragnarok não marcou. É só mais uma aventura descontraída, descompromissada e infelizmente, esquecível.
Turbo Kid
3.5 169 Assista grátisSe a meta do filme era se ridicularizar, conseguiu com maestria.
O filme começa te passando uma sensação desconfortante, parece que foi pego da metade para frente e, portanto, o contexto de início não é nada esclarecedor. A história permanece sem sentido por um bom tempo, até que temos o momento em que o protagonista descobre algo surpreendente e daí em diante se autoafirma como herói.
O único ponto alto do filme é a relação entre o protagonista e a jovem robô, que é bem estruturada fazendo com que o espectador crie empatia por tal situação. Mas não passa disso.
Por ser de 2015, o filme deixa a desejar bastante na parte visual e principalmente em cenas que envolvem um cuidado melhor, como as mortes sangrentas, que quando são vistas, parecem nos passar a sensação de que há suco de morango jorrando para todos os lados.
Já que por ser algo meio descompromissado, não vale a pena analisar detalhadamente a profundidade dada aos personagens secundários, que estão ali por estar, e até mesmo para a história, que é visivelmente incompleta.
Se por meio do ''trash'' a tentativa do longa foi passar um entretenimento medíocre e exagerado, houve falha. Esse termo por sinal é muito recorrente em filmes de terror, que são tão toscos, que chegam a ser engraçados, como A Centopeia Humana. Mas em Turbo Kid existe mais incomodo do que prazer e diversão, seja com história, seja com as cenas mal elaboradas ou com o todo.
Mulher-Maravilha
4.1 2,9K Assista AgoraMulher Maravilha é mais importante do que bom.
O primeiro filme digno de uma heroína nos cinemas! Gal Gadot dá um show de carisma aqui junto com todo o elenco de apoio que cumpre bem os papéis de personagens secundários. Tendo um passado rico ou não, eles dão um imenso suporte para Diana que trilha o caminho nunca já visto pelas Amazonas.
A narrativa é ótima e simples, o que facilita um entendimento perfeito da trama, diferente de Batman vs Superman. Todo aspecto visual definido por Jenkins também é muito competente e as cenas na ilha encantam, assim como as personagens 'badass' que lá vivem. As cenas de ação são sim muito boas apesar do uso exagerado de slow motion... isso até o final segundo o ato.
O grande problema do filme é cair no dilema Hollywoodiano que se caracteriza por explosões e raio azul em direção ao céu. É o terceiro ato. O vilão Ares, com frases de efeito alá Street Fighter: ''Eu vou destruir você'', definitivamente não convenceu. O tão ameaçador Deus da Guerra perdeu ainda mais significado e peso com a reviravolta final e no fim das contas não demonstrou real perigo para o mundo.
Ps: O Coringa instiga mais a treta do que o Ares instigou a guerra, isso é fato.
O show de efeitos visuais no terceiro ato não era o necessário visto que o filme estava bastante contido até tal ponto, portanto destoou do restante apresentado e não soou agradável... não mesmo.
Representatividade é o sobrenome desse filme. Ele sim trouxe uma mensagem para as mulheres de que elas podem ser mais, não sendo necessariamente uma Deusa superpoderosa. Elevou ainda mais o grau de importância que a Mulher Maravilha tem entre as mulheres, homens e amantes da cultura pop.
Doutor Estranho
4.0 2,2K Assista AgoraEis aqui um filme que a famosa fórmula Marvel destruiu. Um personagem tão misterioso e complexo merecia mais, muito mais que um show de efeitos visuais.
Doutor Estranho tem a receita do bolo de cenoura com chocolate que Homem de Ferro (2008) deixou, mas teve um gosto bem amargo. O roteiro bastante semelhante fez com que o estúdio adaptasse também a personalidade de Tony Stark para um homem arrogante e que precisava cair para a vida ajudá-lo levantar. Até aí nada de inovador.
Já te disseram que efeitos visuais pirotécnicos, por mais belos que sejam, não conseguem tapar um fraco roteiro? Pois eu te digo agora. Doutor Estranho além de pecar na personalidade adotada para o protagonista (Stark 2.0 da Magia), peca no excesso de piadas que fazem do MCU o que ele é atualmente. Cenas importantes e emotivas perdem seu peso por objetos complementares ou por uma referência a Beyoncé ali e aqui.
Os efeitos impressionam, o roteiro não... e muitos menos o vilão (até rimou). Mads Mikkelsen aqui é completamente desperdiçado como um servo de Dormammu, uma espécie de nuvem gigante Galactus evoluída, mas ainda sim sem profundidade.
A apresentação de um dos personagens mais promissores para o futuro do MCU não convenceu. Benedict, como um grande ator que é, consegue passar um Strange visualmente fiel mas nada profundo.
A Babá
3.1 960 Assista AgoraUm entretenimento inesperado.
A mescla de horror e comédia é surpreendentemente boa. Um filme que não se preocupa em atingir o ápice do gênero denominado a ele (terror) e que consegue entreter os mais descompromissados espectadores.
Os personagens principais Cole (Judah Lewis) e Bee (Samara Weaving), são o ponto alto do longa que constrói uma bela relação entre ambos. Ambos nos oferecem atuações bastante satisfatórias, colaborando principalmente para a profundidade que o roteiro da aos personagens. Cole consegue ser um personagem tão profundo, que ao final do filme faz com que se importamos com ele e com tudo o que o cerca, do bullying sofrido ao desejo amoroso que fica do outro lado da rua. Destaque aqui para a atuação de Judah, que realiza de forma excepcional o papel ao qual foi designado a fazer. Esse garoto tem futuro!
A narrativa é a mais simples possível, mas ainda sim boa. A direção de McG não deixa a desejar e os momentos de tensão são devidamente repassados ao espectador. Em combo, a trilha sonora é outro fator determinante para o progresso do filme, que só fica melhor ao decorrer das cenas.
Assim como a maioria das sátiras e comédias, o filme traz consigo a abordagem de referências ao mundo nerd, mas não pense que é algo jogado ao vento. Fato é que essas inúmeras referências, que vão dos filmes de faroeste aos de batalhas espaciais, alimentam positivamente a trama e proporciona as melhores cenas do longa, fortificando a relação entre eles os personagens. (vide diálogo final entre os protagonistas).
Personagens secundários altamente estereotipados e esquecíveis? CONFERE! Saídas malucas arranjadas pelo roteiro simplório? TAMBÉM CONFERE! Mas apesar disso, o filme é uma grande diversão e com certeza um ótimo entretenimento para quem fica minutos rolando a tela da Netflix em busca de algo para assistir.
Aqui não há terror, há tensão, que somada à boa e velha sátira, faz com que 'A Babá' seja algo agradável de se assistir.